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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA BACHARELADO EM CIÊNCIAS EXATAS E SUAS TECNOLÓGIAS Resumo: Manutenção Produtiva Total (TPM) 2018 Irlan Santiago Joana Martins Gabriel de Jesus Gustavo Rabelo Reginaldo Neto Kevin Araújo João Paulo Resumo: Manutenção Produtiva Total (TPM) 2018 Resumo apresentado como requisito parcial avaliatvo da disciplina de Economia para engenheiros, ministrada pelo Profº Carlos Tosta, do curso de Ciências Exatas e Tecnológicas, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Manutenção produtiva total - TPM Histórico Até 1950 – A manutenção se baseava no conserto após a quebra. Dessa forma, havia intervenção no equipamento apenas após o mesmo ficar inoperante. 1951 – A manutenção preventiva foi introduzida no Japão, baseando-se nas manutenções preventivas que já ocorriam na América. Criando sistemas para prevenção de quebras antes que elas ocorram. 1957 – Foi introduzido o conceito de manutenção por melhoria, ou seja, quando o equipamento estava produzindo, mas fosse detectada uma oportunidade de melhoria, eram feitas intervenções a fim de melhorar as suas condições. 1960 – Surgiu o conceito de prevenção da manutenção. Sendo assim, os equipamentos começaram a ser projetados focando a facilidade de manutenção e a confiabilidade da qualidade do novo equipamento. 1971 – Surgiu o TPM 1ª Geração com a estratégia na máxima eficiência dos equipamentos e análise de perda por falha dos equipamentos com o conceito quebra zero. Década de 80 – O TPM evolui para a 2ª Geração com um foco melhor na análise das perdas (seis principais perdas) e com o conceito perda zero. Década de 90 – A 3ª Geração coloca o foco nos sistemas de produção e acrescentando ferramentas como o OEE (Overal Eficiency Equipment) agregado a redução de custos e objetivando o defeito zero. A partir de 2000 – O TPM evolui para a 4ª Geração, se estendendo além da produção, atingindo setores como logística e administrativos (companhia como um todo). As análises de perdas tornam mais abrangentes, englobando perdas por máquinas, processos, pessoas e produtos. Descrição sumária da filosofia Com a evolução das indústrias e instauração da mecanização na linha de produção das fábricas, assim buscando sempre a sofisticação o processo produtivo, houvesse uma necessidade de um sistema que garantisse o bom desempenho da produção. A Manutenção Produtiva Total (TPM) é uma estratégia desenvolvida para garantir a eficácia da produção. Tendo em foco, a prevenção de todos tipos de perdas, falhas ou acidentes, para que isso ocorra o sistema busca envolver todos que participam, diretamente ou indiretamente, do funcionamento da empresa, levando todos a busca de um objetivo comum, maximizar a produção. O sistema tem como principais pontos para buscar a eficácia do sistema de produção: A capacitação da mão de obra, fazendo cada um desempenhar seu papel na produção da melhor maneira possível; a manutenção planejada dos equipamentos, para o prolongamento da vida útil, melhorar o desempenho, assim como foco na “quebra e falha zero”; controle de qualidade do produto, produzindo sempre o melhor produto e sem defeitos; melhorias no processo de produção, sofisticando sempre que viável o processo a fim de maximizar a produção. Manutenções Com o tempo cada elemento de uma máquina ou equipamento tende a sofrer desgastes, tais quais quando passam de um limite viável para o funcionamento de uma máquina, ela quebra. Visto isso foram desenvolvidos tipos de sistemas de manutenções. A manutenção corretiva atua quando a peça ou equipamento, já apresenta desgaste ou falha, visando corrigir, restaurar e recuperar. Tecnicamente a manutenção corretiva aguarda a falha parada para que ocorra a manutenção, esse tipo de manutenção são os de maiores custos pelo fato da paralisação do equipamento e redução da disponibilidade. A manutenção preventiva tem objetivo prolongar a vida útil dos equipamentos, consequentemente aumentar a disponibilidade das maquinas. O sistema preventivo visa programar reposições de peças, reparos em equipamentos, antes que os mesmos venham a dar problemas, evitando-o assim. Mesmo sendo bastante eficiente, seu custo é elevado, e os riscos decorrentes a grande margem de falhas que peças trocadas recentemente podem apresentar. A manutenção preditiva, embasada na manutenção preventiva, mas tem foco no estado atual do equipamento, e no limite possível para que ele desenvolva suas funções sem que ocorram perdas, com isso faz-se inspeções e coleta de dados periodicamente das maquinas, para antecipar eventuais problemas. A manutenção autônoma tem como objetivo deixar o operador autônomo, apto para visualizar imediatamente, qualquer anomalia do equipamento, sabendo lidar com a situação e até mesmo realizar pequenos reparos na maquinas que está sob sua responsabilidade, de modo que o mesmo se sente dono da máquina, visando o manuseio da mesma da melhor forma possível. Os pilares do TPM 1. Manutenção autônoma. Consiste na elaboração de uma estrutura de autonomia do operário a manusear a máquina, tendo cuidado e conhecimento sobre a mesma e a melhor forma de manuseá-la. 2. Manutenção planejada. Consiste em estruturar o setor de manutenção para trabalhar de forma planejada e programada. 3. Melhorias individuais. Têm como objetivo reformular e introduzir melhorias específicas nos equipamentos para obtenção de incrementos no desempenho global. 4. Educação e treinamento. Consiste em elaborar um programa de treinamento que eleve o nível de conhecimento e habilidades dos operários e técnicos da manutenção. 5. Manutenção de qualidade. O pilar da manutenção de qualidade propiciam ações que buscam estabelecer e manter as condições básicas dos equipamentos e evitar os defeitos da qualidade, através do conceito básico de manter o equipamento em perfeito estado e obter a qualidade dos produtos processados. 6. Controle inicial do equipamento. Consiste no gerenciamento do equipamento desde a concepção e introdução do novo equipamento e/ou processo. 7. TPM em Escritórios. Atividades de TPM nos departamentos administrativos e de apoio n envolvem o equipamento de produção. Entretanto, esses departamentos incrementam sua produtividade documentando seus sistemas administrativos e reduzindo desperdício e perdas, o que pode auxiliar a melhorar a eficiência do sistema de produção, melhorando cada tipo de atividade que apoie a produção. 8. Segurança e Meio Ambiente. A gestão da segurança e meio- ambiente é uma atividade chave em qualquer programa de TPM. As atividades de manutenção autônomas e planejadas devem enfocar também o gerenciamento de áreas criticas. OEE: como se calcula? Definições Overall Equipement Effectiveness ou em português Eficiência Global da Maquina, esse indicador verifica o quanto a empresa em questão está gastando os recursos disponíveis a fim de aumentar a produtividade. Ele se divide em 3 indicadores, disponibilidade, performance e qualidade. São esses os parâmetros usados para se calcular o OEE de uma empresa, quanto mais próximo de 100% melhor. Este tipo de método é considerado um integrador de áreas, pois fornece informações de todas as etapas de fabricação da empresa em tempo real, interligando toda a fábrica para trabalhar em conjunto. Com a implementação deste sistema em uma empresa, com o aumento de apenas 10% de OEE pode resultar em 30% de elevação da produção da fábrica. O calculo do OEE é o produto entre três indicadores a disponibilidade, performance e qualidade. A disponibilidade é a razão entre a quantidade de horas trabalhadas sobre a quantidade de horas de trabalhadas. Aperformance é razão entre a quantidade de horas produzindo sobre a quantidade de horas trabalhadas. A qualidade é razão entre a quantidade de horas produzindo peças boas sobre a quantidade de horas produzindo. Vantagens na aplicação empresarial No livro “TPM in Process Industries”, o autor Tokutaro Suzuki, menciona que podemos dividir os benefícios conquistados com o TPM em duas categorias: os tangíveis (que podemos mensurar) e os intangíveis (que não podemos mensurar, mas podemos sentir o efeito). Antes de falar dos tangíveis, é bom lembrar que estes resultados foram medidos em organizações que implantaram esta ferramenta e consequentemente possuem fundamentos. Benefícios Tangíveis: •Aumento da produtividade líquida de 50% a 100%; •Quedas de paradas repentinas em 90%; •Aumento global da eficiência da planta de 50% a 100% •Quedas de 90% nos defeitos de processos; •Quedas 75% de reclamações de clientes; •Redução dos custos de produção em até 30%; •Produtos e inventários de trabalho em processo (WIP) equilibrados; •Aumento das sugestões de melhorias por parte dos funcionários de 5 a 10x; Benefícios Intangíveis: •Autogestão dos funcionários, onde os operadores cuidam dos seus próprios equipamentos sem direcionamentos; •Estabelecimento da autoconfiança e atitude nos colaboradores para redução das paradas e defeitos; •Local de trabalho limpo, organizado e alegre; •As pessoas que visitam uma planta com TPM ficam com a imagem de uma companhia altamente organizada. •Isso tende a aumentar o número de pedidos. Integração com outras metodologias de gestão Exemplificação de integração de metodologia entre a Manutenção centrada na confiabilidade (RCM) e TPM. A integração do RCM e TPM pode se tornar uma ferramenta poderosa para aumentar a competitividade. A integração entre o RCM o TPM é possível desde que pequenos ajustes sejam feitos, para que seus métodos possam contribuir com o que cada um tem de melhor para o aumento da competitividade das empresas. A metodologia TPM é muito mais ampla, trabalha em toda a empresa focada na cultura das pessoas. Já metodologia RCM é focada e única exclusivamente nos processos de manutenção da empresa. Podemos observar alguns exemplos de como a união das duas metodologias podem ser bem-sucedidas. Quebra zero, o RCM vai determinar o que precisa ser feito para que não haja quebra nem paradas indesejadas das máquinas. Manutenção Planejada, na manutenção planejada a contribuição do RCM será muito expressiva, pois vai racionalizar as ações de manutenção planejada, vai focar as ações necessárias para que as máquinas e equipamentos funcionassem de acordo com as suas funções requeridas, dentro dos parâmetros desejados de confiabilidade. Manutenção Autônoma, os grupos de análises do RCM, baseados no diagrama de decisões, podem juntamente com o pilar da manutenção preventiva, indicar algumas ações que devem ser efetuadas pela operação, como forma de manutenção autônoma, tornado o pilar da manutenção autônoma a sua manutenção mais efetiva. Manutenção de produção, em ambos os programas, a integração entre manutenção e produção é fundamental. No TPM acontece de forma natural e a integração desses dois setores durante a implementação do pilar da manutenção preventiva e da manutenção autônoma. Essa integração também se fortalece durante o decorrer do programa nas análises de falhas e nos grupos de melhorias. Na RCM, esta aproximação acontece nos grupos de trabalho onde a participação conjunta da manutenção e da produção é fundamental para análise de uma máquina ou equipamento. Educação e treinamento, a TPM foca bastante o treinamento para operadores para que estes possam conhecer melhor suas máquinas e desempenhar algumas atividades de manutenção e lubrificação. Na RCM o treinamento é fundamental para que os grupos de análise de falhas possam otimizar seus resultados. Pode-se observar então que colocando as duas necessidades em uma grade única, pode-se ter grupos de RCM focando também o conhecimento da máquina ou equipamento durante as reuniões como forma de absorver a grade do TPM. Referências: Silveira, C. B. (2012). O que é TPM e por que esta ferramenta é tão popular na indústria. Fonte: citisystems.com.br: <https://www.citisystems.com.br/o- que-e-tpm/> Acesso em: 20 jun. 2018. SUZUKI, T. TPM in Process Industries. 1ª. ed. New York: Productivity Press, 1994.
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