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Topicos de Ciencias Economicas - Unidade 03

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TÓPICOS DE CIÊNCIAS 
ECONÔMICAS
Unidade 03: Tópicos de Microeconomia 
Sumário: 1. Hipóteses do Racionalismo 1.1 Racionalismo 2. demanda 2.1 FatoRes deteRminantes da demanda 2.2 escala de demanda individual 2.3 
GRáFico da demanda individual 2.4 demanda de meRcado 3. ofeRta 3.1 FatoRes que deteRminam a oFeRta 3.2 escala de oFeRta individual 3.3 GRáFico de 
oFeRta individual 3.4 oFeRta do meRcado 4. meRcado 4.1 economia do meRcado 4.2 equilíbRio do meRcado 4.3 situações de desequilíbRio de meRcado 
 4.4 estRutuRa do meRcado 5. Receitas, custos e lucRos 5.1 custos de PRodução 5.2 a Receita 5.3 o lucRo RefeRências cRéditos anotações 
Unidade 03: Tópicos de MicroeconoMia
Olá! Seja Bem-vindo à terceira Unidade da disciplina de Tópicos de 
Ciências Econômicas. Essa Unidade tem como objetivos introduzir 
elementos da teoria do consumidor e da empresa, racionalizar acerca 
dos agentes econômicos, conceituar demanda, oferta e mercado, 
conceituar e analisar equilíbrio de mercado, conceituar receita, custo e 
lucro e descrever as estruturas de mercado.
Bons estudos!
1 Hipóteses do Racionalismo
1.1 Racionalismo
É a corrente central do pensamento liberal que se ocupa em estabelecer e propor caminhos 
(meios) para alcançar determinados objetivos.
Em um sistema econômico, os indivíduos se comportam de forma racional, procurando 
maximizar seus objetivos, sendo:
Empresas – Procuram maximizar lucros; 
Consumidores – Procuram maximizar satisfação (utilidade, prazer etc.) no consumo de bens 
e serviços. 
Tendo em vista a atuação dos agentes no sistema econômico, vamos procurar entender, 
de forma clara e objetiva, o comportamento individualizado dos consumidores demandantes e 
produtores ofertantes.
2 Demanda (procura)
Demanda representa o desejo dos consumidores em adquirir (obter, consumir) determinado 
bem ou serviço para satisfazer uma necessidade ilimitada em um determinado período de tempo.
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2.1 Fatores determinantes da demanda
Sabemos que existe uma grande variedade de fatores que influenciam nas quantidades 
demandadas, porém os mais importantes levantados pela economia descritiva são:
Qdx = f (Px, R, G, P bs, Pbc, … etc.)
Sendo:
Qdx – Representa as quantidades demandadas da mercadoria “x”;
Px – Representa o preço da mercadoria “x”;
R – Representa o nível de renda (poder de compra) do consumidor;
G – Representa o nível de gosto do consumidor;
Pbs – Representa o nível de preço dos bens substitutos; 
Pbc – Representa o nível de preço dos bens complementares.
Dado que são muitas variáveis influenciando o desejo de comprar um produto, impõe-se uma 
condição para simplificar a função acima, denominada coeteris paribus.
Qdx = f (Px) c.p. (coeteris paribus)
Em que:
Qdx = quantidade demandada de um determinado bem ou serviço, num dado período de 
tempo. 
Px = preço do bem ou serviço.
A expressão significa que a quantidade demandada, Qd, é uma função f do preço P, isto é, 
depende somente do preço P.
Cabe salientar que os indivíduos (pessoas) são racionais e procuram maximizar satisfação no 
ato de consumo, isto é, as pessoas querem obter prazer (satisfação) ao consumir uma determinada 
mercadoria.
Assim, essa relação entre preço e quantidade demandada é conhecida como a Lei da Demanda, 
que consiste em: Preço e quantidade demandada são inversamente proporcionais, ou seja, quando o 
preço aumenta, os indivíduos (pessoas) compram uma menor quantidade de determinada mercadoria, 
e, quando o preço cai, as pessoas compram mais unidades da mesma mercadoria.
Atenção
Condição coeteris paribus – é uma condição aplicada na teoria econômica 
para avaliar os efeitos de mudanças em uma variável X em uma outra variável 
Y, supondo que todos os outros elementos que influenciam Y permaneçam 
constantes enquanto isso. 
Exemplo: suponha que a quantidade procurada de uma mercadoria seja 
influenciada pelo seu preço, pela renda e gosto do consumidor etc. Como são 
muitas variáveis interferindo no processo de análise, faz-se uma abstração 
impondo que todas as variáveis, exceto o preço da mercadoria, se tornem fixas. 
O nome desta abstração chama-se condição coeteris paribus.
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2.2 Escala de demanda individual
Conforme visto na função e na lei da demanda, o comportamento de um indivíduo será 
representado apenas por duas variáveis (a quantidade demandada de um bem e o seu preço) e 
obedecendo à lei da demanda, isto é, as duas variáveis atuam em sentido oposto, ou seja, o preço 
de uma mercadoria aumenta, mantida a condição coeteris paribus, a quantidade demandada desta 
mercadoria cai, ou vice-versa.
2.3 Gráfico da demanda individual
O gráfico da demanda individual é representado por uma linha descendente da esquerda para 
a direita, e pode-se dizer que representa a linha de orçamento do consumidor, haja vista que, dada 
uma limitação de constância da sua renda, ele só pode comprar até o limite da reta, isto é, a posição 
acima dela é impossível e abaixo dela qualquer combinação entre quantidade e preço é possível.
Observe como pode ser representado o que acabamos de estudar sobre o gráfico da demanda 
individual.
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Agora que já vimos como se dá a relação da demanda com o preço do próprio bem, vamos 
entender como a demanda se comporta diante dos outros fatores que a determinam (preços de bens 
substitutos, preços de bens complementares, renda e gosto do consumidor).
 ◆ Gosto e demanda:
Mantendo todos os determinantes da demanda constantes, caso o consumidor passe a 
gostar mais de determinado bem, ele demandará mais deste bem. Ocorre o contrário caso 
o consumidor passe a gostar menos de certo bem.
 ◆ Preço de bens substitutos e a demanda:
Como sabemos, bens substitutos são aqueles que podemos trocar o consumo de um bem 
por outro, desde que haja satisfação nesse consumo. Sendo assim, caso aconteça aumento 
de preço de um dos bens, aumentará a demanda do outro.
Exemplo: Mantendo tudo o mais constante (coeteris paribus) e considerando carne bovina e 
carne de frango substitutos, vamos imaginar uma situação. Suponha que haja um aumento no preço 
da carne bovina enquanto que o preço da carne de frango fica constante. Nesse caso, aumentará a 
demanda por carne de frango e a demanda de carne bovina diminuirá. Como podem ser considerados 
bens substitutos, um aumento no preço de um deles ocasiona um aumento na demanda do outro bem. 
Os consumidores podem trocar o consumo de um deles pelo outro bem que está mais barato. Já se 
ocorrer uma diminuição no preço da carne bovina, a demanda por esse bem aumentará e a do seu 
substituto diminuirá. 
 ◆ Preço de bens complementares e demanda:
De acordo com o que estudamos na Unidade 1, são bens complementares aqueles que são 
consumidos em conjunto. Diante disso, um aumento no preço de um bem pode ocasionar 
uma redução na demanda do outro: o seu complementar.
Exemplo: Considerando feijão e arroz bens complementares, o aumento no preço do feijão 
reduzirá a demanda por arroz (mantendo tudo o mais constante). Como ocorrerá uma redução na 
demanda por feijão, devido ao aumento no preço de bem, haverá então uma queda na demanda por 
arroz. Isso ocorre porque os dois são complementares, ou seja, são consumidos em conjunto. Ocorre 
o contrário quando o preço do feijão diminuir. Nesse caso o aumento na demanda por feijão também 
aumentará a demanda por arroz. 
 ◆ Renda e demanda:
De maneira geral, quanto maior a renda do consumidor maior será a demanda por bens e 
serviços. Ou então, quanto menor a renda, menor será a demanda por determinado bem 
ou serviço, mantendo a condição coeteris paribus. Com uma renda maior, o consumidor 
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ganha mais poder de compra e pode demandar mais bens e serviços.
2.4 Demanda de mercado
A demanda de mercado é o somatório das demandas individuais de todos os consumidores 
para a mesma mercadoria.
Tendo compreendido como os consumidores se comportam no mercado, é de fundamental 
importância procurar entender o comportamento dos produtores.
3 Oferta
A oferta pode ser entendida como sendo a quantidade de um bem ou serviço produzido e 
oferecido no mercado por um determinado preço em um dado período.
3.1 Fatores que determinam a oferta
A teoria da oferta analisa basicamente o comportamento do produtor na produção, levando 
em conta os fatores determinantes da oferta, ou seja, quais os fatores que determinam a quantidade 
ofertada. Segundo a Economia Descritiva, os mais importantes são:
Qox = f (Px, CP, Imp, Subs, Tec…)
Sendo:
Qox – Representa a quantidade ofertada de um bem;
Px – Representa o nível de preço do bem;
CP – Representa o custo de produção do bem;
Imp. – Representa o nível de imposto pago pelo produtor;
Subs. – Representa o nível de subsídios (auxílio) concedido pelo Governo;
Tec. – Representa o nível tecnológico utilizado no setor produtivo.
Após impor a condição coeteris paribus, a função oferta será:
Qox = f (Px) c.p. (coeteris paribus)
Em que:
Qox = quantidade ofertada de um determinado bem ou serviço, num dado período de tempo;
Px = preço do bem ou serviço. 
A expressão significa que a quantidade ofertada (Qo) será em função do preço de determinado 
produto (Px), isto é, depende somente do preço Px.
Essa relação entre preço e quantidade ofertada é conhecida como a Lei da Oferta. Segundo 
a Lei da Oferta, mantendo a condição ceteris paribus, a relação entre preço do bem e sua quantidade 
ofertada é diretamente proporcional, ao contrário do que ocorre com a demanda.  Nesse caso, quanto 
maior for o preço, maior será a quantidade ofertada. Já quando o preço do bem diminui, a quantidade 
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ofertada também diminui. Isso ocorre porque o ofertante tem interesse em obter o maior ganho 
financeiro possível na venda de seus bens/serviços.
3.2 Escala de oferta individual
Conforme visto anteriormente, a oferta, após a imposição da condição coeteris paribus, ficou 
restrita a duas variáveis (a quantidade ofertada do bem e o seu preço). Estas duas variáveis atuam 
no mesmo sentido, isto é, quando o preço de uma mercadoria aumenta, mantida a condição coeteris 
paribus, a quantidade ofertada também aumenta. Se o preço baixar, o vendedor fica desestimulado e 
reduz também a quantidade ofertada.
3.3 Gráfico da oferta individual 
O gráfico da oferta é construído com os dados da escala de oferta. No nosso caso, vejamos as 
quantidades e os preços, e os coloquemos em um plano cartesiano. O gráfico da oferta é representado 
por uma linha ascendente da esquerda para a direita e pode-se dizer que representa as intenções do 
vendedor.
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A oferta pode reagir de maneira diferente quando analisamos os outros fatores que a 
determinam. Vejamos como se dá a relação da oferta com os outros determinantes, que são o custo de 
produção, nível de impostos, de tecnologia e subsídios.
 ◆ Custo de Produção e oferta:
A variação no custo de produção determinará a oferta de certo bem. Nesse caso, a relação 
entre custo e oferta é inversamente proporcional. Caso o custo de produção da empresa aumente, a 
oferta diminuirá. Isso ocorre porque a produção ficará mais cara, o que reduzirá as possibilidades de 
ampliar a oferta. Ocorre o contrário quando o custo diminui. Nessa situação, a produção tende a ficar 
mais barata, tornando maior as possibilidades do produtor em aumentar sua oferta de bens e serviços.
 ◆ Tecnologia e oferta:
Novas tecnologias otimizam a produção, evitando perdas durante o processo produtivo. As 
empresas procuram maximizar a utilização de todos os recursos que utilizam. Mantendo as demais 
variáveis que determinam a oferta constantes (coeteris paribus), quanto maior for o nível tecnológico, 
maior será a quantidade ofertada. Ocorre o contrário quando se faz uso de uma tecnologia defasada, 
pois a mesma pode não aproveitar os recursos utilizados na produção de maneira adequada. Sendo 
assim, mantendo as demais variáveis que determinam a oferta constantes, quanto menor for o nível 
tecnológico, menor será a quantidade ofertada.
 ◆ Nível de Impostos e oferta:
Na Teoria Econômica, mantida em coeteris paribus, acerca dos demais fatores que determinam 
a oferta: quanto maior a carga de impostos, menor será a quantidade ofertada, já que a produção ficará 
muito onerosa. Acontece o contrário quando a carga de impostos for diminuída. O nível de imposto 
funciona como um estimulador e um desestimulador da produção (oferta).
 ◆ Nível de Subsídios e a oferta:
Subsídios são ajudas governamentais para os produtores, que podem ser financeiras ou não 
(doação de sementes e grãos para o setor primário, por exemplo). Nesse caso, quanto maior for o nível 
de subsídios, maior será a quantidade ofertada pelo produtor. Diferente do que ocorre quando o nível 
de subsídios é menor.
3.4 Oferta de mercado
A oferta de mercado é a soma horizontal das quantidades ofertadas individualmente. Este 
conceito se deve ao fato de que o eixo horizontal representa as quantidades e somente estas podem ser 
somadas.
Tendo em vista que foi analisado o comportamento dos consumidores e dos produtores, vamos 
agora estudar a interação desses agentes relacionados ao equilíbrio de mercado.
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4 Mercado
4.1 Economia-mercado
Mercado pode ser definido como sendo um espaço físico ou não em que as relações comerciais 
entre os agentes econômicos (consumidores e produtores) se realizam.
 4.2 Equilíbrio de mercado
O equilíbrio mostra a inter-relação entre os consumidores e os produtores no mercado, em 
que os consumidores procuram adquirir mercadorias dado o nível de preço e os produtores procuram 
ofertar essas mercadorias a certo nível de preço.
Portanto, o equilíbrio de mercado ocorre quando os desejos dos consumidores em adquirir 
determinada quantidade do produto coincide com os desejos dos produtores em vender a mesma 
quantidade ao mesmo nível de preço, ou seja, quando as quantidades ofertadas são iguais às quantidades 
demandadas.
Quantidade Demandada (Qd) = Quantidade Ofertada (Qo).
Observando a tabela, percebe-se que o equilíbrio se dá no ponto “D”, pois somente aqui a Qo 
= Qd.
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Graficamente, o equilíbrio é representado quando as retas de demanda e oferta se cruzam. Esse 
é o exato momento do equilíbrio.
4.3 Situações de desequilíbrio de mercado
As situações de desequilíbrio ocorrem quando não há uma igualdade entre a quantidade 
demandada e a quantidade ofertada.
Existe uma situação de desequilíbrio quando o preço de mercado (P1) é inferior ao preço 
de equilíbrio (PE). Essa situação é chamada de excesso de demanda.  Nesta condição, a quantidade 
demandada é maior que a quantidade ofertada (Qd > Qo), ou seja, não há compatibilidade de desejos. 
Por um preço menor, os consumidores desejam aumentar sua demanda de bens e serviços. No entanto, 
não ocorre do lado dos produtores um desejo de aumentar sua oferta por um preço inferior ao de 
equilíbrio. 
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Para se restabelecer o equilíbrio mantendo a condição coeteris paribus, eleva-se o preço P1 até 
o preço de equilíbrio (PE). 
Existe uma outra situação de desequilíbrio quando o preço de mercado (P2) é superior ao preço 
de equilíbrio (PE). Nesta condição, a quantidade demandada é menor que a quantidade ofertada (Qd 
< Qo). Essa condição é chamada de excesso de oferta. Por um preço maior do que o de equilíbrio, os 
produtores desejam aumentar sua oferta. No entanto, por um preço maior o desejo dos consumidores 
é de diminuir sua demanda.
Para se restabelecer o equilíbrio mantendo a condição coeteris paribus, baixa-se o preço P2 até 
o preço de equilíbrio Pe.
4.4 Estrutura de mercado
Tendo estudado o comportamento dos agentes econômicos (consumidores e produtores) e 
o livre mecanismo de preços e a livre manifestação das forças de mercado (oferta e demanda), as 
quais orientam o funcionamento do sistema econômico buscando a máxima eficiência e uma melhor 
utilização dos recursos escassos disponíveis, cabe analisar e compreender a forma comportamental da 
estrutura de mercado mais próxima da realidade atuante no sistema econômico.
Portanto, podemos classificar as estruturas de mercado para os bens e serviços em quatro 
categorias que são:
Concorrência perfeita – É uma situação de mercado que apresenta como características as 
seguintes condições: 
 ◆ Um elevado número de empresas produtoras e de compradores, independentes, atuantes 
no mercado sem poder de influenciar no preço dos bens e serviços deste.
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 ◆ Inexistência de qualquer diferença entre os bens e serviços ofertados no mercado, ou seja, 
os produtos são homogêneos.
 ◆ Perfeita mobilidade de entrada e saída de novas empresas atuantes no mercado, ou seja, 
não existem barreiras para entrar nele.
 ◆ Inexistência de qualquer possibilidade de manobra isolada na diferenciação de preço ou 
extra-preço no mercado.
Monopólio – É uma estrutura de mercado caracterizada por ser oposta à concorrência perfeita 
por apresentar as seguintes características:
 ◆ Existe apenas uma única empresa dominando inteiramente a oferta de bens e serviços no 
mercado.
 ◆ Inexistência de bens substitutos no mercado, ou seja, não existem produtos semelhantes 
ofertados pelos monopolistas.
 ◆ Inexistência de concorrência devido às barreiras no ingresso de novas empresas no 
mercado.
 ◆ Considerável poder de influências preço e oferta de produto no mercado por ser o único 
atuando nele.
Oligopólio – É uma estrutura que tem as seguintes características:
 ◆ Predomina um pequeno número de empresas atuando no mercado, ou seja, poucas 
empresas dominam 80% ou 90%, ofertando produtos.
 ◆ Os produtos produzidos e ofertados são padronizados ou diferenciados.
 ◆ Existência do controle (manobra) de preços através de acordos, conluios e práticas 
conspirativas.
 ◆ Existência da concorrência extra-preço.
 ◆ Ingresso de novas empresas geralmente difícil, há consideráveis obstáculos de entrada no 
mercado.
Concorrência monopolista – É uma estrutura intermediária entre a concorrência perfeita e o 
monopólio que apresenta as seguintes características:
 ◆ Existência de grande número de empresas relativamente iguais em poder concorrencial.
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 ◆ Diferenciação dos produtos capaz de distingui-los uns dos outros criando um mercado 
próprio para eles.
 ◆ Capacidade de controle de preço que depende da diferenciação real dos produtos.
 ◆ Relativa facilidade de ingresso de novas empresas no mercado.
 ◆ Essas quatro estruturas (concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência 
monopolista) apresentam características próprias de empresas atuantes no mercado.
5 Receitas, custos e lucros
Na Unidade 2 vimos que as unidades produtivas precisam resolver os chamados problemas 
centrais, que são: O quê e quanto produzir?, Como produzir? e Para quem produzir?. Isso significa uma 
difícil tarefa de decisão sobre o que produzir e sua respectiva quantidade, a maneira como a produção 
irá se desenvolver e a destinação da produção de bens e serviços. Sobre o assunto, Parkin (2008) 
argumenta que para a maioria dos empresários a decisão passa pelos seus interesses e conhecimentos, 
mas que a decisão também depende das projeções do lucro a ser obtido e da expectativa da receita 
total exceder o custo total de produção.
Dessa forma, receitas, custos e lucros são elementos importantes para a atividade de qualquer 
empresa. Conforme vimos no racionalismo econômico, o objetivo principal da empresa é a máxima 
obtenção de lucro. No entanto, para que se isso ocorra, uma empresa deve maximizar suas receitas e 
minimizar seus custos.
Obter uma maior receita significa ter um maior ganho monetário na venda de seus bens e 
serviços. Já minimizar os custos representa diminuir o máximo possível os gastos com o processo 
produtivo.
No entanto, para que aconteça alguma venda é necessário que haja produção e a diminuição 
dos custos depende da quantidade e de como os fatores de produção são utilizados. A teoria econômica 
que estuda o comportamento da empresa frente a produção e os seus custos é a Teoria da Firma.
O que é produção?
Segundo Vasconcellos (2002), produção é o processo de transformação dos fatores de produção 
em bens e serviços que estarão a venda no mercado.
A relação existente entre a quantidade de determinado bem produzido e a quantidade de 
fatores de produção necessários para a sua produção é chamada de Função de Produção.
Q = f (T, C, TR)
Onde:
Q: Quantidade produzida; 
T: Quantidade de trabalho utilizado; 
C: Capital empregado na produção; 
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TR: Terra (recursos naturais) utilizada.
Essa relação pode ser lida da seguinte maneira: a quantidade produzida de determinado bem 
será em função da utilização dos fatores de produção, nesse caso representados pelo Trabalho, Capital 
e Terra. Esses fatores de produção utilizados pelas empresas são considerados fixos ou variáveis.
Fatores de produção fixos: São aqueles que não variam com a produção, ou seja, conforme 
a produção aumente ou diminua, não há variação na utilização desses fatores. Geralmente são 
considerados como exemplos o maquinário das empresas, as suas edificações e os locais onde ocorrem 
a produção (prédios, terrenos etc). 
Alguns fatores demandam mais tempo para serem implementados e instalados, ao contrário 
de outros que podem variar (aumentar ou diminuir a quantidade utilizada) com mais facilidade, que 
são os fatores variáveis. 
Fatores de produção variáveis: Representam aqueles fatores que variam conforme a produção 
dos bens ou serviços aumenta ou diminui. Conforme o aumento na produção pode ser necessário 
aumentar a quantidade de mão de obra disponível, assim como a matéria prima.
A Teoria da Firma também estuda a relação da produção com o tempo. O tempo é estudado 
como Curto Prazo ou Longo Prazo. 
Curto Prazo: Para a teoria econômica, o curto prazo é o período de tempo em que pelo menos 
um fator de produção utilizado é fixo. Diante disso, existem fatores que são mais fáceis de variar 
suas quantidades do que outros. Por exemplo, no curto prazo é mais fácil aumentar a quantidade de 
matéria prima (fator variável) do que as instalações físicas da empresa (fator fixo).
Longo Prazo: Já o longo prazo é caracterizado por possuir todos os fatores variáveis. Nesse 
períodoa empresa pode variar a utilização de todos os seus fatores produtivos, modificando o 
seu tamanho.
De acordo com Pindyck e Rubinfeld (2012), não existe um período específico que separe 
curto prazo e longo prazo. Podemos então concluir que esses prazos podem ser diferentes entre as 
empresas, isso vai depender da magnitude de cada uma. Empresas que possuem uma estrutura maior 
e com certo grau de complexidade de instalação podem ter um curto prazo bem mais amplo do que 
empresas que não tenham tanta complexidade em suas operações. 
5.1 Custos de Produção
Conforme já mencionado, os custos de produção são os gastos da empresa durante o processo 
produtivo dos bens e serviços. Basicamente esses custos são fixos ou variáveis. O custo total de 
produção é o somatório de todos os custos envolvidos na produção. Os custos de produção também 
são medidos no curto e no longo prazo.
Custo Fixo: São aqueles que independem da produção aumentar ou não, esses custos irão se 
manter fixos, ou seja, constantes. Por exemplo, se o prédio onde funciona a empresa ou as máquinas 
utilizadas são alugadas, o valor desse aluguel é considerado custo fixo. 
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Custo Variável: Já os custos variáveis estão diretamente ligados ao nível de produção. Caso a 
produção aumente, esses custos também aumentarão. Como exemplo podemos citar os gastos com a 
contratação de mais trabalhadores e matéria prima por uma empresa de chocolate durante o período 
da Páscoa, devido o aumento da demanda por produtos de chocolate. Esses gastos são considerados 
custos variáveis, pois aumentam conforme aumenta o nível de produção.
Custo Total de Produção no curto prazo: No curto prazo, devido a existência de fatores 
fixos e variáveis, os custos são fixos e variáveis. Dessa forma, o custo total é a soma dos custos 
variáveis e fixos.
CT = CF + CV
Em que:
CT: Custo total. Representa o somatório de todos os custos, os fixos e os variáveis;
CF: Custo fixo. São custos que não se modificam em função da quantidade produzida de 
certo bem;
CV: Custo variável. O custo variável é a parcela do custo total que depende da produção, ou 
seja, eles mudam de acordo com a variação da produção.
Custo Total no longo prazo: No longo prazo não existem fatores fixos, assim não existem custos 
fixos. O custo total é igual ao custo variável. 
CT = CV
5.2 A Receita
Antes de mencionar como o lucro será determinado, é necessário a compreensão da receita 
total. Receita total é o valor monetário obtido pelas quantidades vendidas de determinado produto 
a um determinado preço. É o resultado das vendas da empresa no mercado. Importante perceber 
que esse valor adquirido pelas vendas ainda não é o resultado financeiro final, pois das receitas o 
empresário deverá deduzir o custo total.
Matematicamente a Receita Total é obtida pela seguinte fórmula:
RT = P (preço do bem) x Qv (quantidade vendida do bem)
Em que:
RT = Receita Total
P = Preço do bem 
Qv = Quantidade vendida 
5.3 O Lucro
O lucro total trata-se do resultado financeiro final da atividade da empresa. Sendo o lucro 
determinado pelo resultado do custo total menos o da receita total. Após chegar ao resultado 
da receita total e do custo total, a empresa saberá se conseguiu atingir o seu objetivo, que é o 
lucro. Caso o resultado seja positivo, a empresa conquistou o lucro. No entanto, se o resultado 
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for negativo, a empresa terá prejuízo. Nesse caso, quanto maior for a receita total e menor o custo 
total, maior será o lucro.
Lucro = RT – CT.
Onde:
RT: Receita Total;
CT: Custo Total.
Com a Unidade 3 tivemos a oportunidade de entender como funciona 
o mercado, quais suas características e os agentes econômicos 
que o compõem, a demanda e a oferta. Tais assuntos formam a 
Microeconomia. Na Unidade 3 veremos mais uma Teoria Econômica, 
a Macroeconomia.
Referências
PINDYCK, R. S e RUBINFELD, D.L. Microeconomia. São Paulo: Makron Books, 1994.
PARKIN, M. Economia. São Paulo: Pearson, 2008.
VASCONCELLOS, M. A. S. Economia Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 2004.
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Núcleo de Educação a Distância
O assunto estudado por você nessa disciplina foi planejado pelo 
professor conteudista, que é o responsável pela produção de conteúdo 
didático, e foi desenvolvido e implementado por uma equipe composta 
por profissionais de diversas áreas, com o objetivo de apoiar e facilitar o 
processo ensino-aprendizagem.
Coordenação do Núcleo de Educação a Distância: Lana Paula 
Crivelaro Monteiro de Almeida Supervisão Administrativa: 
Denise de Castro Gomes Produção de Conteúdo Didático: 
Ana Maria de Carvalho Portela, Carlos Alberto Alcântra Alves, 
Felipe Bezerra dos Santos Design Instrucional: Andrea Chagas 
Alves de Almeida Projeto Instrucional: Luciana Clícia de 
Sena Roteiro de Áudio e Vídeo: José Glauber Peixoto Rocha 
Produção de Áudio e Vídeo: José Moreira de Sousa Identidade 
Visual: Camila Duarte do Nascimento Moreira, Sávio Félix Mota, 
Viviane Cláudia Paiva Arte: Viviane Cláudia Paiva Programação: 
Antônia Suyanne Lopes Alves Editoração: Camila Duarte do 
Nascimento Moreira, Sávio Félix Mota Revisão Gramatical: Luís 
Carlos de Oliveira Sousa
Créditos
O trabalho Tópicos de Ciências Econômicas - Unidade 3: Tópicos de Microeconomia de Carlos Alberto 
Alcântra Alves, Ana Maria de Carvalho Portela, Felipe Bezerra dos Santos, Núcleo de Educação a 
Distância da UNIFOR está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-
SemDerivações 4.0 Internacional.
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Anotações

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