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Wa1 - Economia Política

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Wa1 - Economia Política - Serviço Social - UNOPAR
Wa1 - Economia Política - Serviço Social - UNOPAR
WEB AULA 1
Unidade 1 - Conceitos Básicos da Economia1
Qual a primeira palavra que lhe vem à mente quando falamos de “economia?”
INSERIR IMAGEM: “DINHEIRO1.jpeg” Se for a palavra “dinheiro”, você está no caminho... Mas, não é só isso. Na verdade, a ciência econômica estuda não apenas o dinheiro, mas todos os bens considerados escassos, ou seja, bens que não são infinitos! Para entendermos melhor, vamos refletir um pouco sobre a palavra escassez. Pensem no seguinte: se todos os bens e serviços consumidos pelas pessoas “caíssem do céu”, ninguém precisaria estudar economia, pois não haveria escassez. É bem provável que todos conheçam a expressão “não existe almoço grátis”. Essa expressão resume o objeto de estudo da economia: para que exista um almoço, alguém teve que comprar os ingredientes. Para ter dinheiro para comprar os ingredientes, alguém teve que dar algo em troca: o dinheiro. Para conseguir dinheiro, alguém teve que vender alguma coisa: a sua força de trabalho. Ou seja, as pessoas trabalham para outras pessoas (vendendo sua força de trabalho) e recebem algo em troca (dinheiro). É com esse dinheiro que as pessoas compram os bens e serviços de que necessitam e desejam. Vejam a imagem, abaixo:
Seja qual for o produto, será que o frete é grátis mesmo? Para o consumidor que o está comprando, sim... Mas alguém está pagando por esse frete! Ele não “caiu do céu”. Esses exemplos, portanto, ilustram o conceito central da economia: a escassez. Mas o que mais pode ser escasso? O tempo das pessoas, por exemplo, é um bem escasso. O espaço físico é um bem escasso. Mão-de-obra qualificada pode ser um bem escasso.
© Wilson Salvalagio, UNOPAR, 2009.
A ciência econômica torna-se mais complexa à medida que confrontamos a escassez dos bens com as necessidades das pessoas.
O brasileiro não “vive” sem celular. Mas, há pouco mais de dez anos atrás, os celulares não existiam! Ou seja, a necessidade de uso do celular desenvolveu-se recentemente. E essa é exatamente a lógica do desenvolvimento econômico: novos produtos e serviços são desenvolvidos constantemente; as pessoas passam a desejar esses novos produtos e serviços, colocando “lenha” na locomotiva da economia.  Bom... Se as necessidades das pessoas estão sempre se renovando... A “conta” não fecha! Assim, devido à escassez de recursos, toda sociedade tem de escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva entre os vários grupos da sociedade. Assim, a questão central do estudo da economia é como alocar recursos limitados para satisfazer todas as necessidades da população. Esse é, realmente, um desafio que o mundo ainda não encontrou resposta!  Se os recursos produtivos (dinheiro, espaço físico, mão-de-obra, recursos naturais) existissem de forma abundante, a ciência econômica perderia importância.
A partir da definição da economia, surge um conceito importante, chamado custo de oportunidade. Esse conceito ilustra a ideia de que uma escolha por algo implica na renúncia de outras coisas. Veja a seguinte frase, de Sartre: "Estamos condenados a ser livres, pois temos que fazer escolhas; e toda escolha implica necessariamente em renúncia".
A frase, acima, ilustra muito bem o conceito de custo de oportunidade. Para uma melhor compreensão, observe o seguinte exemplo: você tem no bolso dois reais. Minha pergunta é: o que você faria agora com esse dinheiro? Com certeza, a resposta de cada um que está lendo este texto será diferente. Porém, há uma certeza: não importa como você gaste seus dois reais, de qualquer maneira você terá dois reais a menos para gastar em qualquer outra coisa. Isso é o custo de oportunidade! Outro exemplo: o custo de oportunidade de João comprar uma lata de refrigerante é ele deixar de comprar 1Kg de açúcar; ou seja, João escolheu empregar seus recursos escassos (2 reais em dinheiro) para comprar refrigerante ao invés de açúcar. Outra pessoa poderia ter escolhido o açúcar. Mas isso vai depender das necessidades de cada um. O raciocínio básico nesse conceito é o de que, ao gastar 2 reais com refrigerante, João passa a ter 2 reais a menos para gastar com qualquer outra coisa.
Questão para reflexão:
Qual o custo de oportunidade você estar, agora, lendo este texto? 
O conceito de custo de oportunidade ilustra bem a ideia de escolha, que decorre da escassez. Importante observar que as pessoas e empresas enfrentam escolhas todos os dias, sendo que grande parte destas podem ser analisadas sob a ótica da Economia. As escolhas da sociedade, como um todo, podem ser compreendidas através dos chamados “problemas econômicos fundamentais”, assim enunciados:
O quê e quanto produzir?
Como produzir?
Para quem produzir?
Essas questões não têm resposta simples! Basicamente, essas questões ilustram verdadeiros dilemas econômicos. Vejam: que tipo de produtos as fábricas, lavouras e prestadores de serviços devem produzir em um país? Em que quantidade? Utilizando quais tecnologias? Quem irá consumir? Você pode responder algo como: DEPENDE. Mas depende do quê?
Em primeiro lugar, devemos notar que essas questões só ganham importância, pois os recursos são escassos. Mas como respondê-las? Basicamente, existem dois caminhos opostos: o caminho do livre mercado e o caminho do controle governamental.
Nesse momento, gostaria que vocês começassem a pensar sobre os dois caminhos e suas implicações:
A) De forma simplificada, no livre mercado, as pessoas fariam tais escolhas de forma livre, sem intervenção governamental. Os empresários seriam livres para montar seu próprio negócio, aceitando os riscos, mas também podendo usufruir dos benefícios. Por um lado, esse modelo tende a gerar alto crescimento econômico; por outro lado, as pessoas menos favorecidas da sociedade ficam “órfãs”, sem muito apoio;
B) Num regime com intervenção governamental, tais escolhas seriam limitadas pelas decisões governamentais, que tem controle sobre os negócios que são abertos e sobre os lucros que os empresários podem obter. Por um lado, a riqueza da sociedade é mais bem distribuída e gera-se menos desigualdade; por outro lado, o desenvolvimento econômico fica prejudicado.
E agora? Qual dos dois está mais correto? É difícil de afirmar! Essas análises foram feitas de forma bastante simplificada, de forma que ao longo da nossa disciplina, poderemos responder com mais propriedade essas questões. Veremos, também, que não existem apenas os caminhos opostos. Na verdade, existem sistemas mistos, nos quais há tanta liberdade de mercado quanto intervenção estatal.
No sistema capitalista, de forma geral, o mercado funciona livremente, de acordo com a lei da oferta e demanda. Para entendermos melhor essa questão, veja a imagem abaixo: 
A charge, acima, ilustra um típico movimento de livre mercado: começa a chover e o vendedor aumenta o preço do guarda-chuva. Essa é uma decisão bastante eficiente, pois ele sabe que, devido à chuva, as pessoas estão mais dispostas a pagar um pouco mais caro pelos produtos. Esse movimento de oferta e demanda é típico do sistema capitalista: o vendedor (ofertante) aproveita uma situação favorável para aumentar o preço de seu produto; já o comprador (demandante), devido a uma necessidade, acaba dispondo-se a pagar um pouco mais pelo produto. Caso pare de chover ou caso os compradores achem que o vendedor de guarda-chuvas está explorando demais no preço, haverá, provavelmente, uma queda na demanda (pessoas compram menos). Essa queda na demanda forçará o vendedor de guarda-chuvas a reduzir o preço para conseguir vender. Essa sequência de movimentos é a chamada lei da oferta e demanda, que é um dos princípios mais conhecidos da economia. A lei da oferta e demanda não é a única, mas é uma boa forma de explicar como acontecem os movimentos de preços e quantidades vendidas nos mercados.
Podemos afirmar, portanto, que a economia possui um princípio amplamenteaceito de como os mercados funcionam: a lei da oferta e demanda. No entanto, é também amplamente aceito que nem sempre a lei da oferta e demanda funciona perfeitamente. Em outras palavras, nem sempre o livre mercado é capaz de eliminar todas as imperfeições da economia.
CANSADO?
Estamos chegando ao fim dessa web-aula. Nosso objetivo foi conhecer os conceitos básicos da economia. A partir dessas reflexões iniciais, abordaremos, na próxima web aula, algumas características de sistemas capitalistas e socialistas. Até a próxima! 
Unidade 2 - Capitalismo e Socialismo
Em linhas gerais, os países organizam-se segundo dois sistemas econômicos (com algumas variações dentro destes): o sistema capitalista (livre mercado) e o sistema socialista (alta intervenção estatal)
O sistema capitalista (ou economia de mercado) – predominante no mundo contemporâneo – é regido pelas forças do mercado (oferta e demanda), predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos meios de produção. Nesse sistema, os “problemas econômicos fundamentais” são decididos livremente pelas pessoas e empresas, com mínima intervenção do Estado. Por exemplo, João pode decidir se tornar empresário e escolher fabricar sapatos, por exemplo. Ele deve decidir a quantidade a ser fabricada, a tecnologia e mão-de-obra a ser empregada e o público ao qual o produto será oferecido. Ou seja, os “problemas econômicos fundamentais” são decididos livremente pelas pessoas.
No sistema socialista (ou economia centralizada) predomina a propriedade pública dos meios de produção, sendo que os “problemas econômicos fundamentais” são, predominantemente, decididos pelo Estado, de acordo com as necessidades do país. Ou seja, questões como preços dos bens e serviços, salários, quantidade produzida e distribuição das riquezas são decididas pelo governo, não pela lei da oferta e demanda. Um bom exemplo de um país com estas características é Cuba, onde há restrições à liberdade individual.
De forma geral, é possível afirmar que o sistema capitalista privilegia e eficiência enquanto o sistema socialista privilegia a equidade. O conceito de eficiência implica em aproveitar ao máximo os recursos disponíveis (pessoas e empresas buscam maximizar seus interesses individuais). O conceito de equidade está ligado à disposição de reconhecer igualmente o direito de cada um (igualdade).  Veja a charge, abaixo:
Embora o país como um todo possa apresentar desenvolvimento, nem todas as pessoas conseguem usufruir dos benefícios. Como já observado, em sistemas capitalistas essa equidade (efetiva igualdade de direitos entre as pessoas) é ainda mais difícil de se observar. 
Vamos ver um pouco mais sobre os dois sistemas:
Conforme Singer (2002, p.174) a promessa do Socialismo é instaurar uma sociedade superior ao Capitalismo em três aspectos:
- A economia não estaria sujeita a crises, a desempregos, porque ela seria planejada, havendo um controle por parte da coletividade sobre o processo social de produção e distribuição, portanto, o indivíduo não seria mais dominado pelas forças imprevisíveis do mercado; A instauração da igualdade: a sociedade capitalista seria a última sociedade de classes, cuja evolução simplificaria a estruturação sócial e; O Socialismo proporcionaria a todos os membros da sociedade um grau superior de bem-estar material e de liberdade.
O sistema Socialista pode se caracterizar como um sistema em que não existe propriedade privada ou meios de produção particulares. A economia é controlada pelo Estado com o objetivo de promover a distribuição justa da riqueza entre todas as pessoas da sociedade (...) Este novo sistema colocado em prática apresentou vários problemas: Falta de participação do povo nas decisões governamentais; Falta de liberdade de pensamento e expressão; Formação de um grupo político altamente privilegiado.
(...) Atualmente a maioria dos países adota o capitalismo. A globalização e a Era da Informação vêm tornando o sistema Capitalista mais dinâmico e em constante modificação. O Capitalismo apresenta algumas vantagens: Baixa taxa de analfabetismo; Elevada renda per capita; Elevado nível alimentar; Dominação econômica; Controle da ciência e da tecnologia, etc.
Como regra geral, o socialismo é considerado fracassado no mundo, pela maioria dos analistas. Embora seus objetivos sejam muito virtuosos, na prática, o socialismo não se desenvolveu como se desejava. Ao mesmo tempo, o capitalismo “selvagem” continua sendo criticado e busca se renovar para tornar-se mais justo.
Ao longo da disciplina, discutiremos mais sobre socialismo e capitalismo. Apenas para ajudar a desenvolvermos nosso pensamento, assistam ao vídeo sobre os 50 anos da revolução cubana.
Link para vídeo:http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM943223-7823-REVOLUCAO+CUBANA+COMPLETA+ANOS,00.html
É importante observar que nem mesmo os capitalistas que criticam o socialismo são totalmente contra a intervenção do Estado na economia, desde que seja uma intervenção moderada. Esses economistas entendem que a lei da oferta e demanda (já exposta na primeira web-aula) não consegue explicar perfeitamente o funcionamento do mercado.
Para enriquecermos esse debate sobre sistemas econômicos, leiam o artigo a seguir, chamado “Capitalismo e socialismo no contexto brasileiro”, que analisa essa temática no Brasil. O link para o artigo encontra-se a seguir:http://diegociconi.com/capitalismo-e-socilismo-no-contexto-brasileiro-29/
Este outro artigo, chamado “Nem capitalismo, nem socialismo, nem morte”, há uma outra discussão, que aborda a questão ideológica dos dois sistemas. O link para o artigo encontra-se a seguir:http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=2212
Por fim, para “esquentar” mais a discussão, leia o texto “O sucesso dos países comunistas nos esportes”, no qual o autor – o economista Adolfo Sachsida – faz uma crítica ao sistema socialista. O link para o artigo encontra-se a seguir: http://bdadolfo.blogspot.com/2008/02/o-sucesso-dos-pases-comunista-nos.html
CANSADO?
Estamos chegando ao fim dessa web-aula. Nosso objetivo foi conhecer as principais diferenças entre o sistema capitalista e socialista. A partir dessas reflexões iniciais, estamos aptos a entrar, de vez, em nosso conteúdo. Até a próxima!
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