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Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Curso de Formação Profissional Para Ingresso no Cargo de Perito Legista de 1ª Classe da 
Perícia Forense do Estado do Ceará - PEFOCE 
BIOLOGIA E BIOQUÍMICA FORENSE 
1 
 
 
 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Curso de Formação Profissional Para Ingresso no Cargo de Perito Legista de 1ª Classe da 
Perícia Forense do Estado do Ceará - PEFOCE 
BIOLOGIA E BIOQUÍMICA FORENSE 
2 
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL - SSPDS 
 
DELCI Carlos TEIXEIRA 
SECRETÁRIO DA SSPDS 
 
PERÍCIA FORENSE DO CEARÁ 
 
MAXIMIANO Leite Barbosa Chaves 
PERITO GERAL DA PERÍCIA FORENSE DO ESTADO DO CEARÁ 
 
ACADEMIA ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DO CEARÁ – AESP|CE 
 
José Herlínio DUTRA – Cel PM 
DIRETOR-GERAL DA AESP|CE 
 
ELIANA Maria Torres Gondim - DPC 
SECRETÁRIA EXECUTIVA DA AESP|CE 
 
DOUGLAS Afonso Rodrigues da Silva – Ten Cel PM 
COORDENADOR GERAL DE ENSINO DA AESP|CE 
 
Amarílio LOPES Rebouças – TC BM 
COORDENADOR PEDAGÓGICO 
 
NEYLA Adriano de Santana 
ORIENTADORA DA CÉLULA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA DA AESP|CE 
 
 
CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA INGRESSO NO CARGO DE PERITO LEGISTA DE 1ª CLASSE 
DA PERÍCIA FORENSE DO ESTADO DO CEARÁ - PEFOCE 
 
DISCIPLINA 
BIOLOGIA E BIOQUÍMICA FORENSE 
 
CONTEUDISTA 
José Newton Benevides Sá Junior 
 
Atualizada por: Telma Maria Melo Nazareth 
 
REVISÃO DE COERÊNCIA DIDÁTICA 
Erika Maria da Silva Pereira 
Francisco José Amaral Lima 
Jorgeana Reis da Silva 
Luciana Canito Austregésilo de Amorim 
Luciana Moreira da Silva 
Renata Teixeira de Azevedo 
 
FORMATAÇÃO 
JOELSON Pimentel da Silva – Sd PM 
 
• 2015 • 
 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Curso de Formação Profissional Para Ingresso no Cargo de Perito Legista de 1ª Classe da 
Perícia Forense do Estado do Ceará - PEFOCE 
BIOLOGIA E BIOQUÍMICA FORENSE 
3 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 4 
2. FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA CELULAR DE INTERESSE FORENSE ............................................................................ 4 
3. FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA MOLECULAR FORENSE ............................................................................................. 6 
POLIMORFISMO DE CADEIAS DE DNA ...................................................................................................................... 6 
DNA MITOCONDRIAL ................................................................................................................................................ 7 
CROMOSSOMO Y ...................................................................................................................................................... 8 
4. ANÁLISES BIOLÓGICAS FORENSES ............................................................................................................................ 8 
SANGUE .................................................................................................................................................................... 8 
TESTES PRESUNTIVOS OU DE ORIENTAÇÃO PARA DETECÇÃO DE SANGUE .............................................................. 9 
TESTES DE CERTEZA OU CONFIRMATÓRIOS PARA DETECÇÃO DE SANGUE ............................................................ 10 
TIPAGEM SANGUÍNEA COM FINALIDADE FORENSE ............................................................................................... 10 
SÊMEN HUMANO ................................................................................................................................................... 12 
5. CADEIA DE CUSTÓDIA E PRESERVAÇÃO DA AMOSTRA BIOLÓGICA ........................................................................ 14 
INDÍCIO, VESTÍGIO E EVIDÊNCIA ............................................................................................................................. 14 
CADEIA DE CUSTÓDIA ............................................................................................................................................. 15 
6. COLETA, ACONDICIONAMENTO, CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS ............................. 15 
7. NOÇÕES DE BIOSSEGURANÇA ................................................................................................................................ 17 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................................. 18 
 
 
 
 
 
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE 
Curso de Formação Profissional Para Ingresso no Cargo de Perito Legista de 1ª Classe da 
Perícia Forense do Estado do Ceará - PEFOCE 
BIOLOGIA E BIOQUÍMICA FORENSE 
4 
BIOLOGIA E BIOQUÍMICA FORENSE 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A análise dos vestígios de origem biológica atrelados a fatos delituosos é feita, pelo ramo da 
criminalística, conhecido como Biologia Forense. Seu principal objetivo é confirmar se realmente são amostras 
biológicas (ex. sangue ou outros fluídos corporais) e se possível, obter dados suficientes que possam identificar o 
autor do delito ou comprovar seu vínculo ao fato criminoso, auxiliando assim nas investigações criminais. 
Dentre os principais vestígios analisados por este ramo, podemos citar o sangue, o esperma, os fios de 
cabelos, os insetos, os vegetais, entre outros. 
Como se observa, existe uma grande variedade de vestígios que podem ser coletados em locais de 
crimes e que são objetos de estudo da Biologia Forense. A biologia aplicada às análises criminais é uma atividade 
multidisciplinar, sendo assim, subdividida em diferentes áreas de pesquisa, das quais podemos citar a Bioquímica 
Forense, a Hematologia Forense, a Botânica Forense, a Entomologia Forense, a Genética Forense, etc. 
A Bioquímica Forense utiliza técnicas bioquímicas e ensaios para auxiliar nas investigações criminais. 
A Hematologia Forense estuda os tipos de manchas de sangue, salpicos e gotas, com intuito de fornecer 
informações para subsidiar os processos criminais. 
A Botânica Forense visa o estudo de plantas, sementes ou de qualquer outro tipo de amostra vegetal 
para fins forense, enquanto que a Entomologia Forense estuda os insetos e outros artrópodes com finalidade 
criminal. 
A Genética Forense é considerada um dos segmentos mais inovadores e precisos da Biologia Forense na 
atualidade, sendo responsável pela análise do material genético encontrado em materiais de origem biológica 
ligados a questões criminais. 
 
2. FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA CELULAR DE INTERESSE FORENSE 
 
A célula é a unidade morfológica e funcional básica dos organismos vivos, possuindo a capacidade de se 
diferenciar e de interagir entre si para melhor desempenhar suas funções. 
O conjunto de células semelhantes, unidas com a finalidade de desempenhar uma função específica, 
recebe o nome de tecidos. A junção de vários tecidos recebe o nome de órgãos, que por sua vez são 
denominados de sistemas, os quais unidos formam um organismo. 
Dentre os tecidos existentes no organismo humano, o sangue é um dos que mais chama atenção na 
prática forense, visto que ele é o tipo de vestígio mais encontrado em locais de crimes violentos com homicídios, 
suicídios e agressões físicas. 
O sangue é um tecido fluído formado por uma massa heterogênea de células diferenciadas (glóbulos 
brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas) que se encontram suspensas em uma fase líquida denominada de 
plasma. Ele esta envolvido em várias funções vitais ao organismo, dentre elas: transporte de gases, defesa do 
organismo, coagulação, veiculação de nutrientespara os diversos tecidos, regulação térmica, regulação hídrica, 
manutenção do equilíbrio ácido-básico e iônico. ¹ 
A fração plasmática corresponde a, aproximadamente, 55% do volume sanguíneo, enquanto que os 45% 
restantes correspondem à fração celular. 
A água constitui a maior parte (92%) do volume do plasma, enquanto que as proteínas e outros 
componentes orgânicos e inorgânicos, respondem pelos 8% restantes. 2 
A porção celular é composta por glóbulos vermelhos (eritrócitos), por glóbulos brancos (leucócitos) e 
pelas plaquetas, sendo que os o eritrócitos são maioria em quantidade e em volume. 
A proporção entre o volume de sangue e a massa corpórea de um indivíduo é de, aproximadamente, 
62,4ml/kg para homens e de 61,9ml/kg para mulheres. Com base nesses dados pode-se estipular que um homem 
adulto com massa corpórea de 75Kg e uma mulher adulta com 60kg, apresentam um volume total de sangue 
aproximado de 4.680ml e 3.714ml, respectivamente.2 
Dentre as principais proteínas encontradas no plasma sanguíneo, destacam-se a albumina, as 
imunoglobulinas, o fibrinogênio, as proteínas do sistema complemento, as lipoproteínas e os fatores da 
coagulação do sangue. 
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5 
Em condições normais, o plasma tem viscosidade 1,2 vezes maior que a da água. A temperatura 
influencia na viscosidade de um líquido, onde a cada grau centígrado que diminui a viscosidade aumenta cerca de 
2%. 
O sangue total apresenta uma viscosidade que varia entre 2,0 a 15,0 vezes a da água. A quantidade de 
células suspensas no plasma, bem como a quantidade de proteínas ou de outras substâncias que o compõe 
influenciam diretamente nesta variação de viscosidade. 
As plaquetas sanguíneas ou trombócitos são fragmentos celulares anucleados que são formados na 
medula óssea. A sua principal função é a formação de coágulos, participando do processo 
de coagulação sanguínea. 
Os glóbulos vermelhos ou eritrócitos são as células em maior quantidade no sangue total, sendo esta 
fração de grande interesse nas práticas forenses, devido suas propriedades específicas. 
Os eritrócitos são discos bicôncavos que medem cerca de 7µ e apresentam excesso de membrana 
citoplasmática, transportando em seu interior uma macromolécula denominada de hemoglobina. Sua principal 
função é de prover, transportar e liberar o oxigênio a todos os tecidos do organismo. 
A hemoglobina, principal conteúdo do eritrócito, é uma macromolécula composta por uma fração 
proteica, composta por quatro cadeias de proteínas (duas alfa e duas beta), conhecida como globina, e por uma 
porção que contém o íon ferro, denominada de grupo heme (um grupo por cadeia, totalizando quatro grupos por 
molécula de hemoglobina). 
 
 
Figura: Representação esquemática da hemoglobina. 
 
 
Figura: Grupo heme. 
 
Os leucócitos, ou glóbulos brancos, fazem parte do sistema imunológico do organismo. Tem como 
principal função o combate e a eliminação de microrganismos e estruturas químicas estranhas ao organismo por 
meio de sua captura ou da produção de anticorpos, sejam eles patogênicos ou não. 
Os anticorpos são glicoproteínas solúveis, também chamadas de imunoglobulinas, e podem variar 
substancialmente numa gama de sítios de ligação a antígenos possíveis. Constituídas por duas cadeias pesadas (H) 
e duas cadeias leves (L). Os anticorpos marcam antígenos estranhos, neutralizam toxinas e ativam efetores 
imunológicos: complemento, mastócitos, etc., também são utilizados na clínica e na pesquisa científica como 
instrumentos de diagnóstico. 
O antígeno é toda estrutura capaz de reagir com células do sistema imune ou de interagir com um 
anticorpo sintetizado contra si próprio. O antígeno pode ser capaz de ativar o sistema imune e induzir a produção 
de anticorpos, ou seja, apresentar imunogenicidade. 
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6 
Os anticorpos se ligam aos antígenos através de uma ligação reversível formando um complexo 
antígeno-anticorpo. Esta interação é feita através de forças não-covalentes, tais como pontes de hidrogênio, 
atração eletrostática e forças de Van der Waals, havendo um equilíbrio dinâmico entre o antígeno dissociado, o 
anticorpo e o complexo antígeno-anticorpo. 3 
 
3. FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA MOLECULAR FORENSE 
 
O avanço das técnicas de biologia molecular na área de genética humana propiciaram conhecimentos 
suficientes para viabilizar a determinação do perfil genético de cada individuo, traçando assim uma espécie de 
“impressão digital molecular” individual. 
Os processos utilizados para a identificação humana têm como objetivo primordial descobrir 
características peculiares de cada indivíduo, assim os diferenciando dos demais. Essa identificação pode ser útil 
tanto para fins cíveis quanto para fins forenses. 
Segundo Bonaccorso1 a análise de materiais biológicos para a identificação de um ser humano, em 
especial nos casos forenses, teve início em meados do século XX, com a utilização dos grupos sanguíneos ABO 
para vincular suspeitos à evidências encontradas em locais de crime ou para identificar pessoas. Outras duas fases 
subsequentes da evolução das análises de materiais biológicos para fins forenses foram: à utilização de um 
complexo de histocompatilidade existente nas superfícies dos leucócitos, mais conhecidos como HLA (Human 
Leukocyte Antigen), os quais apresentam um grande poder discriminatório da individualidade genética, em 1954, 
e a descoberta de regiões de microssatélites existentes no material genético humano, criando uma espécie de 
“impressões digitais” de DNA (ácido desoxirribunucléico), através de um artigo publicado na revista Nature, em 
1985, por JEFFREYS et al. 
 A identificação humana através da análise do DNA nuclear tem-se mostrado uma das técnicas mais 
inovadoras e precisas da atualidade, com aplicabilidade nas mais diversas áreas. Na área cível, é comumente 
utilizada para estabelecer vínculos de paternidade ou de parentesco. Já na área criminal pode ser utilizada de 
várias maneiras, como para estabelecer uma conexão entre os suspeitos e a cenas de crimes, comprovar ou 
excluir a autoria de um ato delituoso e identificar restos humanos, dentre outros. 
O DNA nuclear humano é constituído pela combinação de quatro tipos diferentes de nucleotídeos. Cada 
nucleotídeo é composto por três componentes: um grupo fosfato, um açúcar e uma base nitrogenada, as quais 
podem ser púricas (adenina e guanina) ou pirimídicas (citosina e timina). 
O DNA é formado por duas cadeias de polinucleotídeos que formam entre si uma dupla hélice, com as 
bases nitrogenadas na porção interna da cadeia e o esqueleto de açúcar-fosfato na porção externa da molécula, 
ligadas transversalmente através de pontes de hidrogênio. Sua estrutura contém cerca de 3x109 pares de bases 
de nucleotídeos, sendo encontrado no interior do núcleo celular. 2 
 
 
Figura: Estrutura do DNA. 
 
 
POLIMORFISMO DE CADEIAS DE DNA 
 
Cada ser humano apresenta características físicas e fenotípicas individuais, sendo este o princípio da 
identificação através do DNA. Porém, muitas regiões da molécula de DNA são comuns a todos os indivíduos, 
como por exemplo, as que são responsáveis pela produção de enzimas e outras proteínas comuns aos seres da 
espécie humana. 
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BIOLOGIA E BIOQUÍMICAFORENSE 
7 
O DNA apresenta algumas regiões polimórficas que são consideradas às “impressões digitais 
moleculares” dos indivíduos. Os polimorfismos existentes no DNA humano podem ser divididos em polimorfismos 
de comprimento (STR e VNTR) e polimorfismos de sequência (mutações pontuais na sequencia de nucleotídeos, 
através de inserções, adições ou deleções). 
Os polimorfismos de comprimento incluem regiões específicas do DNA onde ocorre o aparecimento de 
sequências repetitivas de nucleotídeos. Estas regiões podem ser chamadas de “microssatélites” (STR - short 
tandem repeats ou repetições curtas in tandem) e de “minissatélites” (VNTR - variable number of tandem repeats 
ou número variável de repetições in tandem), dependendo da quantidade de bases que se repetem. 
A diversidade nestas regiões está no número de repetições de uma dada sequência de bases, que nos 
STR’s pode ser de 1 a 4 pares de bases e nos VNTR’s de 10 a 100 pares de bases. Sendo assim, devido à 
quantidade de repetições presentes, cada indivíduo terá um tamanho diferente para a região do DNA que contém 
um dado STR ou VNTR. Com isso, o alelo vai representar cada possibilidade de tamanho (ou de número de 
repetições) que pode ser encontrada. 
Um dos marcadores mais utilizados hoje em dia é o STR (Short Tandem Repeat). Os STR’s 
(microssatélites) são regiões repetitivas do DNA que são obtidas por meio da técnica de reação em cadeia de 
polimerase, ou PCR (Polymerase Chain Reaction), sendo possível por meio dessa técnica realizar a tipagem do 
DNA com quantidades mínimas de amostras, tais como, em fios de cabelo, manchas de sangue, entre outras. 
 
DNA MITOCONDRIAL 
 
As células apresentam também moléculas independentes de DNA extranuclear, com tamanho 
consideravelmente inferior ao DNA nuclear, sendo encontrados no interior de organelas citoplasmáticas 
denominadas de mitocôndrias. Este tipo de DNA é denominado DNA mitocondrial (DNAmt). 
Em situações onde a análise de DNA nuclear de amostras biológicas não pode ser feita, seja por motivo 
de degradação da molécula de DNA ou por motivo de sua real ausência no material disponível, ainda existem 
outras metodologias em que a análise do material genético do indivíduo pode ser feita com eficácia, como é o 
caso da análise do DNA mitocondrial (DNAmt). 
Uma célula eucariótica contém entre 250 e 1.000 mitocôndrias, quantidade essa que varia de acordo 
com a espécie, tipo e função celular. Cada mitocôndria contém entre 2 a 10 moléculas de DNA, perfazendo um 
total aproximado de 500 a 10.000 moléculas de DNA mitocondrial por célula. 
O genoma mitocondrial humano foi completamente sequenciado em 1981, por Anderson e 
colaboradores, e reavaliado em 1999 por Andrews e colaboradores, sofrendo algumas modificações e recebendo 
a denominação de CRS (Cambridge Reference Sequence). A molécula de DNAmt é composta por 16.569 
nucleotídeos e apresenta-se como uma dupla fita circular, anti-paralelas e complementares. É formada por uma 
fita pesada (Higth – H), a qual possui maior quantidade de purinas (Adenina e Guanina) em sua composição, e 
uma fita leve (Low – L) que apresenta maior quantidade de pirimidinas (Tiamina e Citosina). Contém 37 (trinta e 
sete) genes, dos quais: 13 (treze) são genes que codificam proteínas envolvidas na fosforilação oxidativa; 22 (vinte 
e dois) são genes que codificam RNAs transportadores e 02 (dois) codificam RNAs ribossomais (Fig. 3). Todos eles 
encontram-se envolvidos na produção de adenosina trifosfato (ATP), uma molécula fundamental para o 
metabolismo energético. 
Diferente do DNA nuclear, que tem origem paterna e materna, o DNA mitocondrial é de origem 
exclusivamente materna, sendo haplóide e não ocorrendo a recombinação entre os genomas mitocondriais 
provenientes dos progenitores. Devido a falta de histonas e de um sistema eficiente de reparo, a taxa de mutação 
do DNAmt é cerca de dez vezes superior ao DNA nuclear. 
Enquanto que o DNA nuclear apresenta um perfil de identidade único a cada indivíduo, o DNA 
mitocondrial é comum a todos os indivíduos parentes de linhagem materna, sendo também importantes em 
estudos de linhagens familiares. 
A prática forense baseia-se na utilização de técnicas científicas aplicadas a busca de evidências as quais 
estão atreladas a um processo criminal. 
Algumas características peculiares ao DNAmt o tornam um marcador genético de grande interesse na 
área forense. 
Sua estrutura circular e pequena, composta apenas 16.569 pb, bem como a sua localização no interior 
das mitocôndrias, tornam a molécula mais resistente à degradação por ação física, química e até biológica. 
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8 
Sua quantidade disponível também é um ponto importante para as análises, visto que o DNAmt 
apresenta uma grande quantidade de moléculas disponíveis para servir de molde de amplificação por PCR, 
tornando maior a probabilidade da obtenção de sequências nucleotídicas em amostras escassas. 
Em grandes desastres como incêndios, explosões, queda de aviões e outros, quando é mais difícil 
identificar os corpos, analisa-se o DNAmt e compara-se com sequências obtidas de possíveis irmãos ou 
ascendentes maternos. 
Em casos de identificação de restos humanos, o DNAmt pode ser útil quando familiares por via materna 
podem doar uma amostra de referência, para comparar diretamente o DNAmt da amostra questionada 
(BUDOWLE & BROWN, 2001). Esta análise torna-se possível devido o DNAmt ser monoclonal de origem materna, 
onde todos os familiares de linhagem materna herdam o mesmo tipo de DNAmt, excetuando-se em casos de 
mutações (trocas, deleções ou inserções) que podem ocorrer peculiarmente em alguns indivíduos. 
Devido a esta característica também pode o DNAmt ser utilizado para um teste de comprovação de 
maternidade quando não se tem o pai para que seja procedida a comparação dos STRs. 
A utilização da técnica de análise de DNAmt para fins forenses é reservada para tecidos escassos e 
antigos, onde não haja condições da extração do DNA nuclear, como é o caso de ossos, cabelos e dentes. 7 
 O fato da técnica da análise do DNAmt ser dispendiosa, exigir tecnologia qualificada e ser pouco 
informativa, sua utilização não é usual nos laboratórios forenses. 
Uma das principais limitações das análises forenses de DNA mitocondrial é o restrito poder de 
discriminação do indivíduo, devido à ocorrência de haplótipos comuns na população. Este fato foi demonstrado 
em pesquisas realizadas com DNAmt de norte-americanos caucasianos, onde foi detectado a incidência de perfis 
comuns na população estudada. 
 
CROMOSSOMO Y 
 
Embora o estudo do cromossomo Y não possibilite a identificação individual, ele pode oferecer 
informações valiosas sobre a origem parental masculina, visto que ele é transmitido exclusivamente do pai para 
os descentes do sexo masculino. 
A análise de algumas regiões existentes no cromossomo Y tem sido utilizada para elucidar casos de 
estupro onde se tem mistura de material genético e para realizar testes de paternidade em casos onde o material 
de referência da mãe não está disponível. 
O cromossomo Y apresenta três regiões distintas, onde duas pequenas regiões são homólogas ao 
cromossomo X e uma região que é exclusiva do cromossomo Y, não havendo possibilidade de recombinação 
desta região com o cromossomo X, sendo esta passada diretamente de pai para filhos do sexo masculino sem 
sofrer qualquer tipo de alteração. 
Raros são os casos de mutações nesta região do cromossomo Y, porém podem ocorrer. Porém pode-se 
considerar que os indivíduos masculinos da mesma família apresentam o mesmo padrão de DNA nesta região, 
diferindo dos padrões apresentados por indivíduos masculinosde famílias não geneticamente relacionadas. 
 
4. ANÁLISES BIOLÓGICAS FORENSES 
 
Dos tipos de materiais biológicos mais comumente analisados nos laboratórios de Biologia Forense, dois 
tipos de fluídos humanos merecem uma atenção em especial: o sangue e o sêmen humano. 
 
SANGUE 
 
O sangue é um dos vestígios encontrados com maior frequência em locais de crimes violentos. 
Para que este vestígio seja vinculado a um fato delituoso faz necessário antes de tudo, confirmar se 
realmente se trata de sangue, em caso positivo, se esse sangue é humano ou não e, finalmente, de qual forma 
este sangue está relacionado ao crime. 
Para a identificação preliminar de sangue são utilizados, no meio forense, reagentes que possuem uma 
boa sensibilidade para essa finalidade e que, por sua vez, não possam influenciar no resultado de exames 
posteriores. Estes testes são conhecidos como testes presuntivos para detecção de sangue. 
 
 
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TESTES PRESUNTIVOS OU DE ORIENTAÇÃO PARA DETECÇÃO DE SANGUE 
 
Os testes presuntivos para detecção de sangue tem como princípio uma reação de oxidação de uma 
substância (indicador) por um agente oxidante, catalisada na presença de sangue. Segundo SAWAYA e ROLIM1, o 
grupo heme da hemoglobina atua sobre o peróxido de hidrogênio adicionado, liberando o oxigênio necessário 
para oxidar o indicador utilizado, resultando em um composto colorido e na emissão de luminescência. 
 Dentre os testes presuntivos para detecção de sangue podemos citar o reagente de Kastle-Meyer 
(fenolftaleína), o teste de Adler Ascarelli (benzidina) e o mais conhecido nas práticas forense, o Luminol. 
 
FENOLFTALEÍNA (REAGENTE DE KASTLE MEYER) 
 
O reagente de Kastle-Meyer é constituído por uma mistura de fenolftaleína, de hidróxido de sódio, de 
pó de zinco metálico e de água destilada. 
O oxigênio liberado pela reação entre a hemoglobina presente nas hemácias e o peróxido de hidrogênio 
promoverá a formação de uma coloração rosada da fenolftaleína, evidenciando a presença de sangue na amostra 
analisada. 
Este método é sensível, porém não muito específico, pois a presença de sais de ferro, de cobre, suco 
gástrico ou qualquer outra substância capaz de decompor a molécula de H2O2 em água e oxigênio podem 
ocasionar resultados falso-positivos. 
 
BENZIDINA (TESTE DE ADLER-ASCARELLI) 
 
O reagente de benzidina é uma mistura de benzidina cristalizada, de ácido acético glacial e de peróxido 
de hidrogênio. 
A suposta mancha de sangue é macerada em água destilada ou em ácido acético glacial. Duas gotas do 
macerado são colocadas em um tubo de ensaio e misturadas a duas gotas do reagente recentemente preparado. 
O oxigênio formado durante a reação irá oxidar a benzidina, sendo esta reação perceptível, sob o ponto 
de vista experimental, com o aparecimento da coloração azul da solução. 
Pesquisas indicam que manchas de sangue previamente analisadas por benzidina têm os resultados de 
testes posteriores prejudicados, pois a benzidina pode degradar o DNA das manchas de sangue e inibir testes 
imunológicos. 
 
LUMINOL 
 
O luminol é um composto que, sob determinadas condições, pode fazer parte de uma reação 
quimiluminescente, ou seja, emitir luz através de uma reação química. É utilizado para detecção de possíveis 
manchas latentes de sangue, ou seja, manchas de sangue que não podem ser visualizadas a olho nu. 
 
 
Figura: Molécula do Luminol. 
 
Para ser utilizado, o luminol, que se apresenta em forma de pó, é misturado basicamente à água e a 
peróxido de hidrogênio, porém para que a reação ocorra se faz necessária a presença de um catalisador redox. No 
caso específico o íon ferro, contido no grupo heme da hemoglobina, atua como esse catalizador, gerando a 
emissão de uma fluorescência visível ao olho humano. 
Trata-se de um teste com alta sensibilidade, mesmo em locais com azulejos, pisos cerâmicos ou de 
madeira, os quais tenham sido lavados. Já a sua, especificidade é muito baixa, pois gera resultados falso-positivos 
com diversas substâncias, como por exemplo: metais (cobre, ferro e outros), produtos à base de cloro 
(hipoclorito) e outros oxidantes. 
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10 
A interferência do hipoclorito merece um destaque, pois a luminescência gerada pelo hipoclorito 
presente em saneantes é emitida em comprimento de onda diferente da luminescência emitida pela 
hemoglobina, com característica e tempo de duração desigual da luminescência gerada por manchas de sangue. 
Outro ponto a favor do luminol é que a reação química produzida por ele não afeta a cadeia de DNA, 
permitindo assim que os testes posteriores com intuito de obter perfis genéticos não sejam prejudicados, 
viabilizando o reconhecimento dos criminosos ou das vítimas. 
 
TESTES DE CERTEZA OU CONFIRMATÓRIOS PARA DETECÇÃO DE SANGUE 
 
Apesar dos testes presuntivo utilizados com a finalidade de detectar a possível presença de sangue em 
amostras apresentarem uma boa sensibilidade, eles são pouco específicos e bastante suscetíveis a ação de vários 
interferentes que podem ocasionar o aparecimento de resultados falso-positivos. 
Após a utilização destes testes e com a obtenção de resultados positivos, devem ser procedidos exames 
adicionais que tenham uma maior especificidade para confirmar se a amostra analisada realmente contém 
sangue. 
Dentre as técnicas para confirmação da presença de elementos próprios do sangue, existem técnicas 
histológicas, como a microscopia, que busca a visualização de hemácias em amostras, de forma direta ou através 
da utilização de corantes específicos. 
 
TESTES IMUNOCROMATOGRÁFICOS 
 
Atualmente o teste mais utilizado na prática forense para detecção de sangue baseia-se em uma reação 
antígeno-anticorpo, onde são utilizados anticorpos hemoglobina anti-humano para se ligarem a hemoglobina 
humana presente ou não na amostra a ser analisada. 
Trata-se de um teste imunocromatográfico qualitativo, onde anticorpos hemoglobina anti-humanos são 
pré-impregnados em uma determinada região de uma membrana/tira, a qual apresenta também em uma de suas 
extremidades uma pequena almofada contendo os demais reagentes necessário para que ocorra a reação. 
A solução proveniente da maceração da amostra move-se cromatograficamente através da tira, 
ocasionando a formação do complexo de anticorpos com a hemoglobina humana, que é visualizado através do 
aparecimento de uma linha colorida. 
Em relação a custo/beneficio o teste imunocromatográfico é uma boa escolha, pois é um teste de fácil 
execução, de fácil interpretação, capaz de detectar a presença de hemoglobina humana em soluções que tenham 
concentrações relativamente baixas (em torno de 40ng/ml, dependendo do fabricante do teste) e não sofre 
reação cruzada com hemoglobina de outras espécies, nos garantindo se tratar que a amostra de sangue analisada 
é ou não de origem humana. 
Por se tratar de um teste baseado em reações entre antígenos e anticorpos, amostras que contenha 
excesso de antígenos devem ser diluídas para evitar o efeito hook, podendo aparecer resultados falso negativos. 
 
TIPAGEM SANGUÍNEA COM FINALIDADE FORENSE 
 
Uma característica importante dos eritrócitos é que eles possuem em suas membranas várias moléculas 
com propriedades antigênicas, ou seja, capazes de induzirem a produção de anticorpos. 
Essas moléculas foram descritas pela primeira vez em 1901, por Landsteiner, que identificou os 
antígenos A e Bdo sistema ABO, usando uma técnica de aglutinação de hemácias, quando estas eram colocadas 
em contato com o plasma de indivíduos diferentes. Em 1940, foi descoberto por Landstein e Wiener o fator 
sanguíneo Rh, através de experimentos com hemácias de macacos Rhesus inoculados em coelhos. Os indivíduos 
portadores do antígeno D são considerados Rh-positivos, enquanto que os Rh-negativos não apresentam o 
antígeno D. 
 
 
 
 
 
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Tipo Sanguíneo 
Antígenos nas hemácias 
(tipagem direta) 
Anticorpos no plasma ou soro 
(tipagem reversa) 
A 
B 
AB 
O 
A 
B 
A e B 
- 
Anti – B 
Anti – A 
- 
Anti – A e Anti – B 
 
A determinação do grupo sanguíneo tem sido utilizada na prática forense em casos de exclusão de 
paternidade que estejam vinculados a circunstâncias criminais. 
Por ser um teste simples e de preço acessível é considerado um teste de triagem, porém este teste 
serve somente para exclusão de paternidade, ficando a inclusão de paternidade vinculada a um teste mais 
específico, com é o caso do exame de DNA. 
 
DETERMINAÇÃO GENOTÍPICA DO SISTEMA ABO 
 
A herança genética dos grupos sanguíneos é determinada por uma série de alelos múltiplos, sendo os 
alelos “IA” e “IB” co-dominantes e o gene “i” recessivo. 
Ao relembrarmos alguns conceitos básicos de genética, inferimos que genes alelos são aqueles que se 
emparelham no mesmo locus, em cromossomos homólogos, ou seja, cromossomos iguais entre si, que juntos 
formam um par. O par de genes alelos é responsável por cada caractere transmitido. Cada um dos pares contém 
um gene de origem materna e outro de origem paterna. Assim, genótipo é o conjunto de genes herdados dos 
progenitores e fenótipo é a característica individual determinada pelo genótipo. 
 A tabela abaixo mostra as relações genotípicas e fenotípicas, referentes ao sistema ABO. 
 
Fenótipos Genótipos 
Grupo A IA IA ; IA i 
Grupo B IB IB ; IB i 
Grupo AB IA IB 
Grupo O i i 
 
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE ATRAVÉS DE TIPAGEM SANGUÍNEA 
 
A partir da determinação dos grupos sanguíneos da mãe, do filho e do suposto pai, é possível excluir a 
paternidade, porém não é possível a inclusão da mesma. 
Como exemplo prático, podemos analisar a seguinte situação: a mãe apresenta o grupo sanguíneo “A”, 
o filho o grupo “B” e o suposto pai o grupo “O”. 
 
 Fenótipos Genótipos Possíveis 
Mãe Grupo A “IA IA” ou “IA i” 
Suposto Pai Grupo O “ii” 
Filho Grupo B “IB IB” ou “IB i” 
“Mãe x Suposto Pai” Grupos A ou O “IA IA” ; “IA i” ou “ii” 
 
Neste caso a paternidade está excluída, pois os grupos A (da mãe) e O (do pai), apresentam, 
respectivamente, os seguintes genótipos “IA IA” ou “IA i” (grupo A) e “ii” (grupo O), sendo que a correlação 
genotípica dos dois só pode gerar descendentes dos grupos “A” e “O”, e nunca do grupo “B”. 
Já em outro caso, onde a mãe apresenta o grupo sanguíneo “A”, o filho o grupo “O” e o suposto pai o 
grupo “B”, não se pode excluir e nem incluir a paternidade, tendo por base a correlação entre os genótipos 
apresentados pelos envolvidos. 
 
 
 
 
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 Fenótipos Genótipos Possíveis 
Mãe Grupo A “IA IA” ou “IA i” 
Suposto Pai Grupo B “IB IB” ou “IB i” 
Filho Grupo O “ii” 
“Mãe x Suposto 
Pai” 
Grupos A; B; AB ou O “IA IA”; “IA i”; “IB IB”; “IB i”; “IA IB”; “ii” 
 
Neste caso não se pode excluir a paternidade, pois os grupos A (da mãe) e B (do pai), apresentam, 
respectivamente, os seguintes genótipos “IA IA” ou “IA i” (grupo A) e “IB IB” ou “IB i” (grupo B), sendo que a 
correlação genotípica dos dois pode gerar descendentes dos grupos “A”, “B”, “AB” ou “O”. 
 
SÊMEN HUMANO 
 
O sêmen humano é outro tipo de fluído biológico comumente analisado nos laboratórios forenses. Sua 
presença está diretamente vinculada à ocorrência de crimes de natureza sexual, podendo as amostras ser 
coletadas diretamente das vítimas, ou analisadas a partir de manchas deixadas em suportes diversos, como em 
vestes, peças íntimas, toalhas e assento de veículos e até em pedaços de papel. 
O Código Penal Brasileiro (CPB) de 1940 definia os crimes de estupro e atentado violento ao pudor na 
redação dos artigos 213 e 214 (já revogados) da seguinte forma: 
 
Art. 213. Constranger mulher, a conjunção carnal mediante violência ou grave ameaça. 
 
Art. 214. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele 
se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal. 
 
Em 07 de agosto de 2009, a Lei nº. 12.015/2009 ampliou o conceito de estupro descrito anteriormente 
no CPB, unificando esses dois artigos da seguinte forma: 
 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar 
ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. 
 
De acordo com o jurista Cezar Roberto Bitencourt: “Estupro, na linguagem do Código Penal de 1940, era 
o constrangimento de mulher a conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça..., as mudanças 
contempladas pela Lei nº. 12.015/2009 reuniu os antigos crimes de estupro (art. 213) e atentado violento ao 
pudor (art. 214), para unificá-los em um conceito mais abrangente de estupro..., a partir desse diploma legal, 
passamos a ter duas espécies distintas de estupro, quais sejam: a) constranger alguém à conjunção carnal; b) 
constranger à prática de atos libidinosos diversos.” 
Assim, anteriormente a esta lei, o crime de estupro era caracterizado pela prática da conjunção carnal, 
que ocorre através da introdução do genital masculino na cavidade vaginal, desta forma somente pessoas do sexo 
feminino eram passíveis de serem estupradas, visto que o próprio art. 213 do Código Penal, já revogado, era claro 
ao citar: “Constranger a mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça...”. 
Com a nova redação do art. 213, o estupro passa a ser definido como: “Constranger alguém... a ter 
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso...”, assim o crime de 
estupro não fica mais restrito a pessoas do sexo feminino, podendo atos libidinosos contra pessoas do sexo 
masculino também serem caracterizados como estupro. 
Conforme cita o jurista Eugênio Pacelli de Oliveira: “...a materialidade do delito e/ou a extensão de suas 
consequências deverão ser objeto de prova pericial, a ser realizada diretamente sobre o objeto material do crime, 
o corpo de delito, ou, não mais podendo sê-lo, pelo desaparecimento inevitável do vestígio, de modo indireto.” 
Nos casos de crimes sexuais o exame direto é procedido pelo médico legista, que atua diretamente 
sobre o corpo de delito, coletando amostras para serem posteriormente analisadas em laboratório de forma 
indireta. 
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Os materiais coletados para análise são, geralmente, amostras de conteúdo vaginal, anal e/ou oral, 
sendo a coleta procedida com o auxílio de swabs estéreis. As amostras coletadas são enviadas, com a maior 
brevidade possível, ao laboratório de biologia forense, onde serão submetidas aos métodos analíticos que tem 
por objetivo detectar a presença de esperma (sêmen) humano nas mesmas. 
O sêmen ou esperma humano é um líquido orgânico, deaspecto esbranquiçado e viscoso, composto por 
espermatozoides contidos no plasma seminal. O plasma seminal é formado por diversas substâncias orgânicas e 
inorgânicas provenientes da vesícula seminal, da próstata e das glândulas bulbo uretrais. Sua principal função é 
de propiciar um ambiente seguro e nutritivo para os espermatozoides durante seu trajeto até o momento da 
fecundação. 
As células espermáticas humanas são gametas masculinos produzidos no interior dos testículos e 
liberados em grande quantidade durante a ejaculação. 
 
 
Figura: Foto esquemática de um espermatozoide. 
 
A pesquisa de esperma humano em amostras forenses é constituída por duas fases distintas: A pesquisa 
de espermatozoides (microscopia) e a detecção de componentes específicos do esperma (proteínas específicas). 
A constatação da presença de células reprodutivas masculinas (espermatozoides) nas amostras 
recebidas para análise é feita com o auxílio de microscópios óticos. Esta análise pode ser feita a fresco, sem a 
utilização de corantes, ou ainda com o auxílio de corantes que facilitam a visualização dos espermatozoides. 
Na analise microscópica direta, ou a fresco, o material é suspenso em solução fisiológica ou em água 
destilada e lida no microscópio através de um aumento de 40x, não havendo diferença entre a coloração dos 
espermatozoides e das demais estruturas celulares. Este método é prático e rápido, sendo perfeitamente possível 
a visualização das células espermáticas, quando presentes. 
Uma das colorações mais utilizadas em laboratórios forenses para a análise microscópica é a coloração 
de Christmas Tree, onde o material é submetido à fixação em lâmina e corado com reagentes específicos, onde a 
cabeça e outros nucleoplasmas do espermatozoide se colorem em vermelho com variações de rosa, enquanto 
que sua calda e o material citoplasmático das células se colorem em verde. 
Para complementar a análise microscópica, a amostra é submetida a testes na tentativa de se constatar 
a presença de algumas proteínas que constituem o sêmen masculino. Estes testes são de grande importância em 
casos onde, por algum motivo, não são visualizados espermatozoides na analise microscópica, seja pelo fato de 
não ter havido ejaculação no interior das cavidades, ou em casos onde a quantidade de espermatozoides é ínfima 
ou inexistente, ou seja, em indivíduos oligoospérmicos ou azoospérmicos. 
A Fosfatase Ácida Prostática (FAP) é uma enzima produzida pela próstata e que compõe o plasma 
seminal. A FAP foi utilizada na tentativa de detecção de sêmen humano em amostras forenses, pois a mesma 
encontra-se em níveis elevados no esperma. Porém, foi constatado que interferentes presentes em outros 
materiais biológicos e, até mesmo, em alimentos e outros componentes orgânicos, indicaram que a atividade de 
FAP não é exclusiva de material biológico, existindo assim a possibilidade de se obter resultados falsos-positivos 
durante as análises para detecção da presença de esperma humano.5 
O Antígeno Prostático Específico (PSA) é uma glicoproteína produzida na próstata e secretada em níveis 
elevados no sêmen masculino. Sua função biológica no plasma seminal é de efetuar a clivagem de proteínas 
responsáveis pela gelificação do sêmen, o deixando mais fluído e assim aumentando a motilidade dos 
espermatozoides. 
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Conforme cita SAWAYA e ROLIM1: “A presença de PSA no esperma em concentrações milhões de vezes 
maiores que no soro de homens a caracterizou como um marcador valioso, já testado e validado pela 
comunidade forense... os níveis de PSA existentes nos fluídos extraprostáticos não interferem na investigação de 
esperma em perícias criminais e que os cientistas forenses podem, desse modo, determinar com confiança a 
presença de esperma em manchas e swabs, através de testes de PSA... ”. 
O exame de detecção do PSA pode ser procedido através de diversas metodologias de imunensaios, 
como o ELISA, a quimioluminescência e a imunocromatografia. 
Os testes de ELISA e de quimioluminescência são imunoensaios muito sensíveis e capazes de quantificar 
o PSA encontrado nas amostras analisadas, porém são testes relativamente caros e demorados. 
O teste imunocromatográfico qualitativo é o mais utilizado nas práticas forenses, visto que é um teste 
de fácil execução, com obtenção rápida de resultados, de fácil interpretação e capaz de detectar a presença de 
PSA em quantidades superiores a 4ng/ml (dependendo do fabricante do teste), apresentando assim uma boa 
sensibilidade. 
Este teste baseia-se em uma reação antígeno-anticorpo e tem uma membrana de nitrocelulose como 
suporte, onde ao se adicionar a amostra que contém PSA será formado um complexo do PSA com o anticorpo 
anti-PSA, o qual migrará cromatograficamente pela membrana e se ligará então a anticorpos pré-impregnados na 
região teste, dando origem assim a uma linha colorida visível nos resultados positivos. 11 
 
5. CADEIA DE CUSTÓDIA E PRESERVAÇÃO DA AMOSTRA BIOLÓGICA 
 
A perícia em local de crime é um processo que visa o registro da cena conforme encontrada pela 
primeira vez. O papel da perícia forense começa no local de crime com o levantamento do local, o 
reconhecimento e a coleta de elementos materiais relevantes ao caso, que serão encaminhados para os exames 
periciais laboratoriais, com intuito de obtenção de provas materiais. 1 
Conforme o jurista Eugênio Pacelli de Oliveira2: “A prova pericial, antes de qualquer outra consideração 
é uma prova técnica, na medida em que pretende certificar a existência de fatos cuja certeza, somente seria 
possível a partir de conhecimentos específicos... A prova pericial se faz por meio da elaboração de laudo 
técnico...”. 
 
INDÍCIO, VESTÍGIO E EVIDÊNCIA 
 
No meio forense, três conceitos básicos são importantes para o entendimento das amostras em seu 
contexto legal, são eles: o vestígio, a evidência e o indício. 
Segundo Alberi Espindula, estes conceitos são definidos da seguinte forma: 
Vestígio é todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para análise 
posterior, ou seja, é tudo o que encontramos no local do crime que, depois de estudado e interpretado pelos 
peritos, possa vir a se transformar – individualmente ou associado a outros - em prova. 
Evidência é o vestígio depois de feitas as devidas análises, onde se constata técnica e cientificamente a 
sua relação com o crime. 
 Já Indício é uma expressão, utilizada no meio jurídico, que significa cada uma das informações (periciais 
ou não) relacionadas com o crime. Tecnicamente os termos vestígio e evidência são usados no âmbito pericial, no 
entanto, tais informações recebem a denominação de indícios, quando tratados na fase processual. 
O caput do artigo 239 do Código de Processo Penal Brasileiro define indício como sendo: “considera-se 
indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a 
existência de outra ou outras circunstâncias.” Segundo esta definição legal tanto elementos materiais, como os 
provenientes de procedimentos periciais, como outros de natureza subjetiva podem ser considerados indícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CADEIA DE CUSTÓDIA 
 
Na prática forense todos os materiais coletados para análise, sejam eles oriundos de um local de crime 
ou coletados diretamente de vítimas ou suspeitos, devem ser devidamente identificados e catalogados, com a 
finalidadede manter a sua integridade e seu valor legal como prova material em um processo criminal. Para isto 
faz-se necessário que todo seu trajeto, desde sua coleta até a sua apresentação em um tribunal, seja 
minuciosamente registrada, garantindo assim a sua idoneidade e a rastreabilidade de todas as etapas de análises 
e de trajeto que a mesma sofreu, sendo esta metodologia conhecida no meio criminal como cadeia de custódia. 
Segundo Reis, A.B.4, a cadeia de custódia pode ser definida como uma cadeia de procedimentos 
sistemáticos com o propósito de dar maior garantia, segurança e confiabilidade ao material recolhido em um local 
de crime, ou seja, refere-se á sequência histórica de todos os indivíduos que manipularam a evidência de um 
crime visando resguardá-la, constituindo-se em um mecanismo de preservação das evidências desde o seu 
acondicionamento inicial, transporte e encaminhamento para exame complementar ou definitivo. 
MARINHO, G.V. define cadeia de custódia como: “um conjunto de procedimentos técnicos e científicos 
que irão oferecer conhecimento aos operadores do direito se aquela prova que está no tribunal e que representa 
a materialidade de um fato pretérito foi tratada com o necessário rigor técnico e científico desde a sua origem. É o 
meio de garantir a autenticidade e a integridade das amostras desde o isolamento do local do fato, da coleta, do 
encaminhamento ao laboratório, armazenamento no interior do laboratório, análise e devolução”. 
Sobre a responsabilidade da manutenção da cadeia de custódia na área forense continuamos citando 
MARINHO, G.V.5, “O Estado também não tem apenas o dever de preservar a integridade e idoneidade da prova, 
mas, também de mostrar a história da prova, ou seja, a sua origem, sua natureza, como foi coletada, hora e data 
de cada ato, como foi acondicionada, transportada, armazenada e analisada com registro de todos os atos 
integrante da cadeia de custódia. Desse modo, podemos dizer que a prova fora produzida de forma transparente e 
com qualidade, permitindo assegurar a memória de todas as fases. Os destinos da vítima e do réu dependem do 
resultado do trabalho realizado pelo perito oficial no que tange a materialidade de um fato pretérito que deixa 
vestígios, por essa razão, qualquer desconfiança na qualidade da prova poderá ser analisada após o rastreamento 
dos procedimentos de cadeia de custódia”. 
Portanto a eficácia e a garantia de todos os procedimentos realizados durante uma análise pericial 
podem ser questionadas legalmente caso não haja o devido cuidado com o minucioso registro de todas as etapas 
a que a prova material tenha sido submetida, desde sua coleta até sua guarda após a devida análise, podendo ser 
o laudo final desconsiderado como prova judicial, prejudicando assim a evidenciação da verdade científica tão 
buscada pelos processos periciais forenses. 
 
6. COLETA, ACONDICIONAMENTO, CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS 
 
O resultado de uma análise pericial bem sucedida não depende somente da habilidade do perito de 
laboratório responsável pelo exame técnico, da especificidade e/ou sensibilidade dos equipamentos utilizados ou 
das metodologias empregadas durante o procedimento pericial. 
A coleta, o acondicionamento e o transporte dos materiais a serem analisados são etapas determinantes 
para o sucesso de uma análise pericial, visto que, caso mal executadas comprometerão todas as etapas que serão 
realizadas posteriormente. 
Amostras de origem biológicas como sangue, urina, esperma, cabelos e pele (dentre outras) são 
bastante suscetíveis à degradação pela ação química, física e até mesma biológica, caso haja alguma falha em uma 
destas etapas, principalmente na fase de acondicionamento. 
Variações bruscas de temperatura e/ou exposição prolongada das amostras a temperaturas elevadas são 
exemplos de fatores físicos que podem ocasionar a degradação do material biológico coletado para análise, seja 
por ação direta (degradação do material genético, evaporação do material, etc) ou por propiciar um meio 
adequado para a proliferação de microrganismos (fungos ou bactérias) que irão consumir as amostras as 
inviabilizando para análises (degradação biológica). 
Vários documentos nacionais e internacionais foram criados com a intenção de criar normas de 
procedimentos para os profissionais forenses atuarem de forma padronizada durante os processos de coleta, 
acondicionamento e transporte de amostras biológicas encontradas em locais de crime. 
Dentre eles faremos citações sobre o manual de “Conscientização sobre o local de crime e as evidências 
materiais em especial para pessoal não-forense”. 
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Este manual foi redigido pela Seção Científica do escritório das Nações Unidas sobre drogas e crimes, no 
ano de 2010, e teve como objetivo principal a conscientização sobre a importância das boas práticas no exame 
pericial do local de crime, bem como da natureza e relevância da evidência material, abrangendo questões que 
vão desde o primeiro contato com o local do crime até a entrega das amostras coletadas ao laboratório forense. 
Em relação ao processo de identificação, coleta e preservação de evidências encontradas em locais de 
crime, o manual cita o seguinte texto: 
 
“Reconhecimento, coleta e preservação da evidência material são as partes fundamentais do trabalho no 
exame pericial do local de crime. Visa localizar e identificar um número máximo de elementos 
potencialmente relevantes, e selecionar métodos apropriados de coleta e de acondicionamento para 
preservar a integridade da evidência material.” 
“Localizar e identificar evidências materiais em locais de crime, bem como identificar potenciais evidências 
ausentes é muito desafiador e muito mais difícil e exigente do que possa parecer àqueles que não estão 
familiarizados com o exame pericial de local de crime. A evidência material mais importante e relevante 
pode não estar óbvia ou diretamente visível a olho nu. A confecção de uma lista completa de passos para o 
reconhecimento de evidências materiais em locais de crime não é possível.” 
“Tipicamente, o reconhecimento de evidências materiais inicia-se pela observação do local de crime. Com 
base em observações iniciais e levando em consideração o contexto do caso, os cenários possíveis, a 
natureza do incidente, bem como as características das superfícies que podem conter potenciais evidências 
materiais, deve ser implementada uma estratégia de pesquisa flexível e metódica. Isto inclui a pesquisa a 
olho nu e com lentes de aumento, mas também a utilização de várias fontes portáteis de luz (ex., lanternas). 
Métodos de testes preliminares podem ter de ser realizados para detectar elementos materiais, como, por 
exemplo, o uso de pó para ressaltar impressões papilares no local de crime ou o uso de produtos químicos 
para visualizar traços de sangue.” 
“Uma vez que a evidência é reconhecida, são utilizados métodos apropriados de coleta (por exemplo, fitas 
adesivas, pinças, cotonetes) e de acondicionamento adequado (por exemplo, sacos ou caixas de coleta, 
invólucros ou embalagens para objetos cortantes etc.). Cada evidência material é etiquetada e lacrada 
seguindo-se requisitos determinados por regras locais. Prioridades na coleta da evidência material devem 
ser requeridas para evitar perdas desnecessárias ou degradação das evidências. A documentação é uma 
parte integrante do processo de coleta, incluindo a localização precisa da evidência material antes de ser 
manipulada e recolhida.” 
“Selecionar o que é relevante é o desafio das fases de reconhecimento e de coleta, e torna-se mais eficiente 
e efetiva quando ocorre no local, onde as potenciais evidências estãono contexto em que foram produzidas. 
No entanto, sob condições difíceis, talvez seja preferível coletar a maior quantidade possível de evidências e 
selecioná-las em uma fase posterior da investigação. Reconhecimento e coleta desses materiais exigem 
experiência e extenso treinamento. Também requerem uma boa compreensão do que pode ser feito em 
vários tipos de evidências materiais em um laboratório forense, bem como as informações que podem ser 
obtidas.” 
“Como parte do processo de coleta, em muitos casos, como naqueles realizados em escombros de incêndio, 
são necessárias amostras do solo e do subsolo. Em situações em que as evidências materiais podem ser de 
grandes proporções, a coleta por amostragem pode ser realizada, como por exemplo, em grandes 
apreensões de drogas. Atividades de amostragem requerem experiência e treinamento.” 
“Finalmente, é reconhecido que, em quase todos os casos, tais elementos materiais desaparecem e não são 
coletados. O devido cuidado no reconhecimento e na coleta de evidências de interesse forense contribui 
para diminuir esse fator.” 
Já em relação às etapas de transporte, armazenamento e apresentação das amostras ao laboratório forense, 
transcrevemos do manual os textos abaixo: 
“Esta última fase do processo do exame pericial forense do local de crime objetiva selecionar os meios de 
transporte e armazenamento apropriados para o tipo de evidência material de forma a assegurar a 
integridade do material enviado ao laboratório.” 
“Uma vez que a evidência material é coletada, a decisão de realizar exames laboratoriais complementares 
tem que ser tomada. Elementos mais prováveis de fornecer informações à investigação e/ou aqueles com 
maior probabilidade de oferecer bons resultados analíticos normalmente são encaminhados ao laboratório 
forense com prioridade. O imediato envolvimento da equipe laboratorial facilita estas decisões.” 
“Uma vez resolvido, o transporte para o laboratório ou para um local de armazenamento intermediário, 
anteriormente à análise dos elementos materiais recolhidos, é um passo fundamental. Condições 
adequadas, como, por exemplo, um local fresco e seco, munido de sistema de segurança e com controle de 
acesso são características essenciais de condições de transporte e armazenamento. Também os custos, à 
distância, a duração e eventual incompatibilidade entre algumas evidências materiais e alguns meios de 
transporte são aspectos a serem considerados na escolha da forma de transferência e armazenagem das 
evidências. A transferência de alguns tipos de evidência, por exemplo, drogas e armas de fogo, pode 
também exigir procedimentos determinados por regulamentações locais.” 
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“É importante documentar os procedimentos de transporte, de armazenamento e de transferência de 
responsabilidades das evidências materiais para o laboratório. Um recibo é normalmente emitido para todas 
as evidências encaminhadas ao laboratório.” 
“As evidências forenses poderão ser mantidas sob custódia por muitos anos, por exemplo, até que o caso 
seja julgado e todos os recursos processuais esgotados. Nestas situações, uma política de armazenamento 
de longo prazo para as evidências materiais é importante e deve ser elaborada e publicada, caso não exista.” 
 
7. NOÇÕES DE BIOSSEGURANÇA 
 
As atividades exercidas nos laboratórios forenses geralmente envolvem o manuseio de materiais de 
origens diversas, que vão desde amostras biológicas a reagentes químicos. 
Durante o manuseio de amostras ou de reagentes no interior de unidades forenses alguns cuidados 
específicos devem ser observados para que dois princípios básicos de segurança sejam mantidos: o primeiro é a 
segurança do indivíduo que manuseia as amostras e o segundo é a segurança da amostra analisada. 
A segurança do indivíduo dar-se principalmente através da utilização de materiais e metodologias 
adequadas para cada tipo de análise a ser procedida, evitando assim que o mesmo possa sofrer danos em sua 
integridade física. Um das principais formas de contaminação do indivíduo em um ambiente laboratorial ocorre 
com a utilização de reagentes químicos nocivos à saúde ou com o manuseio incorreto de amostras biológicas 
potencialmente infecciosas. 
A amostra submetida à análise pericial, por tratar-se de uma prova material vinculada a um delito, deve 
ter sua integridade assegurada antes, durante e após sua análise. Sua manipulação deve ser feita de forma 
bastante cuidadosa para minimizar ao máximo a possibilidade de contaminação da mesma por fatores externos, 
evitando o possível comprometimento dos resultados finais obtidos ou em casos extremos a inviabilização da 
própria perícia. 
Visando prevenir estes tipos de contaminações devemos conhecer e seguir rigorosamente critérios de 
biossegurança. 
A primeira lei criada no Brasil diretamente para normatizar condutas de biossegurança foi à Lei nº. 
8.974, em 1995, a qual foi regulamentada pelo Decreto nº. 1.752. A partir desta lei foi criada a Comissão Técnica 
Nacional de Biossegurança (CTNBio), vinculada à Secretaria Executiva do Ministério da Ciência e Tecnologia. 
Mastroeni, M.F.1, refere-se aos procedimentos de biossegurança ou segurança biológica, da seguinte 
forma: “é a aplicação do conhecimento, técnicas e equipamentos com a finalidade de prevenir a exposição do 
trabalhador, laboratório e ambiente a agentes potencialmente infecciosos ou biorisco”. 
De acordo com os conceitos de biossegurança, risco pode ser definido como uma condição específica 
que apresenta potencial para causar danos ao indivíduo, ao ambiente ou ao próprio objeto de análise. 
 
A Portaria do Ministério do Trabalho, nº. 3.214, de 08/06/78,2 classifica os riscos da seguinte forma: 
 
 Riscos de Acidentes - Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar 
sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem 
proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc. 
 Riscos Ergonômicos - Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do 
trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e 
transporte manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade 
excessiva, a postura inadequada de trabalho, etc. 
 Riscos Físicos - Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam 
estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, 
radiações ionizantes, etc. 
 Riscos Químicos - Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos 
que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases 
ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo 
organismo através da pele ou por ingestão. 
 Riscos Biológicos: Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos entre 
outros. 
 
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Para que os agentes com potencial contaminante possam ser manipulados de forma segura, um dos 
mecanismos de contenção de grande importância é a utilização de equipamentos de proteção individual e 
coletiva (EPI e EPC). 
Os equipamentos de proteção individual (EPI) visam manter a integridade física do trabalhador, o 
protegendode contaminações. Eles são de uso individual, ou seja, não são projetados para serem compartilhados 
por várias pessoas, dadas condições de segurança e higiene. Dentre os vários tipos de EPI´s, os mais comuns são 
mascaras, toucas, aventais, calçados, luvas, óculos de proteção, etc. 
 Os equipamentos de proteção coletiva (EPC) são destinados à proteção do ambiente e da integridade 
de um grupo que ocupa uma determinada área. São exemplos de EPCS as cabines de segurança química (capelas 
com exaustão, etc), chuveiro de emergência, lava-olhos, equipamentos de combate a incêndios, etc. 
Em relação aos tipos de resíduos produzidos em laboratórios, a RDC nº. 306, de 07 de dezembro de 
2004, da ANVISA,3 que dispõe sobre o gerenciamento de resíduos oriundos de serviços de saúde, classifica os 
tipos de resíduos nos seguintes grupos: 
 
GRUPO A 
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem 
apresentar risco de infecção. 
GRUPO B Resíduos químicos que apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente. 
GRUPO C Rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos. 
GRUPO D Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde. 
GRUPO E Materiais perfurocortantes ou escarificantes. 
 
Os cuidados relativos ao manuseio, transporte e armazenamento de um resíduo são norteados de 
acordo com a sua classificação. 
Objetivando minimizar os riscos e facilitar a disposição final dos resíduos que apresentem potencial 
contaminante, os mesmos devem ser submetidos a processos e técnicas de tratamento que consigam alterar seu 
caráter ou sua composição. 
Os métodos mais comuns utilizados são a esterilização, a desinfecção química e a incineração. 
A esterilização consiste na utilização de métodos físicos ou químicos com o intuito de degradar possíveis 
bactérias, esporos, fungos ou vírus presentes no resíduo a ser tratado. A autoclavação é um exemplo de um 
processo de esterilização. 
A desinfeção química propicia o tratamento do resíduo potencialmente infectante através da utilização 
de substâncias químicas, que variam de acordo com a resistência do microrganismo existente no material a ser 
tratado. As substâncias mais utilizadas durante este processo são os aldeídos, compostos a base de cloro e 
compostos fenólicos. 
 A incineração é um processo de oxidação que ocorre a elevada temperatura que reduz o resíduo 
orgânico e combustíveis a material inorgânico. E um processo destinado a resíduos que não podem ser 
reutilizados, reciclados ou depositados em aterros sanitários. 
 
 
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