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Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino

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Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
 
Sistema Reprodutor Feminino 
 
Órgãos genitais externos femininos: 
 
Os órgãos genitais externos femininos podem ser chamados, em seu conjunto, de pudendo 
ou de vulva¸ sendo, portanto, considerados termos sinônimos. 
 A vulva ou pudendo é formado por sete estruturas principais: 
1. Monte do púbis: consiste em uma massa de tecido adiposo subcutâneo que fica em 
continuidade com a parede anterior do abdome e que após a puberdade fica coberto por 
pelos. 
2. Lábios maiores do pudendo: são pregas cutâneas proeminentes que proporcionam proteção 
ao clitóris e aos óstios da uretra e da vagina. 
Situam-se nas laterais da rima do pudendo (onde estão contidos os lábios menores do 
pudendo e o vestíbulo da vagina) e se continuam em direção ao ânus. 
Sua junção anterior é chamada de comissura anterior, e sua junção posterior se chama 
comissura posterior, a qual geralmente desaparece após o primeiro parto vaginal. 
3. Lábios menores do pudendo: são pregas de pele, sem pelos e sem tecido adiposo, que se 
situam na rima do pudendo e circundam e fecham o vestíbulo da vagina. 
Ao se unirem anteriormente dão origem ao frênulo do clitóris e ao prepúcio do clitóris. 
Posteriormente, sua união gera uma pequena prega transversal que é chamada de frênulo 
dos lábios do pudendo. 
4. Clitóris: consiste em um órgão erétil que se localiza no ponto de encontro anterior dos lábios 
menores do pudendo. Ele é composto por uma raiz e um corpo (coberto pelo prepúcio do 
clitóris) e que são formados por dois ramos, dois corpos cavernosos e pela glande do clitóris. 
Não possui funções relacionadas à uretra ou à micção, atuando apenas como órgãos de 
excitação sexual. 
5. Vestíbulo da vagina: é o espaço circundado pelos lábios menores do pudendo, onde se 
abrem o óstio externo da uretra e o óstio da vagina, além dos ductos das glândulas 
vestibulares e das glândulas uretrais. 
O óstio da vagina varia em tamanho e aparência de acordo com a condição do hímen. 
O hímen pode ser de alguns tipos 
 Hímen anular: circular e o mais frequente. 
 Hímen complacente: circular com maior elasticidade, o que permite relação sexual 
sem se romper. 
 Hímen septado: em seu septo pode conter uma arteríola que pode se romper e gerar 
sangramento intenso na relação sexual. 
 Hímen cribiforme: cheio de pequenos furinhos. 
 Hímen imperfurado: necessita de intervenção cirúrgica. 
Após a ruptura do hímen, é possível visualizar as carúnculas himenais, que são 
remanescentes cicatriciais. 
6. Bulbos do vestíbulo: são massas de tecido erétil alongado, em formato de ferradura, que se 
localizam lateralmente ao longo do óstio da vagina e superiormente aos lábios menores do 
pudendo. 
São cobertos pelos músculos bulboesponjosos e são homólogos ao bulbo do pênis. 
7. Glândulas vestibulares: são glândulas que secretam muco para o vestíbulo da vagina durante 
a excitação sexual. Estão presentes em dois tipos, as glândulas vestibulares maiores e as 
glândulas vestibulares menores. 
As glândulas vestibulares maiores estão localizadas póstero-lateralmente ao óstio da vagina, 
possuem formato arredondado ou ovalar e são parcialmente sobrepostas pelos bulbos do 
vestíbulo. 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
 
As glândulas vestibulares menores estão localizadas ao lado do vestíbulo da vagina e se 
abrem entre o óstio da uretra e o óstio da vagina. 
 
 A irrigação arterial do pudendo é realizada pela artéria pudenda externa e pela artéria 
pudenda interna, a qual emite as artérias labiais e a artéria do clitóris. 
 A drenagem venosa do pudendo é realizada pelas veias pudendas internas e por suas 
acompanhantes. 
 A inervação do pudendo é realizada por derivados do plexo lombar como os nervos labiais 
anteriores (oriundos do nervo ileoinguinal) e o ramo genital do nervo genitofemoral. Além disso, é 
ela realizada também por derivados do plexo sacral como o ramo perineal do nervo cutâneo femoral 
posterior, o nervo pudendo¸ os nervos labiais posteriores, os ramos profundos e musculares do 
nervo perineal e o nervo dorsal do clitóris. Por fim, recebe inervação parassimpática via nervos 
cavernosos¸ oriundos do plexo nervoso uterovaginal. 
 A drenagem linfática do pudendo é realizada por linfonodos inguinais superficiais, linfonodos 
inguinais profundos, linfonodos ilíacos internos e linfonodos sacrais. 
 
Vagina: 
 
A vagina é uma estrutura músculo-membranácea de cerca de nove centímetros de 
comprimento que se estende do colo uterino até o óstio da vagina (o qual se localiza no vestíbulo da 
vagina). 
A vagina serve como canal para o fluxo menstrual, forma a parte inferior do canal de parto, e 
recebe o pênis e o ejaculado durante a relação sexual. 
A vagina possui as seguintes relações: 
 Anterior: fundo da bexiga urinária e uretra. 
 Posterior: reto, canal anal e escavação retouterina. 
 Superior: útero. 
 Inferior: meio externo. 
 Lateral: músculo levantador do ânus, fáscia visceral da pelve e ureteres. 
Ao redor do colo do útero, a vagina possui uma estrutura chamada de fórnice da vagina. 
O fórnice da vagina pode ser dividido em partes anterior, posterior e lateral, sendo a parte 
posterior do fórnice da vagina a região que possui uma íntima relação com a escavação retouterina. 
Os músculos que contraem a vagina são quatro: músculo pubovaginal, músculo esfíncter 
externo da uretra, músculo esfíncter uretrovaginal e músculo bulboesponjoso. 
A mucosa da vagina apresenta pregas transversais chamadas de rugas vaginais, que estão 
mais condensadas próximo ao óstio vaginal. 
A irrigação da vagina é realizada pela artéria uterina, pela artéria vaginal e pela artéria 
pudenda interna. 
A drenagem venosa da vagina é realizada pelos plexos venosos vaginais, que se continuam 
com o plexo venoso uterino e dão origem ao plexo venoso uterovaginal, o qual drena para as veias 
ilíacas internas por meio da veia uterina. 
A drenagem linfática da vagina é realizada por linfonodos ilíacos externos, internos e comuns 
e por linfonodos inguinais superficiais. 
A inervação da vagina é realizada pelo nervo perineal profundo¸ ramo do nervo pudendo, e 
pelo plexo nervoso uterovaginal. 
 
Útero: 
 
O útero é um órgão de formato piriforme, formado por paredes musculares espessas. 
O útero possui as seguintes relações: 
 Anterior: escavação vesicouterina e bexiga urinária. 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
 
 Posterior: escavação retouterina e reto. 
 Lateral: ligamento largo e ligamentos transversos do colo. 
O útero tem posição antevertida e antefletida, ou seja, inclinado anterossuperiormente em 
relação ao eixo da vagina (antevertido) e curvado anteriormente em relação ao colo (antefletido). 
O útero pode ser dividido em corpo do útero, colo do útero e cavidade do útero. 
 Corpo do útero: é a parte mais superior do útero e que pode ser dividida em fundo 
do útero e em istmo do útero. 
O fundo do útero é a parte arredondada situada superiormente aos óstios uterinos 
das tubas uterinas. 
O istmo do útero é o afunilamento inferior do corpo do útero que o separa do colo 
uterino. 
O corpo do útero fica situado entre as lâminas do ligamento largo e possui a face 
anterior, relacionada com a bexiga urinária e a face posterior, relacionada com o intestino. 
 Colo do útero: parte mais inferior do útero e que pode ser dividida em porção 
supravaginal e em porção vaginal. 
A porção supravaginal localiza-se entre o istmo do útero e a vagina. Ela é separada da 
bexiga urinária por tecido conjuntivo, e separada do reto pela escavação retouterina. 
A porção vaginal se projeta para a parte superior da parede anterior da vagina. Ela 
circunda o óstio do útero, que comunica o útero com a vagina, e é circundadopelo 
fórnice da vagina. 
 Cavidade do útero: 
Continua-se inferiormente como canal do colo do útero. 
Apresenta os cornos do útero, que são os locais onde penetram as tubas uterinas. 
No local do istmo do útero há o óstio anatômico interno, o qual a divide em cavidade 
uterina do corpo do útero e cavidade uterina do colo do útero. 
 
 O útero é sustentado por uma série de ligamentos. 
 O ligamento largo do útero é o maior e o principal deles. Ele vai das paredes laterais do útero 
até as paredes e o assoalho pélvicos. Pode ser dividido em três partes: 
1. Mesossalpinge: porção do ligamento largo que está relacionada às tubas uterinas. 
2. Mesovário: porção do ligamento largo que está relacionada ao ovário. 
3. Mesométrio: porção do ligamento largo que está relacionada ao útero. 
O ligamento redondo do útero situa-se ântero-inferiormente ao ligamento largo e passa pelo 
canal inguinal. 
O ligamento útero-ovárico fixa-se ao útero na junção útero-tubária e situa-se póstero-
superiormente ao ligamento largo. 
Os ligamentos retouterinos vão das laterais do colo do útero até o sacro. 
Os ligamentos transversos do colo vão da porção supravaginal do colo até as paredes laterais 
da pelve. 
 
A irrigação do útero é realizada pela artéria uterina (ramo da artéria ilíaca interna) que passa 
pelas lâminas do ligamento largo e emite ramos que se anastomosam com a artéria ovárica. 
A drenagem do útero é realizada pelo plexo venoso uterino, que forma a veia uterina e drena 
para a veia ilíaca interna. 
A drenagem linfática do útero ocorre da seguinte forma: o fundo drena para os linfonodos 
aórticos laterais, o colo drena para os linfonodos ilíacos internos e sacrais e o corpo drena para os 
linfonodos ilíacos externos. 
 
 
 
 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
 
 
Tubas uterinas: 
 
 As tubas uterinas são órgãos pares que ligam o ovário ao útero e se estendem lateralmente a 
partir dos cornos uterinos, no óstio uterino da tuba uterina, e se abrem na cavidade peritoneal perto 
dos ovários, por meio do óstio abdominal da tuba uterina. 
As tubas podem ser divididas em quatro partes: 
1. Parte uterina ou intramural: é a parte da tuba que atravessa a parede do útero e se 
abre, por meio do óstio uterino da tuba uterina (na cavidade do útero), nos cornos 
do útero. 
2. Istmo: é a primeira porção da tuba após a sua saída do corno uterino. 
3. Ampola: é a parte mais longa e larga da turma, que vai do istmo até o infundíbulo. 
Geralmente é onde ocorre a fecundação. 
4. Infundíbulo: é a extremidade distal da tuba. Abre-se na cavidade peritoneal por meio 
do óstio abdominal e contém as fímbrias. 
A irrigação das tubas uterinas é realizada pelas artérias ováricas¸ que se originam da parte 
abdominal da aorta, e pela artéria uterina¸ que é ramo da artéria ilíaca interna. 
A drenagem venosa é realizada pelo plexo venoso pampiniforme, que forma a veia ovárica. A 
veia ovárica direita drena para a veia cava inferior e a veia ovárica esquerda drena para a veia renal 
esquerda. 
 
Ovários: 
 
 Os ovários são os órgãos correspondentes às gônadas femininas. 
 Eles possuem formato ovalar e estão localizados na cavidade pélvica. 
 Sua extremidade superior está relacionada à tuba uterina e sua extremidade inferior está 
relacionada ao útero. 
 O ovário é sustentado por ligamentos como o mesovário, que é parte do ligamento largo do 
útero. Além disso, há também o ligamento suspensor do ovário, que é contínuo com o mesovário, e 
o ligamento útero-ovárico¸ que o liga ao útero. 
 
 
 Fonte: 
1. Resumo Luís Felipe Santana – turma 106. 
2. Resumo Eloisa Cerutti – turma 106. 
3. Resumo Victor Uberti – turma 100. 
4. Resumo Natália Colissi – turma 102. 
5. Moore Anatomia Orientada para a Clínica 7ª edição.

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