Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
. LÓGICA Teoria Prof. Eurilano Albuquerque Prof. Eurilano Albuquerque SEQUÊNCIAS O termo sequência deriva do latim ”sequentia”, que se pode traduzir como “continuação”. Uma sequência, por conseguinte, é um seguimento de fatos ou de elementos que mantêm uma relação entre si. Números Pares Um número inteiro qualquer é dito par se, ao ser dividido pelo número dois, resulta em um número inteiro. • 2, 4, 6, 8, 10, 12, ... Números Ímpares Um número inteiro qualquer é dito ímpar se, ao ser dividido pelo número dois, resulta em um número não inteiro. • 1, 3, 5, 7, ... Progressão Aritmética (P.A.) É uma sequência onde a diferença de dois termos consecutivos é constante • 2, 4, 6, 8, 10, ... Progressão Geométrica (P.G.) É uma sequência onde o quociente de dois termos consecutivos é constante. • 2, 4, 8, 16, ... Sequências Alfabéticas São sequências cujos termos são letras de um alfabeto. No caso do alfabeto latino, temos o alfabeto oficial com 26 letras a, b, c, d,..., x, z. Para alguns exercícios que envolvem sequências alfabéticas, relaciona-se uma letra com a posição que ela ocupa, facilitando o entendimento da lei de formação usada. A 1 N 14 B 2 O 15 C 3 P 16 D 4 Q 17 E 5 R 18 F 6 S 19 G 7 T 20 H 8 U 21 I 9 V 22 J 10 W 23 K 11 X 24 L 12 Y 25 M 13 Z 26 Fibonacci Uma sequência onde cada termo é obtido pela soma de seus dois antecessores. • 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, ... Sequências Numéricas As sequências poderão apresentar uma lei de formação associada a uma classificação, como número par, ímpar ou número primo. Para determinação da lógica de formação de uma sequência numérica, observações do tipo, os elementos estão em ordem crescente ou decrescente devem ser observadas e se tornam importantes. Números Primos São os números que são divisíveis apenas por ele mesmo e a unidade. • 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37,... Sequências Com Figuras Em sequências onde aparecem figuras é importante notar se houver uma rotação no sentido horário ou anti-horário, se houver mudanças nos elementos associados à figura, como letras ou números. Prof. Eurilano Albuquerque ESTRUTURAÇÃO LÓGICA Proposição é toda sentença declarativa que representa um pensamento completo. Exemplos de proposições: • Porto Velho é a capital de RO. • 7<15 • O sol é uma estrela que pertence a Via – Láctea • A capital do Amapá é Rio Branco. Não são exemplos de proposições: • 4 Z? • 18 – 4 • João é mecânico? • Abra o portão. AXIOMAS A lógica matemática se fundamenta em dois princípios: Princípio da não contradição: • Uma proposição não poderá ao mesmo tempo ser falsa e verdadeira. Princípio do terceiro excluído: • Toda proposição ou é verdadeira ou é falsa, não existe um terceiro caso. O valor lógico de uma proposição poderá ser verdade ou falsidade, representados respectivamente por Vou por F. PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS Proposição simples ou atômica É aquela que não tem nenhuma outra proposição como parte integrante. São representadas pelas letras latinas minúsculas. • p: Pedro é advogado. • q: 7 é um número primo. Proposição composta ou molecular É aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições ligadas por um conectivo. São representadas pelas letras latinas maiúsculas. • P: João era um apóstolo de Jesus Cristo e Marcos é balconista. • Q: 9 é um quadrado perfeito ou um número ímpar. CONECTIVOS São palavras ou símbolos usados para ligar proposições, criando assim novas proposições. CONECTIVOS SÍMBOLO não ~ e ou ou...ou se...então ...se e somente se... TABELAS VERDADE Proposição simples P V F Proposição composta p q V V V F F V F F Observe que os valores lógicos V e F se alternam de dois em dois para a primeira proposição e de um em um para a segunda. Prof. Eurilano Albuquerque p q r V V V V V F V F V V F F F V V F V F F F V F F F Analogamente, observe que os valores lógicos V e F se alternam de quatro em quatro para a primeira proposição, de dois em dois para a segunda preposição e de um em um para a terceira preposição. Operações lógicas sobre proposições e tabelas- verdade a) Negação (~) Valor lógico: V(~p) = ~V(p) Propriedade ~(~)p = p Tabela Verdade: p ~p V F F V b) Conjunção () “e” Valor lógico: V(p q) = V(p) V(q) Tabela Verdade: p q p q V V V V F F F V F F F F Para a conjunção, observamos que o valor lógico é verdade (V) somente quando as proposições “p e q” são verdadeiras e falsidade (F) nos demais casos. c) Disjunção ( ) “ou” Valor lógico: V(p q) = V(p) V(q) Tabela Verdade: p q p q V V V V F V F V V F F F Para a disjunção, observamos que o valor lógico é falsidade (F) somente quando as proposições “p e q” são falsas e verdade (V) nos demais casos. d) Disjunção Exclusiva (V) “ou...ou” Valor lógico: V(p v q)= V(p) v V(q) Tabela Verdade: p q p q V V F V F V F V V F F F Para a disjunção exclusiva, observamos que o valor lógico é falsidade (F) somente quando as proposições “p e q” são ambas falsas ou ambas verdadeiras (V), sendo verdade (V) nos demais casos. Prof. Eurilano Albuquerque e) Condicional () “se ... então” Valor lógico: V(p q) = V(p) V(q) Tabela Verdade: p q p q V V V V F F F V V F F V Na condicional, “p” é chamada de condição suficiente e “q” é a condição necessária. Para a condicional, observamos que o valor lógico é falso (F) somente quando a primeira proposição é verdade (V) e a segunda falsidade (F). f) Bicondicional ( ) “... se e somente se ...” Valor lógico: V(p q) = V(p) V(q) Tabela Verdade: p q p q V V V V F F F V F F F V Para a Bicondicional, podemos considerá-la uma condicional da esquerda para a direita e também da direita para a esquerda, ou ainda seguir a regra de que só é Verdade se os dois valores são iguais. IMPORTANTE O número de linhas da tabela verdade é dado por 2n, onde n é o número de proposições. TAUTOLOGIAS Sentenças moleculares que são sempre verdadeiras, independentemente do valor lógico das proposições são chamadas tautológicas. Ex: p ~p p ~p p ~ p V F V F V V CONTRADIÇÕES Sentenças moleculares que são sempre falsas, independentemente do valor lógico das proposições são chamadas contradições. Ex: p ~p p ~p p ~ p V F F F V F Se uma sentença não é tautologia ou contradição então ela é uma contingência. Prof. Eurilano Albuquerque LEIS DE MORGAN Conjunto de operações para simplificar expressões lógicas. Foram criadas pelo matemático Augustus De Morgan no século 19. Quando trabalhamos com expressões lógicas muito grandes, pode ser necessário substituir uma expressão por uma logicamente equivalente (isto é, cujos elementos possam ser reordenados de tal forma que possam produzir o mesmo resultado lógico- VERDADEIRO ou FALSO). As Leis de Morgan permitem fazer esta substituição de forma simples. As Leis de Morgan pertencem à Matemática, Filosofia e Ciência da Computação,mas são utilizadas em concursos e provas em dois tipos de questão: determinar se uma determinada sentença lógica (frase ou figura) é igual a outra ou para reduzir uma determinada sentença lógica em uma forma mais simples. Primeira lei de Morgan De maneira formal: "a negação de uma conjunção entre duas proposições é igual a disjunção da negação de cada proposição" De maneira informal: "negar duas frases ligadas com e é igual a negar duas frases e ligá-las com ou" Ou logicamente: "não (A e B) é igual a (não A) ou (não B)". ~(A B) ~A ~B Segunda lei de Morgan De maneira formal: "a negação de uma disjunção entre duas proposições é a conjunção da negação de cada proposição" Ou, de maneira informal: negar duas frases ligadas por ou é igual a negar duas frases e ligá- las por e Ou, de forma lógica: "não (A ou B) é o mesmo que (não A) e (não B)". ~(A B) ~A ~B Negação da condicional A estrutura lógica é dada por: A → B No qual B só é verdadeiro se A também o for. A negação da condicional é dada pelo uso do “e” e se nega apenas a segunda parte da estrutura. ~(A → B) A ~B Prof. Eurilano Albuquerque LÓ GICA DE ARGUMENTAÇA Ó Dadas às proposições P1, P2, ..., Pn (n >1) e Q, simples ou compostas , chama-se argumentação toda afirmação de que certa sequência finita de proposições tem como consequência uma proposição final. As proposições iniciais P1, P2,..., Pn são as premissas do argumento e a proposição final Q é a conclusão do argumento. Podemos indicar um argumento de premissas P1, P2, ... Pn e de conclusão q da seguinte forma: P1, P2, ... Pn|----Q Poderá ser lido das seguintes formas: 1) “Q decorre de P1, P2, ... Pn“ 2) “Q se deduz de P1, P2, ... Pn“ 3) “Q se infere de P1, P2, ... Pn“ 4) “P1, P2, ... Pn acarretam Q” O símbolo |----é chamado de traço de asserção. Indica que a proposição Q só poderá ser deduzida a partir das premissas que se encontram a esquerda do traço. Podemos indicar um argumento de premissas P1, P2, ... , P e de conclusão Q, também da seguinte forma: Chamada forma padronizada. SILOGISMO A um argumento que consiste de duas premissas e uma conclusão chama-se silogismo. Podemos usar os termos hipótese, no lugar de premissa, e tese, no lugar de conclusão. Vejamos o seguinte argumento: João é médico ou professor, João não é médico logo João é professor. • P: João é médico. • Q: João é professor. • ~P: João não é médico. • João é médico ou professor, João não é médico • |---João é professor. • P .Q , ~P |---Q • João é médico ou professor. • João não é médico. • Logo João é professor. Prof. Eurilano Albuquerque VALIDADE DE UM ARGUMENTO Um argumento P1, P2, ... , Pn|---C diz-se válido, se, e somente se, a conclusão C é verdadeira todas as vezes que premissas P1, P2, ... , Pn são verdadeiras. Um argumento não válido recebe o nome de sofisma. A validade de um argumento pode se dar de duas formas: a) Validade mediante tabelas verdade Um argumento P1, P2, ... , Pn C é válido, se , e somente se a condicional. (P1 P2 ... Pn ) C é tautologia. Ou seja, o argumento será verdade quando, na mesma linha das premissas e da conclusão, encontramos valores V. Caso contrário o argumento é um sofisma. Ex: Verificar se é válido o argumento: Se 13 é primo, então 13 não divide 91 13 divide 91 Logo, 13 não é primo Seja p: 13 é primo q: 13 não divide 91 p q ~q pq ~p V V F V F V F V F F F V F V V F F V V V P P C Como na 4ª linha as premissas são verdadeiras com a conclusão verdadeira, logo o argumento é válido. Ex: Verificar se é válido o argumento: Se é domingo, Maria vai à missa Não é domingo Logo, Maria não vai à missa Seja p: Hoje é domingo q: Maria vai à missa p q ~q pq ~p V V F V F V F V F F F V F V V F F V V V C P P Como na 4ª linha as premissas são verdadeiras com a conclusão verdadeira, poderíamos erradamente pensar ser válido, mas na 3ª linha as premissas são verdadeiras e a conclusão falsa. Logo o argumento é falso, um sofisma. b) Validade mediante regras de inferência Implicações Notáveis Temos seis implicações notáveis, que formam argumentos válidos fundamentais. Esses argumentos formas as regras de inferência que são usadas para fazer deduções ou demonstrações. 1) Regra da Modus Ponens (MP) (p q) p q Prof. Eurilano Albuquerque 2) Regra da Modus Tollens (MT) (p q) ~ p ~q 3) Regra do Silogismo Disjuntivo (SD) (p q) ~ p q e (p q) ~ p p 4) Regra do Silogismo Hipotético (SH) (p q) (q r) (p r) 5) Regra do Dilema Construtivo (DC) (p q) (q r) (p r) ( q r ) 6) Regra do Dilema Destrutivo (DD) (p q) (r s) (~q ~s) (~p ~r ) Prof. Eurilano Albuquerque SILÓGISMÓ CATEGÓ RICÓ Silogismo é um argumento que consiste em duas premissas e uma conclusão. Silogismo categórico é um silogismo constituído por proposições categóricas. Usando os diagramas da teoria dos conjuntos que representam relações de inclusão entre conjuntos, poderemos verificar a validade de um silogismo ou concluir algo sobre proposições, que são combinações de outras proposições. As proposições categóricas podem apresentar-se de 4 formas distintas: • Todo S é P (proposição universal afirmativa) • Nenhum S é P (proposição universal negativa) • Algum S é P (proposição particular afirmativa) • Algum S não é P (proposição particular negativa) P S S P P S P S
Compartilhar