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Obstetrícia Veterinária
1ª Prova
Aula 3 - Patologias da Gestação
I - ALTERAÇÕES DOS ANEXOS FETAIS
1. PLACENTITE
- Processo inflamatório e infeccioso da placenta
- Etiologia 
Infecção via hematógena (sistêmica) ou vaginal ascendente 
Bactérias mais prevalentes: Brucella, Campylobacter, 
E. coli, Streptococcus 
Fungos: Aspergillus (éguas) – infecção ascendente.
-Evolução ou possibilidades clínicas 
Gestação e parto normais com retenção placentária Placentite em vaca: Brucelose
Parto com fetos fracos (nascem menos desenvolvidos) e retenção de placenta 
Pode levar a Abortamento, parto prematuro, morte neonatal (24h) – animais nascem muito debilitados.
Morte fetal (pode ser não seguida de aborto – maceração e mumificação fetal. Para ser aborto o feto deve ser expulso), metrite, salpingite, infertilidade Placentite em égua: Áreas em amarelo estão desvitalizadas.
* Foto da placentite por Brucela: placentomas destruídos, causando aborto. Previne com vacinação entre o 3º e 8º mês de vida das fêmeas.
* Placentite na égua, como a placenta é difusa, a lesão ocorre em algumas áreas da placenta causando perda de contato, não haverá troca com o feto. Se for uma área menor pode vir a termo, se não pode ser que aborte ou morra.
- Diagnóstico: basicamente dado pensando no feto abortado, observação da placenta, etc. Propriedade com muito aborto sempre pedir para o proprietário fotografar o feto/placenta ou mandar para necropsia. Nos casos onde não há aborto, só um feto mais fraco, a retenção de placenta é um sinal importante (vacas e éguas)
Corrimento vaginal purulento e fétido – sinal de infecção placentária mais grave com envolvimento vaginal. Tanto na retenção quanto na plancentite.
Possibilidade de alterações sistêmicas 
Avaliar viabilidade fetal (palpação retal / US / Rx) 
Cultura e antibiograma (secreção, feto e placenta) 
Inspeção da placenta pós-parto ou pós-aborto 
- Tratamento 
Profilático – vacinação antibrucélica (bezerras) 
Antibióticos e anti-inflamatórios (Fetos viáveis) – para tentar eliminar o processo infeccioso. O AINE é importante porque vai impedir a progressão da lesão da placenta, é necessário mesmo nessas fêmeas prenhes – faz isso, e também impede a liberação de prostaglandina (que é um fator abortivo).
Mesmo se abortou, usar para tratar a vaca.
Flunixin Meglumine (1mg/kg) é o mais utilizado, mas também poderia ser o Meloxicam, Firocoxib (égua) ou Fenilbutazona.
ATB: De preferência os com boa ação uterina - Enrofloxacina, Ceftiofur ou Oxitetraciclina (Ruminantes)
Feto viável – manter a gestação 
2. HIDROPSIA DOS ANEXOS FETAIS
- Acúmulo acentuado dos líquidos fetais O mais comum é o do líquido alantoideano.
- Hidroalantóide e hidroâmnio 
- Pode ocorrer separada ou associadamente Mais comum separadamente.
- Ocorrem principal no terço final da gestação; grande aumento de volume abdominal (desproporcional)
- Ocorrência esporádica em bovinos 
- Pouco comum nas demais espécie
2.1. Hidroalantóide 
- Acúmulo de líquidos na bolsa alantoideana 
- 90 a 95% dos casos de hidropsias em vacas 
- Volume máximo descrito em vaca: 273 litros 
- Este acúmulo ocorre no próprio alantoide.
* O bezerro pesa em torno de 40 kg ao nascer. Seria uns
90 kg/l de volume gestacional. A vaca com esta afecção
Estará muito mais pesada que isso.
- Etiologia e fatores predisponentes Hidroalantóide: “Aspecto de Maçã”
Redução de cotilédones e carúnculas (placentomas) funcionais – Se contar eles existem, mas não há troca.
Isso leva a desenvolvimento caruncular acessório 
Placenta adventícia – é uma placenta com áreas degeneração e necrose. Não consegue fazer uma boa troca de nutrientes com o feto.
Poliúria fetal (hidronefrose / rins policísticos – alterações morfofuncionais do sistema renal podem aumentar a produção de líquido alantoideano, é como se o feto produzisse muito mais urina que normalmente faria).
Torção uterina / compressão do cordão umbilical – pode aumentar a pressão hidrostática destes vasos uterinos e umbilicais, aumentando a excreção e líquido para o espaço alantoideano.Placenta adventícea: podemos ver carúnculas acessórias.
Gestação gemelar ou múltipla patológica
Desnutrição e enfermidades cardíacas da fêmea – Qualquer transtorno que possa interferir no mecanismo de pressão coloidosmótica e hidrostática, vale para o sangue a para a placenta.
2.2. Hidroâmnio
- Muito mais raro
- Acúmulo de líquidos na bolsa amniótica 
- 5 a 10% dos casos de hidropisias em vacas 
- Volume máximo descrito em vaca: 114 litros (Menor do que o hidroalantóide)
* Conseguimos notar a distensão abdominal principalmente pelo aumento da fossa paralombar. O líquido dentro do útero está ventral, colocando o colocando o útero um pouco mais para cima. Um pouco mais “dorsal”.Hidroâmnio: Aspecto de Pêra.
** Se pegar uma vaca no final da gestação, ás vezes tem um aumento semelhante, só que um pouco mais ventral.
- Etiologia e fatores predisponentes 
Alterações genéticas (autossômicos recessivos) - Predisposição de algumas raças, como a Jersey. – Leva a hidroâmnio.Feto Bulldog, proveniente de hidroâmnio.
Fetos bulldog (Raça Dexter) - Focinho achatado
Hipoplasia hipofisária (Raça Guernsey) 
Hidrocefalia e anencefalia (Raça Hereford) 
Estas raças não são muito comuns no BR.
Alterações congênitas 
Monstros fetais (Schistosomus reflexus)
Bezerro alterado como se tivesse o abdome aberto ou ao contrário. O animal nasce eviscerado.
Feto Schistosomus reflexus.
2.3. Hidropsia dos Anexos Fetais (Hidroalantóide e Hidroâmnio)
- Sinais clínicos 
Manifestam no terço final da gestação 
Distensão acentuada do abdômen
Hidroalantóide – forma de maçã (barril), pois o aumento de volume é muito grande. 
Hidroâmnio – forma de pêra, distensão menor,só distende a parte ventral.
Compressão de órgãos abdominais: 
Diminuição da ruminação, inapetência (não consegue mais deglutir), dificuldade de defecação e micção (podendo haver tenesmo vesical e retal)
Distúrbios cardiorrespiratórios: 
Dificuldade respiratória, dispneia.
Taquipnéia, taquicardia, TPC aumentado 
Dificuldade de locomoção
Decúbito prolongado ou permanente
 - Complicações associadas 
Prolapso vaginal / cervicovaginal 
Ruptura uterina 
Hérnia abdominal ventral 
Ruptura do tendão pré-púbico 
Atonia uterina 
Neuromiopatia compressiva Prolapso cervicovaginal.
Retenção placentária e metrite 
* Ás vezes precisamos decidir se vamos salvar a mãe ou o filhote. Se tiver ruptura uterina morrem os dois, se tiver ruptura do tendão pré-púbico descarta a mãe, etc.
- Diagnóstico 
Histórico e sinais clínicos (distensão abdominal), normalmente já diminuiu a ingestão de água.
Palpação retal: hiperdistensão uterina. Terço final de gestação o útero deveria estar com pouco líquido em relação ao tamanho do feto, porque era para o feto estar grande e produzindo líquidos fetais em menor quantidade. Já não acontece na hidropsia, difícil palpar feto e placentomas. Principal informação para diagnóstico.
Hidroalantoide: difícil palpar feto e placentomas Hidroalantóide – Útero de vaca.
Hidroâmnio: possível palpar feto e placentomas 
- Diagnóstico diferencial 
Ascite – Essa distensão, seja um ou outro, pode ser ascite (líquido livre dentro da cavidade). Diferenciar no exame físico pela percussão, teste de reverberação (Piparote da Tiquinha – Empurrar com a mão fechada de um lado do abdome e ver se sente do outro lado)
Pneumoperitôneo: pode provocar distensão também, dando inclusive ping metálico.
 Gestação gemelar ou múltipla patológica, são alterações que podem aumentar demais o tamanho do abdômen. Neste caso a palpação do feto será semelhante a uma normal, mesmo que você não consiga palpar os fetos separadamente.
Hidrometra / mucometra / piometra: em pequenos é mais comum do que em grandes animais. 
Timpanismo, deslocamento de abomaso. Seguir a sequência do exame físico – timpanismo terá percussão auscultatória gasosa, no deslocamento de abomaso vai ouvir o ping metálico.
* Ou seja:fazer um bom exame físico geral e dos sistêmicas específicos relevantes (digestório e genital) para fechar diagnóstico. Normalmente o motivo pelo qual de chamam na anamnese é “Minha vaca está com a barriga grande”.
- Tratamento 
Avaliar possibilidade de gestação a termo (Ás vezes falta uma semana para a vaca parir e dá para resolver com uma cesariana. Em outros casos ainda faltam meses, tira o filhote que pode já estar morto)
Punção: drenagem lenta, efeito temporário. É uma opção, quando o feto é importante (Ex. clones). Tem que ser lenta, pois está o útero ocupando quase todo o abdômen – se puncionar rápido demais a pressão arterial média vai cair muito rapidamente (aumento repentino do diâmetro da v. cava e dos grandes vasos, que estavam comprimidos) e a vaca tem síncope/até desmaio durante a descompressão.
Pior defeito da punção: não é definitiva e vai continuar acumulando líquido. Mais uma vez, se faltam meses pode ser que em 15 dias esteja distendida novamente.Alantocentese – Drenagem percutânea do líquido. Faz uma abertura e põe uma sonda ou cateter direto no útero.
Indução do parto ou aborto terapêutico: A vantagem é assim ou feto a termo nasce viável ou salvamos a vida da fêmea com o aborto (filhote menos importante) – Decidir quem vale mais.
PGF2a (25 a 50 mg) + ECP (5 a 10 mg) 
PGF2a (25 a 50 mg) + Dexametasona (25 mg) 
Dexametasona (25 mg) + ocitocina (20 a 40 UI) 
* Tem risco de repetir na próxima gestação, na maioria das vezes indica descarte.
Tração forçada do produto – geralmente vai ser necessária, uma das complicações é a atonia uterina. Então mesmo que induza o parto, ele terá que ser assistido.
Fetotomia – monstruosidades fetais. (Ou cesariana)
Cesariana – avaliar prognóstico fetal e materno para decidir se fará.
Tratamento para retenção placentária e metrite 
* Se a mãe é mais importante: induzir parto/aborto e/ou fazer uma cesariana, não importa a idade do filhote. 
* Se a mãe é só uma receptora e o filhote é mais importante: pode fazer uma drenagem inicial para ele chegar a termo e depois fazer um cesariana. Se for uma receptora com certeza sabemos a data de inoculação (do embrião transferido), dá pra calcular direitinho.
QUADRO COMPARATIVO – RESUMO
(Hidroâmnio é um pouco mais difícil de diagnosticar, pois consegue palpar fetos/placentomas e a distensão ocorre de forma mais lenta)
* Mecônio: só se estiver no finalzinho da gestação. 
* No hidroâmnio não importante se o feto é importante pois na maior parte das vezes ele já tem alterações, então quero salvar a vida da vaca e faço uma cesariana a qualquer momento. (Melhor que fazer indução de parto, porque não costuma sair fácil e dá mais trabalho com fetotomia)
* Punção percutânea+assepsia de pele (US se quiser), ou abre a parede da abdominal, ir até o útero, faz uma bolsa de tabaco ao redor fazer uma perfuração e drenar com catéter de folley, deixando ele externo (drenagem mais rápida e pode manter por alguns dias) – só dá um pouco mais de trabalho depois ter que fechar. Ás vezes mais fácil fazer uma cesariana de uma vez.
* Hidroâmnio: o problema é “o filhote”, pode manter a fêmea no rebanho. Hidroalantóide o problema é da fêmea, descartá-la.
II – ALTERAÇÕES DE ORIGEM FETAL
1. HIDROPSIAS FETAIS
- ASCITE FETAL
Acúmulo de líquido na cavidade abdominal
Associado à brucelose em bovinos
Defeitos de desenvolvimento (acondroplasia) – má formação das articulações.Ascite fetal.
- ANASARCA
Edema generalizado do tecido subcutâneo
Genes autossômicos recessivos (Ayrshire) 
Associado a anomalias hipofisáriasAnasarca
- HIDROCEFALIA
Acúmulo de líquido no sistema ventricular (segundo, terceiro ou quarto)
Acúmulo de líquido entre encéfalo e duramater (onde está o líquido céfalo-raquidiano)
Fatores genéticos, infecciosos e alimentaresHidrocefalia
- Distúrbios causadores de distocia de origem fetal. 
- Fetos geralmente inviáveis ou natimortos.
- Tratamento
Remoção do feto
Tração forçada sob lubrificação (casos leves) – Manipulação via canal vaginal.
Fetotomia
Parcial – hidrocefalia (corta o pescoço e o resto sai) e ascite
Total – anasarca
Cesariana (Hidrocefalia em geral só resolve assim) – costuma ser o mais fácil nestas situações. Pra quem tem menos experiência, é um procedimento mais fácil na vaca do que a fetotomia (Na égua que é mais difícil), menos chance de complicação.
2. GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA
- N° de fetos ultrapassa o normal para a espécie
Égua – unípara (parto gemelar <1%)
Vaca – unípara (parto gemelar ≈ 2%)
Ovelha – 1 ou 2 cordeiros
Cabra – 1 a 3 cabritos
Porcas – variável com a raça (10 a 16 leitões)
* Pode até levar a morte da mãe!
- Etiologia
Aptidão genética: ovulação múltipla (hereditário) – tem tendência a inclusive repetir isso ao longo das gestações. “Altera o que era para ser o normal da espécie”. Pode inclusive transmitir essa característica aos descendentes.
Fatores ambientais: alimentação e sanidade podem interferir nisso.
Fatores hormonais: tratamentos para ovulação (protocolos de superovulação na vaca)
- Sinais Clínicos
Distúrbios cardiorrespiratórios e gastroentéricos
Não consegue comer, ingerir água e se desenvolver normalmente. 2 filhotes na barriga (grandes fêmeas)
Alteração mecânica do parto: atonia uterina – contratilidade uterina insuficiente para expulsar os dois filhotes.
Retenção de placenta e metrite pós-parto Tanto pela questão nutricional quanto pelo parto laborioso.
Distúrbios metabólicos (hipocalcemia pós-parto, inclusive deslocamento de abomaso)
Possível que haja Abortamento / prematuro / mumificação (éguas), de um ou ambos. 
Para evitar o parto gemelar na égua, geralmente o pessoal destrói uma das vesículas embrionárias logo no início da gestação, a que for menorzinha.
- Diagnóstico
Grandes fêmeas: sinais clínicos (abdômen mais distendido, dificuldade de locomoção), palpação retal, ultrassom Problema é que com isso nem sempre dá pra definir que há dois filhotes lá dentro, principalmente se for terço final de gestação e ficamos sem dar o terço final definitivo.
Pequenas fêmeas: sinais clínicos, palpação abdominal, Rx (porca, ovelha, cadela)
- Diagnóstico Diferencial
Hidropisia de anexos fetais (A diferença é que na hidropsia; o hidroalantoide você não consegue palpar o feto e placentomas na palpação transretal, pois a distensão é por líquido. Já na gestação múltipla, o líquido está normal e a distensão é pelos fetos, por isso já é mais difícil descartar o Hidroâmnio - a sorte é que ele é raro.)
Outras causas de hiperdistensão uterina
- Tratamento
Acompanhamento da gestação (distúrbios)
Égua: Ao diagnóstico da gestação gemelar, já eliminar uma das vesículas embrionárias. Se só descubro tardiamente, melhor induzir aborto para evitar complicações graves no parto.
Acompanhamento do parto (atonia uterina ou laborioso)
Comprometimento do estado geral da fêmea- Se você acredita que há risco de a mãe morrer, vale a pena:
Gr. animais: abortamento terapêutico
Peq. an.: aborto terapêutico ou cirúrgico
Caprino e ovino geralmente tem 2-3 filhotes, o 4º filhote pode até dar um probleminha mas não é tão grave como na grandes fêmeas.
Correção da gestação gemelar em éguas:
selecionar e esmagar a menor vesícula
pressão manual antes do 17° dia de gestação
Retirar da reprodução as fêmeas com GMP Componente hereditário. (Se for uma égua campeã ou vaca campeã é relativo, avaliar com o proprietário)
3. GESTAÇÃO ECTÓPICA (EXTRAUTERINA)
- Características
Localização fetal fora da cavidade uterina
Primária: tubárica e ovárica – rara
Secundária: abdominal (devido a ruptura uterina, o feto vai lá com a placenta) mais frequente. Pode evoluir e a morte fetal só ocorrer depois.
Origem traumática ou espontânea (torção)
Pode ocorrer em humanos, que geralmente se tenta levar a gestação a termo. Em animais, é uma dificuldade muito grande, nesses casos se a fêmea tiver algum valor (Ex. de estimação) deve fazer abertura do abdômen e retirada do feto.
Difícil estabelecer esse diagnóstico, porquemuitas vezes pensamos que o feto abortou. 
É um pouco mais raro. (Achado de necropsia)
Útero estará vazio, ultrassom abdominal pode ajudar. Rx para pequenas fêmeas (caprino e ovino)
- Evolução da “Gestação Abdominal”
Feto inicia seu desenvolvimento no útero
Ruptura uterina e o feto passa para o abdômen
Ocorre morte fetal (placenta comprometida)
Feto mumificado livre ou aderido às vísceras
- Diagnóstico
Difícil de estabelecer: acredita-se em aborto
Palpação: útero vazio e feto(s) no abdômen
Exames ultrassonográficos e radiográficos
Laparotomia exploratória: massa abdominal
Vacas: achado ao abate (mumificado – resultado mais comum desta condição)
- Prognóstico
Fragilidade uterina / Aderências nas vísceras
Reservado/desfavorável: atividade reprodutiva – esquece. Salvar só se for animal de estimação ou uma vaca muito boa de leite mesmo para induzir lactação.
- Tratamento
Remoção cirúrgica / Descarte da fêmea (vaca)
4. MUMIFICAÇÃO FETAL
- Características
Ele é um feto que desidrata – essa perda de água que o faz parecer uma múmia. Mole e não tem aborto ativo.
Morte do feto no útero e ausência de aborto
“Para ter um feto mumificado ou macerado deve haver morte fetal sem aborto obrigatoriamente”
Processo asséptico de morte e involução fetal
Geralmente associado a nutrição do feto – alterações no cordão umbilical ou placentárias, má-formações, traumas, gestação ectópica, etc.
Feto desnutrido morre e o líquido vai sendo absorvido.
Geralmente não é infecciosa (nesses casos é a maceração que acontece)Fetos mumificados
Absorção dos líquidos fetais e placentários
Desidratação fetal e involução uterina
- Tipos de Mumificação: Duas
Hemática: Substância lembra um sangue/coagulo (Roça: “sangue pisado”)
Feto coberto por substância viscosa e escura
Hemorragia caruncular: sangue metabolizado (por isso fica grudado lá no feto)
Ocorre principalmente nas vacas – forma mais comum nelas.
Papirácea: Feto extremamente seco, parece um papel.
Feto e placenta secos com aspecto de papel
Ocorre em todas as espécies (égua, pequeno ruminante)
* Útero pode ficar extremamente aderido, porque ele reabsorve toda a água e acha que não tem mais nada lá dentro. A palpação transretal, vai palpar um útero “vazio”, mas com um aumento de volume seco. Em uma gestação com feto deste tamanho era para estar cheio de líquido (lembra do balotamento, beliscamento).
- Incidência
Pode acometer todas as espécies domésticas (inclusive Mulheres)
Maior incidência em vacas: 0,13% a 1,8% (e animais de grande porte)
Ocorre no terço médio da gestação (3º a 8º m)
- Etiologia e Fatores Predisponentes
Traumatismos: descolamento placentário Fator importante
Comprometimento do fluxo sanguíneo:
Torção do cordão umbilical e torção uterina (Só que na torção uterina também terá os sinais da torção do útero)
Deficiência na placentação: redução de vilosidades
Hereditariedade: vacas Jersey e Guernsey, algumas porcas
Hormonal: aplicação de progesterona pode também causar mumificação. Animal que está prenhe recebendo progestágeno o feto vai morrer, mas não será abortado porque o progestágeno vai segurá-lo. Vai desidratar e continuar lá.
- Outros Fatores Etiológicos
* Ele disse antes que a mumificação EM GERAL não é causada por agentes infecciosos. Mas, alguns agentes virais podem levar a mumificação fetal. Os bacterianos causam maceração.
Porcas: enterovirus e parvovirus suíno (SMEDI)
Éguas: gestação gemelar – morte de um ou ambos
Vacas: BVD, IBR (herpesvirus bovino)
- Sinais Clínicos
Sinais clínicos pouco evidentes, até nenhum. 
Discreto desconforto abdominal (sinais de cólica) – Eventualmente, pode ter sinal de contração uterina 
Prolongamento do “período gestacional” (até 24m)
Perda das características gestacionais
Corrimento vaginal esporádico amarronzado (característica daquele sangue pisado), em geral não ocorre. Gestação gemelar- Equino. Feto Papiráceo.
Multíparas: parto de fetos viáveis e mumificados – principalmente na porca.
*Ás vezes o proprietário não detecta, acha que a vaca abortou e descarta ela porque também não emprenha na próxima estação. (Depende se o proprietário tem o hábito de anotar)
- Diagnóstico
Grandes animais: palpação transretal e ultrassonografia
Ausência de líquidos fetais e placentomas
Ausência de flutuação e movimentos fetais
Feto endurecido e pequeno, moldado pelo útero (bem “aderido” )
Presença de corpo lúteo (pode haver) e cérvix geralmente fechada – a absorção costuma ser intrauterina. Se estiver aberta, o útero pode contaminar, e a mumificação pode se transformar em maceração.
 Ausência de frêmito nas artérias uterinas
Pequenos ruminantes e suínos: palpação abdominal, US e RX (Vê direitinho o feto mumificado lá). Podem existir fetos mumificados e normais (cabra, porcas)
- Prognóstico
Quanto a vida: favorável
Atividade Reprodutiva:
Reservado – Ás vezes não conseguimos remover adequadamente.
 Favorável (sucesso na expulsão do feto) – Porque não tem lesão uterina. Como ele está íntegro, basta remover o feto mumificado.
* Se não tirar o feto ele fica lá...muitas vezes não interfere na vida da fêmea, mas certamente até tirarmos não tem como ela voltar a reprodução.
- Tratamento
Promover a expulsão do produto mumificado Aborto terapêutico
Induzir lise do corpo lúteo em bovinos (quebrar o CL persistentes induzindo novo cio). Protocolos:
 PGF2a (25 a 50 mg) ou Cloprostenol (500μg): única
* Cuidado: A Dexametasona só serve de aborto terapêutico para FETO VIVO.
Estro → abertura da cervix
Expulsão do feto do útero para o canal vaginal em 2 a 3 dias
Retirada manual do produto (feto mumificado) após uso da medicação
Outras opções:
Injeções de estradiol
Remoção cirúrgica (cesariana)
Antibioticoterapia profilática para metrite (?) – Facultativa. ATB depende do estado do feto. Em geral não precisa, porque não costuma ter causa infecciosa.
O período gestacional prolongado porque a vaca não ficará tendo cio até tirar o feto mumificado.
4. MACERAÇÃO FETAL
- Características
Morte do feto no útero e ausência de aborto 
Processo séptico com putrefação fetal
Infeccioso ativo
Amolecimento e liquefação dos tecidos moles
Odor fétido horrível
- Incidência
Pode acometer todas as espécies domésticas
Maior incidência em vacas
Ocorre no terço médio da gestaçãoÚteros de vacas.
- Etiologia e Fatores Predisponentes
Morte fetal por agentes bacterianos
Vacas: infecção por Tritrichomonas foetus, mas pode ser qualquer agente, principalmente se houver abertura da cérvix (infecção acendente)
Morte fetal por causas similares à mumificação, mas com abertura da cérvix e invasão bacteriana
Permanência do feto morto contaminado no útero provocando metrite, corrimento fétido, pode vir até pedaço de osso do feto no corrimento.
- Sinais Clínicos
Corrimento vaginal fétido contendo partes fetais
Esforços expulsivos intermitentes – não sempre, mas quando há é forte e sai bastante secreção.
Anorexia e emagrecimento: metrite crônica
Comprometimento do estado geral: septicemia
A vaca da mumificação é sadia, essa aqui não.
Ruptura uterina: peritonite e aderências
Diminuição da produção leiteira (Vaca de corte emagrecendo, de leite quebra o leite)
- Diagnóstico
Diagnóstico clínico por palpação transretal e vaginoscopia.
Sinais clínicos: processo séptico
Inspeção: cérvix parcialmente aberta e corrimento (proveniente da cérvix)
Palpação retal:
Crepitação óssea no corpo do útero
Flutuação e espessamento da parede uterina – por causa da metrite, tem líquido lá dentro, secreção.
Ausência de frêmito nas artérias uterinas – assim como na mumificação.
Geralmente há ausência de corpo lúteo – outra diferença importante da mumificação, em que há persistência de CL.
Ultrassonografia
- Prognóstico
Atividade reprodutiva: desfavorável (metrite)
Vida da fêmea: variável com o estado geral Reservado também na vida da fêmea, pode morrer.
- Tratamento
Promover a expulsão das partes fetais maceradas
Aborto terapêutico em bovinos:PGF2a e estrógeno
Retirada manual dos restos fetais após medicação (via palpação vaginal)
Lavagens uterinas e antibioticoterapia (Coisa que não precisa na mumificação) Lava com solução estéril para tentar remover essa secreção, pode usar também alguns agentes mucolíticos. 
Antibioticoterapia pesada obrigatória.
Avaliar a possibilidade de descarte em vacas
5. FETO ENFISEMATOSO
- Características
Alterações enfisematosas do feto morto
Infecção ascendente
Geralmente o feto já está a termo e é uma consequência do parto distócico.
Causa morte fetal durante o parto
Esse proprietário provavelmente não deu uma assistência adequada. O feto sofre processo de putrefação e infecção ascendente após o início do parto.
Feto retido no útero ou no canal pélvico
- IncidênciaFetos enfisematosos
Pode acometer todas as espécies domésticas
Maior incidência em vacas: principalmente porque a vaca já tem uma pelve que predispõe a complicações de parto. Texto de pelvimetria!
A pelve principalmente das linhagens leiteiras tem mais condições morfológicas para ter distocias mais chance de feto enfisematoso.
Final da gestação ou principalmente no parto
* Detalhe: Cesariana em vaca você pode escolher qualquer acesso cirúrgico. Porém, se o feto estiver enfisematoso, o acesso cirúrgico mais indicado é o paramamário (para drenagem dessa secreção).
- Etiologia e Fatores Predisponentes
Parto distócico seguido pela morte fetal (sem o parto ser eficaz)
Cérvix aberta e invasão ascendente de bactérias anaeróbias
Putrefação e produção de gás nos tecidos fetais – pega a patinha do feto enfisematoso para tracionar, ás vezes sai na sua mão. (Tudo podre)
Tempo de evolução: 24 a 72 horas (Quando mais tempo fica, maior a contaminação)
Nem todo animal que você atende de distocia terá o feto estará enfisematoso, ele tem que estar ali a um tempo.
Ele já atendeu caso de apenas 24 h e o feto já estava enfisematoso – provavelmente o parto foi assistido por alguém com as mãos sujas de fezes que tentou desfazer a distocia e piorou a situação, levando contaminação para o útero.
- Sinais Clínicos
Distúrbio do estado geral e timpanismo leve
Mãe desidatrada, se alimentando menos.
Corrimento vaginal escasso e fétido, que vai aumentando.
Cérvix parcialmente aberta (devido a contaminação)
Aumento de volume do feto, útero e abdômen (ás vezes tão grande que não consigo fazer fetotomia)
Pêlos e cascos se desprendem facilmente
Pode ocorrer compressão do nervo obturador – bezerro tenta sair e não consegue, morre dentro do canal do parto e vai inchando, fazendo pressão sobre esse nervo. Com isso, a fêmea não consegue levantar mais e permanece caída. Tirando o feto, antibioticoterapia para evitar metrite e tentar suspender a vaca com um trator + AINE pode até recuperar a função do nervo.
- Diagnóstico
Histórico de trabalho de parto, ás vezes de manipulação.
Sinais clínicos: processo séptico ==>
Inspeção: feto enfisematoso insinuado (“Fica praticamente o dobro do tamanho”) – morto e inchado.
Palpação vaginal
Crepitação gasosa no corpo fetal
 Desprendimento de cascos e pelos
Palpação transretal: sente crepitação também.
- Prognóstico
Atividade reprodutiva: reservado a desfavorável Igual na maceração.
Vida da fêmea: variável com o estado geral, se você pegou no início é bom. (Se demorar pode até conseguir, mas reprodutivamente é descarte)
- Tratamento
Remover o feto retido e enfisematoso. Geralmente se o feto morreu durante o parto, tirando a atonia uterina, a causa mais comum é desproporção feto-pélvica, então em geral já é grande e por isso deu distocia.
Tração forçada sob lubrificação (casos leves) Difícil conseguir tirar então.
Fetotomia total (difícil)
Cesariana – técnica paramamária
Lavagens uterinas e antibioticoterapia
Avaliar a possibilidade de descarte em vacas
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