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AD1 2019.1 FUNDAMENTOS EDUCAÇÃO II

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CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 
MICHEL DE OLIVEIRA CHAGAS 
18113010591 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DA 
EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de produção textual da disciplina 
Fundamentos da Educação II, apresentado para 
avaliação AD1 no portal CEDERJ de graduação. 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2019
 1 
 
A Importância da Psicologia para a Formação do Professor da Educação Básica. 
 
A primeira tentativa de sistematizar a psicologia foi através do senso comum entre os 
filósofos gregos. Queriam entender as sensações e emoções no Homem: felicidade, tristeza, 
amor, ódio, estresse, criatividade... Iniciaram o estudo da psicologia e as suas reflexões eram 
pautadas na união indissolúvel entre corpo e alma. 
Na idade média, a ideia de corpo e alma permaneceu indivisível, porém submetida à 
hegemonia da Igreja. Aquilo que não estivesse de acordo com os ensinamentos da instituição era 
considerado heresia. Emoções indesejadas eram tidas como “obras do demônio” e os afligidos 
submetidos a castigos corporais para “purificação” da alma. Dois filósofos se destacaram: Santo 
Agostinho (354-430) que entendia a alma como morada da razão e manifestação divina, e São 
Tomás de Aquino (1225-1274) que acreditava que o Homem encontraria a perfeição na busca 
por Deus, pois somente ele seria capaz de reunir a essência e a existência em igualdade. 
Com o avanço da história, chegamos ao iluminismo e ao renascimento, com grande 
avanço das ciências e produção de conhecimentos. O filósofo René Descartes (1596-1659) 
considerou a mente como uma instância formada pela alma e o espírito, lançando a possibilidade 
de estudar o corpo separado da mente, revolucionando a filosofia e a ciência. Denotou nossos 
sentimentos e emoções à alma e o espírito às questões da fé. Entendeu que o nosso corpo iria 
continuar o seu “trabalho” sem a supervisão da alma e que era possível estudar cientificamente 
os dois a parte. 
A psicologia surgiu como disciplina através do primeiro Instituto de formação em 1879, 
na Alemanha, criado por Wilhelm Wundt (1832-1920), onde os primeiros profissionais 
adquiriram competências de trabalho para estudar a mente. Wundt substituiu o conceito de 
espírito por consciência e focou seu trabalho na introspecção, ou seja, o sujeito observava os 
conteúdos de seus próprios estados mentais, tomando consciência deles. 
A psicologia passou a buscar a compreensão do comportamento para elucidar os mistérios 
psíquicos da mente humana. A subjetividade era fundamental para a análise de cada pessoa e sua 
interiorização com o mundo comum a todos, estudando as relações, percepções e transformações 
do Homem ativo, social e histórico dentro da sociedade. 
A partir 1945, surge o behaviorismo radical proposto pelo psicólogo americano Burrhus 
Frederic Skinner (1904-1990), que afirmou ser possível criar ou excluir comportamentos ao 
inserir ou eliminar estímulos no meio ambiente para moldar o indivíduo. O conceito é baseado 
no condicionamento operante, um mecanismo que premia uma determinada resposta de um 
sujeito até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação. Daí vem as ideias de reforço 
e punição para controle do comportamento. O reforço incentiva, enquanto a punição desestimula 
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a ação. Ambos são desenvolvidos durante a aprendizagem do condicionamento operante, nos 
quais os comportamentos aumentam ou diminuem de frequência com base no tipo de resultado 
obtido. A tendência da punição é eliminar o comportamento ou enfraquecer a probabilidade de 
manter uma resposta. 
Sigmund Freud (1856-1939), o pai da psicanálise, conceituou o inconsciente como um 
conjunto de processos psíquicos misteriosos. Seu estudo permitiu que grande parte dos 
transtornos mentais não fossem tratados como doenças, mas como alterações pontuais na mente, 
pois entendia a consciência como um estágio prévio da inconsciência. 
Freud apresentou as instâncias que formam a sua teoria da personalidade: o Id, que 
consiste nos desejos, vontades e pulsões instintivas na busca do prazer; o Ego, que surge a partir 
da interação do ser humano com a sua realidade, adequando os seus instintos com o ambiente em 
que vive; e o Superego, que se desenvolve durante o ego e consiste na representação dos ideais 
e valores morais e culturais do indivíduo, de acordo com os princípios que foram absorvidos pela 
pessoa ao longo de sua vida. 
Freud abordou ainda temas controversos para a sua época sobre o desenvolvimento 
psicossexual do indivíduo o qual dividiu em cinco fases: na Fase Oral, de 0 a 1 ano, a boca é a 
região do corpo que proporciona maior prazer à criança e, desta forma, ela tende a levar tudo o 
que pega aos seus lábios, tendo o seio da mãe como principal fonte de satisfação, além da 
alimentação; já na Fase Anal, de 2 a 4 anos, a criança descobre que pode controlar as fezes que 
sai de seu interior, começando a ter noções de higiene. A erotização do estágio anal envolve tanto 
a sensação de prazer da excreção como a estimulação erótica da mucosa anal por meio da 
retenção das fezes; de 4 a 6 anos, Fase Fálica, as atenções das crianças são voltadas para região 
genital, surgindo o Complexo de Édipo, no qual o menino passa a apresentar atração pela mãe e 
a se rivalizar com o pai, e a menina o inverso; depois, vem o período de latência, de 6 a 11 anos, 
em que a criança passa a gastar suas energias em atividades sociais e escolares, período de 
deslocamento da libido da sexualidade para atividades aceitas; por último, a Fase Genital, início 
da adolescência, onde são retomados os impulsos sexuais e o indivíduo passa a buscar em pessoas 
de fora de seu grupo familiar um objeto de amor, caracterizada pela perda da identidade infantil 
para que pouco a pouco assuma uma identidade adulta. 
As influências que o Complexo de Édipo exerce sobre a vida futura do indivíduo compete 
a estruturação do superego, responsável pelas funções morais da personalidade, incluindo a 
aprovação e desaprovação de ações e desejos baseados na retidão, auto-observação crítica, 
autopunição, exigência de reparação, arrependimento e auto-elogios como recompensa por ações 
virtuosas. 
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E todo esse conhecimento é aplicado na educação, ferramenta mais importante do 
desenvolvimento comportamental e de agregação de valores do indivíduo. Para tanto, é 
fundamental que no elo professor-aluno, exista amor, afeição, confiança na valorização do 
conhecimento, da revelação das habilidades e potencialidades do outro. O educador deve estar 
atento às manifestações da criança, ser o mediador fora de sua convivência familiar, procurar 
levá-la a se perceber, estimular a se manifestar, encorajá-la a tentar experimentar, elogiar, 
permitindo-lhe a personificação de papéis sociais presentes em sua realidade, atuando como um 
grande interventor no desenvolvimento emocional e cognitivo dos alunos. 
Segundo o behaviorismo radical, a educação deveria ser planejada de modo a se obter os 
resultados desejados através da "modelagem" do aluno, concentrando-se na capacidade de 
estimular ou reprimir comportamentos. Durante certa atividade, o professor deve oferecer um 
estímulo. Caso o fomento seja agradável, o aluno irá aprender e passará a gostar das atividades. 
É o que Skinner chama de reforço e seus métodos são usados até hoje em grande parte dos 
estabelecimentos de ensino no país, enraizados na sociedade como princípio necessário para 
atingir objetivos, alcançar sonhos. Como exemplo, podemos citar nosso caso. Por mais que 
tenhamos a vocação para ensinar, precisamos
adquirir o diploma para ministrar aulas e, assim, 
somos obrigados a nos dedicar para se formar e poder prestar concursos públicos para atuar na 
área. 
A psicanálise ajuda a compreender a singularidade, que distingue um indivíduo do outro 
e o torna único na ontogênese humana, e a subjetividade, que estuda o mundo interno de todo e 
qualquer indivíduo, composto por emoções, sentimentos e pensamentos. Desta forma, auxilia na 
compreensão, dimensão e reflexão da prática docente, atentando para a responsabilidade e o 
desafio. 
O professor é o articulador entre escola, alunos, família e comunidade, contribuindo para 
uma relação educacional construtiva. Na medida em que os alunos vão se apropriando dos 
saberes, desenvolvem-se do ponto de vista cognitivo, linguístico, social, ético e estético, 
construindo sua identidade e autonomia. Nota-se que o estudante até poderá assimilar conteúdos, 
decorar informações, repetir fielmente o conhecimento do professor detentor do conhecimento, 
mas provavelmente não sairá dessa relação como sujeito pensante. 
A enorme quantidade de perspectivas e de campos de pesquisa psicológicos corresponde 
à enorme complexidade do ser humano. O fato de diferentes escolas coexistirem e se 
completarem mutuamente, demonstra que o sujeito pode e deve ser estudado, observado, 
compreendido sob diferentes aspectos. Essa realidade serve de base para todo o trabalho 
psicológico. 
 
 4 
 
Referências: 
 
A MENTE É MARAVILHOSA. A Teoria do Inconsciente Segundo Sigmund Freud. 
Disponível em: <https://amenteemaravilhosa.com.br/teoria-do-inconsciente-freud/> Acesso em: 
14 de fevereiro de 2019. 
 
BRASIL ESCOLA. A Importância no Conceito de Transferência na Relação Professor 
Aluno. Disponível em: <https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/psicologia/conceito-
transferencia-relacao-professoraluno.htm> Acesso em: 14 de fevereiro de 2019. 
 
BRASIL ESCOLA. Nascimento da Psicologia. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/nascimento-psicologia.htm> Acesso em: 14 de 
fevereiro de 2019. 
 
MARCAL, Eliane. Desenvolvimento Psicossexual. Disponível em: 
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/desenvolvimento-
psicossexual/39697> Acesso em: 14 de fevereiro de 2019. 
 
PEPSIC. Contribuição da Psicanálise para Educação: a Transferência na Relação Professor 
Aluno. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
69752014000200003> Acesso em: 14 de fevereiro de 2019. 
 
PSICANÁLISE CLÍNICA. Entenda o Que é Inconsciente. Disponível em: 
<https://www.psicanaliseclinica.com/o-que-e-inconsciente/> Acesso em: 14 de fevereiro de 
2019. 
 
PSICOATIVO. Condicionamento Operante: Definição, Como Funciona + Exemplos. 
Disponível em: <https://psicoativo.com/2016/08/condicionamento-operante-definicao-como-
funciona-e-exemplos.html> Acesso em: 14 de fevereiro de 2019. 
 
PSICOATIVO. História e Origem da Ciência da Psicologia. Disponível em: 
<https://psicoativo.com/2016/06/historia-e-origem-da-ciencia-da-psicologia.html> Acesso em: 
14 de fevereiro de 2019. 
 
 5 
 
PSICOATIVO TV - O UNIVERSO DA PSICOLOGIA. Reforço X Punição: Entenda as 
Diferenças de Uma Vez por Todas. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=gH7PI40w7ec> Acesso em: 14 de fevereiro de 2019. 
 
PSICOLOGIACONSIENCIAS. Behaviorismo e sua Contribuição para a Psicologia Atual. 
Disponível em: <https://psicologiaconsciencias.wordpress.com/2017/02/02/behaviorismo-e-a-
sua-contribuicao-para-a-psicologia-atual/> Acesso em: 14 de fevereiro de 2019. 
 
SANTANA, Ana Lúcia. Complexo de Édipo. Disponível em: 
<https://www.infoescola.com/psicologia/complexo-de-edipo/> Acesso em: 14 de fevereiro de 
2019. 
 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESTADO DO PARANÁ. A Psicologia da Aprendizagem na 
Prática do Professor. Disponível em: 
<http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=5753> Acesso em: 14 de 
fevereiro de 2019. 
 
SOUZA, Jadna. Objeto de Estudo da Psicologia. Disponível em: 
<https://pisicologiaadm.webnode.com.br/news/objeto-de-estudo-da-psicologia/> Acesso em: 14 
de fevereiro de 2019. 
 
VESCE, Gabriela. Behaviorismo Radical. Disponível em: 
<https://www.infoescola.com/comportamento/behaviorismo-radical/> Acesso em: 14 de 
fevereiro de 2019. 
 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação e Humanidades 
Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD 
 
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO II 
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA – AD 1 – 1º SEMESTRE 2019 
 
ENTREGA ATÉ AS 23h50min DO DIA 17/02/2019 
Formatação: Fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço entre linhas de 1,5 
 O trabalho deve ser elaborado, com as próprias palavras do autor, num texto corrido. As 
citações, caso sejam utilizadas, devem obedecer às normas da ABNT e servem apenas para 
referendar as ideias do autor. 
 O trabalho pode ser realizado individualmente, ou em grupo de até 5 participantes 
inscritos no mesmo polo e curso. Um único integrante do grupo deve postar o trabalho na 
plataforma, entretanto o nome e matrícula de cada integrante, se o trabalho for realizado 
em grupo, deve constar na CAPA. 
 
PARA A ELABORAÇÃO DA AD1, REALIZE AS SEGUINTES ATIVIDADES: 
 
 Estude a UNIDADE 1 - textos e vídeos - integralmente - disponibilizada na plataforma. 
 Elabore um texto, no máximo três laudas, sem contar a Capa e a página das Referências 
Bibliográficas. 
 
Título do Trabalho (Tema): A importância da Psicologia para formação do professor da Educação 
Básica 
 
Introdução: 
- Contextualize o surgimento da Psicologia como disciplina científica. 
- Caracterize o objeto de estudo da Psicologia. 
 
Desenvolvimento: 
 
1. Destaque os principais conceitos do Behaviorismo Radical de Skinner: 
 Condicionamento = aprendizagem = comportamento operante 
 Condicionamento resultante da ação do sujeito sobre o meio e da resposta do meio à ação 
do sujeito = reforço positivo ou punição. 
 
2. Destaque os principais conceitos da Psicanálise: 
 Inconsciente 
 Id, Ego, Superego = instâncias da personalidade do sujeito. 
 Fases do desenvolvimento psicossexual:oral, anal, fálica, latência e genital. 
 Complexo de Édipo: a importância do limite na formação da personalidade do sujeito. 
 Transferências afetivas nas relações de poder: Professor X Estudantes 
 
Conclusão: 
- Destacar as contribuições do Behaviorismo em relação as aprendizagens, a contribuição da 
Psicanálise em relação a compreensão da singularidade e subjetividade de cada sujeito e a 
importância desses conceitos, como exemplos, para compreensão da complexidade do objeto de 
estudo da Psicologia e do estudo da Psicologia na formação do professor da Educação Básica. 
 
Referências: 
Bibliografia e/ou vídeos utilizados (não contam como lauda). 
 
FE II - 2019.1

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