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• 3 •Processo Seletivo • Ensino Superior • 2º Semestre 2008 INSTRUÇÕES Esta prova contém 5 (cinco) questões. Para resolvê-las, fique atento às seguintes instruções e critérios que se seguem: 1- As respostas deverão ser redigidas, obrigatoriamente, a TINTA AZUL ou PRETA, de acordo com a norma padrão da língua. 2 - O texto redigido NÃO deve ultrapassar o número de linhas disponíveis. 3 - Os critérios para atribuição de nota ZERO, em cada questão, são os seguintes: a) fuga ao tema proposto; b) resposta em versos; c) letra ilegível; d) prova a lápis. 4- É expressamente proibido assinar, rubricar ou colocar o nome nas folhas desta prova. Observação: Cole aqui sua etiqueta de identificação QUESTÃO 1 Leia o comentário abaixo: “No livro São Bernardo, observamos as contradições existentes entre a modernização tecnológica, os avanços no sistema produtivo e a cultura moderna. O discurso do capital contamina o discurso sobre o sertão, altera os modos de vida nos pequenos lugarejos. O desenvolvimento econômico, no entanto, não torna Paulo Honório um homem moderno.” MENEZES, Roniere. A literatura, os intelectuais e a razão estratégica de S. Bernardo, Belo Horizonte: UFMG, 2004. DEMONSTRE, através de exemplos extraídos do romance de Graciliano Ramos, de que modo as relações de Paulo Honório com os funcionários da fazenda impedem a construção de sua imagem como a de um homem moderno. • 4 • Processo Seletivo • Ensino Superior • 2º Semestre 2008 RASCUNHO • 5 •Processo Seletivo • Ensino Superior • 2º Semestre 2008 Observação: Cole aqui sua etiqueta de identificação QUESTÃO 2 “Triste de doer os ossos, São Bernardo, de Graciliano Ramos, é romance absolutamente fundamental no quadro da moderna literatura brasileira. Paulo Honório – “cinqüenta anos perdidos, cinqüenta anos sem objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros” – e Madalena – “mulher prendada, bonita, boa em demasia” – e a impossibilidade de “afiar a sintaxe” de um pela do outro. Um ninho de reacionários que consideram “a democracia um contra-senso”, bichos e homens-bichos, gente pobre e oportunista compõem o relato que se desenrola de forma intencionalmente desconfortável diante de um leitor que, ao nele penetrar, deve deixar do lado de fora toda esperança.” (RESENDE, Beatriz. Folha de S.Paulo. São Paulo, 9 mar. de 2003. Caderno Mais.) CONTRAPONHA as personagens Paulo Honório e Madalena, ressaltando, a partir de exemplos, a profunda diferença existente entre eles. • 6 • Processo Seletivo • Ensino Superior • 2º Semestre 2008 RASCUNHO • 7 •Processo Seletivo • Ensino Superior • 2º Semestre 2008 Observação: Cole aqui sua etiqueta de identificaçãoObservação: Cole aqui sua etiqueta de identificação QUESTÃO 3 Uma característica marcante dos contos reunidos em Paraísos artificiais, de Paulo Henriques Britto, é o fato de seus enredos partirem de situações cotidianas – mínimas e banais – e distendê-las de modo detalhista e obsessivo a fim de extrair-lhes o conflito. EXPLIQUE como essa característica se manifesta no livro, exemplificando com elementos de dois contos. • 8 • Processo Seletivo • Ensino Superior • 2º Semestre 2008 RASCUNHO • 9 •Processo Seletivo • Ensino Superior • 2º Semestre 2008 Observação: Cole aqui sua etiqueta de identificação QUESTÃO 4 Leia o comentário, sobre o texto “Os sonetos negros”, de Paraísos artificiais: “A novela, muito bem humorada e que usa, em chave paródica, os mecanismos do conto policial, é uma doce sátira aos costumes acadêmicos e literários nacionais.” COSTA, Walter Carlos. A fina ficção de Paulo Henriques Britto. In: DC Cultura, Florianópolis, 26 fev. 2005, p. 16. DEMONSTRE de que maneira a novela “Os sonetos negros”, em sua linguagem e/ou seu enredo, faz uma sátira aos costumes literários e acadêmicos nacionais. • 10 • Processo Seletivo • Ensino Superior • 2º Semestre 2008 RASCUNHO • 11 •Processo Seletivo • Ensino Superior • 2º Semestre 2008 Observação: Cole aqui sua etiqueta de identificação QUESTÃO 5 Texto I O caso de Isabella é triste. Assim como o de milhares de crianças que morrem diariamente seja por violência, fome ou negligência daqueles que deveriam zelar por elas. Mais triste ainda é ver o circo de horrores montado em torno disso tudo, transformando uma morte trágica num carnaval de luzes e cores. Pessoas acampadas em frente à casa dos pais dos acusados ou dian- te da delegacia, com pedras nas mãos, cartazes, gritos e vaias; comer- ciantes que se aproveitam desse con- glomerado medonho de linchadores de plantão e anunciam picolés, salga- dinhos e churrasquinho de gato... (In: FAZITO, Pilar. Quando o cotidiano vira espetá- culo. Disponível em <http://www.digestivocultural.com>. Acesso em 05 mai. 2008.) DISCUTA, em um texto dissertativo-argumentativo, as possíveis causas e conseqüências de compor- tamentos sociais como os abordados nos textos acima. Texto II De Frente pro Crime João Bosco & Aldir Blanc Ta lá o corpo estendido no chão Em vez de rosto uma foto de um gol Em vez de reza uma praga de alguém E um silêncio servindo de amém O bar mais perto depressa lotou Malandro junto com trabalhador Um homem subiu na mesa do bar E fez discurso pra vereador Veio camelô vender anel, cordão, perfume barato E baiana pra fazer pastel e um bom churrasco de gato Quatro horas da manhã baixou o santo na porta-bandeira E a moçada resolveu parar e então... Ta lá o corpo estendido no chão Em vez de rosto uma foto de um gol Em vez de reza uma praga de alguém E um silêncio servindo de amém Sem pressa foi cada um pro seu lado Pensando numa mulher ou num time Olhei o corpo no chão e fechei Minha janela de frente pro crime Veio camelô vender anel, cordão, perfume barato E baiana pra fazer pastel e um bom churrasco de gato Quatro horas da manhã baixou o santo na porta-bandeira E a moçada resolveu parar e então... Ta lá o corpo estendido no chão (In: BOSCO, João. Caça à raposa. RCA, 1975, faixa 2.) • 12 • Processo Seletivo • Ensino Superior • 2º Semestre 2008 RASCUNHO
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