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Literatura do Realismo e Naturalismo

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Literatura do Realismo/Naturalismo
Realismo 
As idealizações dão lugar à observação objetiva e rigorosa da sociedade
Concebem a realidade segundo uma visão objetiva e materialista 
Defendem a produção de obras que retratem o real de modo documental, sem distorção nem idealização, e muitas vezes com uma linguagem próxima do rigor cientifico. 
Instrumento de denúncia das desigualdades sociais
A burguesia é criticada por transformar as relações sociais e os próprios indivíduos em simples mercadorias 
Os personagens tem personalidades mais complexas
Jogo realista “aparência versus essência”
O romance moderno, gênero representativo do mundo burguês, privilegia protagonistas que não são modelos exemplares de conduta, apresentam uma trajetória comum, com todos os problemas humanos. 
Machado de Assis 
Sua produção realista é marcada pela consciência das contradições de um Brasil dividido entre o desejo de modernização (segundo modelos capitalistas da burguesia liberal europeia) e a manutenção das estruturas conservadoras de poder (o sistema patriarcal e escravocrata que ainda vigorava no país)
Tratou, também, de problemas e sentimentos comuns a todos os seres humanos. 
A ironia é o recurso textual frequentemente usado pelo autor para tratar das questões humanas
O uso de pronomes possesivos como “ nossa” (em: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”) tem efeito de criar cumplicidade e ironia: a miséria não seria só de Brás Cubas, mas de toda a humanidade
Eça de Queiroz 
Movimento realista em Portugal 
Romance : “ A cidade e as Serras”
 Trata da onda de cientificismo e modernização que influenciou a cultura europeia na segunda metade do século XIX
Explicita o contraste entre o progresso urbano e a tradição rural 
Evidencia-se o apego ao consumismo, estimulado pelo capitalismo burguês e industrial 
Eça descreve Jacinto, o protagonista, como um típico burguês enfastiado com a vida social. O autor busca caracterizar no personagem um arquétipo da elite portuguesa, a qual criticava. Além disso, o protagonista encarna a ansiedade do individuo moderno, sedento de velocidade e simultaneidade. 
Apresenta também traços do romance de tese, aquele que, por meio da história narrada, defende uma ideia. 
Naturalismo 
Os autores do naturalismo se colocam como observadores imparciais diante de seu objeto de estudo: os personagens
É considerado por muitos especialistas como a radicalização do Realismo 
Foi impulsionado por uma série de avanços científicos, principalmente nos campos da biologia e da sociologia 
Procuram explicar os acontecimentos com base em teorias cientificas 
O romance se transforma em uma espécie de laboratório, no qual temas considerados polêmicos pela sociedade do período são expostos sem idealização nem contornos atenuantes 
A influência do meio sobre o individuo (determinismo) e a evolução dos seres vivos (darwinismo) são algumas das ideais.
Há uma visão não espiritualizada dos afetos humanos
A descrição física ligada ao corpo é explorada pelo naturalistas para representar os aspectos instintivos e naturais do ser humano. As descrições apelam para o grotesco e o animalesco
 O desejo ligado ao cio é frequente na literatura naturalista. 
Com o objetivo de criticar os valores civilizatórios burgueses e a descaracterização da “ humanidade” do homem, alguns personagens se tornam coisas ou objetos. 
Aluísio Azevedo 
O cortiço

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