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Pesquisa Acordo Coletivo Meta Metal

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INTRODUÇÃO
O acordo coletivo de trabalho é um ato jurídico que determina condições de trabalho entre a empresa e o empregado. A consumação dos acordos coletivos de trabalho é facultada aos sindicatos, que representam as diversas categorias profissionais. Para que eles tenham validade, é necessário que eles sejam registrados no Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.
Sua importância se deve ao fato de que as normas existentes no direito do trabalho são geralmente impositivas. Assim, como instrumento de amenização desta regra e de exceção, a Constituição Federal possibilitou a celebração do Acordo Coletivo de Trabalho.
Caso as partes (Empregador,Empregados e Sindicato) aceitem a proposta do Acordo Coletivo de Trabalho, uma minuta deve ser elaborada e uma cópia deve ser depositada na Delegacia Regional do Trabalho para que seja submetida à devida fiscalização.
Foi decidido em grupo que o INPC é o indicador mais apropriado para o reajuste salarial por ser seguro e elaborado mensalmente pelo instituto brasileiro de geografia e estatística, ele também é muito utilizado pelo governo para reajuste salarial e negociações trabalhistas.
A Meta Metal oferece no início da negociação um reajuste de 10% sendo 5% de reposição e 5% de aumento. Porém o sindicato representante da categoria pede aumento de 20% sendo 10% de reposição e 10% de aumento.
Após muita discussão a Meta Metal entra em acordo com o sindicato representante com 15% sendo 10% de aumento e 5% de reposição por conta da inflação ela propôs os 15% deixando ambas as parte satisfeitas.
Minuta
Minuta De Aumento De Salário firmado entre o Sindicato Dos Empregados da Indústria Metalúrgica e Empresa Meta Metal corresponde o período de 01 de novembro de 2011 a 30 de novembro de 2012.
Acordo Coletivo de Trabalho – Meta Metal Ltda. – 2011/2012
Número do registro no MTE: MA000046/2011
Data do registro no MTE 15/10/2011
Número da solicitação: MR015736/2011
Número do processo: 83449.00451153/2010-07
Data do protocolo:12/10/2011
SINDICATOS DOS EMPREGADOS DA INDÚSTRIA METALÚRGICA NO ESTADO DE SÃO PAULO CNPJ N.63.046.887/0001-98 neste ato representado por seu Presidente, SR ANTÔNIO CARLOS LIMA FERRAZ, CPF n.288.879.455-0.
E
META METAL LTDA, CNPJ n. 44.006.522/0087-41, neste ato representado por seu Procurador, SR EDUARDO JOSÉ GASPAR, celebram o presente Acordo Coletivo de Trabalho, estipulando os reajustes de trabalho previsto nas cláusulas seguinte:
Cláusula Primeira – Do Reajuste Salarial Com Aumento Real
A Empresa concederá a todos os empregados abrangidos pelo presente acordo, a partir de primeiro de novembro de 2011, um reajuste de 10% (dez por cento) sobre o salário percebido em 31 de outubro de 2011 junto concederá a reposição de 5% (cinco por cento) reivindicado que será pago mensalmente com o salário em 1 de novembro de 2011.
Cláusula Segunda – Valorização do teto aplicação do reajuste salarial.
A partir de 1 de novembro de 2011 o teto salarial de todos os empregados abrangidos pelo presente acordo, será:
A-) Operador de maquinas – R$ 980,00 (novecentos e oitenta reais) mensais;
B-) Auxiliar de produção – R$ 765,00 (setecentos e sessenta e cinco reais) mensais.
Cláusula Terceira – Vigência e Data Base
As partes fixam vigência do seguinte Acordo Coletivo de Trabalho no período de 01 de outubro de 2011 a 01 de novembro de 2012 e a data base da categoria em 1º de outubro.
Cláusula Quarta – Revista
As partes decidiram que a partir da data 30 de novembro de 2011 a revista só será feita em local apropriado, sendo feito por pessoa do mesmo sexo para evitar constrangimento o mesmo se aplica para revistar bolsas e mochilas após o expediente.
Cláusula Quinta – Vigilância interna
Fica estabelecido que haverá câmeras para fins de segurança dentro da empresa nos setores em que haja o armazenamento de bens produzidos ou material para industrialização, além é claro, onde há acesso para o lado externo das dependências
§ 1º – Nas linhas de produção não serão instaladas as câmeras de vigilância, presumindo-se constrangimento por parte dos funcionários.
§ 2º – Não serão instaladas também, as câmeras de vigilância nos refeitórios, vestiários, banheiros e outras dependências onde deve se prevalecer a privacidade individual do trabalhador.
Cláusula Sexta – Mão-de-obra Temporária
Ficam asseguradas aos trabalhadores temporários as garantias mínimas estabelecidas na Lei nº 6.019/74.
Na execução dos serviços de sua atividade produtiva fabril, a atividade principal e as atividades vinculadas, no seguimento representado pela categoria profissional abrangida por esta Convenção Coletiva de Trabalho, e ainda, nos serviços rotineiros de manutenção mecânica e/ou elétrica, a empresa não se poderá valer senão de empregados por elas contratados sob o regime da CLT salvo nos casos definidos na Lei n. 6019/74, e os casos de empreitada, cujos serviços não se destinem a produção propriamente dita.
Cláusula Sétima – Terceirização
A atividade que promove o produto final desenvolvido pela empresa não poderá ser objeto de terceirização, portanto, fica proibida a contratação de serviços nesta modalidade. Já as atividades consideradas pela legislação vigente como atividade-meio, desde que previamente negociado com o sindicato, podem contratar serviços terceirizados.
Clausula Oitava – Contrato de experiência
O contrato de experiência, previsto no artigo 445 da CLT, parágrafo único, será estipulado pelas empresas observando-se um único período, não se admitindo, portanto, prorrogação. O contrato de experiência não ultrapassará um prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
Não será celebrado o contrato de experiência nos casos de readmissão de empregados para a mesma função anteriormente exercida na empresa.
Cláusula Nona – Atualização na CTPS
As empresas efetuarão as anotações pertinentes às alterações salariais, bem como às funções exercidas, nas carteiras de trabalho e previdência social, desde que solicitadas pelos seus empregados, ficando a Carteira de Trabalho no poder da empresa por, no máximo, 48 horas.
Cláusula Décima – Assédio e/ou Constrangimento Moral
As entidades e as empresas signatárias desta Convenção Coletiva de Trabalho, que manifestam os seus mais veementes repúdios contra toda e qualquer forma de preconceito e discriminação, comprometem-se a adotar medidas educativas de prevenção, combate e erradicação das práticas de assedio e/ou constrangimento moral.
Parágrafo Primeiro - Em havendo denúncia perante o sindicato de atos discriminatórios ou constrangedores, envolvendo o empregado, a entidade solicitará imediatamente junto à empresa entendimento, objetivando sanar o problema, evitando eventual ação judicial. Para tanto, a empresa se compromete a ressarcir os eventuais danos morais e materiais causados ao empregado, ainda que não comprovados.
Parágrafo Segundo - Nos casos de acidente de trabalho ou doença profissional, em que o empregado retornou ao trabalho e que for considerado incapaz de exercer a função que vinha exercendo anteriormente ao acidente ou à doença profissional, a empresa, objetivando evitar possível ocorrência de constrangimento moral a esse trabalhador, obriga-se a requalificá-lo, de forma que ele possa exercer nova função em local adequado e sem qualquer tipo de discriminação.
Cláusula Décima Primeira – Garantia aos Aprendizes – SENAI
a) Será assegurado aos menores aprendizes do SENAI, um salário correspondente a 75% (setenta e cinco por cento) do salário normativo vigente para a categoria. Os menores aprendizes em Empresas com 50 (cinquenta) ou mais empregados, em 31.10.09, receberão 100% (cem por cento) do salário normativo citado, nos últimos 6 (seis) meses de treinamento prático na Empresa.
b) As empresas não poderão impedir o completo cumprimento do contrato de aprendizagem, inclusive no que se refere ao treinamento prático na empresa, a não ser por motivos disciplinares, escolares ou por mútuo acordo entre as partes, e, neste caso, com assistência do respectivo sindicato da categoria profissional;
c) Se efetivado na empresa,após a conclusão do aprendizado e inexistindo vaga na função para a qual recebeu treinamento, poderá o mesmo ser aproveitado em função compatível, percebendo o menor salário desta função. Ocorrendo a existência dessas vagas elas serão oferecidas preferencialmente para os aprendizes;
d) As condições, prazos e inscrição para seleção de candidatos a aprendizes do SENAI, deverão ser divulgados nos quadros de aviso com antecedência.
Cláusula Décima Segunda – Redução da Jornada de Trabalho
 
Parágrafo Único: Com o objetivo de reduzir o elevado número de horas extras e com a finalidade de garantir ao trabalhador condições para que possa participar de cursos de aprimoramento profissional, assim como proporcionar maior tempo de convívio social e com seus familiares, a Jornada de Trabalho nas empresas representadas pelos sindicatos patronais signatários da presente Convenção Coletiva de Trabalho será reduzida para 39 (trinta e nove) horas semanais, sem redução dos salários, observados todos os demais direitos do trabalhador.
 
Cláusula Décima Terceira – Horas Extraordinárias
 § Primeiro: A hora extraordinária será sempre remunerada da forma abaixo:
a)    60% (sessenta por cento) de acréscimo em relação à hora normal, quando trabalhada em qualquer dia de segunda-feira a sábado;
b)    b) 110 % (cento e dez por cento) de acréscimo em relação à hora normal até o limite de 8 (oito) horas diárias, aos domingos, feriados e dias já compensados, além do pagamento do DSR, quando devido, sendo apenas as excedentes pagas com adicional de 150% (cento e cinquenta por cento);
Parágrafo único: O intervalo destinado à refeição na prorrogação da jornada normal diária será considerado como hora extraordinária, para efeito de pagamento;
 
Cláusula Décima Quarta– Atraso de Pagamento
  § Primeiro: O não pagamento do vale (adiantamento) até o 15º dia do próprio mês e do salário no prazo determinado, ou seja, até o 1º dia útil do mês subsequente ao vencido, acarretará multa diária revertida ao trabalhador, atualizada conforme tabela que corrige débitos trabalhistas, conforme segue:
Parágrafo primeiro. 2% (dois por cento) do menor salário nominal normativo da categoria, quando a obrigação for satisfeita independentemente de medida judicial, sendo então pagos concomitantemente o principal e a respectiva multa;
§Segundo: 4% (quatro por cento) do salário nominal do empregado, quando a obrigação for satisfeita através de medida judicial.
 
Cláusula Décima Quinta – Férias
 § Primeiro: As empresas comunicarão aos empregados, verbalmente, com 40 (quarenta) dias de antecedência, a data do início do período de gozo de férias individuais;
§Segundo: A remuneração adicional das férias, de será paga no início das férias individuais ou coletivas. Esta parcela corresponderá ao valor de 1/3 (um terço) das férias de que trata o inciso XVII, do artigo 7º da Constituição Federal.
Parágrafo único: Esta remuneração adicional, também se aplicará no caso de qualquer rescisão contratual, quando houver férias a serem indenizadas, vencida e proporcional.
§ Terceiro: É vedado à empresa interromper o gozo das férias concedidas aos seus empregados.
§ Quarto: Ao empregado, cujo contrato de trabalho venha a ser rescindido por iniciativa do empregador, sem justa causa, e no prazo de 30 (trinta) dias após o retorno das férias, será paga uma indenização adicional equivalente a 1 (um) salário mensal.
§ Quinto: O não pagamento do 13º salário, da remuneração das férias e os abonos respectivos, nos prazos definidos em lei implicará, também, na mesma multa conforme acima estipulado.
Cláusula Décima Sexta – Delegados Sindicais, Representações nas empresas
Fica estabelecido que a coordenação e a eleição do delegado sindical caberá exclusivamente ao sindicato.
§PRIMEIRO: A eleição será por meio de voto secreto e individual, todos os empregados poderão participar do processo eleitoral.
§SEGUNDO: O sindicato comunicará ao setor de Recursos Humanos da empresa em até 3 dias úteis o resultado da eleição, a comunicação deverá ser informada preferencialmente por meio de arquivo eletrônico, onde conste nome do empregador eleito, matrícula, data de admissão e cargo
§TERCEIRO: Os delegados sindicais terão mandato de 1 (um) ano.
§QUARTO: Compete ao delegado sindical:
a) Apoiar, integrar e representar a luta dos trabalhadores.
b) Participar dos eventos e instâncias sindicais.
c) Discutir com os colegas de trabalho interesses individuais e coletivos, organizá-los e encaminhar ao sindicato.
Cláusula Décima Sétima – Processos de Inovações Tecnológicas organizacionais
Sempre que houver a implantação de inovações tecnológicas no ambiente de trabalho, terão como único objetivo o aumento da eficiência e da qualidade dos trabalhos.
§ÚNICO: Quando houver inovações de âmbito tecnológico que tragam alterações substanciais haverá antes, uma apresentação ao Sindicato e a CIPA informando os objetivos, avanços e ganhos que tais melhorias acarretarão, além disso, serão mantidos programas de treinamento voltados para os novos métodos e para o exercício das novas funções.
Cláusula Décima Oitava – Programas de Formação e Qualificação Profissional e Sindical
Fica estabelecido, que durante o período de vigência deste acordo, serão realizados cursos de reciclagem, objetivando o aprimoramento de seus empregados, bem como, durante o mesmo lapso de tempo, a reembolsar valores correspondentes a 80% (oitenta por cento) se o mesmo for solicitado pelo funcionário e 100% quando for requisitado pela empresa
§PRIMEIRO: Os cursos em questão deverão ser freqüentados em horário fora do expediente de trabalho habitual.
§SEGUNDO: O interessado na percepção do benefício deverá encaminhar o seu pedido à respectiva chefia que o enviará à área de Recursos Humanos, para avaliação e encaminhamentos próprios.
Cláusula Décima Nona – Sindicalização
O acordo de aumento, reajuste de salário e valorização do teto assinado pelas partes entra em vigor a partir de 01 de novembro de 2011.
CONSIDERACOES FINAIS
O acordo coletivo de trabalho tem como objetivo realizar acordo referente aos funcionários de uma organização com o sindicato, diferente da convenção, ele não abrange toda uma categoria, se limitam apenas às empresas acordantes e seus respectivos empregados. O prazo de vigência dos acordos não pode exceder a 2 (dois) anos e as cláusulas obrigacionais previstas no acordo excluem-se automaticamente, com o término da vigência da norma coletiva.

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