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2ª P.D 2013 (Port. 3ª Série E.M Blog do Prof. Warles)

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�� 2ª Prova diagnóstica – 2013 – 3ª Série 
 SEDUC-GO – Lingua Portuguesa - Ens. Médio
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ESCOLA: ________________________
Prof.:____________________________
Nome: ___________________________
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda aos itens 1, 2 e 3. 
Homens e mulheres
Mário Eugênio Saturno
Homens e mulheres são diferentes? Alguns afirmam que, além das diferenças óbvias, homens são muito diferentes de mulheres. Defendem que tudo começou com os homens das cavernas. Das mulheres das cavernas também. Enquanto os homens eram caçadores, as mulheres eram coletoras. Essas tarefas eram muito distintas. E persistem até hoje, lá no fundo. O coletor, ou melhor, a coletora repara em tudo, anda e observa as frutas maduras e boas para, então, coletá-las. Ou seja, faz compras. E quanto mais observadoras, mais eficientes. Milhões de anos depois, estão aí nossas mulheres, coletando muitas coisas em supermercados, lojas, feiras... E como elas são boas nisso! O caçador concentra-se em uma presa, esquecendo-se do que está à volta, em profundo silêncio, até que a presa esteja morta. Por isso, o homem pergunta: “mulher, cadê a minha caneta?”. Está em sua frente, no canto direito da mesa. Ah, é... Explica, também, por que quando os homens se perdem no trânsito exigem silêncio para se concentrar na solução da bobagem que fizeram. Psiu! Fiquem quietos para eu continuar a escrever meu artigo! 
[...] Enquanto se concentravam e ficavam em silêncio, os homens aprenderam a esquecer tudo o mais, como o dia do início do namoro, do casamento, do aniversário, além dos recados da esposa. E como os homens são péssimos nesse aspecto! Não é desatenção, nem é desprezo, é simplesmente condicionamento milenar. Portanto, mulheres, percam as esperanças. As mulheres das cavernas, por sua vez, ficavam juntas, também com seus filhos, enquanto coletavam, conversavam, falavam, contavam, parlavam, parlavam, parlavam... Por isso, talvez, as mulheres utilizam os dois lados do cérebro para falar, enquanto os homens, apenas o lado esquerdo. Pergunte algo a uma mulher e ela tem mil palavras para descrever. Pergunte algo a um homem e ele não tem (literalmente) palavras para se exprimir. Calcula-se que os homens falem 2 mil palavras por dia, enquanto as mulheres têm um arsenal de 7 mil palavras. Por isso, ao chegar em casa, os homens ficam calados, quietos, mudos. As mulheres pensam que é indiferença, mau humor, mas não. Simplesmente acabou o estoque de palavras para aquele dia, enquanto elas ainda têm 5 mil de sobra. 
Esses pesquisadores acreditam que somos descendentes dos melhores caçadores e das melhores coletoras. [...] Também foi descoberto que os homens têm 1 bilhão de neurônios a mais que as mulheres. Dizem alguns que esses neurônios a mais estão localizados numa área do cérebro exclusiva dos homens: o CCG, ou centro de controle dos gastos. Mentira. As mulheres são econômicas, pelo menos quando jovens: já observaram as moças de 16 a 20 anos usarem as mesmas roupas que tinham quando mal completavam 12 anos? Essas coitadinhas mal cabem nas roupinhas... [...] Mas nem todos concordam com essas teorias. Argumentam que não temos registros e nem fósseis dos homens das cavernas que possam sustentar essas ideias incríveis. Muitos acreditam que a diferença de tratamento e educação dos meninos e das meninas, desde cedo, produzam as diferenças nos cérebros adultos. De qualquer forma, porém, que essa teoria explica muita coisa, isso explica... 
Disponível em: http://www.diarioweb.com.br/artigos. Acesso em: 1º nov. 2011. 
D14 ––––––––– QUESTÃO 01 ––––––––––
Em qual das citações abaixo está expressa uma opinião do autor Mário Eugênio Saturno? 
(A) “Defendem que tudo começou com os homens das cavernas. Das mulheres das cavernas também. Enquanto os homens eram caçadores...” 
(B) “[...] Milhões de anos depois, estão aí nossas mulheres, coletando muitas coisas em supermercados, lojas, feiras... E como elas são boas nisso!” 
(C) “Muitos acreditam que a diferença de tratamento e educação dos meninos e das meninas, desde cedo, produzam as diferenças nos cérebros adultos.” 
(D) “[...] As mulheres das cavernas, por sua vez, ficavam juntas, também com seus filhos, enquanto coletavam, conversavam, falavam...”
(E) “[...] Calcula-se que os homens falem 2 mil palavras por dia, enquanto as mulheres têm um arsenal de 7 mil palavras.”
D19 ––––––––– QUESTÃO 02 ––––––––––
No fragmento, “[...] já observaram as moças de 16 a 20 anos usarem as mesmas roupas que tinham quando mal completavam 12 anos? Essas coitadinhas mal cabem nas roupinhas...”, o diminutivo empregado nas palavras destacadas sugerem 
(A) ironia. 
(B) afeto. 
(C) raiva. 
(D) ternura. 
(E) delicadeza.
D18 –––––––––– QUESTÃO 03 ––––––––––
No trecho, “E persistem até hoje, lá no fundo.” a expressão destacada sugere que a distinção das tarefas entre homens e mulheres persiste, porém de forma 
(A) evidente. 
(B) declarada. 
(C) adequada. 
(D) camuflada. 
(E) transparente. 
D11 –––––––––– QUESTÃO 04 ––––––––––
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda. 
Súplica Cearense
Waldeck Macedo e Nelinho
Oh! Deus, perdoe este pobre coitado 
Que de joelhos rezou um bocado 
Pedindo pra chuva cair sem parar 
Oh! Deus, será que o senhor se zangou 
E só por isso o sol arretirou 
Fazendo cair toda a chuva que há 
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho 
Pedi pra chover, mas chover de mansinho 
Pra ver se nascia uma planta no chão
 
Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe, 
Eu acho que a culpa foi 
Desse pobre que nem sabe fazer oração 
Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água 
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa 
Pro sol inclemente se arretirar 
Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno 
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno 
Que sempre queimou o meu Ceará 
Disponível em: http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/81584/. Acesso em 07/02/2013. 
O eu lírico acha que não rezou direito porque 
(A) o sol queimou o seu Ceará. 
(B) a chuva caiu sem parar. 
(C) a chuva caiu de mansinho. 
(D) rezou um bocado de joelhos. 
(E) pediu para acabar com o inferno.
D5 –––––––––– QUESTÃO 05 ––––––––––
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
A vida de um deficiente visual é mais complicada do que você imagina. 
Disponível em: www.thinkad.files.wordpress.com. Acesso em: 20/02/2013. 
Ao relacionar a linguagem verbal e a não verbal, conclui-se que 
(A) as cidades são planejadas considerando as diversidades. 
(B) as cidades proporcionam locomoção a todos os habitantes. 
(C) o mapa permite acessibilidade para os deficientes visuais. 
(D) os deficientes visuais têm facilidade para circular nas vias públicas. 
(E) os deficientes visuais sofrem com a ausência de sinalização adequada. 
Leia os textos abaixo e, a seguir, responda aos itens 6 e 7. 
Texto 1 
Livros de autoajuda podem aumentar a motivação.
Marina Oliveira e Thaís Macena 
Fenômenos editoriais há alguns anos, os livros de autoajuda continuam conquistando fãs, apesar de também enfrentarem muita desconfiança e nariz torcido por parte do público. A variedade de temas é imensa: há obras para quem precisa vencer a depressão, para quem quer buscar a fé, aprender a lidar com pessoas difíceis, alcançar a tão sonhada prosperidade, salvar uma relação e até educar os filhos. Mas todos têm algo em comum: o propósito de fazer do leitor uma pessoa mais feliz. 
"Os livros de autoajuda muitas vezes conseguem colocar em palavras o que o leitor sente, mas não sabe definir. Eles ajudam a nomear o que a pessoa percebe apenas como um incômodo. E isso já é meio caminho andado para a resolução do problema", afirma o filósofo Jorge Claudio Ribeiro, professor da PUC de São Paulo. No entanto, o conteúdo só será realmente eficiente se estiver alinhado à busca pessoal e ao momento de vida de quem lê. Assim como os remédios receitadospelo médico, um título recomendado por um amigo pode não servir a você. 
Disponível em: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/02/18/livros-de-autoajuda. Acesso em: 18/02/2013. 
Texto 2 
O direito à infelicidade
João Pereira Coutinho 
Os manuais de autoajuda são exemplos de tirania. De pequenas tiranias consumidas por escravos dóceis e fiéis que acreditam em dois equívocos. O primeiro é conhecido: não existe manual de autoajuda que não apresente o infortúnio como um elemento estranho à condição humana. A tristeza é uma anormalidade, dizem. O fracasso não existe e, quando existe, deve ser imediatamente apagado, ordenam. Na sapiência dos manuais, a infelicidade não é um fato; é uma vergonha e uma proibição. O que implica o seu inverso: se a infelicidade é uma proibição, a felicidade é obrigatória por natureza. Obrigatória e radicalmente individual. Ela não depende da sorte, da contingência e da ação de terceiros: daqueles que fazem, e tantas vezes desfazem, o que somos e não somos. Depende, exclusiva, e infantilmente, de nós. 
COUTINHO, João Pereira. O direito à infelicidade. Folha de S. Paulo, São Paulo, 30 ago. 2006, p. E2. 
D21 –––––––––– QUESTÃO 06 ––––––––––
A respeito dos livros de autoajuda, as opiniões dos autores dos dois textos acima são 
(A) complementares. 
(B) inconsistentes. 
(C) consonantes. 
(D) antagônicas. 
(E) exageradas.
D9 –––––––––– QUESTÃO 07 ––––––––––
A ideia principal do texto 2 é 
(A) a sapiência dos manuais de autoajuda. 
(B) o infortúnio da condição humana. 
(C) a tirania dos livros de autoajuda. 
(D) o individualismo da felicidade. 
(E) a inexistência do fracasso. 
D10 –––––––––– QUESTÃO 08 ––––––––––
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
Continho
Paulo Mendes Campos
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo: 
— Você aí, menino, para onde vai essa estrada? 
— Ela não vai não: nós é que vamos nela. 
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama? 
— Eu não me chamo não: os outros é que me chamam de Zé. 
Disponível em: www.scribd.com/doc/57047146/Continho. Acesso em19/02/2013. 
Pode-se dizer que a exposição dos fatos é 
(A) atemporal. 
(B) cronológica. 
(C) psicológica. 
(D) decrescente. 
(E) irregular.
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda aos itens 9 e 10. 
Manifesto pela dignidade do cidadão
Mesmo após a Declaração Universal dos Diretos Humanos, que em 2013 completará 65 anos, e a Constituição de 1988, permanece no Brasil um tumor humano-social bastante violento: a intolerância ao outro. Vivemos ainda no terror da exclusão, da perda de senso comunitário e da nova onda de radicalização, gerada por uma espécie de brutalização que vai tomando conta de muitos que não foram devidamente educados. Pôr fim a essa espécie de novo período das trevas é um imperativo. 
No Brasil, nas últimas décadas, vários grupos de marginalizados vêm se mobilizando: movimentos de homossexuais, de negros ainda ultrajados, de desamparados economicamente, de mulheres violentadas têm alcançado maiores dimensões. Contudo o que se nota em tom de lamento é que, em vários pontos do país, as ações em busca de respeito e direitos têm significado o acirramento do preconceito e da intolerância por parte daqueles que se sentem incomodados com certos progressos alcançados por pessoas que antes eram tão oprimidas. 
Observam-se grupos neonazistas em ação. Igrejas fundamentalistas se alastram e demonstram sua ojeriza e virulência a outros credos. Criam-se leis flexíveis a interpretações preconceituosas, inconsequentes e até xenófobas. Completando um cenário de profunda ofensa à condição e à diversidade humana, para citar alguns casos que pontuam insistentemente a grande mídia, têm-se nordestinos insultados e ameaçados de variadas violências, moradores rua espancados até a morte ou queimados vivos e travestis executados sumariamente. Até quando cidadania e direitos humanos serão tão banalizados? 
Ainda se destaca pesarosamente uma forma de violência moral, que deveria ser vista por todos como insuportável num país tido como civilizado. Em nome da “família”, líderes religiosos tomam posse de tribunas parlamentares e de meios de comunicação para expor sua aversão aos homossexuais e, principalmente, a casais homoafetivos. Para mascarar a violência histórica com os negros, criam-se cotas para “afrodescendentes” em universidades, mas as favelas e os presídios continuam lotados de gente da pele “encardida”, como muitos vêm maldosamente chacoteando. 
Por isso, conclamo todos os leitores deste manifesto, brasileiros ainda com poder de indignação, a reagirem contra atos discriminatórios em relação a imigrantes, homossexuais, negros, orientais, pobres, mulheres, idosos, índios, nordestinos ou qualquer outro grupo afetado. Estamos em uma crise moral e civilizatória grave, mas não podemos permitir atos extremos de aversão ao outro. Não podemos tolerar que, após décadas e até séculos de desrespeito à vida humana, os direitos básicos sejam jogados no lixo pela ignorância, que leva a repudiar o “diferente”. 
Devemos lutar juntos, não permitindo que caprichos estúpidos sejam utilizados como pretexto para a violência e a exclusão. Fortaleçamo-nos uns com os outros e busquemos uma saída em nome do bem-estar comum. Aliás, ser ou não ser não é a questão, a questão é o direito de ser. Não deixemos que ultraconservadores derrubem conquistas e o direito de todos serem livres e cidadãos completos e respeitados. 
Assinaturas de apoio ao manifesto: 
Disponível em: http://www.avozdocidadao.com.br/detailAgendaCidadania. Acesso em:27/02/2013. 
D8 –––––––––– QUESTÃO 09 ––––––––––
É um argumento que reforça a tese de que permanece no Brasil a intolerância ao outro 
A) “Vivemos ainda no terror da exclusão, da perda de senso comunitário e da nova onda de radicalização...” 
B) “Devemos lutar juntos, não permitindo que caprichos estúpidos sejam utilizados como pretexto para a violência e a exclusão.” 
C) “Por isso, conclamo todos os leitores deste manifesto, brasileiros ainda com poder de indignação...” 
D) “Fortaleçamo-nos uns com os outros e busquemos uma saída em nome do bem-estar comum.” 
E) “Não deixemos que ultraconservadores derrubem conquistas e o direito de todos serem livres e cidadãos completos e respeitados.” 
D12 –––––––––– QUESTÃO 10 ––––––––––
A finalidade desse texto é 
(A) instruir. 
(B) entreter. 
(C) informar. 
(D) comprovar . 
(E) convencer. 
PRODUÇÃO DE TEXTO
O manifesto é um gênero utilizado para declarar publicamente razões que justifiquem certos atos ou em que se fundamentem certos direitos. Com o objetivo de impactar a opinião pública, esse gênero apresenta tanto características expositivo-argumentativas, visando ao convencimento, quanto características persuasivas de apelo emocional, acentuando uma polêmica já existente. 
Agora é a sua vez de produzir! Redija um manifesto de repúdio, em que você se posicione contra a falta de estrutura no espaço de circulação das cidades para atender aos cidadãos com deficiência. Você poderá observar a estrutura do gênero no texto Manifesto pela dignidade do cidadão (itens 9 e 10 da avaliação) . Para desenvolver o tema, faça uma releitura do texto do item 5 da avaliação, além dos seus conhecimentos acerca da temática em questão. 
Escreva o manifesto direcionado à sociedade brasileira, expondo as razões do repúdio, discutindo as consequências negativas desencadeadas pela falta de políticas públicas para garantir a circulação das pessoas com deficiência. Para persuadir os leitores a aderirem as suas ideias, utilize estratégias de convencimento que apelem para a reflexão acerca dos problemas relacionados à falta de estrutura física adequada para a circulação dessas pessoas.
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