Buscar

3.4. A Digestão Intracelular

Prévia do material em texto

A DIGESTÃO INTRACELULAR 
Prof. Roberto L M Martinho, CD 
Universidade Nilton Lins 
Curso de Odontologia 
Disciplina de Bases Biológicas 
A ATIVIDADE LISOSSÔMICA 
• Na maioria das vezes, as substâncias que penetram na célula o 
fazem por mecanismos simples de difusão e osmose; 
• Às vezes a célula realiza o transporte ativo ou a difusão 
facilitada; 
• Em certos casos, ela enfrenta a dificuldade de receber 
partículas razoavelmente grandes ou macromoléculas, que por 
suas dimensões, não conseguiriam atravessar os poros da 
membrana plasmática; 
• Então, a célula lança mão do englobamento ou endocitose; 
A ATIVIDADE LISOSSÔMICA 
• À custa de pequenas expansões citoplasmáticas, chamadas 
pseudópodes, a célula “abraça” a partícula alimentar; 
• Os pseudópodes envolvem a substância retendo-a no interior 
de uma pequena vesícula, o fagossomo; 
• A partir daí, os lisossomos, minúsculas bolsas delimitadas por 
membranas lipoprotéicas e contendo grande variedade de 
enzimas hidrolisantes, começam a se aproximar e se fundem 
com o fagossomo; 
• Logo a seguir, tem início a função digestiva; 
A ATIVIDADE LISOSSÔMICA 
• A vesícula, então, muda de nome. Passa a ser um vacúolo 
digestivo, dentro do qual ocorre a digestão intracelular; 
• Quando as macromoléculas já estiverem hidrolisadas em 
moléculas menores, estas últimas atravessarão a membrana 
que envolve o vacúolo digestivo e passarão ao citoplasma; 
• Restarão no interior do vacúolo, apenas detritos ou resíduos 
imprestáveis para a célula. Nesse momento, o vacúolo recebe o 
nome de corpo residual ou vesícula de clasmocitose; 
• Ele se desloca até a periferia da célula, aproxima-se da 
membrana e lança seu conteúdo pro meio extracelular; 
A ATIVIDADE LISOSSÔMICA 
• O englobamento pode consistir em uma “sucção” de gotículas 
alimentares; 
 
• Se a substância englobada é sólida, o fenômeno é chamado 
fagocitose; 
 
• Se o englobamento é de substâncias líquidas, trata-se da 
pinocitose. 
AUTOFAGIA E AUTÓLISE 
• Ocasionalmente, uma célula pode conter no seu interior, uma 
organela que já não seja mais funcional, uma mitocôndria velha, 
por exemplo, que já não esteja mais realizando 
satisfatoriamente os trâmites da respiração; 
• Nessa circunstância, é possível que a membrana plasmática 
sofra uma invaginação, e acabe englobando, internamente, 
aquela organela inativa; 
• A organela não funcional fica retida numa vesícula que se 
comporta como um fagossomo; 
• Assim surge um vacúolo autofágico; 
AUTOFAGIA E AUTÓLISE 
• Ali dentro, a organela não funcional será digerida num 
mecanismo de autodigestão celular, denominado autofagia; 
• Há quem admita que a autofagia pode ser exercida em 
condições extremas, até sobre organelas ainda funcionais, 
quando a célula esteja em crise total de alimento, como uma 
condição de sobrevivência; 
• Por outro lado, observa-se que após a morte, as células entram 
em processo de autodestruição, o que em parte justifica a 
desintegração cadavérica; 
AUTOFAGIA E AUTÓLISE 
• O que ocorre nesses casos, é a ruptura das membranas dos 
lisossomos, derramando-se as enzimas digestivas pelo 
citoplasma; 
• Isso leva à imediata destruição do protoplasma celular. Tal 
fenômeno é denominado autólise; 
• Mas a autólise também tem importância evolutiva. Comum em 
órgãos que regridem com a idade, como o timo, por exemplo; 
• A autólise programada também acontece na metamorfose de 
certos animais; 
AUTOFAGIA E AUTÓLISE 
 
• É a autólise que explica a regressão da cauda dos girinos, 
quando eles começam a se transformar em sapos; 
 
 
• É a autólise também que explica a regressão das membranas 
interdigitais no feto antes do nascimento.

Continue navegando