Buscar

PRERROGATIVAS DO ADVOGADO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
FACULDADE DE DIREITO
ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL
Alunos: Caroline Pereira; Guilherme da Guarda; Lucas Aguiar; Sérgio Júnior
PRERROGATIVAS DO ADVOGADO
Salvador – Ba, 2018
Sabemos que a jurisdição, regra geral, é inerte, por isso, tem que ser provocada e, o advogado é quem possui a capacidade postulatória para dar o impulso inicial ao processo, sem ele, não há ação e, consequentemente, não há decisão judicial.
Devido à importância das funções desenvolvidas pelo advogado na sociedade, surge a necessidade de preservar a sua independência na busca da efetivação dos direitos de seu constituinte. Desta forma, existem as prerrogativas, que são os direitos e garantias conferidos aos advogados no exercício da profissão (art. 6º e 7º do EOAB).
Ao contrário do que muitos pensam, as prerrogativas não são privilégios, são garantias para o exercício da profissão, pois, o advogado não pode defender e resguardar os direitos do cidadão, se ele próprio não estiver resguardado pelas prerrogativas. Assim como o advogado é indispensável à administração da justiça, suas prerrogativas, também o são.
O advogado não pode recusá-las, pois são direitos indisponíveis de natureza público-subjetiva ligados ao exercício da profissão. Todo advogado deve ser um intransigente defensor das prerrogativas, pois, os abusos tendem a aumentar na medida em que sejam tolerados. Acontece que, para defendê-las, ele primeiro precisa conhecê-las, pois, se o advogado as desconhece, ele não percebe o seu descumprimento e consequentemente ele, inconscientemente, contribui para o seu desrespeito.
O Habeas Corpus no processo de número 02396193420178090000, julgado pela 2ª Câmara Criminal, pela relatora Des. Carmecy Rosa Maria A. de Oliveira, em que o polo de impetrante e paciente é figurado por Júlio César Araújo Mascarenhas, o que se pede é a procedência do HC, sob a alegação de que não houve delito de porte ilegal de arma de fogo, e que ocorreu perseguição policial, se fazendo necessária a dilação probatória.
Durante o processo de julgamento desse Habeas Corpus, no entanto, se concluiu que essa não era a via adequada para a análise das alegações do paciente referente à negativa da ocorrência do delito, bem como de perseguição policial em razão do exercício da advocacia, tendo em vista que tais matérias demandam dilação probatória, o que é impossível no âmbito do remédio constitucional.
Além disso, era impossível, na via estreita do habeas corpus, trancar a ação penal quando o reconhecimento da justa causa exigir um exame aprofundado e valorativo de provas a serem erigidas na persecutio criminis in iudicium.
Temerário o trancamento de plano da ação penal, principalmente quando a denúncia, já recebida pelo magistrado singular, atende aos requisitos descritos no artigo 41 do CPP, posto que contém a exposição dos fatos criminosos, com todas as circunstâncias, qualificação dos acusados, tipificação dos delitos e rol de testemunhas.
O entendimento sedimentado por este e. Tribunal é no sentido de que as irregularidades ocorridas durante a etapa inquisitiva não tem o condão de macular a ação penal, mormente porque o paciente responde ao processo em liberdade.
Por unanimidade de votos, acolheu-se o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecendo parcialmente o pedido e, nesta extensão, denegar a ordem.
 
Sergio Dos Reis Ramos Jùnior - considerações a respeito de um caso com prerrogativas dos advogados violada. Trata-se de desagravo público promovido pela OAB-PE perante caso ocorrido no ano de 2012 em favor da advogada Valéria Machado Gomes. 
O incidente perfaz uma situação em que seu cliente fora prestar depoimento e que teve início sem a sua presença, tal como sem sua devida notificação. Ademais, ao chegar ao local, deparou-se com uma sessão de tortura psicológica para com seu cliente, ouvindo ainda a seguinte ameaça “na delegacia, advogado entra mudo e sai calado”. 
Por desrespeitar diversas prerrogativas dos advogados, como a de reclamar contra desacato verbal ou por escrito, ter acesso livre às salas dos tribunais, delegacias mesmo fora do horário, não existir hierarquia devendo todos serem tratados com a mesma consideração e respeito, não podendo existir desmerecimento como este ocorrido pela referida escrivã de Pernambuco que foi devidamente notificada para defender-se diante do desagravo mas não atendeu ao chamado. 
Por fim, na manifestação da advogada ofendida chamou atenção para que haja mais respeito aos direitos inerentes tais como as prerrogativas vigentes.
Em Março de 2016 foi publicado no site Consultor Jurídico com a temática de “Prerrogativas em cheque” uma matéria sobre “Advogados denunciam policiais militares por não terem acesso a clientes detidos”. 
O artigo traz à tona a realidade que o Advogados da cidade de Ribeirão Preto estão passando.
Sabe-se que é uma indispensável prerrogativa a comunicabilidade com o preso. É prerrogativa do advogado poder se comunicar com o seu cliente, mesmo quando se tratar de um preso incomunicável.
 A comunicação poderá ser por meio de contato físico, troca de correspondências, telefonemas, e-mails ou quaisquer outros meios de contatos. Toda troca de informação com seu cliente é protegida pelo sigilo profissional.
Tal prerrogativa é constitucional e reafirmada no Código Penal e no estatuto dos Advogados. Porém tal prerrogativa foi fortemente violada diante do caso em tela. “Eles apontam dificuldade para conversar com clientes sob custódia da PM: para evitar que o acusado fale com seu representante, contam, a PM mantém as pessoas por horas na rua ou fechadas dentro das viaturas. 
Também dizem ouvir que: "o lugar de vocês é no Fórum, não em delegacia"; que são "urubus" e estão "atrapalhando"; ou ainda que "corriam com a criminalidade". “ 
O que chama a atenção é que os agentes públicos que deveriam estar a dispor da lei, que estão impedindo que ela seja corretamente respeitada. O advogado que deve zelar pela garantia do correto exercício dos direitos que um Estado Democrático garante, ou seja, a observação ao devido processo legal, a presunção de inocência, ao contraditório, ampla defesa, a integridade física, dentre outros sistematicamente ignorados no prática.
Portando fica nítido que as prerrogativas dos advogados não são devidamente respeitadas pelas outras instituições, seja tribunais, policia, órgãos públicos etc. Cabe a nova geração de advogados sejam eles recém-formados ou estudantes acadêmicos fazer com que as prerrogativas sejam respeitadas para que assim quem defende direitos não seja o primeiro a perde-los.
REFERENCIAS 
BRASIL. LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994. Brasília,DF, mar 2017. Disponível em:<http://www.imprensanacional.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?ld=LEI%209887>. acesso em 26 de abril de 2018. 
Constituição Federal 1988, acesso em: 24 de abril de 2018
Exame da OAB, “Principais prerrogativas do advogado”. Sem data de publicação. https://examedaoab.jusbrasil.com.br/artigos/403894453/principais-prerrogativas-do-advogado, acesso em 26 de abril de 2018.
OAB- PE. OAB-PE promove desagravo em defesa de prerrogativas”, dezembro de 2014. http://www.prerrogativas.org.br/oab-pe-promove-desagravo-em-defesa-de-prerrogativas, acesso em 26 de abril de 2018.
Leal da Costa Brito, Samyr. “As prerrogativas constitucionais do advogado como proteção ao direito de defesa do cidadão brasileiro “. Fevereiro de 2017. http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=17480&revista_caderno=9, acesso em 24 de abril de 2018.

Continue navegando