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Ação - elementos e condições

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TEORIA GERAL DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL
 
aÇÃO 
Profª. Aline Burin Cella
jurisdição
		É a função atribuída ao Estado, de eliminar o conflito estabelecido entre as partes (jurisdição contenciosa) ou os interessados (jurisdição voluntária) de uma relação jurídica, o que ocorre através do processo, preordenado segundo as regras do procedimento (que é a forma e a ordem como os atos são praticados no curso do processo). 
Processo
		É constituído por uma sequência de atos praticados perante o órgão julgador e encerra uma relação jurídica de Direito Público entre o Juiz e as partes.
Processo eclético
		Hoje, principalmente no plano do processo de conhecimento, as atividades jurisdicionais - que antes eram bem distintas e prestadas autonomamente, cada qual no seu espaço e no seu “processo”,- tendem a mesclar-se, sendo difícil apontar as características únicas e exclusivas de um tipo de processo em comparação ao outro.
	
	Exs: - cumprimento de sentença - Lei 11.232/05 (...processo de execução)
		 - antecipação de tutela processo de conhecimento (tutelas urgência e de evidência)
O PROCESSO É O INSTRUMENTO DO DIREITO MATERIAL
		É a relação jurídica que se estabelece entre autor, juízo e réu (e eventuais terceiros), com vistas ao acertamento, realização ou acautelamento do direito.
		É o meio, o método ou o instrumento para definição, realização ou acautelamento de direitos materiais.
Principal característica
		Constante existência das partes: não se concebe processo sem AUTOR (e sem RÉU).
		O processo necessita da iniciativa da parte. 
		A jurisdição não age de ofício pois é inerte.
Há uma ou duas exceções, onde a lei permite que o processo seja aberto ex officio pelo juiz, como o inventário, em dada circunstância (portanto, processo sem autor);
Sem réu é possível nos procedimentos de jurisdição voluntária, como a separação consensual, alvarás, alteração de registro de nascimento...
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REGRA:
 Relação triangularizada 
			 (Estado-juiz)
				JUIZ
			
			Autor		 Réu 
 (demandante) (demandado)
OBS: ação sem réu; demandas iniciadas de ofício pelo juiz; 	 
ação
	É o mecanismo pelo qual o indivíduo provoca a atuação da jurisdição e tem dupla faceta, sendo considerada:
tanto o poder de exigir o exercício da atividade jurisdicional; (provocar)
 como o direito público do interessado de requerer especificamente a tutela do Estado. (resposta específica)
Em sentido amplo: corresponde ao direito de demandar; Provocar atuação jurisdicional;
EM sentido mais restrito, serve para obter uma resposta jurisdicional adequada a determinado problema que corresponde ou não a um direito material. Ou seja, postula-se análise do mérito da causa. Portanto, em sentido restrito, o direito de ação sujeita-se à determinadas condições da ação. 
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Elementos identificadores da ação
	Para obter o pronunciamento do Poder Judiciário sobre determinada situação, o jurisdicionado deverá contar com elementos essenciais, que são:
Servem para verificar se as ações são idênticas.
Duas ações são idênticas quando têm os mesmos elementos.
Elementos da ação
Partes: sujeito ativo (autor); quem pede a tutela jurisdicional; e passivo (réu) em face de quem essa tutela é postulada;
Obs: o representante legal do incapaz não é parte; também não é parte do processo o representante da pessoa jurídica (preposto).
A representação ao incapaz é necessária em face da falta de capacidade processual;
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Elementos da ação - partes
	Existem situações em que teremos a presença de mais de um autor, mais de um réu – Litisconsórcios – Intervenções (...)
	
	Além do juiz e das partes, existem outros sujeitos que colaboram com o desenvolvimento da função processual.
 Capacidade ser parte – CPC 	
 	Toda pessoa natural tem, não importando a idade, estado mental, sexo, nacionalidade, estado civil, bem como as pessoas jurídicas, o nascituro, o espólio, o condomínio, etc 
	
		Portanto, toda pessoa física ou jurídica e os entes despersonalizados, na titularidade de direitos e obrigações têm capacidade para provocar a jurisdição.
FALTA-LHES CAPACIDADE PROCESSUAL, por isso deve ser representada/assistida...
Capacidade processual -CPC
		Representa a aptidão para a prática de atos processuais ou capacidade de atuação em juízo, devendo-se observar as regras do Código Civil dispostas nos artigos 3º; e 5º;
		CPC – arts 7º. ao 13;
	NCPC - Art. 70 e Art. 71
Denominação das partes
ATO OU FASE DO PROCESSO
NOMENCLATURAS
Processo de conhecimento
Autor/ réu
Requerente/requerido
Exceções
Excipiente/excepto
Reconvenção
Reconvinte/reconvindo
Intervenção de terceiros
Denunciante/denunciado
Assistente/assistido
Opoente/opostos
Nomeante/nomeado
Recurso
Recorrente/recorrido
Apelante/apelado
Agravante/Agravado
Embargante/embargado
Denominação das partes
ATO OU FASE DO PROCESSO
NOMENCLATURAS
Processo de execução
Exequente/executado
Processo cautelar
Requerente/requerido
Ações mandamentais (mandado segurança, habeas corpus, habeas data...
Impetrante/impetrado
Embargos(terceiro, execução)
Embargante/embargado
Elementos da ação
Causa de pedir: fundamentos de fato e de direito que embasam a petição inicial.
Exemplo: Acidente de trânsito. Danos materiais e morais, em caso de sequelas e ou deformidade..., demonstrando a culpa, usando art. 186 CC, art. 5º., CF,...etc
O julgamento ficará restrito ao pedido inicial.
Elementos da ação
Pedido: provimento jurisdicional postulado e o bem da vida que se almeja: 
Ex: a condenação em danos materiais e morais no valor de R$ 50.000,00
.... a declaração, a constituição...etc.
Elementos da ação são: partes, causa de pedir e pedido;
Condições da ação 
	
Possibilidade Jur. do pedido
É proibido postular em juízo algo que contrarie o ordenamento jurídico:
Ex: pretender cobrar dívida oriunda do “jogo do bicho”;
	- cobrar dívida oriunda de transação ilícita, como o tráfico de drogas...
- Cobrar serviços oriundos da prostituição; (afronta os bons costumes...)
Possibilidade Jur do pedido
Para exame dessa condição da ação, o juiz deverá avaliar a causa de pedir (ilicitude) e o pedido da petição inicial (o pedido será contaminado pela ilicitude).
É a primeira condição a ser examinada, em virtude de seu cunho genérico. Se a pretensão for ilícita, o magistrado não precisará verificar as demais e imediatamente indeferirá a petição inicial. 
 
INTERESSE DE AGIR
Interesse revela 2 aspectos:
Necessidade da ação;
Adequação da ação.
Interesse = Necessidade: jurisdição útil a quem postula;
	(Se for possível conquistar o “bem da vida” sem ação judicial, então não há interesse de agir)
Ex: ação de despejo contra quem já desocupou voluntariamente o imóvel; cobrar dívida ainda não vencida.
Interesse de agir
Adequação = escolha do meio processual pertinente, para produzir um resultado útil.
Ex:
		Quem pretende por fim ao casamento não tem interesse em mover ação de reconhecimento e dissolução de união estável e, sim ação de divórcio.
		Quem é portador de título executivo, não tem interesse em ação de conhecimento e sim em ação executória;
Interesse de agir
A escolha inadequada da via processual (ação) torna inútil o provimento e enseja a extinção do processo sem resolução do mérito.
Legitimidade “ad causam”
É a relação de pertinência subjetiva entre o conflito levado à juízo e a qualidade para litigar a respeito dele como autor ou réu.
Ex: tem legitimidade o suposto filho para investigar quem é seu pai; ou o contrário. O tio não tem legitimidade para postular a investigação de paternidade em relação ao sobrinho...
Legitimidade ad causam
Ninguém pode ir a juízo, em nome próprio, postular direito alheio.
Esta condição está muito próxima à falta do interesse de agir.
Art. 6º. CPC, salvo excepcionalmente.
A consequência é a extinção do processo por carência de ação.
Legitimidade aD causam
Legitimidade ordinária:
Quem postula
em juízo direito em nome próprio, tem legitimação ordinária (art. 6º. CPC) 
Legitimidade extraordinária: exceção do art. 6º. 
Quem, por autorização legal, postula em nome próprio, direito alheio. 
É o fenômeno da substituição processual.
Ex: Ministério Público em face da proteção de crianças e adolescentes ou idosos.
É atingido de forma reflexa pela sentença.
Legitimidade extraordinária: exceção do art. 6º
Ministério Público não ações que versem sobre interesses individuais homogêneos da lei 8078/90;
Outro exemplo é o Condomínio, que pode reivindicar a coisa de um dos condôminos em nome dos demais co-proprietários.

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