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URBANIZAÇÃO BRASILEIRA Rede urbana Milton Santos Rede urbana Entendida como um conjunto de centros funcionalmente articulados, constitui-se num REFLEXO SOCIAL, resultante da ação de vários agentes sociais. É também uma CONDIÇÃO para a reprodução da existência social envolvendo as condições de produção e consumo. Anos 60 – rede urbana no Brasil Uma pequena divisão territorial do trabalho ainda marcava a vida econômica de grandes áreas do país em 1960. O processo de uma efetiva integração nacional ainda estava no começo e as atividades industriais não tinham a expressão que têm hoje. Traçado ferroviário predominante Em consequência os centros urbanos caracterizavam-se como lugares centrais, apresentando uma hierarquia na qual, abaixo das 2 METRÓPOLES NACIONAIS, Rio de Janeiro e São Paulo, apareciam METRÓPOLES REGIONAIS CONSOLIDADAS como Porto Alegre, Salvador, Recife e Belém e METRÓPOLES REGIONAIS EM FORMAÇÃO como Belo Horizonte, Curitiba e Fortaleza. Relações econômicas As relações econômicas se processavam por meio no âmbito das HINTERLÂNDIAS*, articulando-se através da rede ferroviária (de grande importância desde os anos 50). *Área ou distrito junto às bordas de uma costa ou rio que possuem armazéns e equipamentos para o embarque e desembarque da cargas, bem como as rodovias e ferrovias que o ligam a outras localidades. Metropolização – anos 70 Explosão demográfica das capitais brasileiras; Até final da década de 1970, crescimento populacional concentrado nas grandes cidades (metropolização); Organização das 9 regiões metropolitanas em 1973: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Fortaleza, Belém, Porto Alegre e Curitiba. Após a CF88, a atribuição de criação de uma RM é dos Estados: hoje, são 56 RMs em todo o Brasil. Mudanças a partir da década de 50 Diversificada produção industrial de bens de capital, bens de consumo duráveis e bens de consumo não duráveis. Novos centros industriais especializados alteraram a divisão territorial do trabalho preexistente. MELHORIA DA CIRCULAÇÃO viabilizando interações espaciais entre pessoas, informações e capital. Reaparecimento de alguns portos e aeroportos e a substituição do sistema ferroviário por uma rede rodoviária cada vez mais densa integrando o país. Dados demográficos Fonte: CENSO 2010 ARQUITETURA E URBANISMO UNIS PUR – Aline Skowronski ARQUITETURA E URBANISMO UNIS PUR – Aline Skowronski URBANIZAÇÃO tendência População: 190.732.694 pessoas Taxa de Urbanização: 84,4% Baixa na taxa de fecundidade Fonte: IBGE Rede urbana brasileira – 2010 até hoje Censo IBGE 2010 Grande Metrópole Nacional: São Paulo Metrópole Nacional: Rio de Janeiro e Brasília Metrópole: Salvador, Recife, Fortaleza, Manaus, Belém, Goiânia, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre Estas cidades contemplam 34% da população brasileira Capitais Regionais (A, B e C) Centros sub-regionais (A e B) Centros de Zona (A e B) RIDEs: Regiões Integradas de Desenvolvimento Econômico – quando envolve municípios de mais de uma unidade da federação. Ex.: Brasília e entorno, Teresina e municípios do Maranhão e Petrolina-Juazeiro. O mapa confirma a tendência de crescimento mais lento das metrópoles, as taxas mais fortes aparecendo em municípios médios ou pequenos. Ele destaca o crescimento da área do Centro-Oeste onde se desenvolve a produção de soja, milho e algodão. Outra região que viu a sua população aumentar (com outro sistema produtivo), foi o leste do Pará e o “bico de papagaio” do norte do Tocantins. Crescimentos fortes aparecem também na periferia da RM de São Paulo, no litoral carioca, no Espírito Santo e no sul da Bahia. VARIAÇÃO DO CRESCIMENTO 2010 - 14 https://journals.openedition.org/confins/9750 Momentos da urbanização BRASILEIRA Antes de 1940-50: no qual o papel das funções administrativas tem, na maior parte dos estados, uma significação preponderante. Economia agrária. Início do desenvolvimento interno. 1940 – introdução do edifício de apartamentos Após 1940-50 até 1980: no qual os nexos econômicos ganham enorme relevo, e se impõe às dinâmicas urbanas na totalidade do território. Predação ambiental. Esgotamento do produto e abandono da área (ouro, café, cana etc) SFH – megaobras de saneamento – anos 70 Crescimento intenso do PIB – 4x Declínio do salário mínimo Desemprego Relações informais de trabalho Pobreza e aumento da violência Ainda assim as cidades continuam crescendo. “DÉCADAS PERDIDAS” 80 e 90 11 Perfil das cidades pós industriais Aumento da produção habitacional – BNH 1940 – introdução do edifício de apartamentos SFH – mega obras de saneamento – anos 70 DÉCADAS DE 80 E 90 – décadas perdidas onde o crescimento populacional superou o PIB, aumento significativo da VIOLÊNCIA. PESSOAS MORANDO EM FAVELAS RIO DE JANEIRO 20% SÃO PAULO 22% BELOHORIZONTE 20% GOIANIA 13,3% SALVADOR 30% RECIFE 46% MARICATO, E. Brasil, Cidades: alternativas para a crise urbana. saneamento Redução significativa a partir dos anos 90. NOVA REDE URBANA SEC xxi Cidades médias – recebem a classe média Cidades metropolitanas – continuam a receber população pobre Cidades com mais de um milhão de habitantes - 13 CIDADES ACIMA DE 350 MIL HABITANTES – 49 Onde mora 50% da população e o PIB chega a 65% CIDADES MENORES COM MENOS DE 25 MIL HABITANTES – 4295 12,9% do PIB Mão de obra pouco qualificada vinculada às atividades primárias 15 Redes no território https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv47603_cap6_pt1.pdf Capitais regionais a. Capital regional A – constituído por 11 cidades, com medianas de 955 mil habitantes e 487 relacionamentos; b. Capital regional B – constituído por 20 cidades, com medianas de 435 mil habitantes e 406 relacionamentos; c. Capital regional C – constituído por 39 cidades com medianas de 250 mil habitantes e 162 relacionamentos. INSERÇÃO DE NOVAS ÁREAS NO PROCESSO PRODUTIVO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE Mato Grosso Rondônia Acre Pará Tocantins Maranhão Piauí 18 Pós 70 E A GLOBALIZAÇÃO A hierarquia que se manteve na rede urbana brasileira até os anos 70, em vista de condicionantes físicos, econômicos e humanos, passa a ser substituída pela capacidade de desenvolver tecnologias que imprimam rapidez, eficiência e competitividade. A rede urbana atual agrega novas funções vinculadas a elementos de natureza econômica, política, social e cultural. Centros de regiões Sul de Minas Alto Uruguai Agreste Pernambucano Sub regionais Ji Paraná – RO Bom Jesus da Lapa – BA Pato Branco – PR Sinop – MT Cruz Alta – RS Tefé – AM Quixada – CE Barbacena - MG Participam de formações socioespaciais diferentes e se inserem na divisão territorial do trabalho. Gestão – forma de relação horizontal federal Seleção dos locais de instalação dos órgãos públicos; tende a refletir a possibilidade de acesso da população ao serviço, indicando, assim, determinado grau de centralidade; Órgãos federais foram analisados. empresarial considerou-se a distribuição no território das unidades locais situadas em município diferente daquele onde se localiza a sede; a centralidade não se expressa apenas pela relação hierárquica de subordinação pelo comando das empresas, mas também pelo fato de centros polarizadores atraírem a instalação de filiais de empresas sediadas em outros centros TRANSPORTE COLETIVO COMPRAS ENSINO gestão Redes verticais Estão condicionadas à presença de fluxos modernos que privilegiam centros com alta tecnologia de informática, telecomunicação, eletrônica entre outros. Desenvolvem, recebem e difundem inovações. Elementos avaliados: Cursos de pós-graduaçãode excelência (nota 6 e 7) Redes de televisão Aumento da complexidade das funções urbanas – fluxos de pessoas, serviços, produtos educação O nível de centralidade de uma cidade no tocante à oferta de cursos de graduação foi estabelecido utilizando-se: 1) o número de alunos matriculados nos cursos presenciais; 2) o número de Grandes Áreas abrangidas pelos cursos oferecidos; e 3) o número de tipos de cursos existentes TRANSPORTE todas as possibilidades de, por esse meio, sair-se ou chegar-se ao município compras Para que municípios em geral os moradores do local se dirigem, em ordem de freqüência, para adquirir artigos como roupas, calçados, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis, etc
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