Buscar

Resumo - Rinites

Prévia do material em texto

Caderno 
de
Otorrinolaringologia
Gabriel Bagarolo Petronilho
Medicina - FAG 
TXVIII 2022/1
Rinites 
Nariz - Funções: estética, fonação, olfação e respiração (filtração, aquecimento e 
umidificação). 
A rinite é uma inflamação da mucosa nasal e pode ser alérgica e não alérgica. 
Não alérgicas podem ser infecciosas (viral, bacterianas fúngica) ou não infecciosas (idiopática, 
irritativa, rinite eosinofílica não alérgina - RENA -, sensibilidade à aspirina, ocupacional, 
medicamentosa, hormonal/gestacional, gustativa e do idoso).
Ciclo Nasal - duração de 2 a 6 horas 
É uma ‘balança’ entre o sistema simpático e parassimpático, 
O parassimpático faz uma fase de limpeza com aumento da vasodilatação, aumento de secreção 
glandular, aumento batimento ciliar. 
Já no simpático, é fase de respiração - aumenta vasoconstrição e diminuição do batimento 
ciliar. 
Rinites
É a inflamação da mucosa de revestimento nasal caracterizada pela presença de 1 ou mais 
sintomas: obstrução, coriza e espirros (parassimpático mais ativo). 
Rinite Alérgica
É a mesma inflamação da mucosa nasal, porém mediada por IgE geralmente após exposição à 
alérgenos, cujo sintomas são reversíveis espontaneamente ou com tratamento. 
É uma reação tipo I Gell e Coombs = sintomas + eosinófilos. Há aumento da permeabilidade 
vascular, edema mucoso, hipersecreção glandular (rinorreia) e atração de eosinófilos. 
Existe uma classificação didática (não utilizada muito na prática): intermitente, persistente, 
leve, severa-moderada. 
Mecanismo (alérgica) - o alérgenos (ácaros, etc) se ligam na IgE da superfície do mastócito e 
basófilo causando a liberação de mediadores químicos e então temos 2 fases: resposta 
imediata (espirros, prurido, rinorreia e congestação nasal) mas enquanto isso há uma 
recrutação de eosinófilos que causam a resposta tardia, realizando aumento da intensidade dos 
sintomas ou permanência dos mesmos, se a fase imediata não for tratada. 
Quadro clínico - o diagnóstico é clínico; sintomas são coriza, obstrução nasal, prurido 
disseminado, espirros em salva. 
Antígenos - poeira domiciliar (ácaros, fungos, restos de insetos, pelos, etc) e pólens. 
Diagnóstico - história clínica + antecedentes atópicos 
Rinoscopia anterior - edema e hipertrofia de cornetos, coloração empalidecida (característica 
de rinite alérgica), secreção aquosa. 
Citologia da secreção nasal - eosinófilos; quase nunca realizado na prática 
Presença de IgE específica - teste cutâneo (in vivo) ou RAST positivo (in vitro). 
Sinais clínicos - facies atópica, palidez de mucosa, linhas de Dennie-morgan. 
Gabriel Bagarolo Petronilho
Complicações - inflamação: sono (ronco), asma associada ( quase sempre), qualidade de vida, 
IVAS, otite, sinusite, crescimento crânio-facial. 
Rinossinusite - pode ocorrer devido complicação de sinusite. 
Tratamento - rinite alérgica 
Medidas gerais: higiene ambiente, lavagem nasal (SF) 
Medicamentos sintomáticos: anti-histamínico (prurido, espirro e coriza), descongestionantes 
(sistêmicos e tópicos - geralmente CTC via oral e nasal). 
Medicamentos preventivos: cromoglicato dissódico (estabilizador de membrana de 
mastócito), antileucotrieno, CTC (antitinflamatórios sistêmicos e tópicos - fazem 
remodelação do epitélio com redução de eosinófilos), imunoterapia (redução da sensibilização 
- 2 a 5 anos de tratamento; efeito 4-5 meses do início - um dos melhores tratamentos, 
embora custo) e outros (cirurgia - turbinectomia)
Rinite Idiopática ou ‘Vasomotora’ 
Ocorre hiperreatividade de origem idiopática. 
Aumento do parassimpático (obstrução, coriza e epirros). 
Sintomas - mesmo da alérgica + cefaleia e irritabilidade 
Fatores desencadeantes - fatores físicos (temperatura, umidade, irritantes nasai, outros), 
emocionais e locais. 
Diagnóstico - história clínica 
Rinoscopia anterior: edema e hipertrofiado de cornetos, coloração hiperemiada, secreção 
aquosa. 
Citologia da secreção nasal: normal (predomínio de neutrófilos) e ausência de IgE específica 
Tratamento - Rinite idiopática 
Medidas gerais de higiene e lavagem nasal (SF 0,9%)
Sintomáticos - descongestionantes (sistêmicos e tópicos) 
Anticolinérgico (Coriza - não tem spray nasal no BR, mas manda manipular) 
Tratamento preventivo: corticoide 
Outros: cirurgia de conchas nasais 
Rinite - Medicamentosa 
Uso excessivo de descongestionante tópico.
Pode levar a uma perfuração de septo nasal (mesmo mecanismo da cocaína) por vasoconstrição 
intensa na mucosa do septo nasal. 
Exame rinoscopia: edema e congestão da mucosa, redução da área do epitélio ciliar. 
Tratamento: suspensão da droga, descongestionantes sistêmicos, CTC 
Rinite - Atrófica 
Atrofia da mucosa da cavidade nasal 
Etiologia: idiopática, Klebsiela ou iatrogênica Gabriel Bagarolo Petronilho
Clínica: fossa nasal ampla, mucosa nasal extremamente fina, diminuição do número de glândula 
e crostas secas (odor desagradável). 
Tratamento: higiene local ou cirurgia, se necessário.
Rinites Infecciosas
- Catarral aguda (gripe/resfriado): SF + sintomáticos. 
- Sarampo: tratamento inespecífico. 
- Diftérica: soro diftérico. 
- Escarlatina. 
- Gonocócica: penicilina e sulfas. 
- Luética: penicilinas. 
Gabriel Bagarolo Petronilho

Continue navegando