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Assistência Social como Política Pública

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SEJAM BEM-VINDOS 
AO ESTUDO DA PSICOLOGIA
ESTÁCIO SEAMA
Curso: Graduação em Psicologia
Disciplina: Organização e Políticas Públicas
Professora: Teresa Cristina Martins Kobayashi
Formação: Psicóloga/Mestre
e-mail: tcmkobayashi@gmail.com
ORGANIZAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS
Política:
Política é a ciência da governação de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. 
Do grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que é público. O significado de política é muito abrangente e está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço público.
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:
Preambulo:
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
A Constituição Federal de 1988, é um marco histórico que institui a transformação da caridade, benesse e ajuda para a noção de direito e cidadania da assistência social.
A Constituição Federal de 1988, articula a assistência social a políticas públicas voltadas à garantia de direitos e de condições dignas de vida.
Contudo, o período é de crise, com denúncias de corrupção e desvio de verbas do Ministério da Ação Social.
1993: é aprovada a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS – (Lei. 8.742 de 7 de dezembro de 1993).
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
A LOAS (Lei orgânica de assistência social) é regulamentada no auge do processo de deterioração da LBA (Liga brasileira de assistência), desmoralizada pelos escândalos de Rosane Collor.
E no auge do escândalo das subvenções (subsídio, incentivo, ajuda de custo) de parlamentares a instituições-fantasma.
Acarretando a desmoralização não só do CNSS (conselho nacional de serviço social), como do próprio setor privado de filantropia (atitude de ajudar ao próximo).
A LOAS teria que restituir o caráter da assistência social como política de garantia de direitos. 
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
A partir da LOAS, a proteção social se coloca como um mecanismo contra as formas de exclusão social que decorrem de certas vicissitudes da vida, tais como:
A velhice, a doença, a adversidade, as privações.
 Em seus conceitos inclui a distribuição e redistribuição de bens materiais e bens culturais.
Bens materiais: comida, roupa, material escolar, etc.
Bens culturais: saberes, tradições.
O Sistema Único da Assistência Social – Suas: na consolidação da Assistência Social enquanto política pública
A Lei. 8.742/93 – Loas – ganha estatuto de política social pública “dever do Estado e direito do cidadão”, deve estar à disposição de quem dela precisar, sem necessidade de contrapartida, assim,
Essa definição política de Assistência Social engloba diversos aspectos inovadores:
A sua definição como política social;
A definição de que é possível existir provisão social sem que, para isso, seja necessária a contribuição financeira de quem é demandatário da política; e
O caráter universalizante, colocando-a no rol de integração as demais políticas sociais e principalmente econômicas (COUTO, 2004).
O Sistema Único da Assistência Social – Suas: na consolidação da Assistência Social enquanto política pública
A Loas, Lei 8.742/93 define a assistência social como política de seguridade social, direito do cidadão e dever do Estado que deve universalizar direitos sociais, tem como diretrizes:
Art. 5: A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes:
descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera do governo;
participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;
primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo (BRASIL/MDS,2004).
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
Objetivo da LOAS: a proteção à família, determinando-a como um dos focos de atenção da política de assistência social.
Contudo, os efeitos da crise econômica (o Brasil vinha de um longo período de inflação – aumento continuado dos preços) não tornaram possíveis as reformas institucionais mais amplas nos sistemas de proteção social.
O direito a seguridade social, garantido na Constituição, não se efetivou, principalmente no que concerne a assistência social.
Consequentemente, vimos o aprofundamento das desigualdades sociais, o empobrecimento dos trabalhadores e suas famílias.
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
Medidas adotadas:
Priorizar os programas de cunho assistencialistas, os fundos sociais de emergência e os programas sociais compensatórios voltados para o atendimento dos grupos pobres.
2004: em 15 de outubro de 2004, o Conselho Nacional de Assistência Social – Cnas – aprovou a atual Politica Nacional de Assistência Social – Pnas – publicada no Diário Oficial da União em 28 de outrubro de 2004.
A partir das deliberações da IV Conferência Nacional da Assistência Social (Cnas), é elaborado o (Pnas).
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
Eixos estruturantes para operacionalização do Plano Nacional de Assistência Social – Pnas/2004:
Concepção, Territoriedade, Financiamento, Controle Social, Monitoramento e avalição e Recursos Humanos.
A assistência Social é definida como “[...] direito de cidadania, com vistas a garantir o atendimento às necessidades básicas dos segmentos populacionais vulnerabilizados pela pobreza e pela exclusão social” (PANAS, 2005, p. 68).
Apontando o papel central da política como asseguradora de direitos sociais, na perspectiva do atendimento das necessidades sociais básicas e aponta para a definição da população usuária.
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
Pnas: estabelece como funções da política de assistencialismo social:
Inserção: inclusão dos destinatários nas políticas sociais básicas proporcionando-lhes o acesso a bem, serviços e direitos usufruídos pelos demais segmentos da população;
Prevenção: criar apoios nas situações circunstanciais de vulnerabilidade, evitando que o cidadão resvale do patamar de renda alcançado ou perca o acesso que já possui aos bens e serviços mantendo-o incluído no sistema social de despeito de estar acima da linha de pobreza;
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
Pnas: estabelece como funções da política de assistencialismo social:
Promoção: promover a cidadania, eliminando relações clientelistas que não se pautam por direitos e que submetem, fragmentam e desorganizam os destinatários e
Proteção: atenção às populações excluídas e vulneráveis socialmente, operacionalizadas por meio de ações de redistribuição de renda direta e indireta (PNAS – BRASIL/MDS,2005).
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
Pnas/2004: com a função de reafirmar a necessidade de articulação com outras políticas públicas sociais o Pnas apresenta como objetivos:
promover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e ou especial para família, indivíduos e grupos que dela necessitem;
contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural.
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
assegurar que as ações no âmbito da Assistência Social tenham centralidade na família e que garantam a convivência familiar e comunitária (MDS/PANAS,
2005, p. 33).
Esse objetivos reafirmam a função precípua da política de assistência social no sentido de atender às demandas que lhe cabem com uma rede de serviços, projetos e benefícios, articulados de forma sistemática, garantida sua continuidade a populações urbanas e rurais.
Para isso indica a necessidade da garantia de inclusão e de equidade no acesso e aponta a centralidade da família nas propostas de atendimento, ampliando a compreensão daqueles que se contituem como demandatários.
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
Assim, na definição do usuário, o Pnas aponta como serem eles:
Cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tias como: famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizandas em termos étnicos, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela pobreza e ou, no acesso às demais políticas públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária o não no mercado de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco pessoal e social (MDS/PNAS, 2005, p. 33).
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA
Essa definição aponta com clareza uma extensão da definição de usuários contida na Loas, traduzindo assim de forma mais precisa e possibilitando aos executores, aos usuários a compreensão do debate sobre de quem dela precisa.

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