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Caderno de exercícios ÉTICA

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Caderno de exercícios - Semana 3
1. Defina, fundamentando na legislação pertinente, o que significa renúncia, revogação e substabelecimento com ou sem reservas de poderes.
Renúncia: É o ato pelo qual o advogado renuncia aos poderes outorgados pelo cliente, deixando de patrocinar os interesses do mesmo. É poder potestativo do advogado, pois não precisa da concordância do cliente, mas deverá dar ciência inequívoca ao mesmo. O advogado poderá renunciar em qualquer tempo ou grau de jurisdição, contudo deverá continuar no processo por mais 10 dias a contar da ciência do cliente sobre a renúncia. Não precisa justificar os motivos. (art. 13 do CED e art. 45 do CPC).
Revogação: É o ato pelo qual o cliente revoga os poderes que outorgou ao advogado. No mesmo ato que revogar o cliente deverá constituir novo patrono, pois não poderá ficar desassistido no processo (art. 133 CRFB). Pode revogar em qualquer tempo e grau de jurisdição. Não precisa justificar, pois é poder potestativo seu. (art. 14 do CED e 44 do CPC) Substabelecimento: É o ato pelo qual o advogado transfere (substabelecimento sem reserva) ou compartilha (substabelecimento com reserva) os poderes que lhe foram outorgados na procuração. Ao substabelecer sem reserva, o advogado deverá dar ciência prévia ao seu cliente, pois estará deixando o processo e novo advogado estará assumindo. Tem que ter a concordância do cliente (princípio da confiança). Já no substabelecimento com reserva, o advogado continua no processo, sendo assim, ato seu, não necessitando de ciência prévia do cliente. Ao substabelecer com reserva, o advogado deverá ajustar previamente com o substabelecido os honorários que irá receber, ficando vedado ao substabelecido cobrar tais honorários do cliente, sem a anuência do substabelecente. (art. 24 CED)
2. Quais as diferenças e semelhanças entre a renúncia e o substabelecimento sem reservas de poderes?
Diferença: na renúncia o advogado deverá continuar por mais dez dias atuando no processo, salvo se novo advogado for constituído, enquanto que no substabelecimento sem reserva a saída é imediata, pois no mesmo ato se indicará novo patrono.
Semelhança: Em ambos os casos, deixará de haver a representação processual do cliente pelo advogado.
3. Se a parte mencionada no caso acima procurar um advogado para regularizar a capacidade postulatória, como deverá proceder o advogado para ingressar nos autos do processo?
Considerando que o antigo patrono faleceu, não há como se exigir comunicação ao mesmo, ou que lhe passe um substabelecimento sem reserva, logo, caberá somente ao novo advogado, examinar os autos e caso tenha interesse em assumir a causa, juntar nova procuração.
1- C 6 – D 11 - B
2- B 12- D
3- B 8 – A 13- A
4- A 9 – A 14 -A
5- D 10 – C 15- B
16- B
Caderno de exercícios - Semana 4
1.Qual o tipo de publicidade permitida à prática da advocacia? Justifique com fundamento legal.
É permitida a divulgação moderada e discreta ao advogado, proibida a divulgação junto a outra atividade. Art. 28 CED. Deve-se mencionar o nome completo do advogado e o número da inscrição na OAB
2. Quais os veículos vedados à publicidade de advogados e Sociedades de advogados?
O anúncio de advogado não deve mencionar, direta ou indiretamente, qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido, passível de captar clientela. vedadas a sua veiculação pelo rádio e televisão e a denominação de fantasia - Art 29 CED. É vedada também a utilização de outdoor ou equivalente - Art. 30 CED. O anúncio não deve conter fotografias, ilustrações, e outros elementos simbólicos que não sejam sóbrios, sendo proibido o uso dos símbolos oficiais e dos que sejam utilizados pela Ordem dos Advogados do Brasil – art. 31 CED.
1 – A
2 – C
3 – B
4 – B
5 – D
6 – B
7 – A
Caderno de exercícios - Semana 5
Caso I - DEFENSORES PÚBLICOS E A ADVOCACIA PRIVADA
a) Como o Estatuto da Advocacia e da OAB classifica a atuação profissional do advogado público, em especial, do defensor público? Fundamente sua resposta no EOAB.
Carta de 1988 (artigo 134), os Defensores Públicos, quando integrantes de Instituição que funcione segundo os ditames da Lei Complementar Federal n-0 80/94 e das regras Estaduais pertinentes acabam saindo do universo que, na doutrina e nas discussões acadêmicas, envolvia um gênero até então chamado de "advocacia pública" para um espaço próprio, ímpar, exclusivo, ou seja, passam a ocupar, com a sua atuação, com o seu munus constitucional peculiar, o seu lugar incomunicável a qualquer outro seguimento, qual seja, aquele imanente à instituição a que pertencem: a Defensoria Pública.
A razão desse destaque é que Defensor Público postula a qualquer órgão do Judiciário e também emite pareceres e exerce atividades de consultoria e não se utiliza de procuração em suas atividades cotidianas, pois exerce o seu munus com a simples investidura no cargo.
b) Poderia o juiz decretar a nulidade dos atos praticados pelo Defensor Público impedido?
Sim, pois a defesa técnica é aquela exercida por profissional legalmente habilitado, com capacidade postulatória, constituindo direito indisponível e irrenunciável. Portanto, se o Defensor está impedido, não seriam válidos seus atos, posto que não estaria de posse de seu direito postulatório.
Caderno de exercícios - Semana 6
Caso I - Supremo garante prisão especial para advogado
1. O que podemos entender por sala de estado maior?
Diferentemente da cela, que tem como finalidade típica o aprisionamento de alguém — e, por isso, de regra contém grades —, a sala apenas ocasionalmente seria destinada para esse fim. Além disso, o local deveria oferecer “instalações e comodidades condignas”, isto é, condições adequadas de higiene e segurança.
2. Qual a diferença entre a prerrogativa prevista no art. 7º, inciso IV, EOAB e aquela prevista no inciso V do mesmo artigo?
O art. 7º, IV EOAB observa a prerrogativa que envolve a prisão do advogado em flagrante por motivo de exercício profissional devendo só ocorrer em hipótese de crime inafiançável, em nome da liberdade profissional e integridade física.
O inciso V diz respeito a qualquer crime que o advogado cometa, ficando em Sala de Estado Maior ou prisão domiciliar até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
Caso II: Prerrogativa da função: Advogado é livre para usar expressões durante defesa
1. Quais são os crimes alcançados pela imunidade expressa no art. 7º, § 2º do EOAB? 2. Como se posiciona diante de excessos cometidos pelos advogados?
O advogado tem imunidade contra injúria ou difamação, puníveis pelos excessos que cometer qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB. Não se tem mais imunidade para o crime de desacato e que calúnia nunca pertenceu a este rol.
1 - B
2 - B
3 - A
4 - A
5 - C
6 - A
7 - D
8 - B
9 - C
10 – D
Caderno de exercícios - Semana 7
Caso 1 – Ética e o Advogado
1. Quais os princípios elencados no Código de Ética da Advocacia são destacados no texto acima?
Do Preâmbulo:
• Ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como um de seus elementos essenciais;
• Proceder com lealdade e boa-fé em suas relações profissionais e em todos os atos do seu ofício; empenhar-se na defesa das causas confiadas ao seu patrocínio, dando ao constituinte o amparo do Direito, e proporcionando-lhe a realização prática de seus legítimos interesses;
• Comportar-se, nesse mister, com independência e altivez, defendendo com o mesmo denodo humildes e poderosos;
• Exercer a advocacia com o indispensável senso profissional, mas também com desprendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho material sobreleve à finalidade social do seu trabalho;
Do art. 2º, CED:
• Preservar a nobreza e a dignidade da profissão (art. 2º, parágrafo único, I, CED)
• Atuar com destemor e independência (art. 2º, parágrafo único, II, CED)
• Deve o advogado tratar o público, os colegas, as autoridades e os funcionários do Juízo com respeito,discrição e independência, exigindo igual tratamento e zelando pelas prerrogativas a que tem direito ( art. 44, CED).
• Impõem-se ao advogado lhaneza, emprego de linguagem escorreita e polida, esmero e disciplina na execução dos serviços ( art. 45, CED).
Questões Objetivas
1 –D
2 – B
3 – A
4 – A
5 – A
6 – B
Caderno de exercícios - Semana 8
1 - C
2 - C
3 - A
4 - A
5 - A
6 - C
7 - C
8 - D
9 - C
10 - C
11 - B
12 - D
13 - B
14 - D
15 - B
16 - A
17 - C
18 - A
19 - C
20 - B
21 - A
22 - D
23 - D
24 - C
25 - B
26 - A
27 - B
28 - B
29 - A
30 - A
31 - B
32 - B
33 - C
34 - A
35 - C
36 - B
37 - D
38 - B
39 - D
40 – A
Caderno de exercícios - Semana 9
Caso 1 – Dos deveres e prerrogativas da advocacia
1) A responsabilidade civil do advogado é contratual, tendo-se que provar culpa ou dolo na relação com o cliente que não é de consumo. Não é de consumo pois não é atividade fornecida pelo mercado de consumo, não presta serviço em massa, há vedação à propaganda para captação de causas e sua natureza é incompatível com a atividade de consumo. Além disso há obrigações pré-contratuais, incluindo o sigilo, e pós-contratuais e a atividade é baseada na confiança entre as partes.
2) No caso da perda do prazo ocorreu uma omissão do advogado que violou os direitos do cliente; existe o dano causado e o nexo entre ele e a omissão, e ainda a culpa ou dolo do advogado, sobre quem recaía a responsabilidade quanto ao cuidado com a causa do cliente.
1 – B
2 – C
3 – A
4 – D
5 – C
Caderno de exercícios - Semana 10
Honorários advocatícios
a) Não foi correta a decisão do TST, visto que o STJ decidiu que a relação entre o advogado e o cliente é contratual e não de consumo.
b) Honorários convencionais ou contratados, aqueles contratados entre as partes; honorários arbitrados judicialmente, fixados pelo juiz quando há a falta de estipulação ou acordo entre advogado e cliente, ou quando o advogado patrocina juridicamente necessitado na ausência da defensoria pública; e honorários de sucumbência, concedidos por sentença, nas ações judiciais.
c) O CED estabelece no art. 36, os elementos exemplificativos para a fixação dos honorários:
a) a relevância, a complexidade da causa;
b) o trabalho e o tempo necessário;
c) possíveis impedimentos para atuar em outra causa;
d) o valor da causa e a condição econômica do cliente;
e) o caráter da intervenção: habitual ou permanente;
f) lugar da prestação do serviço;
g) renome do profissional;
h) a praxe do foro sobre trabalhos análogos.
Objetivas
1 – A
2 – B
3 – A
4 – D
5 – A
6 –D
7 – B
8 – C
Caderno de exercícios - Semana 11
Caso 1 – a) A sociedade em si não poderá receber procuração para atuar por ser a sociedade de advogados uma pessoa formal, voltada à atuação em colaboração profissional. (art 37 do Regulamento Geral). Conforme o parágrafo único do referido artigo, a cada advogado que for atuar na causa deve ser outorgada individualmente, indicando a sociedade de que façam parte.
Objetivas:
1 – b
2 – b
Caderno de exercícios - Semana 12
Caso 1 - A conduta dos advogados é a de captação de clientela, prevista como infração disciplinar no art. 34, IV do EOAB, punível com censura.
Caso 2 – As sanções são advertência, censura, suspensão, exclusão e multa. A multa pode ser aplicada cumulativamente com a censura ou suspensão, caso haja circunstâncias agravantes.
Caso 3 – Sim, existe o art. 37, parágrafo 2º que prevê que a suspensão perdura até a satisfação integral da dívida. Também no parágrafo 3º há a previsão que o advogado suspenso por inépcia fique suspenso até a apresentação de novas provas de habilitação.
No caso do parágrafo 2º há controvérsias quanto à sua inconstitucionalidade por violação ao princípio da razoabilidade e ao livre exercício da profissão, garantido constitucionalmente.
Há quem sustente que a OAB possui a execução extrajudicial para cobrança de anuidades, podendo atingir o patrimônio do devedor diretamente, e que retirar do advogado a única forma de obter seu sustento não facilitaria o pagamento das dívidas. Também seria desproporcional já que há infrações mais sérias que são tratadas com punições mais brandas.
Caso 4 – Sim. É possível excluir um advogado, com o quórum de 2/3 dos membros do Conselho Seccional competente, nas hipóteses do art. 38 do EOAB,a saber: suspensão por 3 vezes, prática de crime infamante, falsa prova de requisitos de inscrição na OAB e tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia.
1 – A
2 – C
3 – C
4 – A
5 – C
6 – A
7 – B
extrajudicial para cobrança de anuidades, podendo atingir o patrimônio do devedor diretamente, e que retirar do advogado a única forma de obter seu sustento não facilitaria o pagamento das dívidas. Também seria desproporcional já que há infrações mais sérias que são tratadas com punições mais brandas.
Caso 4 – Sim. É possível excluir um advogado, com o quórum de 2/3 dos membros do Conselho Seccional competente, nas hipóteses do art. 38 do EOAB,a saber: suspensão por 3 vezes, prática de crime infamante, falsa prova de requisitos de inscrição na OAB e tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia.
1 – A
2 – C
3 – C
4 – A
5 – C
6 – A
7 - B
Caderno de exercícios - Semana 13
1) Patrocínio infiel (355 CP) – Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse cujo patrocínio, em juízo, lhe é conferido.
Elementos caracterizadores: prejuízo efetivo do interesse do patrocinado; que o patrocínio seja também efetivo, ou seja, que haja mandato, escrito ou verbal, gratuito ou oneroso ou mesmo nomeação do juiz; e que a ação seja praticada pelo advogado durante causa judicial.
2) Não ocorre o crime de patrocínio infiel visto que não há lesão ao interesse do patrocinado já que ambas as ações convergiam para a extinção do processo e as partes do primeiro processo faleceram, tornando impossível advogar para interesses contrários.
1 – A
2 – C
3 – B
4 – D
5 – C
6 – B

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