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1 Princípios do Direito Ambiental Resumo: O presente artigo tem por objetivo o estudo referente à responsabilidade civil ocorrida dentro do direito ambiental, visto os danos ambientais causados pelo ser humano ao meio ambiente, ocorrendo assim prejuízos que muitas vezes são irreversíveis e irreparáveis. Será focado o estudo da responsabilidade civil e seus elementos, como por exemplo: os princípios do direito ambiental, o dano ambiental e a responsabilidade civil em matéria de direito ambiental. O ser humano, visando sempre o desenvolvimento tecnológico e científico, na maioria das vezes não tem encontrado o ponto de equilíbrio que deve existir entre a exploração dos recursos naturais e uma sobrevivência digna, de forma que não esgote os recursos naturais. Cabe mencionar que embora todas as particularidades contidas em matéria ambiental, a responsabilidade civil por dano ambiental, visa alcançar, de certa forma, a reparação do dano causado ao meio ambiente, que se mostra, cada vez mais, tão difícil de valorar e reparar. Palavras-chave: Reparação. Meio Ambiente. Prevenção. Responsabilidade. Resumen: Este artículo tiene como objetivo estudiar sobre la responsabilidad se produjo en el derecho ambiental, ya que el daño ambiental causado por los seres humanos con el medio ambiente, el daño que se produce tan a menudo es irreversible e irreparable. Se centrará en el estudio de la responsabilidad civil y de sus elementos, tales como: los principios del derecho ambiental, daño ambiental y responsabilidad en el derecho ambiental. Los seres humanos, buscando siempre el desarrollo tecnológico y científico, en la mayoría de los casos no se ha encontrado el equilibrio que debe existir entre la explotación de los recursos naturales y una supervivencia digna, por lo que no agota los 2 recursos naturales. Cabe señalar que a pesar de todos los datos contenidos en la responsabilidad ambiental, civil por daños al medio ambiente, tiene como objetivo llegar a una cierta manera, la indemnización por los daños causados al medio ambiente, muestra que, cada vez más, tan difícil de evaluar y reparar. Keywords: Reparar. Medio Ambiente. Prevención. Responsabilidad. INTRODUÇÃO Tal disciplina pode representar a recente orientação normativa de tutela ao meio ambiente do trabalho. No entanto, surge com o "novo direito" algumas indagações, conforme ressalta Julio César de Sá Rocha: " Como o direito pode influenciar, de alguma forma, a proteção da saúde dos trabalhadores na atualidade? O surgimento de legislações que tratem do meio ambiente de trabalho indica o aparecimento de um tipo diferenciado de tutela? Qual a finalidade e objetivo de uma disciplina jurídica que trate do tema? Com muita propriedade, Hans Kelsen retira, da teoria do Direito, elementos de disciplinas não-jurídicas, mas em conexão com o direito, como a sociologia, a Psicologia, a Ética e a Ciência Política, abandonando, de uma vez por todas a investigação dos conteúdos sociais do fenômeno jurídico. O sentido seria estabelecer a independência metódica da ciência do Direito (teoria do direito positivo). Segundo Luhmann, o sistema legal é ao mesmo tempo fechado e aberto. Fechado porque regula sua própria gênese, reprodução e mutação e faz isso por conta própria, portanto, constitui-se em um sistema normativamente fechado, vez que só pode ser alterado nas formas legalmente previstas. Por outro lado, o direito constitui-se em um sistema aberto cognitivamente, na medida em que se pode estabelecer a referência do sistema jurídico com o ambiente e com outros sistemas tendo em vista a troca de informações existente entre sistemas. Direito Ambiental é um ramo do direito público que tem como objeto o desenvolvimento sustentável, a utilização dos recursos naturais de forma 3 ordenada, satisfazendo as necessidades do presente sem por em risco o futuro das próximas gerações, o que deveria ocorrer no presente, sendo que as Leis ainda são falhas e a fiscalização não vem sendo suficientemente correspondida com os descasos ocorridos na natureza e principalmente nas reservas, onde o nome ja explica que reserva e uma seguraça futura. O meio ambiente é amparado por lei específica, Lei nº 6.938/81 (Lei da Política do meio ambiente), que o define em seu art. 3º., I, como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.”. Entretanto, o meio ambiente também encontra respaldo na Constituição Federal, que dispõe em seu artigo 225 que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.”. Sendo que o direito ao meio ambiente equilibrado constitui um bem de uso comum do povo, pertencente à classe dos direitos fundamentais de 3ª geração, não podendo ser personalizado como um complemento ao direito individual, uma vez que constitui um bem jurídico autônomo. 1.1. DIREITO AMBIENTAL - A Relevância dos Princípios A análise dos princípios que serviram de pedra basilar para a criação de qualquer “Direito”, é um tema de fundamental importância para compreensão de qualquer ramo do jurídico, pois são suas ideias centrais, são as normas hierarquicamente superiores que nortearão a criação e aplicação das demais, conforme nos é ensinado pelo Doutor Paulo Márcio Cruz, “(...) Os princípios assumem um papel cada vez mais importante e vital para os ordenamentos jurídicos, segundo a doutrina contemporânea, principalmente se analisados sob a égide dos valores neles compreendidos. São eles que devem nortear, com o prestígio e destaque que lhes são peculiares, a interpretação, aplicação e mutação do Direito pelos Tribunais.” A análise dos princípios fundamentais de qualquer sistema jurídico, tem, portanto, acima de tudo, uma indiscutível relevância prática, permitir a visualização global do Sistema, para uma aplicação concreta e mais correta de 4 suas normas, pois os princípios definem valores sociais, que passam a ser vinculantes para toda atividade de interpretação e aplicação do Direito. Nos ensina, Paulo Affonso Leme Machado, que “princípio é... alicerce ou fundamento do Direito.” Já Edis Milaré, ao conceituar os princípios vai um pouco mais além e esclarece “O Direito, como ciência humana e social, pauta-se também pelos postulados da Filosofia das Ciências, entre os quais está a necessidade de princípios constitutivos para que a ciência possa ser considerada autônoma, ou seja, suficientemente desenvolvida e adulta para existir por si e situando-se num contexto científico dado. Foi por essas vias que, do tronco de velhas e tradicionais ciências, surgiram outras afins, como rebentos que enriquecem a família; tais como os filhos, crescem e adquirem autonomia sem, contudo, perder os vínculos com a ciência-mãe.” Ou seja, os princípios são o alicerce do Direito Ambiental, contribuindo para o entendimento da disciplina e, principalmente, orientando a aplicação das normas relativas à proteção do meio ambiente. Segundo Rocha, "o meio ambiente do trabalho representa todos os elementos, inter-relações e condições que influenciam o trabalhador em sua saúde física e mental, comportamento e valores reunidos no lócus do trabalho, caracterizando-se, pois, como a soma das influências que afetam diretamente o ser humano, desempenhando aspecto chave na prestação e performance dotrabalho. São o alicerce fundamental dos Estados civilizados e são adotados internacionalmente como fruto da necessidade de uma ecologia equilibrada. São normas de papel fundamental no ordenamento jurídico e devem servir como orientadores preferenciais da interpretação, da aplicação e da integração normativa, com o consequente afastamento de uma postura mais legalista. 1.2. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O critério do desenvolvimento sustentável deve valer tanto para o território nacional na sua totalidade, áreas urbanas e rurais, como para a sociedade, respeitadas as necessidades culturais e criativas do país. Busca-se, a coexistência de ambos sem que a ordem econômica inviabilize um meio ambiente ecologicamente equilibrado e sem que este obste o desenvolvimento econômico. 5 2. PRECAUÇÃO A omissão dessas medidas preventivas dá à Administração Pública o direito de tomar certas atitudes decorrentes do poder de polícia, como a de embargar obras ou atividades, por exemplo. Em decorrência desse princípio, o empreendedor deve apresentar ao poder público estudo prévio de impacto ambiental, referente a qualquer atividade que implique a utilização ou transformação de recursos naturais. O cidadão ou associação de comprovar o dano real ao meio ambiente, sendo suficiente a caracterização do dano potencial. 2.1. PREVENÇÃO O risco ambiental é cientificamente comprovado, ou seja, é conhecido e é preciso tomar medidas protetoras para o meio ambiente, para extinguir ou diminuir o risco ambiental. Com base na prevenção é que o licenciamento ambiental e os estudos de impacto ambiental podem ser realizados e são solicitados pelas autoridades públicas competentes. 2.2. POLUIDOR-PAGADOR Aquele que poluir terá que arcar com os custos da reparação do dano causado. Este princípio não tem por escopo tolerar a poluição mediante um preço. Seu objetivo é evitar danos ao meio ambiente. O custo da poluição está incluído no custo de produção. O valor a ser pago vai para um fundo de proteção ao meio ambiente. 2.3. DA PARTICIPAÇÃO A resolução dos problemas ambientais deve ser buscada através da participação dos diferentes grupos sociais na formulação e execução da política do meio ambiente. Além do direito à informação, o princípio da participação pressupõe o direito/dever à educação ambiental, que pode ser manifesto através de informação ambiental, sendo com este, interdependente. 2.4. FUNÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DA PROPRIEDADE 6 A função sócio-ambiental da propriedade define que o direito de propriedade deve ser exercido levando-se em conta a noção de sustentabilidade ambiental. 2.5. LIMITE O Limite expõe que a Administração Pública tem o dever de estabelecer os padrões de emissão de partículas, ruídos e a presença de corpos estranhos no ambiente, tendo em vista a necessidade de proteção da vida e do próprio ambiente. 2.6. USUÁRIO-PAGADOR Diferentemente do princípio do poluidor-pagador, que possui uma natureza reparatória e punitiva, o princípio do usuário-pagador tem uma natureza meramente remuneratória pela outorga do direito de uso de um recurso natural, não ocorrendo qualquer ilicitude, infração. 2.7. DIREITO FUNDAMENTAL DO SER HUMANO Como Direito Fundamental do Ser Humano diz que o direito ao ambiente há de ser compreendido como um direito fundamental para assegurar a sadia qualidade de vida. 3.0. PLANEJAMENTO Considerando-se que os recursos naturais são escassos, deve-se assegurar que as melhores decisões sejam tomadas com intuito do interesse da coletividade e do meio ambiente para alcançar a sustentabilidade. O equilíbrio ambiental está diretamente relacionado à qualidade de vida, e, buscando tal equilíbrio, o planejamento urbano é necessário, com revisão de seus conceitos, com inclusão real da questão ambiental, por meio do um planejamento considerado ambiental (Canepa, 2007). Para Almeida et al. (1999), o planejamento ambiental deve ser visto de forma ampla, como processos de definições e decisões, aplicável a vários tipos e níveis de atividade humana, por meio de ações contínuas voltadas a auxiliar a tomada de decisões para a resolução de objetivos específicos, ou seja, “é a aplicação racional do conhecimento do homem ao processo e tomada de decisões para conseguir uma 7 ótima utilização dos recursos, a fim de obter o máximo de benefícios para a coletividade” (Almeida et al., 1999, p. 12). Albano (2013) informa que o planejamento ambiental é o elemento básico para o desenvolvimento econômico e social voltado à melhor utilização e gestão de uma unidade territorial, cujas fases de inventário e de diagnóstico tornam-se caminho para a compreensão das potencialidades e das fragilidades da área. Assim, o planejamento ambiental é a base para o desenvolvimento sustentável, compreendido como a maneira possível para a qualidade de vida da população, principalmente para os países periféricos e subdesenvolvidos, ou a única possibilidade de sobrevivência para a humanidade (Assis, 2000 apud Moreno, 2002). Acselrad et al. (2001 apud Moreno, 2002, p. 86) afirmam que “a aplicação da noção de sustentabilidade ao debate sobre o desenvolvimento das cidades exprime um duplo movimento de ‘ambientalização’ das políticas urbanas e de introdução das questões urbanas no debate ambiental”. Para Canepa (2007), o conceito de desenvolvimento sustentável envolve várias dimensões, incluindo a ambiental, a social, a econômica e a temporal dos processos urbanos, podendo aparecer isoladamente ou de forma dinâmica. 3.1. UBIQÜIDADE O que se pretende fazer, criar ou desenvolver deve antes passar por uma consulta ambiental, para saber se há ou não a possibilidade de que o meio ambiente seja degradado. A Ubiqüidade visa demonstrar qual é o objeto de proteção do meio ambiente, quando tratamos dos direitos humanos. 3.2. INFORMAÇÃO Dispõe que é dever do Poder Público promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização para a preservação do meio ambiente, direito conferido à coletividade para obter informações sobre o meio ambiente. 4.0. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL O art. 225 § 3º, CF previu a tríplice responsabilidade, tanto para a pessoa física, quanto para a jurídica, do meio ambiente: a sanção penal; a sanção 8 administrativa e a civil, vinculada à obrigação de reparar danos causados ao meio ambiente: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.” A Lei nº 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, podendo o Poder Público ser responsabilizado pela omissão de fiscalização. Tal legislação estabelece: Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores: (...) § 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente."4.1. RESPONSABILIDADE CIVIL No direito ambiental, a responsabilidade civil é do tipo objetiva, não se exigindo nenhum elemento subjetivo, como culpa ou dolo. Vale ressaltar que o artigo 14, § 1º, da Lei nº 6.938/81 foi recepcionado pela CF/88 e prevê a responsabilidade objetiva pelos danos causados ao meio ambiente e também a terceiros. A responsabilidade objetiva ambiental está fundada na TEORIA DO RISCO INTEGRAL, devido à natureza de sua atividade que pode implicar em risco aos direitos de outrem e caso haja violação desses direitos, serão eles responsabilizados com base na Teoria da Responsabilidade Objetiva, independentemente de culpa, além do desenvolvimento da atividade de natureza de risco. 4.2. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA 9 Estão ligadas ao “poder de polícia” dos órgãos vinculados de forma direta ou indireta à União, Estados, DF e Municípios. A Administração pública disciplina e regula a prática ou abstenção de fato em razão de interesse público vinculado à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas. As penalidades administrativas podem ser: Advertência, multa, apreensão de bens, destruição ou inutilização de produtos, suspensão de venda e fabricação de produtos, embargo ou demolição de obras, suspensão de atividades, e ainda, alguma relativa a restrição de direitos. 4.3. RESPONSABILIDADE PENAL A responsabilidade penal não é objetiva, pois no Brasil a teoria adotada foi a Finalista da Ação, que não admite a responsabilidade objetiva em aspectos penais, (art. 76, Lei nº 9.099/95), é preciso que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, ou seja, tem que ter tido PREVIAMENTE, o ressarcimento material do dano(pagamento em dinheiro). 4.4. EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Os únicos casos em que se pode validamente afastar ou excluir a responsabilidade pelo dano ambiental são o caso fortuito e a força maior, apos os casos concretos é que se analisará tal possibilidade. 4.5. A RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL DO DANO AO MEIO AMBIENTE Das teorias da responsabilidade civil Primeiramente deve fazer-se uma pequena distinção entre as espécies de responsabilidades civis existentes no direito brasileiro: a subjetiva e a objetiva. A primeira se consubstancia na necessidade de comprovar a culpa do agente causador do dano, sendo fundamentada no código civil brasileiro de 1916, o qual falava de reparação ao dano causado por alguém a outrem. Dessa forma havia a necessidade de demonstrar culpa do agente, ou seja, a imprudência, negligência ou imperícia e o nexo causal. Portanto, esta espécie de responsabilidade tem por base a culpa do agente, a qual deve ser comprovada pela vítima para que surja o dever de indenizar. Segundo esta teoria não há como responsabilizar alguém se não houver culpa do mesmo. Neste sentido: 10 “...se diz ser subjetiva a responsabilidade quando se inspira na idéia de culpa e que de acordo com o entendimento clássico a concepção tradicional a responsabilidade do agente causador do dano só se configura se agiu culposa ou dolosamente. De modo que a prova da culpa do agente causador do dano é indispensável para que surja o dever de indenizar. A responsabilidade, no caso, é subjetiva, pois depende do comportamento dos sujeito”. (RODRIGUES, 2002, pg. 11) 5.0 EDUCAÇÃO AMBIENTAL Tutelar a saúde do trabalhador garantindo um meio ambiente que proporciona bem- estar ao trabalhador ao invés de riscos a sua saúde é uma tarefa difícil face as constantes mudanças das atividades produtivas, bem como ao avanço tecnológico que insiste em expor o trabalhador a imprevistos riscos. Historicamente, observa-se que a industrialização, surgida inicialmente na Inglaterra no Século XVIII, alterou significativamente os ambientes de trabalho, principalmente com a utilização das máquinas e a intensificação do ritmo de trabalho. A partir de então houve a nítida separação entre local de trabalho e de moradia, tratando-se, portanto, de dois ambientes diferentes. Quanto a qualidade de vida e bem estar, há quem sustente que a Revolução Industrial não significou melhoria imediata e substancial no nível de vida da classe trabalhadora britânica, principalmente durante seus primeiros passos. Decorre na tutela do meio ambiente e está prevista no art. 225, I, VI, CF. Buscou-se trazer consciência ecológica ao povo, titular do direito ao meio ambiente, permitindo a efetivação do princípio da participação na salvaguarda desse direito. Reduzir os custos ambientais; efetivar o princípio da prevenção; fixar a idéia de consciência ecológica, que buscará sempre a utilização de tecnologias limpas; incentivar a realização do princípio da solidariedade, no exato sentido que perceberá que o meio ambiente é único, indivisível e de titularidades indetermináveis; eefetivar o princípio da participação, entre outras finalidades. 11 5.1. POLÍTICA NACIONAL A Lei nº 9.795/99 estabeleceu a Política Nacional de Educação Ambiental (art. 6º) e definiu educação ambiental como os processos pelos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade, sendo um componente essencial e permanente da educação nacional que deve estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades de processo educativo, em caráter formal e não formal (informal), conforme art. 1º e 2º da referida Lei. 6.0. POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE A Lei nº 6.938/81 foi o primeiro diploma legal que disciplinou de forma sistematizada o meio ambiente, instituindo a Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA, definindo meio ambiente, degradação da qualidade ambiental, poluição, poluidor e recursos ambientais. Também criou o Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA e indicou os seus instrumentos legais, entre outras disposições. 6.1. OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL Segundo o art. 4º, Lei nº 6.938/81, são objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente: a) A compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; → A Política Nacional do Meio Ambiente não pretende sacrificar o desenvolvimento econômico do país em benefício do meio ambiente→ pretende o desenvolvimento sustentável. b) A definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do DF, dos Territórios e dos Municípios; o estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; c) O desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais; → O uso da tecnologia é absolutamente 12 fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável e portanto, o Poder Público deve fomentar pesquisas de novas tecnologias. d) A difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, a divulgação de dados e informações ambientais e a formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; e) A preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; f)A imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. 6.2. PROGRAMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE O Programa Nacional do Meio Ambiente, segundo o art. 2º, Lei nº 6.938/81: I – ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; Ill – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; IV – proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; V – controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI – incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII – acompanhamento do estado da qualidade ambiental; VIII – recuperação de áreas degradadas; IX – proteção de áreas ameaçadas de degradação; X – educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente. O meio ambiente do trabalho seguro e adequado é um direito fundamental do trabalhador (CF, arts. 1º , 7º – XXII, 196, 200 – II e VIII e 225). Portanto, o Direito Ambiental do Trabalho não pretende tutelar um bem jurídico ainda não tutelado, vez que em tratando-se de direito fundamental constitucionalmente garantido o meio ambiente do trabalho obrigatoriamente deve ser seguro. 13 No entanto, a Carta Magna não conceitua o então chamado "meio ambiente de trabalho seguro". Certamente, tal função, restou ao legislador infraconstitucional e atualmente ao Direito Ambiental do Trabalho. 7.0. DANO MORAL O dano moral é aquele que lesiona a esfera personalíssima da pessoa, como, por exemplo, sua intimidade, sua privacidade, sua honra e imagem, bens jurídicos tutelados constitucionalmente conforme artigo 5º, inciso X, da CF/88. Como nos ensina a Professora Maria Helena Diniz (2008, p. 88), “O dano moral vem a ser a lesão de interesses não patrimoniais de pessoa física ou jurídica (CC, art. 52; Súmula 227 do STJ), provocada pelo fato lesivo”. 7.1. NEXO CAUSAL O nexo causal é terceiro elemento da responsabilidade civil, pois para que esta se caracterize, é necessário que haja um nexo de causalidade, ou seja, uma ligação entre a conduta praticada pelo agente e o dano sofrido pela vítima. Para Maria Helena Diniz (2008, p.108): “O vínculo entre o prejuízo e a ação designa-se “nexo causal”, de modo que o fato lesivo deverá ser oriundo da ação, diretamente ou como sua conseqüência previsível. Tal nexo representa, portanto, uma relação necessária entre o evento danoso e a ação que o produziu, de tal sorte que esta é considerada como sua causa. Todavia, não será necessário que o dano resulte apenas imediatamente do fato que o produziu. Bastará que se verifique eu o dano não ocorreria se o fato não tivesse acontecido. Este poderá não ser a causa imediata, mas, se for condição para a produção do dano, o agente responderá pela consequência”. Como vemos, entre a conduta praticada pelo agente e o dano sofrido pela vítima, deve estar presente o nexo de causalidade, configurando dessa forma, a responsabilidade civil. 8.0. RASTREABILIDADE DE DADOS AMBIENTAIS: FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DA TECNOLOGIA! A tendência atual é que a coleta de informações de interesse ambiental nos bancos de dados eletrônicos tenha um papel importante na comprovação do 14 atendimento ou não às exigências legais pelos agentes econômicos que se utilizam de recursos naturais ou gerem poluição ambiental. Com a consolidação da prática de fiscalização por meio de instrumentos tecnológicos (foto de satélite, cruzamento de informações declaradas em diversos órgãos públicos, etc.) aumentará consideravelmente o índice de aplicação de penalidades administrativas, civis e criminais por violação as normas protetivas ao meio ambiente. Antes a possibilidade de ocorrer uma fiscalização efetiva pelo Poder Público em certas atividades era considerada um risco remoto, principalmente se desenvolvidas em locais de difícil acesso, entretanto, hoje essa afirmação não pode ser feita. A rastreabilidade de informações produzidas pelos diversos atores ambientais, dentre eles: empresas, proprietários rurais, agências reguladoras, juntas comerciais e agências ambientais impactam diretamente na produção de provas em processos administrativos ou judicias no momento da apuração da existência ou não de danos ambientais, como por exemplo, desmatamento e poluição ambiental. No momento que as informações estão na rede é fácil cruzá- las, identificar inconsistências e punir os infratores. Como impugnar uma foto coletada através do GoogleEarth que demonstra uma faixa de desmatamento para abertura de loteamento no coração da Mata Atlântica ou ainda o desmatamento na Floresta Amazônica. O poder da imagem na comprovação de algumas formas de danos ambientais é algo de difícil refutação. A existência do dano em si é facilmente demonstrada, restando apenas a prova da autoria, relação de causalidade, gravidade do dano ambiental, etc. Há diversas legislações que impõe obrigações assessórias de prestar informações auto declaratórias referentes a atividade econômica que se utilizam de recursos naturais ou enquadram-se como atividade potencialmente poluidora. Citemos como exemplo o Cadastro Ambiental Rural- CAR que é um registro público eletrônico que tem como escopo mapear as áreas rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento econômico e combate ao desmatamento, ou ainda, o Cadastro Técnico Federal do IBAMA. Verifica-se um movimento em que a fiscalização ambiental cruza os dados existente em bancos públicos, prescindindo de vistoria “in loco”, o que facilita para Poder Público a imputação de infrações, reduzindo custos de diligência e 15 deslocamento. O lado negativo deste tipo de fiscalização “on line” é que um erro no preenchimento de informações, sem que de fato haja inflação, pode gerar injustas punições, custos financeiros para se defender, manchas na imagem para o suposto infrator, inclusive dificuldades para financiamentos bancários. Prestar informações auto declaratórias é percebido como algo sem grande importância dentro das empresas, entretanto representa atualmente um alto risco de imputação de inflações administrativas. Informações incorretas, omissões ou mesmo parâmetros de dados contraditórios com outros cadastros ambientais eletrônicos, ou de agências reguladoras podem gerar violação a obrigações principais e acessórias e imputação de responsabilidade ambiental. Nos contratos empresariais em que há a necessidade de indicação de informações ambientais da cadeia de fornecimento, já se tornou indispensável a inserção de cláusulas impondo obrigação de preenchimento correto de informações, sob pena de infração contratual. A tecnologia tem impactado diretamente e profundamente a forma de trabalho, de fiscalização e produção de provas do Poder Público no exercício do poder de polícia ambiental. Conduzindo os agentes econômicos que se utilizam de recursos naturais ou geram poluição ambiental a uma nova forma de gestão ambiental em que a transparência, publicidade e a coerência de dados é ponto importante na sua efetividade. O lado positivo da simplificação da rastreabilidade de informações ambientais através da tecnologia é que aquelesque estiverem com a questão ambiental regular, com suas informações consistentes ao seu processo produtivo, estarão menos expostos a imposição de penalidades, bem como haverá atenuação dos custos e maior segurança na gestão de dados, de conformidade legal e riscos na cadeia de fornecimento. Luciana Camponez Pereira Moralles. CONCLUSÃO A Legislação existe, mesmo que um pouco complexa para pessoas leigas, porem se trata de uma das legislações mais abrangentes no âmbito do Meio Ambiente, visto que outros paises não tem tomado muito respeito pelos tratados internacionais de cooperação ambiental, e até então a aplicação desta se mostrou um tanto a quanto dificultosa mesmo com todas as exigências governamentais. 16 Em qualquer organização pública ou privada, o Direito Ambiental exprime a busca permanente pela melhoria da qualidade ambiental de serviços, produtos e ambientes de trabalho, num processo de aprimoramento que propicia o desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental globalizados e abrangente. Em se tratando de dano ambiental, vimos que há grande dificuldade e, em certos casos, impossibilidade de se valorar e reparar. Havendo um dano ambiental, a imposição de valores ou a utilização de métodos que visam à reparação não são suficientes para dirimir conflitos que envolvem a responsabilidade civil por danos ambientais. Baseada na teoria do risco integral, a responsabilidade civil por dano ambiental será sempre objetiva, ou seja, aquele que cria um risco de dano fica obrigado a repará-lo, ainda que sua atividade e seu comportamento sejam isentos de culpa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://jus.com.br http://direitoambiental.com https://carollinasalle.jusbrasil.com.br http://www.planalto.gov.br http://pratiquecologia.org https://www.tudosobremeioambiente.com.br http://www.conteudojuridico.com.br http://www.ambito-juridico.com.br ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 7. Ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2004. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, novo Código Florestal. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, Código Civil. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 – Política nacional de educação ambiental. Trabalho Direito Ambiental Professor Dr. Eduardo Munhoz. 17 Alunos Direito Turma B 9º semestre. Marcos Marrocco ---------- RGM 0974010 Adilson Horta de Freitas –RGM 0098482 Agnaldo Ap. Tempesta ---RGM 0098483
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