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Química da água, da atmosfera e dos solos Prof. Dr. José Carlos Oliveira Santos Introdução Todos os processos químicos que ocorrem na natureza é baseada em dois princípios químicos: ◦ O equilíbrio químico ◦ O princípio de Le Châtelier Se um sistema em equilíbrio é perturbado por uma variação na temperatura, pressão ou concentração de um dos componentes, o sistema deslocará sua posição de equilíbrio de tal forma a neutralizar o efeito do distúrbio. Introdução A sociedade moderna contemporânea ◦ Na metade do sec. XX começou usar os recursos naturais de maneira indiscriminada e de forma irresponsável; ◦ Sem se preocupa com a quebra do equilíbrio natural; ◦ Com também do tratamento de resíduos líquidos e sólidos gerados pelas atividades humanas. Introdução Afetando de maneira profunda ◦ O equilíbrio dinâmico dos elementos químicos; ◦ Presentes em sistemas naturais altamente complexos e ainda sem a total compreensão; Encontros internacionais sobre o meio ambiente ◦ Química Moderna Atividades humanas no meio ambiente O Desenvolvimento econômico ◦ Países desenvolvidos e em desenvolvimento Dependente dos processos químicos Muitos são prejudiciais ao ambiente Introdução Química Ambiental ◦ Estuda as alterações que ocorrem na: Atmosfera (ar); Hidrosfera (água); Litosfera (solo). ◦ Composição do Meio Ambiente Carbono: CO2, CO3 2-, HCO3 -, CH4, C, etc.; Nitrogênio: NH4 +, NO2 -, NO3 -, N2, etc.; Enxofre: S, H2S, SO3 2-, SO4 2-, CS2, etc.; Fósforo: PO4 3-, P, etc.; Outros: H2O, O2, H2, K+, Ca2+, Mg2+, etc. Processos químicos naturais O meio ambiente é ◦ Dinâmico; ◦ Fluxos de energia e matéria; ◦ Teias de relações intra e interespecíficas; São algumas das facetas dos processos ambientais ◦ Ecossistemas; ◦ Natural; ◦ Alterado ou degradado. 6 Química da Água O planeta Terra poderia se chamar "planeta água", já que cerca de ¾ de sua superfície terrestre é constituído por água. Deste total 97,5% é água salgada, contida nos oceanos e mares. É importante ressaltar que apenas 0,77% dessa água é imediatamente aproveitável para as atividades humanas (a maior parte, águas subterrâneas). Cerca de 1,7% da água doce se encontra nas Calotas polares e nas geleiras e 0,03% distribuídas entre o solo, rios e lagos e na atmosfera. Quantidade de água disponível A quantidade de água doce disponível para consumo é extremamente escassa Distribuição da água no planeta A cada 1000 L 97,5% nos oceanos 1,8% em geleiras 975 L 18 L 0,6% nas camadas subterrâneas 6 L 0,015% nos lagos e rios 0,005% de umidade no solo 150 mL 50 mL 0,0009% em forma de vapor na atmosfera 9 mL 0,00004% na matéria viva 0,4 mL Quantidade de água disponível Os oceanos contêm a maior parte da água do planeta (975 litros a cada 1.000). Uma molécula de água passa 98 anos a cada 100 em meio ao oceano. A água do mar apresenta @ 3,3% de sais dissolvidos (principalmente NaCl(aq)). Uma pessoa pode beber água com até 5g de sal/kg de água. Os oceanos contêm 35 g de sal/kg de água (7 vezes mais). Uma pessoa que bebe apenas água do mar acabará morrendo. A água do mar também não pode ser usada na agricultura ou na indústria. O excesso de sal mataria as plantações (também por osmose); deterioraria maquinários, entupiria válvulas e explodiria caldeiras. Quantidade de água disponível Para que a água dos oceanos possa ser usada é necessário que o sal seja retirado. Todos os métodos de dessalinização consomem grandes quantidades de energia. Só podem ser usados em regiões secas próximas ao litoral. Custo nos Estados Unidos 4.000 L de água doce a partir da água do mar 4.000 L de água doce a partir de mananciais } } @ 1 dólar @ 0,30 dólar termômetro saída de água de resfriamento entrada de água de resfriamento entrada de gás balão de destilação bico de Bunsen condensador erlenmeyer Química da Água O grande problema dos recursos hídricos é a sua irregularidade no que se refere a distribuição espacial e as demandas. Quantidade de água disponível 1000 L de água 6,15L (para consumo humano) 69 % = 4,24 L 23 % = 1,42 L 8 % = 0,49 L Quantidade de água disponível Nos últimos 15 anos a oferta de água limpa disponível/habitante diminuiu @ 40%. O uso da água na agricultura deverá aumentar nos próximos anos. Em 20 anos deverá ocorrer uma crise relacionada a disponibilidade de água. 2,4% no resto do país 9,6% na região amazônica O Brasil possui 12 % da água doce disponível no mundo Atende 95% da população Atende 5% da população Acesso a água tratada melhoria sensível, ou seja 96%. Aquifero Guarani – Agua Subterrânea Quantidade suficiente para abastecimento total por 100-150 anos Quantidade de água disponível Estados Unidos: 600 L por habitante dia Sertão: 10 L por habitante dia Química da Água A escassez de água no planeta torna-se evidente como uma preocupação mundial. Atualmente está cada vez mais difícil encontrar água de qualidade. Isso devido à poluição de rios, represas e do solo, decorrente da própria ocupação e atividade humana e economizar água passa a ser algo extremamente necessário nos dias de hoje. O problema é que todas as pessoas conhecem a importância que a água possui para nossas vidas, porém não se preocupam em fazer o essencial para economizá-la. Química da Água O desperdício gera um grande consumo desnecessário de água e apenas com atitudes simples podemos evitá-lo. Química da Água A água pode ser encontrada na natureza em três estados físicos: sólido (gelo), líquido (água líquida) e gasoso (vapor). Química da Água Algumas aplicações dessa propriedade para os organismos são: - Plantas: os sais minerais só são absorvidos do solo pelas raízes das plantas depois que forem dissolvidos em água; - Sangue: é uma mistura heterogênea. A parte líquida (plasma) é constituída de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Este plasma contém água, onde estão dissolvidas substâncias (vitaminas e glicose). A água serve como transporte dessas substâncias para o resto do corpo; - Urina: a água atua como transporte das substâncias ruins que devem ser eliminadas do corpo (uréia e ácido úrico). Água no corpo humano A água representa 70% da massa do corpo humano. Sintomas de desidratação: Perda de 1% a 5% de água Sede, pulso acelerado, fraqueza Perda de 6% a 10% de água Dor de cabeça, fala confusa, visão turva Perda de 11% a 12% de água Delírio, língua inchada, morte Uma pessoa pode suportar até 50 dias sem comer, mas apenas 4 dias sem beber água. Propriedades da água Na natureza a água pode ser encontrada em todas as fases de agregação: sólida, líquida e gasosa. Substância CH4 NH3 H2O HF H2S Ponto de fusão/°C Ponto de ebulição/°C -182 -78 0 -83 -86 -164 -33 100 +19 -61 Sua capacidade de conduzir calor (condutividade térmica) e de estocar calor (capacidade calorífica) também é única. É necessário 1 caloria para elevar de 1 °C a temperatura de 1 g de água líquida. São necessários 540 calorias para evaporar 1 g de água. Propriedades da água gelo gelo 4 °C A mistura de águas e recirculação de nutrientes só ocorre porque a água tem densidade máxima em 4 °C, ouseja, na fase líquida. A densidade da água na fase líquida é maior que na fase sólida. A água é um solvente universal. É o destino final de todo poluente que tenha sido lançado, não apenas diretamente na água, mas também no ar e no solo Situação hipotética caso a agua tivesse um comportamento “normal” Química da Água As normas e os padrões de potabilidade são definidos pelo Ministério da Saúde para a certificação de que a água não apresenta nenhum risco para a saúde humana. Esses padrões representam em geral os valores máximos permitidos de concentração de uma série de substâncias e componentes presentes na água destinada ao consumo humano. Os padrões não se restringem às substâncias que podem causar danos à saúde, eles incluem também as substâncias que alteram o aspecto e o gosto da água, ou causar algum tipo de odor. Química da Água A norma atual em vigor é a PORTARIA 1469, que indica os padrões obtidos por estudos epidemiológicos e toxicológicos realizados por entidades e pesquisadores em todo mundo. No Brasil o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), por meio da resolução nº20, de 18 de junho de 1986, estabelece os padrões de qualidade de corpos aquáticos, bem como os lançamentos de efluentes. Química da Água Em depósitos subterrâneos, a água pode entrar em contato com certos materiais como o calcário (CaCO3) ou a dolomita (CaCO3. MgCO3). Dessa forma, passa a existir em sua composição uma quantidade excessiva de íons Ca2+ e Mg2+, na forma de bicarbonatos (HCO3–), nitratos (NO3–), cloretos (Cl–) e sulfatos (SO4–2) o que a torna imprópria para consumo humano. A esse tipo de água chamamos água dura (com teores acima de 150 mg/L), mole (com teores abaixo de 75 mg/L) ou moderada (com teores entre 75 e 150 mg/L). Química da Água Em contato com altas temperaturas a água dura forma grandes precipitados e incrustações, sendo portanto imprópria para consumo industrial. Se por um descuido ela for utilizada em caldeiras pode causar grandes explosões, por decorrência das incrustações. Química da Água O tratamento da água dura para a retirada de Ca2+ e Mg2+ é conhecido por abrandamento ou amolecimento e consiste em fazer a água atravessar uma resina que captura os íons Ca2+ e Mg2+, substituindo-os por íons não prejudiciais ao homem,tais como o Na+ e o H+. Esse procedimento é chamado de método da troca iônica. A remoção da dureza pode também ser efetuada por fervura ou pela adição de algumas substâncias amolecedoras, tais como: Hidróxido de Sódio (NaOH), Carbonato de Sódio (Na2CO3), Fosfato de Sódio (Na3PO4) e Sulfato de Alumínio (Al2(SO4)3). Química da Água Controle da poluição Qualidade da água disponível Quantidade de água disponível A importância de água para a manutenção da vida Conceito de poluição Qualidade da água disponível A poluição das águas devido as atividades humanas aumentou vertiginosa-mente nos últimos 50 anos. De acordo com a legislação, a poluição da água pode ser: ou Pontual Descarga de efluentes a partir de indústrias e de estações de tratamento de esgoto São bem localizadas, fáceis de identificar e de monitorar Difusa Escoamento superficial urbano, escoamento superficial de áreas agrícolas e deposição atmosférica Espalham-se por toda a cidade, são difíceis de identificar e tratar Ciclo urbano da água Ambientes Costeiros RIO Captação Tratamento (ETA) DISTRIBUIÇÃO TRATAMENTOS (ETE) Lançamen- tos Tratamento de fontes de água municipais Água doce Tratamento e Usos das Águas Naturais 31 PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Químicas Físicas Biológicas sólidos Gases Inorgânicos Orgânicos Microrganismos Suspensos (SS) coloidais dissolvidos IMPUREZAS Metais Pesados Pesticidas Bactérias vírus protozoários Contaminação de águas naturais Contaminação de águas naturais Contaminação de águas naturais Qualidade de Águas Legislação Ambiental CONAMA 20/86 Captação e Águas CONAMA 274/2000 Recreacionais MS - 36/90 Distribuição 1469/2000 (potabilidade) 0MS - 1986 Recomendações PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS COR: Aparência da água devido aos sólidos dissolvidos •Origem: natural: Mat Orgânica Fe e Mn antropogênica: Resíduos Industriais Esgotos domésticos Importância: Natural: Não apresenta risco direto à saúde mas interfere nas características estéticas Industrial --> toxicidade Unidades: mH (unidades Hazen - padrão Pt-Co) Leitura: Cor aparente x Cor verdadeira. Cor aparente geralmente inclui parcela de turbidez. Limites: faixa ótima 5 - 25 mH cor verdadeira superior a 25 ---> cuidados operacionais PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Turbidez: grau de interferência à passagem da luz causada por sólidos em suspensão Origem: natural: partículas de solo ( argila) e microrganismos antropogênica: resíduos domésticos e industriais, microrganismos e erosão. Importância: natural: sem inconvenientes sanitários diretos antropogênica ---> toxidez e patogenicidade penetração da luz: fotossíntese Utilização: tratamento de águas de abastecimento e controle ETA Unidades: uT ( Unid.Turbidez ou nefelométrica) Limites: <20 tratamento sem coagulação. >50 cogulação química ou pré-filtragem >100 águas turvas PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Temperatura: intensidade de calor Origem: natural: radiação, condução e convecção antropogênica: Torres de resfriamento, despejos . Importância: elevações de temperatura interferem: taxa de reações químicas, solubilidade e transferência de gases Utilização: Caracterização de águas brutas Unidades: oC Resultados: devem ser analisados em conjunto com outros parâmetros ----> oxigênio dissolvido padrões de lançamento ( normais locais) PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Sabor/Odor: característica estética resultante da interação gosto/odor por sólidos ou gases Origem: natural: Matéria orgânica, algas, H2S antropogênica: resíduos domésticos e industriais, H2S . Importância: natural: sem inconvenientes sanitários diretos antropogênica ---> toxidez e patogenicidade Utilização: tratamento de águas de abastecimento e controle ETA Unidades: Concentração limite detectável Resultados: Identificação da fonte odor/sabor Legislação: não objetável PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS pH: concentração de íons H+ , indicando meio ácido, alcalino ou neutro ( 0 - 14) por sólidos dissolvidos ou gases. Origem: natural: rochas, atmosfera, mat orgânica, fotossíntese antropogênica: esgotos domésticos ou industriais . Importância: Tratamento águas, dureza, agressividade Utilização: Aguas brutas, abastecimento ETA Unidades: 0 a 14 (Escala Sörensen) Resultados: pH baixo ---> corrosividade e agressividade pH elevado ---> incrustações em tubulações qualquer valor distante da neutralidade causa problemas bióticos. PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Acidez: capacidade de resistir às mudanças de pH causadas pela presença de bases. ( H2CO3 livre entre 4,5 e 8,2) Origem: natural: sólidos e gases (CO2 e H2S) antropogênica: esgotos domésticos ou industriais . Importância: Sem significado sanitário. ---> corrosividade Utilização: Caracterizaçãode águas Unidades: mg/l de CaCO3 Resultados: pH > 8,2 : CO2 livre ausente pH > 4,5 e 8,2 acidez carbônica pH < 4,5 acidez por ácidos minerais fortes (industriais) PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Alcalinidade: capacidade de neutralização de ácidos ou resisitividade à viação do pH ( HCO3 -, CO3 2-, OH-). Origem: natural: rochas, atmosfera, mat orgânica, fotossíntese antropogênica: esgotos domésticos ou industriais . Importância: Sem significado sanitário. ---> gosto amargo. ETA Utilização: Águas brutas, abastecimento ETA Unidades: mg/l de CaCO3 Resultados: pH> 9,4 ---> hidróxidos e carbonato pH 8,3 9,4 ---> carbonatos e bicarbonatos pH 4,4, a 8,3 ---> apenas bicarbonato PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Dureza: concentração de cátions multimétalicos em solução. Geralmente Ca ++ e Mg ++ Origem: natural: Ca e Mg de rochas dureza alcalina : presença de carbonatos antropogênica: esgotos domésticos ou industriais . Importância: Sem significado sanitário. Propriedades estéticas Formação de incrustações - Redução de espumas Utilização: Águas de abastecimento (inclusive industriais) Unidades: mg/l de CaCO3 Resultados: dureza < 50 mg/l CaCO3: água mole dureza 50 e 150 mg/l CaCO3 : dureza moderada dureza 150 e 300 mg/l: água dura dureza > 300 mg/l CaCO3 : dureza elevada PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Ferro e Manganês: presença de formas solúveis Origem: natural: Rochas e solo antropogênica: esgotos domésticos ou industriais . Importância: Sem significado sanitário. Propriedades cor e estéticas Utilização: Águas de abastecimento brutas e tratadas Unidades: mg/l Resultados: Mn 0,1 (ppm) 1,0 (lançamentos) Fe 0,3 a 5,0 mg/l (ppm) PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Oxigenio Dissolvido (OD): importante para manutenção da microbiota e processos oxidativos Origem: natural: Ar, Fotossintese Antropogênica: Aeração artificial Importância:Manutenação da Microbiota aquática Utilização: Controle Operancional Oxidação Fe Mn Unidades: mg/l Resultados: Teores mínimos 1,0 mg/l - máximo 9,2 mg/l função temperatura 4-5 morte peixes; Anaerobiose 0,0 mg/l Padrão corpos d’água PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Matéria Orgânica (MO): principal agente poluidor de fontes orgânicas (Esgotos e Lançamentos) Origem: natural: Biomassa vegetal e animal Antropogênica: Esgotos Importância:Consumo de OD ---> vida aquática aeróbia DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) Utilização: Caracterização de corpos d’água captação e abastecimento Principal indicador de contato de esgotos Unidades: mg/l Resultados: DBO (5) 300 - esgotos DBO captação 3 - 10 Distribuição: 0 DBO = Demanda Bioquímica de Oxigênio (Fração Orgânica Biodegradável) OD=7mg/l Dia 0 OD= 3 mg/l Dia 5 DBO 5 20 = 7 - 3 = 4,0 mg/l Para esgotos, deve-se fazer a diluição da amostra. Por exemplo, na diluição 1:100 o resultado acima da amostra de esgoto geraria um valor de OD = 400 mg/l OD= Oxigênio Dissolvido (CHO) + O2 CO2 + H20 PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Nitrogênio (N): Várias formas N - NH - NO3 como sólidos dissolvidos ou em suspensão Origem: natural: Mat. Orgânica - Clorofila - proteína Antropogênica: esgotos domésticos ou industriais Fertilizantes Importância: Eutrofização de corpos d’água - Doenças - consumo O2 - toxicidade - Utilização: Águas de abastecimento brutas e tratadas Unidades: mg/l Resultados: Padrão de captação: ( NO3) -10 mg/l (NO2) - 1,0 mg/l PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Fósforo (P): Fosfatos inorgânico (PO4)2- Origem: natural: Rochas, solo Antropogênica: esgotos domésticos ou industriais Fertilizantes Importância: Eutrofização de corpos d’água Utilização: Águas de abastecimento brutas e tratadas Caracterização de corpos d’água Unidades: mg/l Resultados: Padrão de lançamentos: 1,0 mg/l Eutrofização: P < 0,01 - 0,02 NE 0,05 INT P > 0,05 EUT PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Micropoluentes inorgânicos Componentes tóxicos Exemplos: Metais Pesados: Arsênio, Cádmio, Cromo, Chumbo, Mercúrio e Prata. (Sólidos dissolvidos ou Suspensos) Cianetos Origem: Atividades Industriais e Agricultura Toxicidade: Cumulativa na cadeia alimentar Unidade: µg/l (ppb) ou mg/l (ppm) Padrões: variáveis com legislação estadual (captação, lançamentos) PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Micropoluentes Orgânicos Componentes tóxicos Exemplos: Moléculas resistentes à decomposição. Pesticidas, hidrocarbonetos aromáticos, alifáticos, detergentes etc (Sólidos dissolvidos ou Suspensos) Origem: Atividades Industriais e Agricultura Toxicidade: Cumulativa na cadeia alimentar Unidade: µg/l (ppb) ou mg/l (ppm) Padrões: variáveis com legislação estadual (captação, lançamentos) PARAMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUAS Resumo da Resolução CONAMA 20/86 Classes Parâmetro Unid Esp 1 2 3 4 LA Cor uH 30 75 75 - - Turbidez uT 40 100 100 >100 - DBO(5) mg/l 3 5 10 >20 * DQO mg/l - - - - * OD mg/l 6 5 4 2 - SS mg/l - - - - * Inorgânicos Legislação Orgânicos coliformes totais b/100ml 1000 5000 20000 - coliformes fecais b/100ml 200 1000 4000 - Poluição da água • Poluição Biológica: resulta da presença de microrganismos patogênicos, especialmente na água potável. A água pode ser infectada por organismos patogênicos, existentes nos esgotos. • Poluição Térmica: ocorre freqüentemente pelo descarte, nos rios, de grandes volumes de água aquecida usada no processo de refrigeração de refinarias, siderúrgicas e usinas termoelétricas. • Poluição Sedimentar: resulta do acúmulo de partículas em suspensão (partículas de solo e de produtos químicos insolúveis orgânicos ou inorgânicos). Por exemplo, sedimentos contaminados com defensivos agrícolas que são transportados para os rios, pelas enxurradas. Poluição da água 55 • Poluição Química: causada pela presença de produtos químicos nocivos ou indesejáveis, seus efeitos nocivos podem ser sutis e levarem muito tempo para serem sentidos. • Poluição radioativa: Desde o início da era atômica, as centenas de experiências com material nuclear têm jogado quantidades enormes de resíduos radioativos na atmosfera. As correntes de ar, por sua vez, encarregam-se de distribuir este material para todas as regiões da Terra. Com o tempo, a suspensão é trazida para o solo e para os oceanos, onde será absorvida e incorporada pelos seres vivos. Poluição da água 56 Tratamento de Águas Residuárias 57 O solo é uma mistura de vários minerais, matéria orgânica, ar e água capaz de manter a vida das plantas na superfície terrestre. É o produto final das ações dos processos físicos, químicos e biológicos que degradam as rochas e em grande parte produzem minerais. Os solos típicos mostram camadas características com o aumento da profundidade. Estas camadas são chamadas horizontes, que se formam como o resultado de interações complexas que ocorrem devido ao desgaste do solo provocado pelas mudanças ao longo do tempo. Química do Solo Química do Solo Química do Solo Classificação do SoloClassificação do Solo Propriedades do Solo Essas propriedades são de primordial importância para melhor conhecimento do solo existente no local e das devidas providências que devem ser tomadas antes do plantio para atingir uma melhor colheita. Coloração A cor é uma característica tão importante que é utilizada na própria nomenclatura dos solos, o que pode ser evidenciado pelo nome de solos como: Latossolo Vermelho Escuro, Podzólico Vermelho Amarelo, Latossolo Roxo, etc. As tonalidades cinzentas, esverdeadas e azuladas são típicas de várzeas e estão correlacionadas a deficiência de oxigênio, enquanto que a matéria orgânica tende a tornar um solo mais escuro quando comparado com outro sob o mesmo clima. Propriedades do Solo Textura Refere-se às dimensões e características das partícula primárias do solo. Essas partículas são agrupadas em função do tamanho, porém apresentam características comuns. Pode ser avaliada através do tato, pela sensação ao esfregar um pouco de solo úmido entre os dedos. Propriedades do Solo Umidade e Porosidade Dentro do solo existem pequenos buraquinhos, que chamamos de poros do solo, onde fica guardada a água e o ar que as raízes das plantas e os outros organismos necessitam para beber e respirar. A dimensão dos poros influi na retenção da água pelo solo - os poros mais finos facilitam a retenção, enquanto os maiores permitem a sua rápida infiltração. O ar preenche os espaços não ocupados pela água. O arejamento do solo é fundamental para a respiração das raízes e, por isto, os solos pouco arejados são, em geral, pouco produtivos. Propriedades do Solo pH O pH indica se o solo é fértil ou não fértil, ou seja, se o local é ou não ideal para o cultivo. Para a agricultura o valor do pH ideal é entre 5,5 e 5,8, porém o pH da maioria dois solos situa-se entre 4 e 8,5. Adubação do Solo O conhecimento dos teores de nutrientes disponíveis no solo orienta na formulação das recomendações mais acertadas para a adubação das plantas, evitando-se o desperdício e o uso inadequado de adubos e corretivos e prejuízo, que haveria tanto nas despesas com adubação como na redução das colheitas. As pesquisas mundiais indicam que, num curto prazo,nenhum outro fator causará maior impacto no aumento da produção agrícola do que o uso racional de fertilizantes e corretivos. Tipos de Adubação do Solo Adubação Orgânica: Feita à base de restos de animais ou vegetais, como: estrumes, folhas, galhos, frutas podres, etc. Uma vez apodrecidos esses restos se transformam em excelentes adubos. Adubação Inorgânica: Feita com sais minerais. Estes podem ser extraídos do solo (salitre-do-chile) ou obtidos quimicamente em indústrias de adubos (como os sulfatos). Adubação Verde: Certos vegetais, conhecidos como leguminosas (feijão, soja e alfafa), possuem bactérias (microorganismo) em suas raízes. Essas bactérias têm a capacidade de absorver o oxigênio do ar e transformá-lo em nitrato, um nutriente que a planta aproveita. Muitas vezes, o plantio de leguminosas faz parte da rotação de culturas, pois esses vegetais enriquecem o solo. Degradação do Solo 71 Poluição do Solo 72 A poluição do solo pode ser definida como a introdução no meio ambiente de qualquer matéria ou energia que venha a alterar as propriedades físicas ou químicas ou biológicas do solo, afetando, ou podendo afetar, por isso, a "saúde" das espécies animais ou vegetais que dependem ou que têm contato com ele, ou que nele venham a provocar modificações físico-químicas nas espécies minerais presentes. Poluição do Solo 73 A contaminação tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, a contaminação interfere no ambiente global da área afetada, podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública. Na maioria das vezes a contaminação do solo pode causar uma percolação de poluentes, através da água de chuva, contaminando os lençóis freáticos. Produtos químicos armazenados ou derramados no solo podem demorar anos, ou até mesmo décadas, a atingir um lençol freático. Depois de ser atingido, a área contaminada tende a ser alargada e a água presente no lençol fica inutilizada e imprópria para o consumo. Poluição do Solo 74 Ao longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de contaminação do solo em zonas, quer urbanas, quer rurais, como: descargas acidentais ou voluntárias de poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser resíduos perigosos, lixeiras e/ ou aterros sanitários não controlados, uso de adubos e pesticidas de maneira indiscriminada, etc. Poluição do Solo 75 Poluição do Solo 76 Poluição do Solo 77 Lixão 78 O lixão é apenas a disposição do lixo a céu aberto em terrenos baldios onde fica exposto sem nenhum tratamento e sem nenhum critério sanitário de proteção ao ambiente, provocando intensa proliferação de moscas, mosquitos, baratas e ratos,e ainda é aproveitado pelos "catadores de lixo“ que correm o risco de contrair doenças. Outro inconveniente é o "chorume", líquido que resulta da decomposição do lixo que possui alta taxa de compostos orgânicos de difícil degradação e que polui o solo e os lençóis d'água. Os gases também produzidos pela decomposição do lixo poluem o ar e são vetores de doenças através de germes patológicos. Lixão – Vantagens e Desvantagens 79 Incineração 80 A incineração é um processo dispendioso, no qual o lixo é queimado em fornos de alta temperatura, propiciando uma relativa redução no volume do lixo,além de destruir a maioria do material orgânico e dos contaminantes que causam problemas nos aterros. Incineração – Vantagens e Desvantagens Aterro controlado 82 Caracteriza-se, segundo a ABNT/NBR-8849/85, pela disposição do lixo em local controlado, onde os resíduos sólidos recebem uma cobertura de solos ao final de cada jornada. Não possuem impermeabilização dos solos nem sistema de dispersão de chorume e gases, é muito comum nesses locais a contaminação de águas subterrâneas. Aterro controlado – Vantagens e Desvantagens Vantagens: o lixo tem a manta de PVC para evitar a contaminação do solo; captação e tratamento do chorume; coberta com terra e grama, dificultando a entrada de pragas urbanas como ratos e urubus. Desvantagens: Uma das desvantagens dos aterros controlados é que o lixão continua lá. Nenhuma medida é tomada para que o chorume do antigo lixão deixe de contaminar o solo. O chorume continua penetrando no solo e contaminando os lençóis d’água locais; Os aterros controlados podem, eventualmente, possuir poucas chaminés para queimar os gases produzidos pelo lixo. Aterro sanitário 84 Consiste na decomposição de camadas de lixo alternadas com camadas de argila auxiliando na impermeabilização e materiais inertes, como mantas de polietileno em terrenos com sistemas de drenagem para o chorume. Nessas condições as camadas de lixo sofrem decomposição aeróbia e depois anaeróbia. Aterro sanitário – Vantagens e Desvantagens 85 Compostagem 86 o material orgânico do lixo é segregado e sofre um tratamento biológico do qual resulta o chamado "composto", material utilizado na fertilização (como adubo na agricultura) e recondicionamento do solo ou em ração para animais. Compostagem– Vantagens e Desvantagens Vantagens – Realizar compostagem diminui em até 50% o lixo descartado por uma família, o que resulta na redução do acúmulo de resíduos em lixões ou aterros; – No processo de compostagem, forma-se dióxido de carbono ou gás carbônico, além de água e biomassa, também chamada de húmus. Não ocorre formação do gás metano (que é muito mais poluente), como ocorreria nos aterros sanitários; – A menor quantidade de lixo nos aterros sanitários também significa menor gasto no transporte e armazenamento desses resíduos; – Melhoria da aeração do solo e diminuição da erosão. Desvantagens – É preciso realizar o procedimento da compostagem corretamente. Caso contrário, a matéria que está sendo degradada pode atrair insetos como moscas, baratas e ratos, pragas urbanas que podem transmitir doenças; – Para que seja realizada corretamente, a compostagem exige atenção em detalhes como temperatura, umidade e arejamento. Esse cuidado pode tornar o processo um pouco complicado. Reciclagem 88 É o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto, feito anteriormente apenas com matéria-prima virgem. Para se ter uma ideia da importância da reciclagem, com 250 toneladas de lixo por dia poderia gerar energia para o abastecimento de 50.000 pessoas. Reciclagem – Vantagens e Desvantagens Química da atmosfera 91 Química da atmosfera Química da atmosfera 93 Química da atmosfera 94 A atmosfera é uma massa de gases onde permanentemente ocorrem reações químicas. Ela absorve uma variedade de sólidos, gases e líquidos provenientes de fontes naturais e industriais, que podem se dispersar ou reagir entre si ou com outras substâncias já presentes na atmosfera. A composição química da atmosfera terrestre pode ser considerada como 78% de N2 , 21% de O2, 0,035% de CO2 e 0,965% de Ar. Química da atmosfera 95 O dióxido de carbono vem crescendo a uma taxa de 4% ao ano e o metano a 1% ao ano, enquanto os CFCs (clorofluorcarbonetos) crescem a uma assustadora taxa de 5% ao ano, quadruplicando sua concentração média na atmosfera nas últimas quatro décadas. Todos estes gases, ainda que minoritários, têm uma função muito importante na química da atmosfera, pois alguns são gases causadores do efeito estufa, outros destroem a camada de ozônio e alguns dos CFCs apresentam ambas propriedades com altíssima intensidade. Química da atmosfera 96 Química da atmosfera 97 O dióxido de carbono vem crescendo a uma taxa de 4% ao ano e o metano a 1% ao ano, enquanto os CFCs (clorofluorcarbonetos) crescem a uma assustadora taxa de 5% ao ano, quadruplicando sua concentração média na atmosfera nas últimas quatro décadas. Todos estes gases, ainda que minoritários, têm uma função muito importante na química da atmosfera, pois alguns são gases causadores do efeito estufa, outros destroem a camada de ozônio e alguns dos CFCs apresentam ambas propriedades com altíssima intensidade. 98 Camadas da Atmosfera Camadas da Atmosfera Camadas da Atmosfera • A temperatura da atmosfera é uma complicada função de altitude. Atmosfera da Terra Atmosfera da Terra • Os átomos de oxigênio podem colidir com moléclas de oxigênio para formar ozônio com excesso de energia, O3*: O(g) + O2(g) O3*(g) • O ozônio excitado pode desprender energia pela decomposição em átomos e moléculas de oxigênio (a reação inversa) ou pela transferência de energia para M (geralmente N2 ou O2): O3*(g) + M(g) O3(g) + M*(g) O(g) + O2(g) O3*(g) O ozônio na parte superior da atmosfera • A formação de ozônio na atmosfera depende da presença de O(g). • A baixas altitudes, a radiação com energia suficiente para a formação de O(g) é absorvida. • A liberação de energia do O3* depende de colisões, as quais geralmente ocorrem a baixas altitudes. • A associação de efeitos significa a formação máxima de ozônio na estratosfera. O ozônio na parte superior da atmosfera Diminuição da camada de ozônio • Em outubro de 1994 o mapa do ozônio presente no hemisfério sul mostrou um buraco sobre a Antártida. • Em 1995 o Prêmio Nobel de química foi concedido a F. Sherwood Rowland, Mario Molina e Paul Crutzen por seus estudos sobre a diminuição do ozônio na estratosfera. • Em 1974 Rowland e Molina mostraram que o cloro dos clorofluorocarbonos (CFCs) destróem a camada de ozônio catalizando a formação de ClO e O2. O ozônio na parte superior da atmosfera Diminuição da camada de ozônio • Na estratosfera, os CFCs sofrem quebra fotoquímica de uma ligação C-Cl: CF2Cl2(g) + h CF2Cl(g) + Cl(g) (ideal a 30 km). Subseqüentemente: Cl(g) + O3(g) ClO(g) + O2(g) velocidade = k[Cl][O3], k = 7,2 10 9 M-1s-1 a 298 K. Além disso, o ClO gerado também produz Cl: 2ClO(g) O2(g) + 2Cl(g) levando à reação global 2O3(g) 3O2(g). O ozônio na parte superior da atmosfera Poluição atmosférica Poluição atmosférica Poluição atmosférica Poluição atmosférica REFLEXÃO “Quando mudar o meio ambiente, as condições climáticas também mudaram, e quando ocorrer de forma dramática, a economia e outros aspectos serão igualmente afetados. Incluindo nossa própria saúde física experimentará esses efeitos. Conseqüentemente, não se trata de uma mera questão moral, e sim de nossa própria sobrevivência”. Dalai Lama
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