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Rinites Inflamação da mucosa de revestimento nasal, caracterizada pela presença de um ou mais dos seguintes sintomas: . Congestão nasal . Prurido . Espirros . Rinorreia . Hiposmia Classificação - As rinites podem ser classificadas com base em critérios clínicos, frequência e intensidade de sintomas, citologia nasal e fatores etiológicos Duração: Aguda, Subaguda ou Crônica Etiológica parece ser a mais adequada, pois está diretamente relacionada à terapêutica. Infecciosa: viral, bacteriana, fúngica Alérgica Não alérgica Induzida por drogas Vasoconstritores tópicos (rinite medicamentosa) AINEs Anti-hipertensivos Psicotrópicos (antipsicóticos) Cocaína e outros Rinite Eosinofílica Não-Alérgica (RENA) Rinite Idiopática Rinite neurogênica (gustatória, emocional, irritantes – ar frio, senil) Hormonal Rinite atrófica Rinite associada a refluxo gastroesofágico Outras Rinite mista Rinite ocupacional (alérgica e não alérgica) Rinite alérgica local I. RINITE ALÉRGICA Inflamação da mucosa de revestimento nasal, mediada por IgE, após exposição a alérgenos (Hipersensibilidade do tipo I) - Os sintomas são reversíveis espontaneamente ou com tratamento. - Incidência em torno de 20% da população - Caráter hereditário - Mais comum na infância, adolescência e adultos jovens. Ácaros do pó domiciliar são os principais agentes etiológicos da RA no Brasil Classificação da RA segundo recomendação do ARIA e OMS Quadro Clínico - Espirros em salva - Obstrução nasal - Coriza clara abundante - Intenso prurido nasal (“saudação do alérgico”) - Prurido em CAE, palato e faringe - Roncos - Voz anasalada - Alterações no olfato - Respiração oral (irritação/secura na garganta) - Epistaxe – crianças (Friabilidade da mucosa, espirros em salva/ assoar o nariz vigorosamente) - Cefaleia - Otalgia - Diminuição da acuidade auditiva - Sensação de ouvido tapado - Estalidos durante a deglutição - Sintomas oculares . Prurido, hiperemia conjuntival, lacrimejamento, fotofobia e dor local Fatores Desencadeantes da Rinite Alérgica - Aeroalérgenos: Ácaros da poeira, fungos, baratas, animais (gato, cão, cavalo, hamister), pólens (gramíneas) e ocupacionais (trigo, poeira de madeira, detergentes, látex) - Irritantes e poluentes: fumaça do cigarro, poluentes ambientais, ozônio, óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre – agridem diretamente o epitélio nasal e podem desencadear e agravar a RA - Mudanças bruscas de temperatura - AINE (AAS) – desencadear ou agravar a RA Diagnóstico Clínico + Laboratorial a. Anamnese - Época de início, duração, intensidade e a frequência dos sintomas, fatores desencadeantes e agravantes - Medicamentos previamente previstos - Pesquisar outras doenças alérgicas (asma, conjuntivite alérgica e eczema atópico), traumatismos e cirurgias nasais prévias - História familiar de alergia - Tabagismo ativo/passivo, uso de drogas ilícitas, atividade física e hobbies - Condições ambientais (domicílio/trabalho/creche) - Medicações em uso (AAS, betabloqueadores) - Avaliar o quanto a rinite interfere na qualidade de vida (alterações do sono, prejuízo no rendimento escolar ou profissional) b. Exame Físico - Características faciais típicas: olheiras, dupla prega de Dennie-Morgan, prega nasal horizontal (“saudação do alérgico”), alterações musculoesqueléticas da face (respirador bucal) etc. - Rinoscopia anterior (avaliar coloração, trofismo, vascularização e hidratação da mucosa nasal, rinorreia, forma e tamanho das conchas nasais) . Mucosa pálida, edemaciada e com abundante secreção clara, hipertrofia de cornetos - Uso de vasoconstrictor tópico ou irritantes (cocaína) - mucosa avermelhada - Rinite atrófica – crostas c. Exames Complementares - Endoscopia nasal (hipertrofia de adenoide) - Testes cutâneos de hipersensibilidade imediata (TCHI) por punctura com aeroalérgenos - Determinação de IgE sérica total e específica - Teste de provocação nasal (usado somente em pesquisas) - Citologia nasal (avalia a predominância de eosinófilos na secreção nasal) - Exames de imagem: . Radiografia de cavum . Radiografia de seios paranasais . Tomografia computadorizada de seios paranasais Diagnóstico Diferencial Anormalidades Anatômicas/Estruturais Rinossinusite . Desvio de septo nasal Pólipos nasais . Hipertrofia de concha nasal inferior ou média Discinesia ciliar . Perfuração do septo nasal TU nasal/SNC . Traumática (fraturas e sinéquias) CE Hipertrofia de Adenoide Tratamento - Controle do ambiente por pelo menos 3 a 6 meses - Anti-histamínicos: controle dos sintomas - Corticoide tópico nasal - Montelucaste: para a fase intercrise - Corticoide sistêmico - Imunoterapia específica: melhora qualidade de vida - Descongestionantes nasais máx. 5 dias >5 dias; ocorre efeito rebote Rinite Medicamentosa - Tratamento Cirúrgico correção do desvio de septo (septoplastia) II. RINITE EOSINOFÍLICA NÃO ALÉRGICA (RENA) - É uma rinite persistente com eosinofilia nasal sem etiologia alérgica - Quadro semelhante à rinite alérgica com prick test negativo e níveis séricos de IgE normais. . Quadro clínico: espirros, coriza, rinorreia aquosa, hiposmia, obstrução nasal, intolerância à AAS . Rinoscopia anterior: mucosa pálida, úmida, pólipos - Hemograma e citologia nasal com eosinofilia III. RINITE IDIOPATICA - É assim classificada por não conhecer sua etiologia - Testes alérgicos normais e citologia sem predomínio de células - Quadro clínico semelhante à RA, prurido e espirros são raros. - Historia familiar negativa para alergia - Há uma hiperreatividade do trato respiratório superior a fatores ambientais inespecíficos, como: mudanças de temperatura e umidade, exposição a odores fortes ou perfumes e a fumaça do cigarro - Início 40-60 anos IV. RINITE POR IRRITANTES - Desencadeada por produtos químicos, gases, exposição excessiva a luz - Quando relacionada à irritante do trabalho rinite ocupacional V. RINITE GUSTATIVA - Rinorreia aquosa com determinados alimentos (condimentados e quentes). - Ocorre na terceira idade. - Rinoscopia anterior sem alterações
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