Caso Concreto 1 - Direito Civil 2 (2019)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL 2
ALUNO: RUDOLF MATEUS DE JESUS SPECHT
CASO CONCRETO 1
 Matheus é dono de um renomado restaurante no Bairro do Leblon, na Cidade do Rio de janeiro. A especialidade do estabelecimento e a produção de pratos confeccionados com batatas como ingrediente principal de seus pratos. Para a manutenção dessa qualidade, precisa reabastecer a cada oito dias sua dispensa. 
 Luccas é proprietário de um grande hortifrúti na mesma região do restaurante de Matheus e dele recebe um email propondo acordo que por determinado preço, Luccas forneça a cada oito dias, duas arrobas de batatas. Luccas responde dando o aceite e na primeira data aprazada para a entrega, faz a entrega da seguinte maneira: uma arroba de batata doce e outa arroba de batata inglesa. 
a) Você consegue visualizar obrigações entre Luccas e Matheus? 
 Sim, consigo visualizar obrigações.
 Matheus envia uma proposta a Luccas por e-mail, nessa proposta, a cada 8 dias Luccas deverá fornecer ao restaurante de Matheus com 2 arrobas de batata.
 Luccas aceita a proposta sem ressalvas.
 Matheus torna-se o credor, ora accipiens.
 Luccas torna-se o devedor, ora solvens.
 Luccas efetua a entrega das 2 arrobas, sendo 1 de batata e 1 de batata inglesa.
b) Matheus pode reclamar da entrega mista feita por Luccas?
 Não, não poderá reclamar da entrega mista. Ocorre que trata-se de uma Obrigação de Dar Coisa Incerta.
 O artigo 243 do Código Civil diz: “A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.”. Conforme preceitua o supracitado artigo, a coisa incerta foi indicada pelo gênero (batata) e pela quantidade (2 arrobas).
 Nesse sentido, podemos citar também o artigo 244 do Código Civil que diz: “Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.”. Conforme preceitua o supracitado artigo, o devedor (Luccas) escolhe, contudo não podendo dar a coisa pior, nem a coisa melhor, tal escolha é conhecida no ramo jurídico como concentração.