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SINAIS VITAIS

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Sinais Vitais
São funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida, que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença.
Os sinais vitais foram defendidos desde a antiguidade por Hipócrates, como um dos mais importantes dados do exame físico, porém, hoje, são tratados com negligência, pois esses sinais permitem diagnosticar doenças como hipertensão arterial, choque, sepse, febre, hiperatividade simpática, entre tantas, bem como monitorizar evolutivamente doenças em curso.
Os quatro sinais vitais principais, monitorizados rotineiramente são: 
Pulso;
Temperatura;
Respiração;
Pressão sanguínea – a pressão arterial não é considerada um sinal vital, mas é medida frequentemente junto com os sinais vitais.
A alteração ou a manutenção de um sinal vital dentro da normalidade não significa por si só, a ausência ou a presença de doenças. 	A verificação dos sinais vitais deve ser avaliada não isoladamente, mas no contexto de cada caso e de cada doença em particular. Por exemplo: se um determinado paciente esta febril ou hipertenso, estas informações de maneira isolada tem utilidade limitada se não houver parte do examinador a tentativa de estabelecer um vínculo entre causa e efeito. Se esta correlação for inadequada, provavelmente não haverá uma medida diagnóstica e/ou terapêutica levando a prejuízos na resolução dos problemas médicos do paciente.
PULSO
Após cada batimento ou ciclo cardíaco, quando o sangue é ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta, a pressão e o volume resultantes provocam oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial. Esta onda resultante é chamada de pulso, evidenciando quando da palpação de uma artéria. A palpação depende sempre das condições hemodinâmicas do paciente e, principalmente, da habilidade e da sensibilidade tátil do examinador.
Determinados fatores podem provocar alterações passageiras no pulso, como emoções, exercícios físicos, alimentação, drogas em uso, etc... 
Estas alterações ocorrem: na frequência, no ritmo e no volume. São freqüentes os erros de avaliação do pulso causados por localização incorreta e por confusão com o próprio pulso do examinador, principalmente nas situações de hipotensão grave e durante o atendimento de paradas cardíacas.
Locais de verificação de pulso
Geralmente, faz-se a verificação do pulso na artéria radial, o qual deve ser feita a 2 cm da base do polegar , utilizando dois ou três dedos ao longo do curso vascular comprimindo-o contra o osso rádio (com isso, reduzimos a possibilidade de confusão desse pulso com batimentos vasculares do dedo polegar do examinador). Deve ser feita a contagem da freqüência cardíaca durante 15 a 30 segundos, observando as características do pulso quanto ao grau de amplitude ou intensidade, regularidade ou ritmo, rigidez da parede arterial, simetria e isocronicidade.
Quando o pulso radial se apresenta muito fraco, as artérias mais calibrosas, como a carótida e a femural, poderão facilitar a correta verificação. Outras artérias como a temporal, facial, braquial, poplítea e pediosa também possibilitam a verificação do pulso.
 
É importante que nos pacientes com pulso irregular sejam contados os batimentos durante 60 segundos, conferindo essa freqüência com os batimentos cardíacos auscultados no precórdio. Observa-se dissociação pulso/precórdio em pacientes apresentando fibrilação atrial, que por ser uma arritmia irregular apresenta diferentes graus de enchimento diastólico, proporcionais ao tempo diastólico do batimento anterior.
Irregularidades “rítmicas” podem ser observadas em pacientes com extra-sistolias, bi ou trigeminadas, ou arritmia respiratória (aceleração com inspiração, vista em pacientes normais, abaixo de 40 anos).
Pulsos filiformes (finos) devem sempre ser confirmados em um grande tronco (carotídeo, femoral,ou apex cardíaco)
A freqüência do pulso do recém-nascido é, em média de 120 (bpm), podendo chegar aos limites de 70 a 170 (bpm), aos 4 anos, a média se aproxima de 100 (bpm), variando entre 80 a 120 (bpm), mantendo-se assim até os 6 anos. Dessa idade até os 12 anos, a média fica em torno de 90 (bpm), com variação de 70 a 110 (bpm). Aos 18 anos, atinge 75 (bpm) nas mulheres e 70 (bpm) nos homens.
A partir da adolescência observamos nítida diferenciação entre o crescimento físico de mulheres e homens, o que influencia a freqüência do pulso: na fase adulta, de 65 a 80 (bpm) nas mulheres e de 60 a 70 (bpm) nos homens.
Características do Pulso
Freqüência: corresponde de maneira indireta ao número de batimentos cardíacos por minuto e varia de acordo com a idade e o sexo. É importante que se tenha um registro cronológico da freqüência do pulso.
Valores normais:
Recém-nascido = 120 – 140 (bpm);
Lactante = 100 – 120 (bpm);
Segunda infância e adolescência = 80 – 100 (bpm);
Adulto = 60 – 80 (bpm).
Volume: distingue subjetivamente se pulso cheio ou pulso fino.
Ritmo: rítmico ou regular, arrítmico ou irregular, uma arritmia cardíaca envolve interrupção na sequência de sons cardíacos sucessivos.
Outros pulsos que podem ser examinados durante o exame inicial do paciente são: 
Carotídeo – é onde a maioria das anormalidades das ondas de pulso é percebida;
Temporal / jugular;
Braquial;
Femoral;
Poplíteo;
Pedioso;
Tibial posterior.
Amplitude de Pulso – Graduação
0 – ausente;
1+ pulso diminuído, apenas palpável, fácil de obliterar;
2+ palpável com facilidade, normal;
3+ cheio, aumentado;
4+ forte, não pode ser obliterado.
Tipos de Pulso
Hipercinético ou Célere – aumento da pressão do pulso, produzido por combinações variáveis de aumento do débito cardíaco e do volume sistólico;
Hipocinético, Fraco ou Fino – implica na redução da pressão da onda de pulso, geralmente provocado por débito cardíaco baixo, associado ao aumento da resistência vascular priférica;
Irregular da fibrilação atrial ou em arritmias cardíacas.
Causas da diminuição na Pressão de Pulso
Baixo Débito Cardíaco
Insuficiência Cardíaca;
 Sepse;
Choque, Hipovolemia, Vasodilatação Periférica;
Infarto Agudo do Miocárdio;
Tamponamento Cardíaco, Pericardite;
Cardiomiopatia e Miocardite.
Mecânicas
Doenças Valvulares (aórticas ou mitrais)
Obstrução do fluxo de saída aórtico;
Estenose ou Insuficiência Mitral.
Causas de aumento na Pressão de Pulso
Redução na distensibilidade arterial:
Hipertensão;
Ateriosclerose.
Aumento do volume sistólico:
Normal, exercícios físicos;
Ansiedade;
Bloqueio cardíaco completo (BAV).
Débito cardíaco aumentado:
Febre;
Anemia;
Cirrose Hepática;
Tireotoxicose;
Síndrome Cardíaca Hipercinética;
Fistulas Arteriovenosas.
Pulso Apical (Apex ou Ictus Cordis)
Ao examinar o tórax, expor o osso esterno e o hemitórax esquerdo do paciente. Localizar o quinto espaço intercostal na linha medioclavicular. Colocar o diafragma do estetoscópio sobre o ápice cardíaco e auscultar até ouvir as bulhas cardíacas normais B1 e B2, contar a freqüência durante 1 minuto.
Terminologia:
Normocardia = freqüência normal;
Bradicardia = freqüência abaixo do normal;
Taquicardia = freqüência acima do normal;
Taquisfigma = pulso fino e taquicárdico;
Bradisfigma = pulso fino e bradicárdico.
Observações: 
Nunca se deve usar o polegar para verificar o pulso, pelo risco de confundir a pulsação própria com a pulsação do paciente;
Nunca se deve verificar o pulso com as mãos frias;
Não se deve controlar o pulso do braço onde se fez cateterismo cardíaco ou em presença de fístula para hemodiálise;
Se possível, verificar o pulso no tempo de um minuto, pois podem ocorrer alterações neste período, que não seriam analisados se a verificação fosse feita em quinze ou trinta segundos, multiplicando, respectivamente, em quatro ou duas vezes;
Durante a respiração boca-a-boca a verificação mais conveniente é a da carótida, tanto em adultos quanto em crianças.Este pulso costuma ser o mais forte, em bebês, durante uma respiração boca-a-boca, a palpação mais fácil é na artéria braquial (face interna do braço, entre o ombro e o cotovelo).
RESPIRAÇÃO
Processo complexo que envolve o aparelho cardiorespiratório, que consiste nas trocas gasosas entre o organismo e o meio ambiente, com particular importância na captação de O² e na eliminação do CO².
O termo “respiração” refere-se mais ao processo que ocorre a nível celular, seria mais adequado usar o termo “ventilação” para o processo de entrada e saída de ar dos pulmões.
A insuficiência respiratória ocorre quando os pulmões falham, por alguma razão, em oxigenar o sangue arterial adequadamente, ou falham em prevenir a retenção de CO², ou ambas as situações. Em termos numéricos, ocorre quando se observa na gasometria arterial, níveis de PaO², inferiores a 60 mmHg (milímetros de mercúrio) e PaCO² acima de 50 mmHg, em ar ambiente.
Freqüência Respiratória (FR)
Um adulto normal, em repouso, respira entre 12, 15 ou 18 movimentos respiratórios por minuto, dependendo da literatura consultada. É importante observar características que indicam normalidade da respiração, como intervalos regulares entre a inspiração e expiração, movimento torácico simétrico, ausência de esforço e ruído.
Dispnéia = consiste na alteração do ato de respirar, que é traduzida pela queixa subjetiva de “falta de ar” pelo paciente, ou pela observação de desconforto respiratório, por parte do examinador, incluindo o aumento da freqüência e aumento da amplitude da movimentação do tórax;
Eupnéia = presente no indivíduo quer respira normalmente (eupneico);
Taquipnéia = aumento da freqüência respiratória, ou respiração rápida, é comum nos pacientes com pneumonia, edema pulmonar, tromboembolismo, choque e acidose metabólica, dor intensa e fratura das costelas com ou sem pneumotórax;
Bradipnéia = redução na freqüência respiratória, chamada de hipoventilação, geralmente associada à hipertensão intracraniana, a outros danos cerebrais e à overdose de drogas depressoras do SNC;
Apnéia = ausência de movimentos respiratórios, que pode ser transitória em indivíduos com distúrbios da regulação central da ventilação (apnéia do sono ou outros danos cerebrais onde o ritmo respiratório se torna irregular);
Ortopnéia = dispnéia em decúbito, aliviada pelo menos parcialmente ao sentar, ou pela elevação parcial do tronco;
Hiperpnéia = presente quando há respirações profundas, rápidas e anormais;
Hiperventilação = respiração excessiva com ou sem a presença de dispnéia, muitas vezes presente em quadros de ansiedade;
Respiração de Cheyne Stokes = caracteriza-se por aumento gradual na profundidade das respirações, seguido de decréscimo gradual dessa profundidade, com período de apnéia subseqüente;
Respiração Estertorosa = respiração ruidosa, presente no edema pulmonar e nos pacientes com retenção de grande quantidade de secreções.
Técnica para Ventilação
Paciente em repouso, por pelo menos 5 a 10 minutos;
Assegurar que o tórax esteja exposto para avaliação das excursões respiratórias;
Estando ainda verificando o pulso, deve-se observar o padrão da respiração do paciente;
Contar a freqüência respiratória durante 30 segundos, multiplicando-se por 2, observa-se o tipo de respiração e características da mesma;
Se os movimentos respiratórios são anormais, conta-se o número de movimentos durante um minuto completo;
Verificar a profundidade, se as excursões ou movimentos da parede torácica são completas e iguais em ambos os lados do tórax;
Verificar, no caso de anormalidades, se as excursões são superficiais ou profundas, se há desigualdade ou assimetria na expansão do tórax, indicando restrição por posição no leito ou por patologia;
É importante registrar se o paciente esta recebendo suplementação de O² (máscara ou cateter nasal, e a vazão em litros do gás por minuto);
Dentro do possível, inquirir o paciente sobre a sua percepção da dispnéia; é comum observar pacientes em visível desconforto respiratório, porém este fato não é percebido por ele.
Tipos de Movimentos Respiratórios
Torácico ou Costal = efetuado principalmente pelos músculos costais do tórax, comum em mulheres;
Abdominal ou diafragmático = efetuado pelos músculos abdominais, mais comum em homens.
Observação:
Em qualquer circunstância em que haja acúmulo de dióxido de carbono (hipercapnia) e diminuição de O² (hipoxemia), haverá a tendência reflexa de aumentar o número e a profundidade da respiração.
TEMPERATURA (T)
A temperatura corporal normal de uma pessoa varia dependendo do sexo, de suas atividades físicas, do consumo dos alimentos e de líquidos, do horário e do dia em que é mensurada e, nas mulheres, do estágio do ciclo menstrual.
A temperatura pode ser medida das seguintes maneiras:
Axilar = a temperatura axilar pode ser verificada sob o braço usando um termômetro de mercúrio ou digital. As temperaturas medidas desta forma tendem a ser 0,3 a 0,6ºC mais baixas do que aquelas temperaturas mensuradas pela via oral ou retal;
Oral = a temperatura pode ser medida pela boca usando o termômetro clássico de vidro e mercúrio, ou com os termômetros mais modernos, digitais que possuem um sensor eletrônico;
Retal = as temperaturas são medidas pela introdução retal (usando um termômetro de mercúrio ou um termômetro digital) e tendem a ser 0,6ºC mais altas do que quando comparadas com a oral;
Central = a temperatura nos tecidos profundos do corpo (ou “centro”) permanece quase constante, dia após dia, com variação de mais ou menos 0,6ºC, exceto quando o individuo contrai alguma doença febril. A medição pode ser feita por meio do conduto auditivo, utilizando-se um termômetro com sensor infravermelho; o corpo nu pode ficar exposto a temperatura de apenas 13ºC ou de até 70ºC, em ambientes secos, e ainda manter sua temperatura corporal interna quase constante.
Temperatura Cutânea
Ao contrário da temperatura central, aumenta e diminui com a temperatura do meio ambiente. Essa é a temperatura que tem importância quando nos referimos à capacidade da pele perder calor para o meio ambiente.
Temperatura Central Normal
Nenhum nível isolado de temperatura pode ser considerado normal, visto que as medidas efetuadas em muitas pessoas normais mostraram uma faixa normal de 36ºC até 37,5ºC. 
Quando medidos na via retal, os valores são de aproximadamente 0,6ºC maiores que as temperaturas orais, em geral, a temperatura normal média situa-se entre 36,7ºC e 37ºC quando medida na boca, e é cerca de 0,6ºC maior quando medida por via retal.
Temperatura Corporal
Varia ligeiramente com o exercício e com extremos de temperatura do meio ambiente. Quando o corpo produz calor excessivo durante exercício intenso, a temperatura retal pode aumentar para 38,3ºC a 40ºC. 
Por outro lado, quando o corpo fica exposto ao frio a temperatura retal quase sempre pode cair para valores inferiores a 36,6ºC.
Regulação da Temperatura
O organismo produz calor continuamente, como resultado do seu metabolismo, esse calor é dissipado (perdido) através da pele.
Três processos físicos principais estão envolvidos na perda de calor para o ambiente:
1 – Radiação = transferência de calor para outro objeto de temperatura mais baixa, situada a distância;
2 – Condução = transferência do calor para um objeto mais frio em contato com ele;
3 – Convecção = o calor transferido por condução pelo ar que circunda o corpo é removido pela convecção que consiste no movimento do volume de moléculas de ar quente distante do corpo.
Evaporação = a evaporação pela pele auxilia o processo da perda de calor por condução, o calor é conduzido através da pele para as moléculas de água de sua superfície, fazendo com que a água se evapore. A fonte de água na superfície cutânea pode ser da respiração insensível, do suor, ou do ambiente.
Quando a temperatura ambiente é muito elevada, a radiação e a convecção não são eficazes e a evaporação pela pele torna-se o únicomeio de perder calor.
A rapidez da perda de calor, depende da temperatura da superfície da pele, que por seu turno, é uma função do fluxo sanguíneo cutâneo.
Sob condições normais, o sangue total que circula através da pele é de, aproximadamente 450 ml/minuto. O fluxo sanguíneo através destes vasos é controlado principalmente pelo Sistema Nervoso Simpático.
Um aumento do fluxo sanguíneo resulta na liberação de mais calor pela pele e numa rapidez maior da perda de calor pelo corpo, por outro lado, o decréscimo do fluxo sanguíneo diminui a temperatura cutânea e ajuda a conservar o calor para o corpo. Quando a temperatura começa a decrescer, como ocorre em um dia frio, há uma constrição vascular cutânea, reduzindo a perda de calor pelo corpo.
Sudorese = é outro processo pelo qual o corpo pode regular a velocidade da perda de calor. A sudorese não irá acontecer até que a temperatura central do corpo ultrapasse 37ºC, independentemente da temperatura da pele. Nos ambientes extremamente quentes, a rapidez de produção do suor pode ser bastante elevada, chegando a 1 litro por hora.
Febre (Hipertermia ou Febre) = também chamada de pirexia, se refere a temperatura corporal acima da faixa normal e geralmente indica que um processo patológico está ocorrendo no organismo, como um processo infeccioso, inflamatório ou neoplásico, etc.
A maioria dos processos infecciosos é acompanhado de hipertermia, cujas distinções – como intensidade, tempo de duração e periodicidade, variam conforme a natureza da infecção e características orgânicas do paciente.
A hipertermia costuma ser acompanhada de alterações cardiorrespiratórias, incluindo aumento da freqüência respiratória (taquipnéia) e dos batimentos cardíacos (taquicardia).
São comuns as queixas de fadiga, mal-estar, dores no corpo, secura na boca e falta de apetite, que causam muito desconforto à pessoa acometida. Pode provocar períodos de calafrio (sensação de necessidade de se agasalhar); em outros momentos, podem ocorrer episódios de transpiração e sensação de calor.
A severidade do processo causal da febre, não necessariamente é refletida pelo grau da temperatura. Por exemplo, a febre por um quadro gripal pode facilmente elevar a temperatura corporal quando isto seria esperado em razão de determinadas patologias.
Vários processos físicos e químicos, sob o controle do hipotálamo, promovem a produção ou perda de calor, mantendo nosso organismo com temperatura mais ou menos constante, independente das variáveis do meio externo. A temperatura corporal esta intimamente relacionada à atividade metabólica, ou seja, a um processo de liberação de energia por meio das reações químicas ocorridas nas células.
A hipertermia ou febre pode ser causada por anormalidades no próprio cérebro ou por substâncias tóxicas que afetam os centros de regulação térmica denominados agentes pirógenos, liberados por tecido do organismo em degeneração e pirógenos secretados por bactérias tóxicas que provocam febre em condução patológica.
Valores normais e suas variações
Temperatura axilar = 35,8ºC – 37,0ºC
Temperatura oral = 36,3ºC – 37,4ºC
Temperatura retal = 37ºC – 38ºC
Hipotermia = abaixo do valor normal
Hipertermia = acima do valor normal
Febrícula = temperatura entre 37,2ºC e 37,8ºC
Verificação da temperatura corporal
Material = termômetro de mercúrio ou digital, algodão, álcool.
Ação – primeiramente deve-se zerar a temperatura do termômetro, segurando-o sempre pela sua base e evitando tocá-lo na ponta de mercúrio ou no sensor, colocar o termômetro na área a ser verificada (segurando pela haste de vidro e nunca pelo bulbo evitando, desta forma, alterações no resultado da aferição), esperar aproximadamente de 4 a 5 minutos, retirar o termômetro segurando novamente pela haste, verificar a temperatura pelo mostrador da coluna de mercúrio.
Observações
Para garantir a precisão do dado, recomenda-se deixar o termômetro na axila do paciente por 4 a 5 minutos. Em seguida, proceder a leitura rápida e confirmar o resultado recolocando o termômetro e reavaliando a informação até a obtenção de duas leituras consecutivas idênticas em caso de febre.
Deve-se higienizar o termômetro com álcool após a verificação.
Pode ser também utilizado termômetro digital de boa qualidade; proceder da mesma maneira, porém o tempo de mensuração é determinado pelo “bip” do aparelho.
Anotar juntamente com os outros sinais vitais (pressão arterial, respiração e pulso).
PRESSÃO ARTERIAL (PA)
Definição: a pressão ou tensão arterial é função do produto: débito cardíaco x resistência vascular periférica, ou seja, pressão arterial reflete a pressão que o sangue exerce contra a parede dos vasos, quando é lançado na corrente sanguínea, pelo ventrículo esquerdo, sendo esta pressão dependente de cinco fatores principais. São eles: 
Força contrátil do coração (ventrículo esquerdo) : uma fraca contração da bomba cardíaca leva a uma queda na pressão; já que o débito cardíaco, que é a quantidade de sangue ejetado do ventrículo esquerdo (VE), fica prejudicado;
Resistência vascular periférica: quando o calibre dos vasos periféricos torna-se reduzido (vasoconstrição) a pressão se eleva, devido ao aumento da resistência; já quando esses tem um calibre mais amplo (vasodilatação), ocorre a diminuição da pressão sanguínea;
Volume do sangue circulante (volemia): é de fácil compreensão de que quanto maior a quantidade de sangue no interior dos vasos, maior será a pressão exercida sobre os mesmos e vice-versa;
Viscosidade sanguínea: é decorrente da composição dos fluidos corporais circulantes, das proteínas (pressão oncótica) e dos elementos figurados do sangue. Quanto mais viscoso, mais alta será a pressão arterial;
Elasticidade da parede dos vasos: se relaciona à resistência oferecida pelos vasos ao fluxo sanguíneo. Quanto menos elástica for a parede do vaso, maior será a resistência oferecida por ele e, consequentemente, maior a pressão.
Componentes básicos da Pressão Arterial (PA)
Pressão Máxima
Pressão máxima chamada de sistólica, que é exercida pelo batimento cardíaco no momento em que o ventrículo esquerdo ejeta o sangue através da artéria aorta. O termo sistólica, refere-se à sístole que é a fase de contração do ventrículo esquerdo seguido da ejeção de um volume de sangue (débito cardíaco).
Pressão Mínima
Pressão mínima chamada de diastólica, que é a pressão que esta continuamente nas artérias, na fase de relaxamento (diástole) e enchimento do ventrículo esquerdo.
É importante ressaltar que os valores da pressão arterial não são fixos, podem variar de acordo com o horário (dia ou noite), e em diferentes circunstâncias como ser menor durante o sono ou quando a pessoa esta deitada e maior, por exemplo, durante emoções e exercícios. Também pode-se encontrar valores diferentes de pressão, quando essa for verificada nos dois braços. A idade e o sexo são fatores que interferem nos valores da pressão – mulheres tem PA menor que homens da mesma idade.
Valores de Pressão Arterial consideradas normais
Em um indivíduo adulto, as cifras normais são próximas de 120 mm Hg para a pressão sistólica e 80 mm Hg para a diastólica. Em idosos podem ser considerados normais valores até 140 x 90 mm Hg.
É importante que se conheçam os valores habituais da PA de um determinado paciente para que, ocorrendo um aumento ou diminuição de 20 a 30 mm Hg sobre este valor habitual, o profissional que presta o cuidado se coloque em estado de alerta.
Observação
Existem pessoas que vivem normalmente apesar dos seus valores de PA fugirem ligeiramente das cifras consideradas normais. Por isso a importância de se saber os valores habituais daquele paciente, porém, este dado deve ser avaliado evolutivamente.
Técnica para Verificação da Pressão Arterial (PA)
Material
Esfigmomanômetro calibrado;
Estetoscópio;
Papel (formulário próprio para registro) e caneta;
Ação e fundamentação
Paciente deve estar em posição confortável, sentado ou deitado, com o antebraço quaseperpendicular ao braço e a palma da mão para cima, para que o estetoscópio possa ser apoiado na artéria umeral;
O esfigmomanômetro precisa estar na parte superior do braço co a borda inferior a 2,5 cm acima do espaço antecubital, conseguindo, dessa forma, a compressão da artéria umeral;
Iniciar com método palpatório para determinação da PA sistólica (desinsuflar o manguito durante a palpação da artéria braquial);
Colocação do estetoscópio no espaço antecubital;
Insufla-se o manguito até que o manômetro registre 20 mm Hg acima da pressão sistólica habitual do paciente, evitando assim que o sangue flua pela artéria umeral;
Abre-se gradualmente a válvula do insuflador de borracha (3 mm Hg por segundo) e lê-se no manômetro o ponto em que se ouve o primeiro ruído – pressão sistólica, que representa o momento em que o sangue já é capaz de fluir através da artéria, apesar da pressão exercida pelo manguito sobre o vaso;
Continua-se a descompressão até que se deixe de ouvir o ruído cardíaco ou ocorra um abafamento do som – pressão diastólica, que traduz o momento em que o sangue volta a circular livre na artéria umeral. Esta pressão se equivale à pressão que o sangue exerce de modo normal sobre a parede das artérias quando o coração está em repouso;
Os sons ouvidos são chamados de sons de korotkoff;
Como último procedimento deve-se registrar os valores e caso haja alterações significativas, comunicar o médico responsável, pois tal procedimento permite que o profissional detecte precocemente complicações além de fornecer subsídios para prescrições médicas e de enfermagem.
Observações
Antes de usar o estetoscópio é importante que se limpe suas olivas removíveis, com movimentos firmes e de uma só vez com um algodão embebido em álcool;
Testar o esfigmomanômetro para detectar defeitos como vazamento, defeito no manômetro e válvula. O aparelho deve estar calibrado. No Brasil é obrigatório um selo de certificação da calibração do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia);
Os aparelhos usados para mensuração devem ser de coluna de mercúrio ou os mais utilizados, com manômetro do tipo aneróide, ou ainda, equipamentos de mensuração de PA invasivos e não – invasivos que realizam automaticamente a medida (ajustado em tempo). A unidade padrão de medição é a de milímetros de mercúrio (mm Hg);
Os equipamentos com mostrador digital não devem ser utilizados, pois, na maioria das vezes, são equipamentos frágeis e de baixa durabilidade, destinados ao uso doméstico e de precisão duvidosa, o que poderia ocasionar, com maior freqüência, erros na mensuração da pressão arterial.

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