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1EXTENSIVO VARIEDADES DA LÍNGUA 1 Os Quatro Falantes da Língua Portuguesa Ilustração: Alexandre Caron Três homens embrenharam-se na selva com o objetivo de realizar uma caminhada ecológica. O primeiro era um renomado médico, o se- gundo um bem-sucedido advogado e o terceiro era o guia – um matuto que vivia na selva –, durante a caminhada, depararam-se com uma onça feroz e faminta. Sem pestanejar, fugiram todos assustados. Depois de uma longa marcha, finalmente atingiram uma clareira, a qual tinha à sua frente um enorme precipício. Desta sorte, encontraram-se os três homens em um beco sem sa- ída, pois atrás deles havia a mata fechada, onde a onça faminta estava vindo ao seu encalço; à frente um enorme e profundo precipício. Neste momento de desespero, observou o médico: “Vejam! Há uma ponte que atravessa por sob o precipício! Esta- mos salvos!” Apressaram-se todos na direção da ponte da salvação. Lá chegan- do, encontraram um Preto Velho sentado em uma velha cadeira de balanço, logo à entrada da ponte. Os três pararam e fitaram o Velho por alguns instantes. O Preto Velho balançava-se em sua cadeira enquanto fumava seu cachimbo. Assim que percebeu que os homens queriam cruzar a ponte, o Velho decretou: 1 • Var iedades da L íngua 2 • Classes de Palavras 3 • Crase 4 • Verbo 5 • Comunicação e Expressão 6 • Tipologia Textual Gramática – A 2 EXTENSIVO VARIEDADES LINGUÍSTICAS Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições: sociais, culturais, re- gionais e históricas em que é utilizada. Estas variedades de língua compreendem desde as mais informais até as mais for- mais e estereotipadas. Exemplo: Norma culta: é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestígio social. Norma popular: são todas as variedades linguísticas dife- rentes da língua padrão. DIALETO São variedades originadas das diferenças de região, de idade, de sexo, de classes ou de grupos sociais e da própria evolução histórica da língua (ex.: gíria). Analise os textos abaixo: 1. As chamadas políticas neoliberais consistem na diminui- ção da atuação do Estado na sociedade civil, ocupando- se, desta forma, somente com os serviços essenciais, como a saúde, a educação, a infraestrutura e com a orga- nização e manutenção dos três Poderes, a saber: o execu- tivo, o legislativo e o judiciário. 2. Os político aumentam o próprio salário, sem levar em con- ta as necessidade da sociedade, eles não se preocupam com a gente do povo brasileiro. E assim a gente vai le- vando como pode. Nem tudo é tão ruim que não possa ser mais pior. 3. Daí guri blz? Tem jgo sáb. às 3h abçs. O texto número 1 apresenta a modalidade culta da lín- gua, uma vez que foi redigido dentro das normas gramaticais. O texto número 2 apresenta uma das variantes popula- res. Nele é possível perceber problemas de concordância no- minal e verbal, ambiguidade, entre outros. O texto número 3 traz uma modalidade popular muito utilizada nos meios de comunicação eletrônica – notadamente a internet e os chamados “torpedos”. – Esta modalidade visa à agilidade no processo de comunicação. FATOR X O falante nativo da língua portuguesa, embora construa enunciados em desacordo com a norma culta, fala e escreve em língua portuguesa. O conceito de ERRO é equivocado pois na realidade os falantes nativos podem produzir enunciados em desacordo com a norma culta, mas não necessariamente errados. “Si vó sunçê qué cruza a ponti, tens di arrespundê uma pre- gunta!” Neste momento, já mais que aborrecido, o médico saiu corren- do e iniciou a travessia da ponte dizendo: “Que responder pergunta que nada, eu vou é me mandar da- qui!” Neste exato instante, o Velho conjurou: “urucubaca, o raio que os parta!”. Como que num milagre, desceu do céu límpido um raio, acertando diretamente na cabeça do médico, que caiu da ponte para um mergulho eterno nas profundezas do precipício. Vendo o ocorrido, o advogado aproximou-se do velho e inda- gou: “Qual é a pergunta que tenho que responder para poder atra- vessar a ponte?” Então disse o velho: “Diga, sem piscar! Quar que é o imperativo afirmativo do verbo SER na segunda pessoa du plurar?” O advogado pensou e pensou, finalmente disse: “O imperativo afirmativo de o verbo Ser na segunda pessoa do plural é: sejais vós!” “Erro!” – exclamou o Velho. Sem mais paciência para as perguntas do Preto Velho, o advo- gado tentou atravessar a ponte à força. Mais uma vez disse o Velho: “urucubaca o raio que os parta”. Assim, um raio vindo do nada acer- tou o advogado que caiu no precipício sem fundo. Por fim, restou o matuto. Este perguntou ao Velho: “Será que vosmicê podia me dexá passa pela ponte?” “Só si sunçê arrespundê a prigunta: Quar que é o imperativo afirmativo do verbo SER na segunda pessoa du plurar?” – disse-lhe o Preto Velho. “Ih!” – exclamou o matuto. Muito cansado e com muita sede, o matuto percebeu que não conseguiria passar pela ponte. Sacou o cantil de água em seu cinto, abriu a tampa e antes de dar um gole, perguntou ao Velho: “Tô cum SEDE e Vóis ...?” “Prifeito! Prifeito!, sede vós, tá curreto este é o imperativo afir- mativo do verbo SER na segunda pessoa du plurar, pode passar!” – disse alegremente o Preto Velho. E foi assim, que de todos os três homens, só o matuto se sal- vou. (Roderick Schmah, Lendas & Folclore 2003) 2 • Classes de Palavras 3EXTENSIVO Atividades LÍNGUA VERSUS LINGUAGEM LINGUAGEM É a representação do pensamento por meio de sinais, nú- meros, códigos, desenhos que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Exemplo: Linguagem verbal: é aquela que tem por unidade a pala- vra. Linguagem não verbal (possuem outros tipos de unida- de): são os gestos, o movimento, as imagens, os sinais, os odores, os ferormônios, etc. LÍNGUA (IDIOMA) É o tipo de código formado por palavras e leis combinató- rias por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si. 01. (UFPR) Variação Linguística. A noção de variantes linguísticas - temporais (diacrônicas), geográficas (diatópicas), sociais (diastráticas), situacionais (diafásicas) - comprova que cada um sabe a língua, mas sabe a língua que fala: a de seu tempo, sua região, sua clas- se social e a de acordo com a situação. Destarte, o conceito contemporâneo de “erro” é “a inadequa- ção da linguagem em relação à situação concreta”. Assinale as alternativas em que ocorre o emprego de expres- sões coloquiais: 01. “— Ele pode decidir... — disse Pé-de-Vento. Tinha es- peranças de ser escolhido por Quincas para herdar Qui- téria, seu único bem.” (J. Amado) 02. “— Calma, companheiro. Não tava querendo lhe lesar.” (J. Amado) 04. “— Boa tarde, damas e cavalheiros. A gente queria ver ele...” (J. Amado) 08. “—Apesar dos pesares, é meu pai. Não quero que seja enterrado como um vagabundo. Se fosse seu pai, Leo- nardo, você gostava?” (J. Amado) 16. “— Fala também, desgraçado... — Negro Pastinha, sem se levantar, espichava o poderoso braço, sacudia o recém-chegado, um brilho mau nos olhos. — Ou tu acha que ele era ruim?” (J. Amado) 02. (UNIVEST) Assinale a alternativa em que há utilização de gíria: a) Os vírus são os únicos seres vivos que não apresentam estrutura celular. b) Chuvas frontais são aquelas causadas pelo encontro de uma massa fria com outra quente (e úmida). c) Pedro Rogério de Lima era somente amigo de Dirceu. d) Laurindo contou ter visto uma cena estranha no parque. e) A Revolução Francesa iniciou-se em 1789 e se tornou o símbolo da destruição do absolutismo, que era uma saca- nagem animal. 03. (CESGRANRIO) Marque a única alternativa que contém va- riante linguística de caráter regional: a) Nosso lema é: “ordem e progresso”. b) Os sapato tavam sujo. c) Nilvio gazeavaaula e flertava com as meninas. d) Por favor Vossa Excelência sente-se à ponta da mesa. e) Esta guria é tri legal, pacas! CLASSES DE PALAVRAS 2 Nos atos de comunicação, utilizamos a linguagem falada ou escrita, a qual se fundamenta no uso de palavras. De acordo com o contexto em que as palavras são inseridas, cada qual adquire uma significação específica, como: nome, ação, quali- dade, quantidade, etc. Visando melhor conhecer a atribuição, o papel desempe- nhado por cada termo, a gramática normativa estabeleceu dez grupos de significados, igualmente conhecidos como classes de palavras ou classes gramaticais. Gramática – A 4 EXTENSIVO Substantivo: são palavras que designam tanto seres – vi- síveis ou não, animados ou não (quanto as ações, estados, desejos, sentimentos e ideias). Ex.: Pedro, pássaro, céu, felicidade, etc. Artigo: é a palavra que precede o substantivo, indicando- -lhe o gênero e o número; ao mesmo tempo em que determina ou generaliza o substantivo. Ex.: O pássaro, as meninas, um amigo, etc. Adjetivo: é a palavra que caracteriza, qualifica os seres. Refere-se sempre a um substantivo explícito ou subentendido na frase, com o qual concorda em gênero e número. Ex.: Carro velho; mulher jovem; menino alegre; paciente doente, etc. Pronome: é a palavra que substitui ou acompanha o subs- tantivo, indicando a sua posição em relação às pessoas do discursou e situando-o no espaço e no tempo. Ex.: Ele ficou esperando por ela; meu relógio quebrou; a cidade onde nasci; este livro é para ti; naquele tempo era difícil namorar, etc. Preposição: é a palavra invariável que une termos de uma oração, estabelecendo entre eles variadas relações. Ex.: Garoto de rua; assisti ao filme, moro em Curitiba, etc. Verbo: é a palavra que se flexiona em número, pessoa, tempo e voz. Em termos significativos, o verbo costuma indi- car uma ação, um estado ou um fenômeno da natureza. Ex.: Andar; sorrir; dormir; cantar; estar; haver; etc. Advérbio: é a palavra que basicamente modifica o verbo, acrescentando a ele uma circunstância. Ex.: Andar rapidamente; dormir profundamente; comer com talheres; bater com força; etc. Conjunção: é a palavra invariável usada para ligar orações ou termos semelhantes de uma oração. Ex.: Comer e beber. / É bonita, mas é chata. / Bebeu tanto, que dormiu. / etc. Numeral: é a palavra que expressa quantidade exata de pessoas ou coisas, ou ainda, o lugar que elas ocupam numa determinada sequência. Ex.: Ele era o primeiro da turma. / Há dois cavalos no pas- to. / Apenas um terço dos alunos estuda bastante. / etc. Interjeição: é a palavra invariável usada para exprimir emoções e sentimentos. Ex.: Viva!; Ah!; Credo!; Chega!; etc. 04. (UFJF-MG) Observe o fragmente de “O operário em constru- ção”, de Vinícios de Morais, e assinale a alternativa em que todas as palavras são substantivos. Olhou em torno: gamela Banco, enxerga, caldeirão, Vidro, parede, janela, Casa, cidade, nação! Tudo, que existia Era ele quem o fazia Ele, um humilde operário Um operário que sabia Exercer a profissão. a) Torno – gamela – humilde. b) Banco – enxerga – caldeirão. c) Vidro – parede – tudo. d) Casa – cidade – nação. e) Tudo – casa – olhou. 05. (CESGRANRIO-RJ) “Como um cúmplice fugaz, (...)” O substantivo destacado tem uma só forma para o masculino e o feminino (um cúmplice, uma cúmplice). Assinale a opção onde aparecem dois substantivos com esta mesma caracte- rística quanto ao gênero. a) Sacerdote – vítima. b) Colega – pessoa. c) Cônjuge – conde. d) Habitante – cientista. e) Criança – estudante. 06. (FUMEC-MG) Em todos os exemplos a seguir, o diminutivo traduz ideia de afetividade, exceto: a) Deixe-me olhar seu bracinho, minha filha. b) Para mim, você será sempre a queridinha. c) Amorzinho, você vem comigo? d) Ele é um empregadinho de nossa firma. e) Não sei paizinho, como irei embora. 07. (EA-PR) “O olhar dela me fascinava como nenhum outro, quem saberia e poderia dizer o que se passava naquela men- te diabólica” (...) Assinale a alternativa em que todos os termos (retirados do texto) são verbos: a) Olhar, saberia, dizer, passava. b) Fascinava, nenhum, poderia, mente. c) Saberia, poderia, dizer, passava. d) Olhar, mente, dizer, nenhum. e) Fascinava, saberia, passava, mente. Atividades 3 • Crase 5EXTENSIVO 08. Observe o excerto abaixo: “ Todas as1 coisas estão a2 esperar por ti, às3 vezes eu tam- bém” (...) Assinale a alternativa correta: a) O termo 1 é um artigo indefinido. b) O termo 3 é tão somente uma preposição. c) O termo 2 é uma preposição. d) O termo 1 é uma preposição. e) O termo 2 é um artigo definido. 09. (EA-PR) Assinale a alternativa em que todas as palavras gri- fadas são pronomes: a) Nenhum deles veio para o jantar. b) A vovó parecia uma pequena menina a brincar. c) Este é o corretor que me vendeu o apartamento. d) Nunca vi nada igual ao cabelo de Carangolé. e) Quem vai limpar toda esta sujeira? 10. (ESF-RJ) Assinale a única alternativa em que todos os ter- mos grifados são adjetivos: a) Rostefilho comprou uma bela casa gótica. b) Nem todos os seus velhos amigos eram ricos. c) O gordo Jacó só comia carne vermelha. d) Pauderney fez um discurso eloquente frente aos pares horrorizados. e) Tonico era alto, gordo e careca. CRASE 3 CRASE É fusão da preposição a com o artigo a ou com o a inicial dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo...etc. Na escrita é indicada por meio do acento grave (`). Para que ocorra a crase, é necessário que haja: a) um termo regente que exija a preposição a; b) um termo regido que seja modificado pelo artigo a ou por um dos pronomes demonstrativos de 3.ª pessoa men- cionados acima. REGRA GERAL A crase ocorrerá sempre que o termo anterior exigir a pre- posição a e o termo posterior admitir o artigo a ou as. Vou a a praia.= Vou à praia. / A as vezes vou a a praia. Para se certificar, substitua o termo feminino por um mascu- lino, se a contração ao for necessária, a crase será necessária. Ex.: Vou à praia. / Vou ao clube. EMPREGO OBRIGATÓRIO DA CRASE Sempre ocorrerá crase: 1) Nos casos em que a regra geral puder ser aplicada. Ex.: Dirigiu-se à professora. 2) Nas locuções conjuntivas, adverbiais e prepositivas (formadas por a + palavra feminina). Ex.: À medida que passa o tempo a violência aumenta. O povo brasileiro vive à mercê de políticos muitas das vezes corruptos. Gosto muito de sair à noite. 3) Na indicação do número de horas, quando ao trocar o número de horas pela palavra meio-dia, obtivermos a expres- são ao meio-dia. Ex.: Retornou às oito horas em ponto. / Retornou ao meio- -dia em ponto. 4) Nas expressões à moda de, à maneira de mesmo quando essas estiverem implícitas. Ex.: Farei para o jantar uma bacalhoada (à moda de Portu- gal) à portuguesa. Crase da Preposição a com os Pronomes Demonstrativos Preposição a + pronomes = à, àquilo, àquele(s), àquela (s) Ex.: Assistimos àquela peça teatral. A crase da preposição a com o pronome demonstrativo a ocorrerá sempre antes do pronome relativo que (à que) ou da preposição de (à de). Ex.: Esta não é a pessoa à que me referia. Gramática – A 6 EXTENSIVO CASOS EM QUE NUNCA OCORRE A CRASE 1) Diante de palavras masculinas. Ex.: Foi para casa a pé. / Comprou fogão a gás. 2) Diante de verbos. Ex.: Almoço a partir do meio-dia. 3) Diante de nome de cidade (topônimo) que repudie o artigo. Ex.: Turistas vão frequentemente a Tiradentes. 4) Em expressões formadas por palavras repetidas (uma a uma, frente a frente, etc.) Ex.: Cara a cara. / Frente a frente. 5) Quando o a estiver no singular diante de uma palavra no plural. Ex.: Como posso resistir a pessoas tão encantadoras? 6) Diante do artigo indefinido uma. Ex.: Esta situação me levou a umaconclusão. 7) Diante de Nossa Senhora e de nomes de santos. Ex.: Entregarei a Nossa Senhora da Conceição minha oferenda. 8) Diante da palavra terra, quando esta significar terra fir- me, tomada em oposição a mar ou ar. Ex.: Os pilotos já voltaram a terra. 9) Diante da palavra casa (no sentido de lar, moradia) quando esta não estiver determinada por adjunto adnominal. Ex.: Não voltarei a casa esta semana. • Caso a palavra casa venha determinada por adjunto adnominal, ocorrerá a crase. Ex.: Não voltarei à casa de meus pais esta semana. 10) Diante de pronomes (relativos, indefinidos, pessoais, tratamento e demonstrativos) que não admitem artigo: Ex.: Dei a ela oportunidade de se redimir. / Solicito a V.Sª a confirmação do pedido. / Convidei a várias pessoas para a reunião. 11) Diante de numerais cardinais quando estes se referem a substantivos não determinados pelo artigo. Ex.: Daqui a duas semanas retornarei ao trabalho. EMPREGO FACULTATIVO DA CRASE 1) Diante de pronomes possessivos femininos. Ex.: Vou a sua casa. / Vou à sua casa. 2) Diante de nomes próprios femininos. Ex.: Não me referia a Eliana. / Não me referia à Eliana. 3) Depois da preposição até. Ex.: Foi até a sala do diretor. / Foi até à sala do diretor. FATOR X No caso de nomes de cidades, alguns aceitam artigo, ou- tros não. Para saber ao certo use o verbo VOLTAR. Se houver contração de preposição e artigo, existirá crase. Ex.: Voltei da Espanha. / Fui à Espanha. Voltei de Brasília. / Fui a Brasília. Voltei de Curitiba. / Fui a Curitiba Caso o nome da cidade esteja determinado, a crase será obrigatória. Ex.: Fui à Curitiba das araucárias. Atividades 11. Assinale a alternativa onde não é necessário o sinal indicati- vo da crase: a) As doze horas, começa a reunião. b) Conversei contigo a porta da confeitaria. c) As mulheres têm mais tendência a resmungar do que os homens. d) O galã ofereceu uma rosa aquela fã. e) Preferimos isso aquilo. 12. Marque a alternativa em que o acento indicativo da crase é proibido: a) Juca voltou a terra natal de sua infância. b) Fui a Roma dos Césares e dos mártires. c) Não voltei a casa senão as nove horas. d) Referiu-se a Helena de Tróia e Helena, sua esposa. e) Como chovesse muito, os marinheiros não foram a terra. 13. (UEPG-PR) Descendo ______ terra, _______ noite, o mari- nheiro viu um homem que vinha ______ pé. a) A, à, a. b) À, à,à. c) A, a, a. d) À, à, a. e) N.d.a. 7EXTENSIVO 4 • Verbo 14. (UEM-PR) Fomos ______ Roma e _______ bela Paris; nos- so amigo viera ________ Londres e dirigiu-se __________ Alemanha. a) A, a, de, à. b) À, a, de, à. c) A, à, de, a. d) A, à, de, à. e) A, à, de, a. 15. (UNISINOS-Santos-SP) ________ pouco tempo, foi facul- tado ______ ciência descobrir ______ circunstâncias do surgimento da vida sobre ______ terra. a) Há, à, as, a. b) A, à, as, a. c) A, a, à, a. d) A, à, de, à. e) Há, à, de, a. 16. ______ oito horas da noite, ele chegou ______ escola, po- rém, não _____ tempo de assistir _____ cerimônia. a) As, à, a, a. b) À, à, a, a. c) As, a, à, à. d) Às, a, à, à. e) Às, à, a, à. 17. (CESCEM-SP) Entreguei a carta ______ homem _____ que você se referiu _____ tempos. a) Aquela, a, à. b) Àquele, à, há. c) Aquele, a, a. d) Àquele, à, à. e) Àquele, a, há. 18. (PUC-PR) Observe as locuções sublinhadas: 1. Se ela soubesse escrever a máquina. 2. O cavaleiro seguia a meia marcha. 3. Costumava vestir-se à moderna. a) Estão corretas somente as duas primeiras. b) Estão corretas somente as duas últimas. c) Estão corretas somente a primeira e a última. d) Nenhuma está correta. e) Todas estão corretas. 19. (ITA-SP) Examinando as sentenças: Refiro-me àquilo que discutimos ontem. Chegamos à Argentina de madrugada. Ele era sensível a dor. Dedico as minhas poesias à Rita do Dr. Amaral. Verifica-se que: a) Apenas uma está correta. b) Apenas duas estão corretas. c) Três estão corretas. d) Todas estão corretas. e) N.d.a. 20. (UFPR) É preciso completar com “à”? O deputado arenista usou má tática, idêntica ______ que a oposição utilizara. A máquina de votar reduz ______ metade o número de se- ções eleitorais. Outros ataques se dirigem ______ técnica utilizada no filme. O filme passa abruptamente de cenas na alta sociedade pa- risiense, _____ execução de prisioneiros. a) Sim, não, sim, não. b) Não, não, não, não. c) Sim, sim, sim, sim. d) Não, sim, não, sim. e) Não, sim,sim, não. VERBO 4 VERBO É a palavra que se flexiona em número, pessoa, modo e tempo; tendo por função semântica a expressão de uma ação, um estado ou um fenômeno. Exemplo: - Lauro escreve muito bem. (ação) - Rostefilho é magro e alto. (estado) Gramática – A 8 EXTENSIVO - Chove muito em Curitiba. (fenômeno) - Há uma pedra no meio do caminho. (existência) CONJUGAÇÕES Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conju- gações, de conformidade com a terminação do infinitivo: Infinitivo em AR - verbos de primeira conjugação (cantar, amar, procurar, etc.) Infinitivo em ER - verbos de segunda conjugação (correr, bater, ceder, etc.) Infinitivo em IR - verbos de terceira conjugação (ir, possuir, agir, etc.) O verbo irregular pôr e seus derivados (antepor, compor, contrapor, opor, pospor, etc.) pertencem a segunda con- jugação, pois são derivados da forma poer. SEMPRE ALERTA! FLEXÕES DO VERBO O verbo apresenta variações de número, pessoa, modo, tempo e voz. NÚMERO E PESSOA O verbo admite dois números: singular (quando se refere a uma só pessoa ou coisa) e plural (quando se refere a mais de uma pessoa ou coisa). Primeira Pessoa Eu (singular) e Nós (plural): 1ª pessoa do singular: eu falo. 1ª pessoa do plural: nós falamos. Segunda Pessoa Tu (singular) e Vós (plural): 2ª pessoa do singular: tu falas. 2ª pessoa do plural: vós falais. Terceira Pessoa Ele, Ela (singular) e Eles, Elas (plural): 3ª pessoa do singular: ele fala. 3ª pessoa do plural: eles falam. MODOS Os modos podem indicar um fato certo, uma possibilidade ou uma ordem ou conselho: Indicativo Apresenta o fato real, certo, determinado e positivo. Ex.: As ligações químicas tornam os átomos estáveis. Subjuntivo Apresenta uma situação hipotética, uma possibilidade, uma dúvida, um desejo. Ex.: Se o ser humano tivesse asas, poderia voar. Imperativo Apresenta uma ordem, um conselho ou uma súplica. Ex.: Feche a porta. Estude meu filho. Volta meu amor. FORMAS NOMINAIS DO VERBO Infinitivo Expressa a ideia de ação e seu valor aproxima-se do subs- tantivo. Ex.: “Navegar é preciso; Viver não é preciso” (Fernando Pessoa) Observação: os verbos navegar e viver ocupam a função de um sujeito gramatical e por isso equivalem a um substan- tivo. O infinitivo pode ser : Pessoal (quando possui sujeito): é preciso vencermos esta prova (sujeito: nós) Impessoal (quando não possui sujeito): amar é viver inten- samente. (não há sujeito) Gerúndio Expressa uma ação em desenvolvimento e exerce funções próprias do advérbio e do adjetivo. Ex.: Maneco estava dormindo. (função de adjetivo) Trabalhando, encontra-se uma solução. (função de ad- vérbio) Particípio Desempenha as funções próprias de um adjetivo, flexio- nando-se, por vezes, em número e em gênero. Ex.: Preparado para o vestibular, o candidato entra na sala confiante. Preparados para o vestibular, os candidato entram na sala confiantes. Utilização do Particípio Com os verbos auxiliares “ter” e “haver”, formadores auxi- liares dos tempos chamados compostos, da voz ativa, o parti- cípio é invariável, devendo permanecer na forma do masculino singular. 9EXTENSIVO 4 • Verbo Ex.: Havíamos pensado em outra soluçãopara aquele problema comum. Elas tinham pensado sobre o assunto, mas acabaram sem opção. Com os verbos auxiliares “ser” e “estar”, que formam os tempos da voz passiva, o particípio é variável, e deve concor- dar com o sujeito da oração. Ex.: Já foram tomadas as providências necessárias para as eleições. Todas nós estávamos cercadas pelo fogo. Uso do particípio com verbos abundantes. Futuro do presente composto: terei (ou haverei) estudado. Futuro do pretérito simples: estudaria. Futuro do pretérito composto: teria (ou haveria) estudado. SUBJUNTIVO Presente: estude. Pretérito Imperfeito: estudasse. Pretérito Perfeito composto: tenha (ou haja) estudado. Pretérito mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado. Futuro simples: estudar Futuro composto: tiver (ou houver) estudado. Os verbos podem ser classificados em: 1. REGULARES 2. IRREGULARES 3. DEFECTIVOS 4. ANÔMALOS 5. ABUNDANTES Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito do Indicativo Pretérito Mais-que-Perfeito eu - sou eu fui eu era Eu fora tu - és tu foste tu eras tu foras ele - é ele foi ele era ele fora nós - somos nós fomos nós éramos nós fôramos vós - sois vós fostes vós éreis vós fôreis eles – são eles foram eles eram eles foram Futuro do Presente Futuro do Pretérito Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo eu serei eu seria Eu seja Eu fosse tu serás tu serias tu sejas tu fosses ele será ele seria ele seja ele fosse nós seremos nós seríamos nós sejamos nós fôssemos vós sereis vós seríeis vós sejais vós fôsseis eles serão eles seriam eles sejam eles fossem SER Futuro do Subjuntivo Imperativo Afirmativo Infinitivo Pessoal Gerúndio eu for eu ser sendo tu fores sê tu tu seres Particípio ele for seja ele ele ser sido nós formos sejamos nós nós sermos vós fordes sede vós vós serdes eles forem sejam eles eles serem Gramática – A 10 EXTENSIVO Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito do Indicativo Pretérito Mais-que-Perfeito eu hei eu houve eu havia eu houvera tu hás tu houveste tu havias tu houveras ele há ele houve ele havia ele houvera nós havemos nós houvemos nós havíamos nós houvéramos vós haveis vós houvestes vós havíeis vós houvéreis eles hão eles houveram eles haviam eles houveram Futuro do Presente Futuro do Pretérito Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo eu haverei eu haveria eu haja eu houvesse tu haverás tu haverias tu hajas tu houvesses ele haverá ele haveria ele haja ele houvesse nós haveremos nós haveríamos nós hajamos nós houvéssemos vós havereis vós haveríeis vós hajais vós houvésseis eles haverão eles haveriam eles hajam eles houvessem Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito do Indicativo Pretérito Mais-que-Perfeito eu caibo eu coube eu cabia eu coubera tu cabes tu coubeste tu cabias tu couberas ele cabe ele coube ele cabia ele coubera nós cabemos nós coubemos nós cabíamos nós coubéramos vós cabeis vós coubestes vós cabíeis vós coubéreis eles cabem eles couberam eles cabiam eles ouberam Futuro do Subjuntivo Imperativo Afirmativo Infinitivo Pessoal Gerúndio eu houver eu haver havendo tu houveres há tu tu haveres Particípio ele houver haja ele ele haver havido nós houvermos hajamos nós nós havermos vós houverdes havei vós vós haverdes eles houverem hajam eles eles haverem Futuro do Presente Futuro do Pretérito Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo eu caberei eu caberia eu caiba eu coubesse tu caberás tu caberias tu caibas tu coubesses ele caberá ele caberia ele caiba ele coubesse nós caberemos nós caberíamos nós caibamos nós coubéssemos vós cabereis vós caberíeis vós caibais vós coubésseis eles caberão eles caberiam eles caibam eles coubessem 11EXTENSIVO 4 • Verbo Futuro do Subjuntivo Imperativo Afirmativo Infinitivo Pessoal Gerúndio eu couber eu caber cabendo tu couberes / tu tu caberes Particípio ele couber / ele ele caber cabido nós coubermos / nós nós cabermos vós couberdes / vós vós caberdes eles couberem / eles eles caberem Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito do Indicativo Pretérito Mais-que-Perfeito eu creio eu cri eu cria eu crera tu crês tu creste tu crias tu creras ele crê ele creu ele cria ele crera nós cremos nós cremos nós críamos nós crêramos vós credes vós crestes vós críeis vós crêreis eles crêem eles creram eles criam eles creram Futuro do Presente Futuro do Pretérito Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo eu crerei eu creria eu creia eu cresse tu crerás tu crerias tu creias tu cresses ele crerá ele creria ele creia ele cresse nós creremos nós creríamos nós creiamos nós crêssemos vós crereis vós creríeis vós creiais vós crêsseis eles crerão eles creriam eles creiam eles cressem Futuro do Subjuntivo Imperativo Afirmativo Infinitivo Pessoal Gerúndio eu crer eu crer crendo tu creres crê tu tu creres Particípio ele crer creia ele ele crer crido nós crermos creiamos nós nós crermos vós crerdes crede vós vós crerdes eles crerem creiam eles eles crerem CRER Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito do Indicativo Pretérito Mais-que-Perfeito eu / eu fali eu falia eu falira tu / tu faliste tu falias tu faliras ele / ele faliu ele falia ele falira nós falimos nós falimos nós falíamos nós falíramos vós falis vós falistes vós falíeis vós falíreis eles / eles faliram eles faliam eles faliram FALIR Gramática – A 12 EXTENSIVO Futuro do Presente Futuro do Pretérito Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo eu falirei eu faliria eu / eu falisse tu falirás tu falirias tu / tu falisses ele falirá ele faliria ele / ele falisse nós faliremos nós faliríamos nós / nós falíssemos vós falireis vós faliríeis vós / vós falísseis eles falirão eles faliriam eles / eles falissem Futuro do Subjuntivo Imperativo Afirmativo Infinitivo Pessoal Gerúndio eu falir eu falir falindo tu falires / tu tu falires Particípio ele falir / ele ele falir falido nós falirmos / nós nós falirmos vós falirdes fali vós vós falirdes eles falirem / eles eles falirem PRECAVER Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito do Indicativo Pretérito Mais-que-Perfeito eu / eu precavi eu precavia eu precavera tu / tu precaveste tu precavias tu precaveras ele / ele precaveu ele precavia ele precavera nós precavemos nós precavemos nós precavíamos nós precavêramos vós precaveis vós precavestes vós precavíeis vós precavêreis eles / eles precaveram eles precaviam eles precaveram Futuro do Presente Futuro do Pretérito Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo eu precaverei eu precaveria eu / eu precavesse tu precaverás tu precaverias tu / tu precavesses ele precaverá ele precaveria ele / ele precavesse nós precaveremos nós precaveríamos nós / nós precavêssemos vós precavereis vós precaveríeis vós / vós precavêsseis eles precaverão eles precaveriam eles / eles precavessem Futuro do Subjuntivo Imperativo Afirmativo Infinitivo Pessoal Gerúndio eu precaver eu precaver precavendo tu precaveres / tu tu precaveres Particípio ele precaver / ele ele precaver precavido nós precavermos / nós nós precavermos vós precaverdes precavei vós vós precaverdes eles precaverem / eles eles precaverem 13EXTENSIVO 4 • Verbo POR Presente do Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito do Indicativo Pretérito Mais-que-Perfeito eu ponho eu pus eu punha eu pusera tu pões tu puseste tu punhas tu puseras ele põe ele pôs ele punha ele pusera nós pomos nós pusemos nós púnhamos nós puséramos vós pondes vós pusestes vós púnheis vós puséreis eles põem eles puseram eles punham eles puseram Futuro do Presente Futuro do Pretérito Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo eu porei eu poriaeu ponha eu pusesse tu porás tu porias tu ponhas tu pusesses ele porá ele poria ele ponha ele pusesse nós poremos nós poríamos nós ponhamos nós puséssemos vós poreis vós poríeis vós ponhais vós pusésseis eles porão eles poriam eles ponham eles pusessem Futuro do Subjuntivo Imperativo Afirmativo Infinitivo Pessoal Gerúndio eu puser eu pôr pondo tu puseres põe tu tu pores Particípio ele puser ponha ele ele pôr posto nós pusermos ponhamos nós nós pormos vós puserdes ponde vós vós pordes eles puserem ponham eles eles porem IMPERATIVO Presente: estuda (tu). Imperativo afirmativo Para se formar o imperativo afirmativo, utiliza-se do presente do indicativo da 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o S final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Imperativo negativo Para se formar o imperativo negativo basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo. Presente Indicativo Imperativo Afirmativo Presente Subjuntivo Imperativo Negativo cant o - cant e - cant as (- s) > cant a cant es > não cant es cant a cant e < cant e > não cant e cant amos cant emos < cant emos > não cant emos cant ais (-s) > cant ai cant eis > não cant eis cant am cant em < cant em > não cant em PORPOR Gramática – A 14 EXTENSIVO GERÚNDIO Para formar o gerúndio, acrescentamos diretamente ao tema do infinitivo a desinência - NDO: Infinitivo impessoal Gerúndio cantar ........ – R = CANTANDO vender........ – R = VENDENDO partir ......... – R = PARTINDO PARTICÍPIO Para formar o particípio, acrescentamos diretamente ao tema do infinitivo as desinências -ADO para os verbos de 1ª conjugação e -IDO para os verbos de 2ª e 3ª conjugação: Infinitivo impessoal Particípio cantar (- R) = CANTA canta DO vender (-R) = VENDE vendi DO possuir (-R) = POSSUI possuí DO Há também as desinências -TO e -SO para a formação do particípio: SATISFAZER SATISFEITO VER VISTO PÔR POSTO FAZER FEITO INCLUIR INCLUÍDO ou INCLUSO FORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS VOZ ATIVA Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos auxiliares TER ou HAVER acompanhados do particípio do verbo principal. Ex.: Pedro tem estudado todas as noites. Pedro havia estudado aquela noite. VOZ PASSIVA Os tempos compostos da voz passiva são formados com o uso simultâneo dos verbos auxiliares TER (ou HAVER) e SER seguidos do particípio do verbo principal. Ex.: A matéria da prova havia sido estudada por Pedro. VOZ ATIVA E VOZ PASSIVA Pode-se dizer que da passagem da voz ativa para a passi- va, o sujeito de uma transforma-se no objeto da outra. Ex.: A correnteza arrastou o barco. (Voz Ativa) O barco foi arrastado pela correnteza. (Voz Passiva) Portanto, o que era sujeito ativo transformou-se em agen- te da passiva; o verbo que era simples passou a composto; o complemento do verbo transformou-se em sujeito paciente e surgiu, na voz passiva, uma preposição por. Joel fez uma boa prova. (Voz Ativa) Uma boa prova foi feita por Joel. (Voz Passiva Analítica) Joel (sujeito ativo); Uma boa prova. (sujeito paciente) fez (verbo ativo); foi feita. (verbo passivo) uma boa prova (objeto direto); por Joel. (agente da pas- siva) Verbos intransitivos – ou seja, aqueles que não possuem objeto direto ou indireto – impossibilitam a existência da voz passiva. FIQUE ESPERTO! VOZ PASSIVA SINTÉTICA OU PRONOMINAL É formada pelo verbo principal na 3a. pessoa, seguido do pronome se (pronome apassivador). Ex.: Analisaram-se todos os problemas. (Voz Passiva Sin- tética) Todos os problemas foram analisados. (Voz Passiva Analítica) VOZ REFLEXIVA Na voz reflexiva, o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. Pronomes Reflexivos: Eu - ME Tu - TE Ele(a) - SE Nós - NOS Vós - VOS Eles (as) - SE Ex.: Carlos penteou-se. Guto e Carlos feriram-se mutuamente. 15EXTENSIVO 4 • Verbo Atividades 21. (FUVEST) “Era um ser encardido, cujos molambos em forma de saia não bastavam para defini-la como mulher”. Fernando Sabino A classe gramatical da palavra grifada é: a) Verbo. b) Pronome. c) Substantivo. d) Conjunção. e) Preposição. 22. (PUC-PR) Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços em branco: 1. ________ de conta que tua vida começa agora. 2. ________ mais importância aos teus projetos . 3. Não ________ ouvidos aos teus parentes. 4. ________ teu livro na estante. a) Faze – dê – dês – ponha. b) Faze – dê – dê – põe. c) Faze – dá – dês – põe. d) Faça – dê – dá – põe. e) Faça – dá – dê – ponha. 23. (EA-PR) Assinale a única alternativa que completa correta- mente, segundo os critérios gramaticais, as lacunas: I. Eu ____________ (polir – presente do indicativo). II. Nós ___________ (haver – pretérito mais-que-perfeito). III. __________ você (pôr – imperativo afirmativo). IV. _________ tu (pôr – imperativo afirmativo). V. Não ________ tu (pôr – imperativo negativo). VI. Eu ________ (pular – presente do indicativo). VII. Eu ________ (ver – futuro do subjuntivo). IX. Eu ________ (vir – futuro do subjuntivo). X. Nós ________ (querer – futuro do pretérito). XI. Nós _______ (ouvir – pretérito mais-que-perfeito). a) Pulo; havíamos; pões; põem; pólo; ver; vir; queríamos; ouvíamos. b) Puleos; havia; põem; ponhas; põe; pulu; vier; vir; quiséra- mos; ouvera. c) –X–; houveram; põe; ponha; ponhas; pulo; vir; vier; querí- amos; ouviríamos. d) Pulo; havíamos; pões; põem; pólo; ver; vir; quereríamos; ouvíamos. e) –X–; houvéramos; ponha; põe; ponhas; pulo; vir; vier; quereríamos; ouvíramos. 24. (UFPR) Onde há ocorrência de infinitivo flexionado? a) Penso estares louco. b) Não quero que partas. c) Sede tolerantes! d) Se formos, não voltaremos. e) Navegar é preciso. 25. (UFPR) Quais os conjuntos de frases cujas lacunas podem ser preenchidas por vier, vir e vimos, respectivamente? a) I. Quando __________ a Curitiba, traga sua mãe. II. Se _________ Pedro, avise-o da minha chegada. III. Ontem vós __________ um peixe enorme no lago. b) I. Se tu _________ com mentiras, verás o que é bom! II. Entregue-lhe isto, se o ____ __________ amanhã. III. Nós sempre ____________ aqui pelo mesmo caminho. c) I. Se __________ à escola amanhã, terá uma surpresa. II. Peça-lhe para __________ aqui quando puder. III. Pela presente circular ____ _________ pedir seu auxílio aos flagelados. d) I. Tudo estará pronto para quando _________ o Papa. II. No caso de você ________ algo estranho, chame-nos. III. Perguntarão se _________ embora de medo. e) I. Enquanto não ___________ o aumento, nada pagarei. II. Se você e Pedro os_________ nada comentem com eles. III. Ontem nós __________ de Curitiba a Antoni- na em uma hora. 26. (ITA-SP) Assinalar a alternativa correta: Examinar as cinco sentenças abaixo (numeradas de 1 a 5): 1. Eu me precavejo de tudo que me possa molestar. 2. Eu me precavenho de tudo que me possa molestar. 3. Só pulo móveis que não estejam muito estragados. 4. Se continuar a vender fiado, falo como meu irmão faliu. 5. Aquele que remedia males merece louvor. a) As sentenças anteriores são todas corretas. b) Das sentenças anteriores, apenas três são corretas. c) Das sentenças anteriores, apenas duas estão corretas. d) Das sentenças anteriores, apenas uma é correta. e) Todas as alternativas anteriores são incorretas. 27. Assinale a alternativa que indica formas verbais corretas. Não se esqueça de observar a correlação de tempo e de pessoa verbal: Gramática – A 16 EXTENSIVO I. Se ele se deter na exposição de motivos, abstenha-se de tomar parte nessa reunião. II. O motorista não se precaveu; agora não pode queixar-se. III. Caso não reouvesse seu dinheiro, não teria como se sus- tentar. IV. O técnico interviu junto aos jogadores, para que semanti- vessem calmos. V. Mário sempre proveu a família com os bens que provie- ram de seu trabalho constante. a) São corretas I, II e IV. b) São corretas II, IV e V. c) São corretas III, IV e V. d) São corretas I, II e III. e) São corretas II, III e V. 28. (PUC-PR) Observe: Atender, eu atendo. Precaver, eu Reaver, eu Polir, eu Abolir, eu Requerer, eu Quantos períodos não podem ser completados de maneira análoga? a) Quatro. b) Três. c) Dois. d) Todos. e) Um. 29. (ITA-SP) Assinale a alternativa em que as formas verbais completam corretamente as lacunas das frases abaixo, pela ordem: – Se ________ a Pátria em perigo, defendê-la-emos. – Após alguns anos de fartura, __ ________ alguns anos de fome. – Meus pais nunca ________ aos meus ideais. – Se você _________, talvez você ________ seus bens. a) Virmos, têm sobrevindo, se contrapuseram, requeresse, reouvesse. b) Vermos, sobrevieram, se contraporam, requeresse, reave- ria. c) Virmos, sobreviram, contrapõem-se, requisesse, reaveria. d) Vermos, hão de sobrevir, contrapuseram-se, requeresse, reavesse. e) Virmos, têm sobrevido, se contrapõem, requisesse, reou- vesse. 30. (PUC-SP) Leia o texto abaixo e assinale a alternativa correta: Sonolento leitor, o jogo do Brasil já aconteceu. Como es- tou escrevendo ontem, não faço idéia do que ocorreu. Porém, tentei adivinhar a atuação dos jogadores. Cabe ao leitor avaliar minha avaliação e dar-me a nota final. (TORERO, José Roberto. Folha de S. Paulo, 13/06/2002, A-1) Com o uso do advérbio em “Como estou escrevendo on- tem...”, o autor: a) Marcou que a leitura do texto acontece simultaneamente ao processo de produção do texto. b) Adequou esse elemento à forma verbal composta de auxiliar + gerúndio, para guiar a interpretação do lei- tor. c) Não observou a regra gramatical que impede o uso do verbo no presente com aspecto durativo juntamente com um marcador de passado. d) Sinalizou explicitamente que a produção e a leitura do tex- to acontecem em momentos distintos. e) Lançou mão de um recurso que, embora gramaticalmente incorreto, coloca o leitor e o produtor do texto em dois momentos distintos: passado e presente, respectivamen- te. 31. (UFOP-MG) Há um verbo que tem o particípio mal usado: a) Todos tinham trago flores e frutas. b) Tínhamos aceitado todas as condições. c) Haviam pagado somas fabulosas. d) Foram expulsos os intrusos. e) Foi gasta tinta escura. 32. (FEI-SP) Assinalar a alternativa que completa corretamente as lacunas das seguintes orações: I. Nós __________ a Brasília e _________ a Praça dos Três Poderes. II. O professor _________ a prova a pedido do aluno. III. _________ eles os objetos que haviam perdido? a) Vimos – viemos – reveu – reouveram. b) Revimos – vimos – reviu – reaveram. c) Viemos – vemos – reveu – reouveram. d) Vimos – viemos – reviu – reaveram. e) Viemos – vimos – reviu – reouveram. 33. (FCC-SEGAS 2013) Suas andanças lhe renderam um livro, que reúne 200 fotografias, publicado recentemente. A frase em que os verbos, também grifados, se apresentam, na mesma ordem, nos tempos e modos em que se encon- tram os grifados acima, é: a) O derretimento de geleiras na região ártica forma exten- sas línguas de água que tornam a congelar nas estações mais frias. b) Alguns cientistas se enganaram em seus cálculos porque fizeram previsões com base em dados pouco confiáveis. 17EXTENSIVO 4 • Verbo c) Embora grande parte da extensão das geleiras diminua, em várias regiões do mundo, poucas realmente desapare- ceram. d) Nas fotos dos últimos anos, a extensão das geleiras dimi- nuiu bastante em algumas regiões, mas o gelo volta nas estações frias. e) Dados de relatórios recentes mostram alteração nos pa- drões da temperatura da região polar, fenômeno que re- sultou no derretimento. 34. (FCC-SEGAS 2013) Antes de Edison, diziam os utópicos... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: a) ...a tecnologia acabaria com a música... b) ...a tecnologia não aprisionou a música... c) ...nossos ouvidos registram música em quase todos os momentos... d) ...gente que avalia o que a gravação... e) ...como se dava no passado. 35. (FCC-TRT 9 2013) Sem dúvida, os britânicos se viam como lutadores pela causa da liberdade contra a tirania... O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está em: a) Todos os homens comuns ficavam excitados pela visão... b) O mito napoleônico baseia-se menos nos méritos de Na- poleão... c) ...exceto para os 250 mil franceses que não retornaram de suas guerras... d) Ele destruíra apenas um coisa... e) ...os próprios clichês o denunciam... 36. (FCC-2013) Quando em terreno fragoso e bem vestido, dis- tinguiam-se graças aos galhos cortados a mão de espaço a espaço. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifa- do acima está em: a) ...um auxiliar tão prestimoso e necessário quanto o fora para o indígena... b) Onde houvesse arvoredo grosso, os caminhos... c) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorien- tam, não raro... d) ...nada acrescentariam aqueles de considerável... e) ...constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais... 37. (CONSULPLAN-2013) Em todas as frases, transcritas do tex- to, as formas verbais estão flexionadas no mesmo tempo, EXCETO: a) “Era alguém difícil, coitado.” b) “… não possuem diagnóstico.” c) “… que afetam parte da população.” d) “Tem uma música bonita do Skank...” e) “Já que ficam loucos a torto e a direito,...” 38. (FCC-TRT 1 2013) Assim pensava o maior arquiteto e mais invocado sonhador do Brasil. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está em: a) Houve um sonho monumental... b) ...descolara-se dela, na companhia de seu líder, em 1990. c) ...com que a vida seja mais justa. d) ...Niemeyer tinha “as montanhas do Rio dentro dos olhos”... e) ...este continua desprotegido, entregue à sorte que o des- tino... 39. (CESGRANRIO-Prominp 2012) Em que sentença todos os verbos estão flexionados de acordo com o que estabelece a norma-padrão? a) Você prefere que eu faço o relatório mais tarde? b) O supervisor requereu os documentos que faltavam. c) É preciso que todos concluiam as tarefas no tempo devi- do. d) Se alguém propor mais de uma tarefa, pense antes de aceitar. e) O profissional sensato medea os conflitos com equilíbrio. 40. (FCC-2013) O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo de evoluíam está na frase: a) Caçamos mamutes e outras espécies até a extinção. b) ...sempre foram perfeitamente naturais. c) ...glândulas sudoríparas que substituíram os pelos. d) ...cujas mãos tinham esse formato mais adequado... e) ...certamente representam a possibilidade de sofrimento para milhares de seres humanos. 41. (FCC-2011) Para que nos faça feliz... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em: a) ...como a morte de alguém que amamos... b) ... por que nos darmos o trabalho... c) Se o livro que estamos lendo... d) ...livros que nos atinjam... e) Seríamos felizes da mesma forma... 42. (CESGRANRIO-2012) Os verbos irregulares oferecem uma dificuldade a mais em relação a sua conjugação, uma vez que não seguem o modelo mais comum dos verbos regula- res. Gramática – A 18 EXTENSIVO Que forma verbal destacada abaixo está conjugada de acor- do com a norma-padrão da língua portuguesa? a) Se essas crianças podessem, certamente não estariam nas ruas. b) O que a sociedade deseja é que cada criança esteje em sua família. c) É preciso que não meçamos esforços para tirar as crian- ças das ruas. d) Se eu ver uma criança maltrapilha chorando na rua, não mais a ignorarei. e) Seria importante que o Congresso proposse uma lei de proteção aos menores de rua. 43. (FCC-2013)O lugar funcionava como uma espécie de posto avançado do exército romano... O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifa- do acima está em: a) As raízes da área, porém, remontam ao período dos roma- nos. b) A influência germânica na cidade era tão forte... c) ...o que contribuiu fortemente para a formação do dialeto alsaciano... d) Entre si, os alsacianos adotam um dialeto de origem ale- mã. e) ...que os Teutões da Germânia invadissem a Gália (Fran- ça). 44. (TRT 4) Estão corretamente flexionadas as formas verbais da frase: a) Mesmo quem não tenha querido ou podido acompanhar a última Copa do Mundo certamente não ficou indiferente às irritações que ela suscitou entre nós. b) Quem não se dispor a torcer numa Copa terá dificuldade em se isolar num canto aonde não cheguem as ressonân- cias da competição. c) Se os policiais não detessem os torcedores mais exage- rados, certamente não se veriam tantas famílias nos está- dios alemães. d) Os torcedores brasileiros ainda retêem, como glória má- xima, a imagem do nosso capitão erguendo a taça da pe- núltima Copa. e) É comum que os meninos menores não se detenhem diante da televisão, quando se trata de um jogo da Copa da Mundo. 45. (FCCTCESP-2012) ...deve cuidar para que os impactos am- bientais sejam mitigados e compensados. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em: a) Quando se tem em conta... b) ...ainda que nem todo o potencial lá existente venha a ser desenvolvido. c) As questões que se contrapõem... d) ...não podemos abrir mão de nenhum dos dois objetivos. e) ...que podem ser feitos na direção de... 46. (FCC-TRE 2012) ...e ele pretendia fazer o terceiro filme se- guido lá... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: a) Houve um tempo em que eu... b) ...o sucesso crítico e financeiro de Match Point deu ori- gem a outras possibilidades. c) ...mas você gostaria de fazer alguma observação? d) ...estava ligado em comédia... e) Mas não sinto mais a mesma coisa. 47. (FCC-METRO 2012) ...faltam cinco ou dez anos para que isso aconteça... O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifa- do acima está em: a) ...e trabalhem com as próprias mãos. b) ...cirurgiões e pessoas que desejam limpar seu carpete. c) ...um robô precisa processar dados coletados... d) ...um movimento que pretende construir máquinas multifuncionais... e) ...mesmo tarefas simples requerem um grande conjunto de habilidades. 48. (FCC-TRF 5ª) Está correta a flexão de todos os verbos empre- gados na frase: a) Se ninguém intervier em nosso planejamento turístico, não haverá como levá-lo a um nível de excelência. b) Aquele que se dispor a investir num turismo bem planeja- do por certo não virá a se arrepender. c) É preciso que se detinha aquele turismo de tipo predató- rio, que tanto prejudica o meio ambiente. d) Se não expormos de modo planejado nossas riquezas na- turais e culturais, não haverá quem as venha conhecer. e) Se não convisse investir pesadamente nos empreendi- mentos turísticos, a Europa não o estaria fazendo há tanto tempo. 49. (FCC 2013) ...além de poeta, traduzia... O verbo empregado nos mesmo tempo e modo que o grifado acima está em: a) Numa homenagem aos 80 anos de Edgard Braga, escre- veu... b) Paulo Leminski foi um escritor múltiplo... c) ... Leminski é o nome mais representativo... d) Em seguida, publicaria... e) ...considerava que os grandes poetas... 19EXTENSIVO 4 • Verbo 18. (FCC-TRT 9 2013) A frase em que todos os verbos estão corretamente flexionados é: a) Quem se dispor a ler a obra seminal de Hobsbawm sobre as revoluções do final do século XVIII à primeira metade do XIX jamais protestará contra o tempo gasto e o esforço despendido. b) As reflexões sobre a Revolução Francesa de 1789 re- querem muito cuidado para que não se perca de vista a complexidade que as afirmações categóricas tendem a desconsiderar. c) Os revolucionários de 1789 talvez não prevessem, ou se- quer imaginassem, o impacto que o movimento iniciado na França teria na história de praticamente toda a huma- nidade. d) Se as pessoas não se desfazerem da imagem que cul- tivam de Napoleão, nunca deixarão de acreditar que o talento pessoal é o principal ou mesmo a único requisito para a obtenção do sucesso. e) Quando se pensa na história universal, nada parece tão disseminado no imaginário popular, sobretudo no ociden- te, do que as imagens que adviram da Revolução France- sa de 1789. 51. (FCC-TCESP 2012) ...que a expansão do consumo de energia dos brasileiros será atendida por outras fontes... Transposta para a voz ativa, a forma verbal grifada acima passará a ser: a) atenderão. b) atenderiam. c) se atendesse. d) serão atendidas. e) deverá ser atendida. 52. (FCC-TJURJ 2012) ...vê com alegria o reconhecimento que seu nome alcança e sua irradiação pelo mundo. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: a) são vistos. b) é visto. c) é vista. d) eram vistos. e) viam-se. 53. (FCC 2013) Em seguida, publicaria, em dois exemplares da revista Invenção, alguns poemas... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: a) eram publicados. b) viria a publicar. c) seria publicado. d) seriam publicados. e) havia publicado. 54. (FCC-TRE 2012) As demandas, a tensão, a pressa da existên- cia moderna perturbam esse precioso repouso. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: a) tem sido perturbado. b) são perturbadas. c) perturbam-no. d) perturbam-se. e) é perturbado. 55. (FCC-TCESP 2012) ...com que abro a minha crônica. Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal encontrada é: a) é aberta. b) foi aberta. c) havia sido aberta. d) tinha aberto. e) abriu-se. 56. (TJURJ 2012) A frase que admite transposição para a voz passiva é: a) Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes... b) O chapéu dele está aí... c) ...chegou à conclusão de que o funcionário... d) Leio a reclamação de um repórter irritado... e) ...precisava falar com um delegado... 57. (FCC-SEGAS 2013) É impossível que nossos homens políti- cos não tenham conservado um resto de idealismo... A forma verbal resultante da transposição da frase acima para a voz passiva é: a) conservassem. b) tenha sido conservado. c) fora conservado. d) tenham sido conservados. e) conservasse. 58. (FCC-TRT 17ª) Transpondo-se para a voz passiva a frase A cesta de bens inclui apenas os alimentos mínimos necessá- rios à subsistência, a forma verbal resultante será a) está incluído. b) estarão incluídos. c) são incluídos. d) terão sido incluídos. e) têm sido incluídos. Gramática – A 20 EXTENSIVO 59. (FCC-METRO 2012) A frase em que o verbo se apresenta na voz passiva é: a) ...que era encantador e apaixonado por si mesmo em igual medida. b) ...como ele costumava escrever seu nome... c) Era um ser totalmente urbano que jamais teve muito a dizer sobre os encantos da natureza. d) ...seus ancestrais eram tecelões e pedreiros... e) Quando criança, Mozart foi anunciado em Londres como “prodígio” e “gênio”. 60. (FCC-METRO 2012) ...que os antigos podem ter explorado praticamente todas as plantas selvagens aproveitáveis... A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado: a) que as plantas selvagens aproveitáveis praticamente exploraram-se todas com os antigos. b) que praticamente todas as plantas selvagens aproveitá- veis podem ter sido exploradas pelos antigos. c) que praticamente todas as plantas selvagens aproveitá- veis pôde ter sido exploradas pelos antigos. d) que podem os antigos ter tido as plantas selvagens apro- veitáveis todas praticamente exploradas. e) que os antigos puderam explorarpraticamente todas as plantas selvagens aproveitáveis. 61. (FCC-TRT 9 2013) Em outubro de 1967, quando Gilberto Gil e Caetano Veloso apresentaram as canções Domingo no par- que e Alegria, Alegria, no Festival da TV Record, logo houve quem percebesse que as duas canções eram influenciadas pela narrativa cinematográfica... Transpondo-se a primeira das frases grifadas acima para a voz passiva e a segunda para a voz ativa, as formas verbais resultantes serão, respectivamente: a) se apresentaram − influencia. b) foi apresentado − se influenciaram. c) eram apresentadas − influenciou. d) foram apresentadas − influenciava. e) são apresentadas − influenciou. 62. (FCC 2013) ...a pintura impressionista revela uma nova bele- za... Transpondo-se o segmento grifado para a voz passiva, a for- ma verbal resultante será: a) tinha revelado. b) fora revelada. c) era revelada. d) revelam-se. e) é revelada. 63. (FCC 2013) O rio marca a fronteira entre a Floresta Negra, na Alemanha, e a Alsácia, a menor região da França. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: a) marcaram-se. b) foi marcada. c) eram marcadas. d) são marcadas. e) é marcada. 64. (FCC-TRERN 2011) ...viu pedrinhas ali perto. A passagem para a voz passiva da frase acima resulta na seguinte forma verbal: a) são vistas. b) tinha visto. c) foram vistas. d) viu-se. e) é visto. 65. (FCC-TRT 21ª) Transpondo-se para a voz passiva a frase As mudanças na dieta estão causando uma mudança gradual na fisiologia do organismo, a forma verbal resultante será a) têm causado. b) foi causada. c) estão sendo causadas. d) está sendo causada. e) foram causadas. 66. (FCC-METRÔ 2012) NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção: a) Poderia intimidar qualquer biógrafo. b) não havia escrito os próprios livros. c) Ele definiu as experiências. d) Quem poderia fazer isso melhor? e) É testemunho suficiente dessa deficiência. 67. (FCC-TRT 11ª) Transpondo-se para a voz passiva a frase a) (...) alternativas diversas das que tipificam a atividade profissional, a forma verbal resultante será são tipifica- das. b) (...) a polícia tem praticado entradas forçosas em escritó- rios de advocacia, a forma verbal resultante será foram praticadas. c) (...) a polícia tem apreendido papéis, a forma verbal resul- tante será têm sido apreendidos. d) (...)A advocacia exige qualificações específicas, a forma verbal resultante será têm sido exigidas. e) (...) limitarei as anotações cabíveis aos campos da Cons- tituição e da lei vigente, a forma verbal resultante será terei limitado. 21EXTENSIVO 4 • Verbo 68. (FCC-SEGAS 2013) As crianças constituíam, desde o início, um segmento importante do público... A forma verbal resultante da transposição da frase acima para a voz passiva é: a) foi constituído. b) eram constituídas. c) constituíam-se. d) era constituído. e) seriam constituídas. 69. (FCC-INFRAERO 2011) ...como antes o rei absorvera o ho- mem. Passando-se a frase acima para a voz passiva, a forma ver- bal resultante será: a) seria absorvido. b) é absorvido. c) absorveu-se. d) fora absorvido. e) havia de absorver. 70. (FCC-TRT 12 2010) NÃO admite transposição para a voz pas- siva a seguinte construção: a) a legislação é leniente nesses casos. b) o estatuto tem encontrado entraves. c) a legislação dificulta a aplicação de punições. d) o intuito de melhor detalhar as responsabilidades. e) para implementar esses procedimentos. 71. (FCC-TRE/AP) Transpondo-se para a voz passiva a frase Ele gasta dinheiro que nem água, a forma verbal resultante será a) será gasta. b) foi gasta. c) está sendo gasto. d) será gasto. e) é gasto. 72. (FCC-TRT 1 2013) ...aquelas que um observador pode vislum- brar a partir do Museu de Arte Contemporânea de Niterói... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: a) pode ser vislumbrado. b) vislumbra-se. c) podem ser vislumbradas. d) pode-se vislumbrar. e) podem vislumbrar. 73. (FCC 2013) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de cami- nho na serra de Tunuí... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: a) foi visto. b) foram vistas. c) fora vista. d) eram vistas. e) foi vista. 74. (FCC-TRT 9 2010) A construção que NÃO admite transposi- ção para voz passiva é: a) Os que vivem na expectativa da felicidade absoluta. b) Os pensadores da antiguidade clássica deixaram-nos um tesouro. c) Sigamos as coisas próximas d) E não invejemos os que estão mais alto e) Favorecem nossa esperança. 75. (FCC-TRT 3) Via de regra, os garimpos são tocados hoje por uma gente sem horizontes... Transpondo a frase acima para a voz ativa, a forma verbal passará a ser: a) tocaria. b) tocavam. c) toca. d) tinha tocado. e) serão tocados. 76. (FCC-TRT 5) Transpondo-se para a voz passiva a frase O jor- nalista Clóvis Rossi concedeu uma entrevista à revista Cult, a forma verbal resultante será a) foi concedida. b) terá concedido. c) tinha concedido. d) tinha sido concedida. e) fora concedido. 77. (FCC-TREAL 2010) A frase que admite transposição para a voz passiva é: a) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. b) O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande diversidade de fenômenos. c) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. d) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida (...). e) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da falsa consciência. Gramática – A 22 EXTENSIVO COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 5 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO Comunicação: é o ato de transmitir com sucesso uma dada mensagem a um ou mais receptores. Expressão: é o ato de propagar uma ideia, mensagem ou simbologia, sem ter como premissa necessária a compreen- são desta mensagem por parte do eventual receptor. Logo, o texto como meio de comunicação tem por finali- dade transmitir aos seus leitores uma determinada informação — a qual poderá ser: uma notícia, uma opinião, um pensamen- to, um sentimento, etc. Interpretação de texto significa explicar, explanar ou aclarar o sentido de um conjunto de palavras, de frases escri- tas; atribuindo-lhes o correto sentido de acordo com o contex- to fático em que se encontram. Atividades 79. (EA-PR) Leia o texto seguinte com atenção: “A concepção do chamado mito da vadiagem — entenden- do mito como uma ideia falsa, sem correspondente com a realidade — imposta pela oligarquia rural no período do Im- pério e na República velha, está inserida no bojo das ideias 78. (FCC-TRT 14 2011) A exploração da madeira (...) é apontada por organizações não governamentais internacionais como uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indíge- nas da região. Transpondo-se a frase acima para a voz ativa, a frase resul- tante será: a) A exploração da madeira sendo uma das maiores amea- ças ao bem-estar dos povos indígenas da região aponta organizações não governamentais internacionais. b) O bem-estar dos povos indígenas da região apontam a exploração da madeira como uma das maiores ameaças pelas organizações não governamentais internacionais. c) A exploração da madeira aponta uma das maiores amea- ças ao bem-estar dos povos indígenas da região por orga- nizações não governamentais internacionais. d) Uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indí- genas da região, pelas organizações não governamentais internacionais, apontam a exploração da madeira. e) Organizações não governamentais internacionais apon- tam a exploração da madeira como uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região. da classe dominante, e neste sentido, é parte integrante de uma ideologia que consiste precisamente na transformação das ideias da classedominante em idéias dominantes para a sociedade como um todo” (Paulo Arruda, O que é ideologia?) Assinale a alternativa que contém a ideia principal exposta no texto: a) A vadiagem é uma falsa ideia. b) O mito está na ideia de classe dominante. c) A oligarquia rural ocorreu no período histórico da Repúbli- ca Velha e do Império. d) Classe dominante é um mito, uma falsa ideia que não cor- responde à realidade. e) As ideias da classe dominante acabam por influenciar toda a sociedade. Observe o texto: Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (25 de janeiro de 1927 — 08 de dezembro de 1994). Tom nasceu na noite do dia 25 de janeiro de 1927, em uma casa situada à rua Conde de Bonfim, 634 no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro e morrreu, na manhã do dia 08 de dezem- bro de 1994, de parada cardíaca, no Mount Sinai Center Me- dical em Nova York. Filho de Jorge de Oliveira Jobim e de D. Nilza Brasileiro de Almeida Jobim, teve uma única irmã, Helena, professora e autora de vários livros, entre os quais “Antônio Carlos Jobim, Um Homem Iluminado”. Tom casou-se em primeiras núpcias com Theresa Hermanny, no dia 15 de outubro de 1949, com quem teve 2 filhos: Paulo e Elizabeth. Mais tarde, em 1978, casa-se com Ana Beatriz Lontra com quem teve outros 2 filhos: João Francisco, morto aos 18 anos em acidente no Rio de Janeiro, e Maria Luiza Helena. Tom foi iniciado musicalmente pelo maestro alemão radicado na Bahia, Hans-Joachim Koellreutter por quem nu- tria profunda admiração. Mais tarde, juntamente com João 23EXTENSIVO 5 • Comunicação e Expressão Gilberto, Tom foi um dos principais criadores de um dos mais importantes movimentos musicais do Brasil e do mundo, a Bossa Nova. As composições de Tom correram o mundo e hoje se situam entre as principais obras primas musicais do século XX. (Tom Jobim: O homem e sua história. Adbert Füstter) 80. (EA-PR) Assinale a opção mais adequada no tocante a possí- veis inferências (interpretações limite) relativas ao texto: a) Foi com a canção “Garota de Ipanema” que Jobim alcan- çou destaque mundial. b) A parceria musical mais famosa e pródiga de Tom Jobim foi com seu eterno amigo Vinícius de Morais. c) A irmã de Tom, Maria Luiza Helena, foi professora e autora de vários livros. d) Tom Jobim juntamente com o músico Hans-Joachim Ko- ellreutter delinearam o que viria a ser a bossa nova. e) Entre as principais obras primas musicais do século XX, incluem-se as composições de Tom Jobim. 81. (EA-PR) Leia atentamente o texto abaixo: Que Venham a Mim as Criancinhas Alô, amigos! Aqui está o seu Possta de volta. Para alívio dos que me amam e terror dos que me odeiam. É claro que a demora em aparecer é estratégica, para deixar vocês com mais saudades. Hoje vamos falar das criancinhas. Com toda a ingenuidade que me foi dada de presente quando nasci, pensei que já havia visto de tudo durante os anos em que tra- balhei nos chamados “Programas de Apoio” (soa bonito, não é?) aos menores abandonados da nossa querida Curitiba. Grande foi o meu espanto ao descobrir que aqui na Inglaterra os menores não são vítimas e sim uma ameaça à segurança pública. Não, não existem crianças maltrapilhas mendigando nas ruas. O problema aqui são aquelas que têm o conforto de um lar, desfrutam de todas as regalias possíveis e talvez por isso mesmo se entediam mais facilmente. Até aí, tudo bem. Nada de errado em se sentir entediado. O que assusta são os métodos usados por esses pequenos delinquentes para tornar o dia a dia mais interessante. Re- centemente, um documentário feito a partir de gravações de circuito fechado de TV chocou a opinião pública ao mostrar como estas crianças praticam verdadeiros atos de terro- rismo, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo, deixando claro um total desprezo pela vida alheia e o modo como são educados em casa. Próximo a uma estação de trens, alguns garotos, com idades entre 4 e 9 anos brincam alegremente. A brincadeira consiste em bloquear os trilhos com objetos que variam desde uma inocente latinha de cer- veja ou um galho de árvore até um carrinho de supermerca- do. Miraculosamente, nada de mais grave acontece, apesar de os trens se chocarem com os objetos a mais de 100km/h. Após ligeira investigação, os garotos são presos e imediata- mente liberados por não terem idade suficiente para serem processados. Os pais são advertidos verbalmente. Numa passagem de pedestres sobre uma rodovia, duas garotas, com idades entre 7 e 9 anos, parecem estar muito ocupadas em uma tarefa que a princípio não fica bem clara. Um sim- ples zoom na câmera e o absurdo é constatado: elas estão a quase 10 minutos transportando tijolos que mais tarde serão arremessados nos pára-brisas dos carros que passam em- baixo. Apesar de não ter sido registrado pelas câmeras, já se sabe que esse ato de vandalismo foi a causa de acidentes graves e até mortes. Novamente, após investigação, as ga- rotas são presas, liberadas e os pais recebem uma bronca. Para finalizar este show de horrores, gostaria de mencionar a história de K.P., 16 anos, que foi publicada nos jornais da semana passada e que mostra a crueldade sem limites de al- gumas dessas crianças. K.P. foi uma das inúmeras vítimas do nacionalmente popular bully (pronuncia-se como se escre- ve). Desde a escola primária ele foi alvo de piadas, apelidos maldosos, perseguições e constantes espancamentos. O motivo, simples: era tímido, gordinho, usava óculos e sendo calmo por natureza, recusava-se a fazer parte das gangues de rua. Um garoto inofensivo. Apesar de ter excelentes notas na escola, e com isso, a possibilidade de futuro promissor, decidiu acabar com o pesadelo. Uma noite foi se deitar, colo- cou a foto da mãe sobre o travesseiro e suicidou-se tomando uma dose excessiva de medicamentos com álcool. Deixou uma carta contando seus motivos e com detalhes para o fu- neral, incluindo a música que gostaria que fosse tocada. Este é o retrato de uma geração. Nos resta esperar que ne- nhum destes terroristas mirins ocupem cargos em que o bem-estar de terceiros dependa de decisões tomadas por eles. (Jurandir Possta, Diário Sulista: 30/06/03) Marque a alternativa que contenha a relação de proposições corretas com base no texto acima: I. O autor inicia seu artigo fazendo uso da linguagem fática — ou seja, ele testa o canal de comunicação ao falar com o próprio leitor do texto. II. K.P. suicidou-se, pois era vítima – desde a escola primária — de chacota, perseguição e espancamento III. A partir do texto podemos inferir que crianças podem pra- ticar atos, que de alguma forma se assemelham com atos terroristas. IV. Ao se chocarem com objetos a mais de 100 Km/h, os trens causam graves acidentes. V. Por ser tímido, gordinho, usar óculos e ser calmo por na- tureza, além de recusar-se a fazer parte das gangues de rua, K.P. decidiu se suicidar. a) Todas as afirmativas estão corretas. b) Somente as afirmativas I, IV e V estão corretas. c) As afirmativas I, II e IV estão incorretas. d) As afirmativas I e V estão incorretas. e) As afirmativas I, II e III estão corretas. O texto abaixo é referência para as questões 82 a 84. A língua do Brasil amanhã Ouvimos com frequência opiniões alarmantes a respeito do futuro da nossa língua. Às vezes se diz que ela vai simples- mente desaparecer, em benefício de outras línguas suposta- Gramática – A 24 EXTENSIVO mente expansionistas (em especial o inglês, atual candidato número um a língua universal); ou que vai se “misturar” com o espanhol, formando o “portunhol”; ou, simplesmente, que vai se corromper pelo uso da gíria e das formas populares de expressão (do tipo: o casaco que cê ia sair com ele tá rasga- do). Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a nossa língua, estou convencido, não está em perigo de desapareci-mento, muito menos de mistura. (...) O que é que poderia ameaçar a integridade, ou a existência, da nossa língua? O primeiro fator, frequentemente citado, é a influência do inglês – o mundo de empréstimos que andamos fazendo para nos expressarmos sobre certos assuntos. Não se pode negar que o fenômeno existe; o que mais se faz hoje é surfar, deletar ou tratar do marketing. Mas isso não sig- nifica o desaparecimento da língua portuguesa; empréstimos são um fato da vida, e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso, mas avalanche, alfaiate, tenor e pingue-pongue são palavras de origem estrangeira; hoje já se naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça nelas. Afinal de contas, quando se começou a jogar aquela bolinha em cima da mesa, precisou-se de um nome; podíamos dizer tênis de mesa, e al- guns tentaram, mas a palavra estrangeira venceu – só que virou portuguesa, hoje vive entre nós como uma imigrante já casada, com filhos brasileiros etc. Perdeu até o sotaque. Quero dizer que não há o menor sintoma de que os emprés- timos estrangeiros estejam causando lesões na língua portu- guesa; a maioria, aliás, desaparece em pouco tempo, e os que ficam se assimilam. O português, como toda língua, precisa crescer para dar conta das novidades sociais, tecnológicas, artísticas e culturais; para isso pode aceitar empréstimos – ravióli, ioga, chucrute, balé – e também pode (e com maior frequência) criar palavras a partir de seus próprios recursos – como computador, ecologia, poluição – ou então estender o uso de palavras antigas a novos significados – executivo ou celular, que significam coisas hoje que não significavam há vinte anos. Isso está acontecendo a todo tempo com todas as línguas, e nunca levou nenhuma delas à extinção. Eu, pesso- almente, desconfio que os falantes possuem um bom senso inato que os impede de utilizar termos estrangeiros além de um certo limite; por isso, a maioria das palavras de emprés- timo são muito efêmeras: quem se lembra hoje do que é um ban-lon, um goalkeeper ou mesmo (essa eu lamento, não pela palavra, mas pela coisa) um fox-trot? (...) Como primeira conclusão deste ensaio, direi que não estamos em perigo de ver nossa língua submergida pela maré de em- préstimos ingleses. A língua está aí, inteira: a estrutura grama- tical não mudou, a pronúncia é ainda inteiramente nossa, e o vocabulário é mais de 99% de fabricação nacional. Por enquan- to, falamos português. (PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 11-14.) 82. Assinale a ideia central, ou tese, defendida por Perini nesse texto. a) Nem os usos diversos do português nem o contato com outras línguas ameaçam a integridade do idioma. b) O português corre o risco de desaparecer devido à expan- são do inglês como língua universal. c) A moda do uso de estrangeirismos no Brasil hoje ultrapas- sa os limites do bom senso. d) No futuro, o português tende a se misturar com o espa- nhol e a formar uma nova língua, o “portunhol”. e) O uso de gírias e a forma de falar de pessoas pouco escolari- zadas podem provocar a deterioração da língua portuguesa. 83. Entre as afirmações abaixo, referentes ao estatuto dos empréstimos em uma língua viva como o português, identifique as que correspondem ao ponto de vista de Perini no texto de referência. I. Só as línguas de povos sem personalidade adotam em- préstimos em vez de fazer uso de recursos próprios para a criação de neologismos que designem inovações de to- dos os tipos. II. A grande maioria dos empréstimos permanece na língua por períodos curtos: em geral, ou o empréstimo se adapta ou desaparece. III. Os empréstimos são um recurso de que as línguas dis- põem para acompanhar as mudanças tecnológicas e so- cioculturais. IV. Geralmente o uso de empréstimos provoca mudanças na estrutura gramatical das línguas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. d) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. e) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. 84. O trecho a seguir aborda o mesmo tema discutido por Perini. “Em primeiro lugar, é importante notar que, embora pareça fácil apontar, hoje, home banking e coffee break como exem- plos claros de estrangeirismos, ninguém garante que daqui a alguns anos não estarão sumindo das bocas e mentes, como o match do futebol e o rouge da moça; assim como ninguém garante que não terão sido incorporados naturalmente à lín- gua, como o garçom e o sutiã, o esporte e o clube.” (GARCEZ, Pedro M.; ZILLES, Ana Maria. Estrangeirismos — desejos e ameaças. In: FARACO, Carlos A. (org). Estrangeirismos — guerras em torno da língua. São Paulo: Parábola, 2001. p. 20.) Garçom, sutiã, esporte e clube. Esses exemplos são usados no texto para ilustrar o mesmo fenômeno que Perini apre- senta ao comentar o surgimento no português das palavras: a) Fox-trot e poluição. b) Computador e ecologia. c) Executivo e celular. d) Alfaiate e tenor. e) Ban-lon e goal-keeper. 25EXTENSIVO 6 • Tipologia Textual TEXTO CIENTÍFICO Nesta tipologia textual, faz-se a abordagem de um tema abstrato, discutido-o de forma aberta e objetiva. Caracteriza- -se, também, pelo uso da linguagem formal, clara e objetiva; sendo igualmente relevante a utilização de terminologia de sentido unívoco no contexto das informações apresentadas. Atividades 85. (AFESP) Leia o texto abaixo: Indo mais longe que Platão, Plotino entende que a imitação dos objetos visíveis é um pretexto para a atividade artís- tica, que tem por fim intuir as essências ou ideias. Mais do que atividade produtiva, a arte é também, um meio de conhecimento da verdade. As obras de arte são transitivas. Feitas de matéria, é ima- terial o que representam; exteriores e sensíveis, possuem significado interior e inteligível. O que importa a Plotino é a arte como obra do espírito. Os produtos artísticos são sig- nos de uma outra arte, imaterial. Acima da música audível, ondulam harmonias inteligíveis, que o artista deve apren- der a ouvir. E, assim, a verdadeira arte, que não se esgota em nenhuma de suas realizações exteriores, identifica-se com o princípio espiritual que a todos vivifica e supera. Cada obra é apenas um veio provisório aberto no perene manancial da inteligência e da beleza universais, em que a mente do artista se banha, e onde vai encontrar a mu- sicalidade pura, que precede e alimenta a criação musical sensível. O acesso à beleza proporcionado pela arte, entendida como atividade espiritual, não é diferente do conhecimento intui- tivo de ser e da contemplação da realidade absoluta. (Nunes, 1989:31) Assinale a única alternativa correta quanto ao texto: a) A arte, tanto para Platão quanto para Plotino, tem o mesmo valor e as mesmas características. b) Assim como Platão, Plotino acredita que a Arte em si não se configura como um caminho de conhecimento da verdade. c) O conteúdo das obras de arte é imaterial, ainda que, as obras em si sejam feitas de matéria. d) Plotino, ao contrário de Platão, não busca a verdade; antes se preocupa, tão somente, com a arte. TEXTOS E SUAS ESTRUTURAS BÁSICAS TIPOLOGIA TEXTUAL TEXTO JORNALÍSTICO Tem como principal objetivo divulgar fatos e informações de interesse da coletividade. Primam pelo uso de linguagem clara e objetiva. TEXTO PUBLICITÁRIO O texto publicitário possui a intenção de vender ou divul- gar um produto, um conceito ou promover nome, marca ou pessoa. O traço mais marcante dos textos publicitários é a criatividade, usada por sua vez na busca do termo mais cha- mativo ou da expressão mais sonora e marcante aos “olhos” do leitor. Mais do que a correção gramatical, a publicidade utiliza-se
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