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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Elizabeth Moreira da Silva Faustino¹
Simone Aparecida de Lacerda²
RESUMO:  
O artigo tem como objetivo identificar as práticas inclusivas na educação especial. Para desenvolvimento deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica e exploratória com devida exposição de pensamentos de vários autores sobre o tema. Espera-se que essa pesquisa possa ajudar a identificar as práticas no processo de inclusão de pessoas com necessidades educacionais sobre a importância de se qualificarem para saber interagir com este aluno da melhor forma possível. Mas para que aconteça a inclusão escolar é preciso reestruturar o sistema educacional para que este possa atender as necessidades individuais e coletivas dos alunos e consequentemente, propiciar meios para que esses alunos consiga alcançar progressos escolares.
  
 Palavra Chave: Educação Especial, Inclusão e Práticas.
INTRODUÇÃO
   A pesquisa em contextos educativos constitui em si mesma uma prática instigante, uma vez que permite inúmeras reflexões em torno dos aspectos pedagógicos, administrativos políticos, filosóficos em outros, que compõem uma instituição escolar, quando está atrelada á pesquisa do trabalho pedagógico voltado ao aluno com necessidades educativas especiais no ensino regular. Como o paradigma da inclusão tem sucitado transformações fundamentais na organização escolar, a teoria e a prática relacionada ao atendimento dos alunos tem levado os profissionais da educação a debater e analisar novas práticas pedagógicas. O objetivo é oferecer um atendimento educacional de qualidade e eficiente, impulsionando pela concepção inclusiva. 
   As práticas pedagógicas inclusivas trazem um novo conceito, alicerçado no princípio de que a educação deve ser acessível a todas as pessoas, independentemente das possibilidades e / ou limitações delas, atendendo, assim ás exigências de uma sociedade mais humana e solidária, que	 combate preconceitos e discriminações.
         Schon (1997) apresenta sua perspectiva do pensar reflexivo em torno de três aspectos de conhecimento na prática: reflexão da prática, reflexão na prática e reflexão sobre a prática.
  A busca pela valorização das diferenças por meio de ações em prol da construção de uma escola capaz de trabalhar com a diversidade teve seu início no Brasil na década de 1990, após a promulgação da Constituição Federal de 1988 e, mais efetivamente, depois da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBN (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996).	
Stainback e Stainback (1999, p. 44) esclarecem que:
           [...] o fim gradual das práticas educacionais excludentes do passado proporciona a todos os alunos uma oportunidade igual para terem suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação regular. O distanciamento da segregação facilita a unificação da educação regular e especial em sistema único.	Apesar dos obstáculos, a expansão do movimento da inclusão, em direção a uma reforma educacional mais ampla, é um sinal visível de que as escolas e a sociedade vão continuar caminhando rumo a práticas cada vez mais inclusivas.
FUNDAMENTAÇÃO TEÒRICA:
Nos dias atuais, a escola tem um papel fundamental para ajudar a incluir esses alunos na vida em sociedade. Mas já houve tempos, porém, que ela própria segregava e discriminava aqueles que se mostravam diferentes. Foi longo o caminho até que ingressasse no espaço escolar a concepção de educação inclusiva, com vistas a ressignificar a prática educativa pelo reconhecimento da necessidade de atender indiscriminadamente a todos os alunos.
   Hoje, o grande desafio é oferecer uma escola de qualidade para todos, que considere os alunos em sua diversidade e aproveite a riqueza que as diferenças podem trazer	 para construir um espaço não somente de aprendizagem de conteúdo curriculares, mas também de respeito e cidadania.
  As práticas pedagógicas inclusivas trazem um novo conceito, alicerçado no princípio de que a educação deve ser acessível a todas as pessoas, independentemente das possibilidades e / ou limitações delas, atendendo, assim, as exigências de uma sociedade mais humana e solidária, que combate preconceitos e discriminações (Brasil, 2006).
     De acordo com os Referenciais para construção de Sistemas Educacionais Inclusivos, do Ministério da Educação, a direção da escola tem um papel fundamental na condução da prática educacional, que deve estar alicerçada nos princípios, objetivos e metas estabelecidos no projeto político-pedagógico. a ela cabe promover a mobilização dos professores e funcionários e a constituição do grupo enquanto uma equipe que trabalha cooperativa e efetivamente(Brasil, 2004).							
     Ao exercer liderança na comunidade, trazendo as famílias e demais setores da comunidade para a escola, a direção promove o sentido de responsabilidade e cuidado com um bem comum de todos (a educação), fortalece os laços de confiança com os responsáveis pelas crianças (aluno) com necessidades especiais e faz com que a escola caminhe para cumprir os seus objetos(Brasil, 2004, p.13).
                       De acordo com Demo (1997, p. 8), “a pesquisa inclui sempre a percepção emancipatória do sujeito que busca fazer e se fazer oportunidades, a medida que começa a se reconstruir pelo questionamento sistemático da realidade, incluindo a prática como componente necessário da teoria e vice-versa, englobando a etca dos fins e valores”. 
    importante que o professor tenha consciência do que faz, por que faz e como faz, que estabeleça o confronto de como era a situação, como está sendo desenvolvida e como reconstruir para fazer coisas diferentes das que sempre faz. trata-se de um processo coletivo, pois, isoladamente, as mudanças sociais e culturais não ocorrem. todos os profissionais da educação, professores e especialistas, juntam-se no processo de desenvolvimento para refletirem em grupo.
   O processo requer participação, envolvimento e clima de aprendizagem profissional, é um ato baseado na compreensão da prática na aula e orientando para facilitar a compreensão e transformação da própria prática. A teoria é decorrente da análise da prática, portanto as categorias da historicidade, totalidade, movimento e contradição são consideradas nas proposições, com a finalidade de transformação da prática.(Martins, 2000)
  Na atualidade, as proposições para a prática pedagógica incluem como princípio da atividade docente o respeito ao carácter ético da atividade de ensino, assim como a importância dos valores que reagem a intencionalidade educativa apresentados durante o processo, como, por exemplo, a democratização da educação, o respeito a diversidade cultural e aos alunos portadores de necessidades especiais. 
  De acordo com Silva (2012, p. 94), a conferência Mundial sobre Necessidades educacionais especiais: Acesso e Qualidade, promovida pelo governo da Espanha e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, as Ciências e a Cultura (Unesco), em junho de 1994, resultou na deflagração da Declaração de Salamanca e da Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais (Brasil, 1994), a qual estabeleceu os seguintes princípios:
                         Art. 2º Acreditamos que toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter no nível adequado de aprendizagem; toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são única; sistema educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais característica e necessidades; aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades; escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidadesacolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas preveem uma educação  efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional (SILVA, 2012, p. 94-95). 
MATERIAIS E MÉTODO:
    Visando alcançar os objetivos propostos, o paper é uma pesquisa bibliográfica e exploratória com a devida exposição de pensamento de vários autores sobre o tema escolhido.
    De acordo com Gil (2002): “A pesquisa exploratória têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses”.
             Segundo Gil (2002):
Pesquisa bibliográfica é constituída de publicações periódicas, impressos diversos, mas principalmente de livros e artigos científicos. Permite ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que eu poderia pesquisar diretamente.
  Outra característica é a pesquisa qualitativa baseada na captação de informações e na busca de identificação de fatores que contribuem na identificação do papel do professor na educação inclusiva e mostrar a importância de ensinar, desde criança, a respeitar as diferenças.
        De acordo com Oliveira (2001):
A abordagem qualitativa nos leva a uma série de leituras sobre o assunto da pesquisa, para efeito de apresentação de resenhas, ou seja, descrever pormenorizada ou relatar minuciosamente o que os diferentes autores ou especialistas escrevem sobre o assunto e, a partir daí estabelecer uma série de correlações para, ao final, darmos nosso ponto de vista conclusivo.
RESULTADO E DISCURSÃO:
A discursão em torno da prática na escola inclusiva foi o tema deste trabalho. Pretendemos demonstrar que a inclusão de alunos com necessidades especiais está condicionada a mudanças no conjunto da  instâncias que idealizam, planificam e executam as políticas curriculares, adotando-se o princípio da diferenciação para o atendimento as singularidades na apropriação do conhecimento desses alunos. Seja sob a perspectiva das adaptações / flexibilização curriculares propostas nas políticas inclusivas, nas últimas décadas seja pelo viês do respeito ás diferenças de todos os alunos no contexto escolar, a essência é que os alunos apresentam ritímos e estilos próprios de aprendizagem, dependentes de inúmeros fatores, que devem ser valorizados, afastando-se a crença de que apenas os alunos com deficiência apresentam singularidades no processo educativo. Uma ampla parcela da população escolar manifesta problemas e dificuldades em seu processo de aprendizagem, em decorrência de variados fatores, quase sempre originador em condições socioeconômicas e ou pedagógicas desfavoraveis. Apresentamos alguns princípios da teoria socio-histórica em suas teses sobre a determinação da experiência social sobre os processos de aprendizagem como abordagem referencial mais importante na organização curricular para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, com referência na teoria da compensação de deficiência. Ao final, indicamos a origem da   
 prática inclusiva dos alunos que apresentam Deficiência, Transtornos globais de Desenvolvimentos e Altas  Habilidades Superdotação, indicando conteúdos, procedimentos metodológicos e avaliativos diferenciados que se constituem em conhecimentos específicos que devem ser diferenciais para a organização de projetos políticos-pedagógicos inclusivos.
Rodrigues (2006) argumenta que, na escola inclusiva as práticas devem responder as diferenças dos alunos por meio da organização de aprendizagem diversificadas para a heterogeneidade dos alunos.
CONCLUSÃO:
    Foi possível perceber que para oferecer direitos iguais no ambiente educacional, é necessário que as escolas estejam preparadas para receber alunos que possuem algum tipo de necessidade educacional especial.
   Diante da discriminação que ainda é presente no mundo todo, faz-se necessário que os profissionais se qualifiquem e se preparem tanto para lidar com as crianças portadoras de deficiência, quanto para conscientizar as demais sobre a importância de respeitar o próximo e aceitar suas diferenças, sejam elas quais forem, e este processo de inclusão e conscientização deve iniciar dentro da escola.
   Os professores devem buscar novas formas de trabalhar a didática em sala de aula de aula de modo a garantir o melhor aproveitamento do tempo em sala e consequentemente um aprendizado de qualidade aos seus alunos.
  Além dos professores, todo corpo docente da escola deve estar preparado para receber e lidar com alunos portadores de necessidades educacionais especiais assim como conscientizar os outros alunos sobre a importância de se conviver e respeitar as diferenças, pois afinal,”ser diferente é normal”.
   Pôde-se observar que a inclusão escolar vai muito além de introduzir o aluno com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino, tratando-se de um processo que exige o questionamento e revisão de posturas e práticas que há muito tempo vinham sendo desenvolvidas dentro do ambiente escolar.
   Conclui-se que é possível fazer a inclusão de alunos, portadores de necessidades educacionais especiais, na escola, mas para que aconteça a inclusão escolar, é preciso reestruturar o sistema educacional para que este possa atender as necessidades individuais e coletivas dos alunos e, consequentemente, propiciar meios para que esses alunos consigam alcançar progresso escolares.
REFERÊNCIAS:
Brasil. Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial. Educação Inclusiva: a escola. v. 3. Brasília, 2004. 26 p. Dísponivel em:< http: // portal. mec.gov.br / seesp / arquivo / pdf / aescola. pdf>. Acesso em : 23 nov. 2009.
Demo, P. O desafio de educar pela pesquisa na educação básica. In: Demo, p. Educar pela pesquisa . 2 . ed. Campinas: Autores Associados, 1997.
Gil, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisas. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1998.
Rodrigues, D. (org.). Dez ideias feitas sobre a educação inclusiva. In: Rodrigues, D. Inclusão educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006.
SILVA, Aline Maira da. Educação especial e inclusão: história e fundamentos. Curitiba:  InterSaberes, 2012.

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