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80 GE FUVEST 2017 O EXAME SIMULADO 1ª FASE 90 questões em cinco horas Os testes a seguir simulam a prova da Fuvest da primeira fase do vestibular. As questões foram selecionadas de edições anteriores da própria Fuvest, dos últimos sete anos, de 2010 a 2016, e trazem os temas mais recorrentes nos exames durante esse período. • COMO É A PROVA Composta de 90 questões de múltipla escolha, com cinco alternativas, das quais somente uma é correta. Elas abordam os conteúdos das disciplinas básicas do Ensino Médio: Português, Matemática, História, Geo- grafia, Física, Química, Biologia e Inglês, incluindo algumas perguntas interdisciplinares. • TEMPO PARA RESPONDER Os candidatos têm cinco horas para fazer todo o exame, o que significa pouco mais de três minutos por questão. • RESULTADOS Você verifica as respostas a partir da pág. 101. Depois, pode contar o número de questões que acertou e comparar com a nota de corte (pontuação mínima que você precisa atingir para ir para a segunda fase) da carreira escolhi- da nas últimas edições do vestibular (veja a partir da pág. 32). Embora ela possa mudar de um ano para outro, serve como referência para você acompanhar o seu desempenho. • ELIMINAÇÃO Atenção: para seguir na disputa por uma vaga é preciso acertar pelo menos 30% das questões. Os candida- tos que tiverem menos de 27 acertos são automaticamente eliminados. 1. (Fuvest 2016) Em um experimento probabilístico, Joana retirará aleato- riamente 2 bolas de uma caixa contendo bolas azuis e bolas vermelhas. Ao montar-se o experimento, colocam-se 6 bolas azuis na caixa. Quantas bolas vermelhas devem ser acrescen- tadas para que a probabilidade de Joana obter 2 azuis seja 1/3? a) 2 b) 4 c) 6 d) 8 e) 10 2. (Fuvest 2016) Uma dieta de emagrecimento atribui a cada alimento um certo número de pontos, que equivale ao valor calórico do alimento ao ser ingerido. Assim, por exemplo, as combinações a seguir somam, cada uma, 85 pontos: • 4 colheres de arroz + 2 colheres de azeite + 1 fatia de queijo branco. • 1 colher de arroz + 1 bife + 2 fatias de queijo branco. • 4 colheres de arroz + 1 colher de azeite + 2 fatias de queijo branco. • 4 colheres de arroz + 1 bife. NOTE E ADOTE 1 colher de arroz 1 colher de azeite 1 bife Massa de alimento (g) 20 5 100 % de umidade + macronutriente minoritário + micronutrientes 75 0 60 % de macronutriente majoritário 25 100 40 São macronutrientes as proteínas, os carboidratos e os lipídeos. Com base nas informações fornecidas, e na composição nu- tricional dos alimentos, considere as seguintes afirmações: I. A pontuação de um bife de 100 g é 45. II. O macronutriente presente em maior quantidade no arroz é o carboidrato. III. Para uma mesma massa de lipídeo de origem vegetal e de carboidrato, a razão é 1,5. É correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. GE FUVEST 2017 81 3. (Fuvest 2013) Quando se divide o Produto Interno Bruto (PIB) de um país pela sua população, obtém-se a renda per capita desse país. Suponha que a população de um país cresça à taxa constante de 2% ao ano. Para que sua renda per capita dobre em 20 anos, o PIB deve crescer anualmente à taxa constante de, aproximadamente, dado : a) 4,2% b) 5,6% c) 6,4% d) 7,5% e) 8,9% 4. (Fuvest 2012) O número real x, com 0 < x < π, satisfaz a equação log 3 (1 – cosx) + log 3 (1 + cosx) = –2. Então, cos2x + senx vale a) b) c) d) e) 5. (Fuvest 2016) Os pontos A, B e C são colineares, =5, = 2 e está entre A e C. Os pontos C e D pertencem a uma circunferência com centro em A. Traça-se uma reta r perpendicular ao segmento BD passando pelo seu ponto médio. Chama-se de P a interseção de r com AD. Então, vale a) 4 b)5 c) 6 d) 7 e) 8 6. (Fuvest 2012) Em uma festa com n pessoas, em um dado instante, 31 mulheres se retiraram e restaram convidados na razão de 2 homens para cada mulher. Um pouco mais tarde, 55 homens se retiraram e restaram, a seguir, convidados na razão de 3 mulheres para cada homem. O número n de pessoas presentes inicialmente na festa era igual a a) 100 b) 105 c) 115 d) 130 e) 135 7. (Fuvest 2015) A equação x² + 2x + y² + my = n em que m e n são constantes, representa uma circunferência no plano cartesiano. Sabe-se que a reta y = –x + 1 contém o centro da circunferência e a intersecta no ponto (–3, 4). Os valores de m e n são, respectivamente, a) –4 e 3 b) 4 e 5 c) –4 e 2 d) –2 e 4 e) 2 e 3 8. (Fuvest 2016) No quadrilátero plano ABCD os ângulos e são retos, AB = AD = 1, BC = CD = 2 e BD é uma diagonal. O cosseno do ângulo vale a) b) c) d) e) 9. (Fuvest 2010) A função f: R → R tem como gráfi co uma parábola e satisfaz f(x + 1) – f(x) = 6x – 2, para todo número real x. Então, o menor valor de f(x) ocorre quando x é igual a a) b) c) d) 0 e) 10. (Fuvest 2014) Três das arestas de um cubo, com um vértice em comum, são também arestas de um tetraedro. A razão entre o volume do tetraedro e o volume do cubo é a) b) c) d) e) 11. (Fuvest 2010) A magnitude de um terremoto na Escala Richter é proporcional ao logaritmo, na base 10, da energia liberada pelo abalo sísmi- co. Analogamente, o pH de uma solução aquosa é dado pelo logaritmo, na base 10, do inverso da concentração de íons H+. Considere as seguintes afi rmações: I. O uso do logaritmo nas escalas mencionadas justifi ca-se pelas variações exponenciais das grandezas envolvidas. II. A concentração de íons H+ de uma solução ácida com pH 4 é 10 mil vezes maior que a de uma solução alcalina com pH 8. III. Um abalo sísmico de magnitude 6 na escala Richter libera duas vezes mais energia que outro, de magnitude 3. Está correto o que se afi rma somente em a) I. b)II. c) III. d) I e II. e) I e III. 12. (Fuvest 2010) Em um experimento, alunos associaram os odores de alguns ésteres a aromas característicos de alimentos, como, por exemplo: banana abacaxi pera maçã pepino Analisando a fórmula estrutural dos ésteres apresentados, pode-se dizer que, dentre eles, os que têm cheiro de a) maçã e abacaxi são isômeros. b) banana e pepino são preparados com alcoóis secundários. c) pepino e maçã são heptanoatos. d) pepino e pera são ésteres do mesmo ácido carboxílico. e) pera e banana possuem, cada qual, um carbono assimétrico. 82 GE FUVEST 2017 O EXAME SIMULADO 1ª FASE 13. (Fuvest 2015) A grafi te de um lápis tem quinze centímetros de comprimen- to e dois milímetros de espessura. Dentre os valores abaixo, o que mais se aproxima do número de átomos presentes nes- sa grafi te é: Nota: 1) Assuma que a grafi te é um cilindro circular reto, feito de grafi ta pura. A espessura da grafi te é o diâmetro da base do cilindro. 2) Adote os valores aproximados de: 2,2g /cm3 para a densidade da grafi ta; 12 g/mol para a massa molar do carbono; 6,0 x 1023 mol–1 para a constante de Avogadro. a) 5,0 X 1023 b) 1,0 X 1023 c) 5,0 X 1022 d) 1,0 X 1022 e) 5,0 X 1021 14. (Fuvest 2010) Uma estudante de química realizou quatro experimentos, que consistiram em misturar soluções aquosas de sais inor- gânicos e observar os resultados. As observações foram ano- tadas em uma tabela: Experi- mento Solutos contidos inicialmente nas soluções que foram misturadas Observações 1 Ba(ClO 3 ) 2 Mg(IO 3 ) 2 formação de precipitado branco 2 Mg(IO 3 ) 2 Pb(ClO 3 ) 2 formação de precipitado branco 3 MgCrO 4 Pb(ClO 3 ) 2 formação de precipitado amarelo 4 MgCrO 4 Ca(ClO 3 ) 2 nenhuma transformação observada A partir desses experimentos, conclui-se que são pouco solú- veis em água somente os compostos a) Ba(IO 3 ) 2 e Mg(ClO 3 ) 2 . b) PbCrO 4 e Mg(ClO 3 ) 2 . c) Pb(IO 3 ) 2 e CaCrO 4 . d) Ba(IO 3 ) 2 , Pb(IO 3 ) 2 e PbCrO 4 . e) Pb(IO 3 ) 2 , PbCrO 4 e CaCrO 4 . 15. (Fuvest 2016) O biogás pode substituir a gasolina na geração de energia. Sabe-se que 60% em volume do biogás são constituídos de metano, cuja combustão completa libera cerca de 900 kJ/mol. Uma usina produtora gera 2.000 litros de biogás por dia. Para produzir a mesma quantidade de energia liberada pela queima de todo o metano contido nesse volume de biogás, será neces- sária a seguinte quantidade aproximada (em litros) de gasolina: a) 0,7 b) 1,0 c) 1,7 d) 3,3 e) 4,5 NOTE E ADOTE - Volume molar nas condições de produção de biogás: 24 L/mol; - energia liberada na combustão completa da gasolina: 4,5 X 104 kJ/L 16. (Fuvest 2011) Um sólido branco apresenta as seguintes propriedades: I. É solúvel em água. II. Sua solução aquosa é condutora de corrente elétrica. III. Quando puro, o sólido não conduz corrente elétrica. IV. Quando fundido, o líquido puro resultante não conduz corrente elétrica. Considerando essas informações, o sólido em questão pode ser a) sulfato de potássio. b) hidróxido de bário. c) platina. d) ácido cis-butenodioico. e) polietileno. 17. (Fuvest 2015) Um estudante utilizou um programa de computador para tes- tar seus conhecimentos sobre concentração de soluções. No programa de simulação, ele deveria escolher um soluto para dissolver em água, a quantidade desse soluto, em mol, e o volu- me da solução. Uma vez escolhidos os valores desses parâme- tros, o programa apresenta, em um mostrador, a concentração da solução. A tela inicial do simulador é mostrada a seguir. Soluto: Arquivo Ajuda i l d d l õSimulador de soluções Quantidade de soluto Volume da solução Concentração da solução Mostrador do valor da concentração 1,0 mol mol/L A B 1,0 L 0,2 L0 Reiniciar tudo? cursores móveis O estudante escolheu um soluto e moveu os cursores A e B até que o mostrador de concentração indicasse o valor 0,50 mol/L. Quando esse valor foi atingido, os cursores A e B poderiam estar como mostrado em: GE FUVEST 2017 83 a) 1,0 L1,0 mol 0 0,2 L A B b) 1,0 L1,0 mol 0 0,2 L A B c) 1,0 L1,0 mol 0 0,2 L A B d) 1,01,0 0 0,2 L A B e) 1,0 L1,0 mol 0 0,2 L A B 18. (Fuvest 2013) Quando certos metais são colocados em contato com solu- ções ácidas, pode haver formação de gás hidrogênio. Abaixo, segue uma tabela elaborada por uma estudante de Química, contendo resultados de experimentos que ela realizou em diferentes condições. Ex- peri- men- to Reagentes Tempo para liberar 30 mL H 2 Observações Solução de HCl (aq) de concentração 0,2 mol/L Metal 1 200 mL 1,0 g de Zn (raspas) 30 s Liberação de H 2 e calor 2 200 mL 1,0 g de Cu (fi o) Não li- berou H 2 Sem alterações 3 200 mL 1,0 g de Zn (pó) 18 s Liberação de H 2 e calor 4 200 mL 1,0 g de Zn (raspas) + 1,0 g de Cu (fi o) 8 s Liberação de H 2 e calor; massa de Cu não se alterou Após realizar esses experimentos, a estudante fez três afi r- mações: I. A velocidade da reação de Zn com ácido aumenta na pre- sença de Cu. II. O aumento na concentração inicial do ácido causa o au- mento da velocidade de liberação do gás H 2 . III. Os resultados dos experimentos 1 e 3 mostram que, quanto maior o quociente superfície de contato/massa total de amostra de Zn, maior a velocidade de reação. Com os dados contidos na tabela, a estudante somente poderia concluir o que se afi rma em a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III. 19. (Fuvest 2014) A tabela a seguir contém dados sobre alguns ácidos carboxílicos. Nome Fórmula Ponto de ebulição a 1 atm (°C) Densidade a 20°C (g/ml) Ácido etanoico H 3 CCO 2 H 118 1,04 Ácido n- butanoico H 3 C(CH 2 ) 2 CO 2 H 164 0,96 Ácido n- pentanoico H 3 C(CH 2 ) 3 CO 2 H 186 0,94 Ácido n- hexanoico H 3 C(CH 2 ) 4 CO 2 H 205 0,93 Assinale a alternativa que apresenta uma afi rmação coerente com as informações fornecidas na tabela. a) A 20 °C, 1 mL de ácido etanoico tem massa maior do que 1 mL de ácido n-pentanoico. b) O ácido propanoico (H 3 CCH 2 CO 2 H) deve ter ponto de ebulição (a 1 atm) acima de 200 °C. c) O acréscimo de um grupo –CH 2 – à cadeia carbônica provoca o aumento da densidade dos ácidos carboxílicos. d) O aumento da massa molar dos ácidos carboxílicos facilita a passagem de suas moléculas do estado líquido para o gasoso. e) O ácido n-butanoico deve ter pressão de vapor menor que o ácido n-hexanoico, a uma mesma temperatura. 20. (Fuvest 2012) As fórmulas estruturais de alguns componentes de óleos es- senciais, responsáveis pelo aroma de certas ervas e fl ores, são: Dentre esses compostos, são isômeros: a) anetol e linalol. b) eugenol e linalol. c) citronelal e eugenol. d) linalol e citronelal. e) eugenol e anetol. 84 GE FUVEST 2017 O EXAME SIMULADO 1ª FASE 21. (Fuvest 2012) Volumes iguais de uma solução de I 2 (em solvente orgânico apropriado) foram colocados em cinco diferentes frascos. Em seguida, a cada um dos frascos foi adicionada uma massa diferente de estanho (Sn), variando entre 0,2 e 1,0 g. Em cada frasco, formou-se uma certa quantidade de SnI4, que foi, en- tão, purifi cado e pesado. No gráfi co abaixo, são apresenta- dos os resultados desse experimento. m a ss a d e S n 4( g ) massa de Sn(g) 1,0 1,0 0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 2,0 3,0 4,0 5,0 Com base nesses resultados experimentais, é possível afi rmar que o valor da relação é, aproximadamente, a) 1 : 8 b) 1 : 4 c) 1 : 2 d) 2 : 1 e) 4 : 1 22. (Fuvest 2015) Parte do solo da Bacia Amazônica é naturalmente pobre em nutrientes e, consequentemente, pouco apropriada para a agricultura comercial. Por outro lado, em certas porções desse território, são encontradas extensões de terra rica em carvão e nutrientes (sob a forma de compostos de fósforo e cálcio), os quais não resultaram da decomposição microbia- na da vegetação. Esse tipo de solo é popularmente chamado de “terra preta”. Dentre as hipóteses a seguir, formuladas para explicar a ocor- rência da “terra preta”, a mais plausível seria a da a) decomposição gradativa de restos de peixes e caça e deposição da fuligem gerada pela queima de madeira, empregada no cozimento de alimentos. b) decomposição microbiana de afl oramentos de petróleo, seguida pela combustão completa dos produtos dessa decomposição. c) reação dos carbonatos e fosfatos, existentes na vegetação morta, com chuvas que apresentam pH menor do que 4 (chuva ácida). d) oxidação, durante a respiração noturna, do carbono contido nos vegetais da Floresta Amazônica. e) decomposição térmica de calcário, produzindo óxido de cálcio e carvão. 23. (Fuvest 2012) Uma fi bra óptica é um guia de luz, fl exível e transparente, cilíndrico, feito de sílica ou polímero, de diâmetro não muito maior que o de um fi o de cabelo, usado para transmitir sinais luminosos a grandes distâncias, com baixas perdas de inten- sidade. A fi bra óptica é constituída de um núcleo, por onde a luz se propaga, e de um revestimento, como esquematizado na fi gura (corte longitudinal). Luz revestimento núcleo i NOTE E ADOTE i (graus) sen i cos i 25 0,42 0,91 30 0,50 0,87 45 0,71 0,71 50 0,77 0,64 55 0,82 0,57 60 0,87 0,50 65 0,91 0,42 n 1 sen i 1 = n 2 sen i 2 Sendo o índice de refração do núcleo 1,60 e o do revestimento, 1,45, o menor valor do ângulo de incidência i do feixe lumi- noso, para que toda a luz incidente permaneça no núcleo, é, aproximadamente: a) 45° b) 50° c) 55° d) 60° e) 65° 24. (Fuvest 2011) Usando um sistema formado por uma corda e uma roldana, um homem levanta uma caixa de massa m, aplicando na corda uma força F que forma um ângulo i com a direção vertical, como mostra a fi gura. O trabalho realizado pela resultante das forças que atuam na caixa – peso e força da corda –, quan- do o centro de massa da caixa é elevado, com velocidade cons- tante v, desde a altura y a até a altura y b , é: i y g x m F y b y a a) nulo. d) F cos (i) (y b – y a ). b) F (y b – y a ). e) mg (y b – y a ) + mv2/2. c) mg (y b – y a ). GE FUVEST 2017 85 25.(Fuvest 2013) Compare as colisões de uma bola de vôlei e de uma bola de golfe com o tórax de uma pessoa, parada e em pé. A bola de vôlei, com massa de 270 g, tem velocidade de 30 m/s quando atinge a pessoa, e a de golfe, com 45 g, tem velocidade de 60 m/s ao atingir a mesma pessoa, nas mesmas condições. Considere ambas as colisões totalmente inelásticas. É correto apenas o que se afi rma em: a) Antes das colisões, a quantidade de movimento da bola de golfe é maior que a da bola de vôlei. b) Antes das colisões, a energia cinética da bola de golfe é maior que a da bola de vôlei. c) Após as colisões, a velocidade da bola de golfe é maior que a da bola de vôlei. d) Durante as colisões, a força média exercida pela bola de golfe sobre o tórax da pessoa é maior que a exercida pela bola de vôlei. e) Durante as colisões, a pressão média exercida pela bola de golfe sobre o tórax da pessoa é maior que a exercida pela bola de vôlei. NOTE E ADOTE • A massa da pessoa é muito maior que a massa das bolas. • As colisões são frontais. • O tempo de interação da bola de vôlei com o tórax da pessoa é o dobro do tempo de interação da bola de golfe. • A área média de contato da bola de vôlei com o tórax é 10 vezes maior que a área média de contato da bola de golfe. 26. (Fuvest 2012) Em uma sala fechada e isolada termicamente, uma geladei- ra, em funcionamento, tem, num dado instante, sua porta completamente aberta. Antes da abertura dessa porta, a temperatura da sala é maior que a do interior da geladeira. Após a abertura da porta, a temperatura da sala a) diminui até que o equilíbrio térmico seja estabelecido. b) diminui continuamente enquanto a porta permanecer aberta. c) diminui inicialmente, mas, posteriormente, será maior do que quando a porta foi aberta. d) aumenta inicialmente, mas, posteriormente, será menor do que quando a porta foi aberta. e) não se altera, pois se trata de um sistema fechado e termi- camente isolado 27. (Fuvest 2010) Numa fi lmagem, no exato instante em que um caminhão pas- sa por uma marca no chão, um dublê se larga de um viaduto para cair dentro de sua caçamba. A velocidade v do caminhão é constante e o dublê inicia sua queda a partir do repouso, de uma altura de 5 m da caçamba, que tem 6 m de comprimento. A velocidade ideal do caminhão é aquela em que o dublê cai bem no centro da caçamba, mas a velocidade real v do caminhão poderá ser diferente e ele cairá mais à frente ou mais atrás do centro da caçamba. Para que o dublê caia dentro da caçamba, v pode diferir da velocidade ideal, em módulo, no máximo: a) 1 m/s. b) 3 m/s. c) 5 m/s d) 7 m/s. e) 9 m/s. 28. (Fuvest 2013) A energia potencial elétrica U de duas partículas em função da distância r que as separa está representada no gráfi co da fi gura abaixo. 0 0 2 2 4 4 6 6 8 10 12 r (1o–10 m) Uma das partículas está fi xa em uma posição, enquanto a outra se move apenas devido à força elétrica de interação entre elas. Quando a distância entre as partículas varia de ri = 3.10–10 m a rf = 9.10–10 m, a energia cinética da partícula em movimento a) diminui 1.10–18 J b) aumenta 1.10–18 J c) diminui 2.10–18 J d) aumenta 2.10–18 J e) não se altera 29. (Fuvest 2015) A fi gura acima mostra parte do teclado de um piano. Os valores das frequências das notas sucessivas, incluindo os sustenidos, representados pelo símbolo #, obedecem a uma progressão ge- ométrica crescente da esquerda para a direita; a razão entre as frequências de duas notas Dó consecutivas vale 2; a frequên- cia da nota Lá do teclado da fi gura é 440 Hz. O comprimento de onda, no ar, da nota Sol indicada na fi gura é próximo de a) 0,56 m. b) 0,86 m. c) 1,06 m. d) 1,12 m. e) 1,45 m. NOTE E ADOTE 21/12 = 1,059 (1,059)2 = 1,12 velocidade do som no ar = 340 m/s 86 GE FUVEST 2017 O EXAME SIMULADO 1ª FASE 30. (Fuvest 2015) Dispõe-se de várias lâmpadas incandescentes de diferentes potências, projetadas para serem utilizadas em 110 V de ten- são. Elas foram acopladas, como nas fi guras I, II e III abaixo, e ligadas em 220 V. Em quais desses circuitos as lâmpadas funcionarão como se esti- vessem individualmente ligadas a uma fonte de tensão de 110 V? a) Somente em I. b) Somente em II. c) Somente em III. d) Em I e III. e) Em II e III. 31. (Fuvest 2016) O elétron e sua antipartícula, o pósitron, possuem massas iguais e cargas opostas. Em uma reação em que o elétron e o pósitron, em repouso, se aniquilam, dois fótons de mesma energia são emitidos em sentidos opostos. A energia de cada fóton produzido é, em MeV, aproximadamente, a) 0,3 b) 0,5 c) 0,8 d) 1,6 e) 3,2 NOTE E ADOTE Relação de Einstein entre energia (E) e massa (m): E = m.c2 Massa do elétron = 9 X 10–31 kg Velocidade da luz c = 3 X 108 m/s 1 eV = 1,6 X 10–19 J 1 MeV = 106 eV No processo de aniquilação, toda a massa das partículas é transformada em energia dos fótons. 32. (Fuvest 2016) Uma garrafa tem um cilindro afi xado em sua boca, no qual um êmbolo pode se movimentar sem atrito, mantendo constante a massa de ar dentro da gar- rafa, como ilustra a fi gura. Inicialmente, o sistema está em equilíbrio à temperatura de 27 °C. O volume de ar na garrafa é igual a 600 cm3 e o êmbolo tem uma área transversal igual a 3 cm2. Na condição de equilíbrio, com a pressão atmosférica constante, para cada 1 °C de aumento de temperatura do siste- ma, o êmbolo subirá aproximadamente: a) 0,7 cm b) 14 cm c) 2,1 cm d) 30 cm e) 60 cm 33. (Fuvest 2014 ) Para passar de uma margem a outra de um rio, uma pessoa se pendura na extremidade de um cipó esticado, formando um ângulo de 30º com a vertical, e inicia, com velocidade nula, um movimento pendular. Do outro lado do rio, a pessoa se solta do cipó no instante em que sua velocidade fi ca novamente igual a zero. Imediatamente antes de se soltar, sua aceleração tem a) valor nulo. b) direção que forma um ângulo de 30º com a vertical e módulo 9 m/s2. c) direção que forma um ângulo de 30º com a vertical e módulo 5 m/s2. d) direção que forma um ângulo de 60º com a vertical e módulo 9 m/s2. e) direção que forma um ângulo de 60º com a vertical e módulo 5 m/s2. 34. (Fuvest 2016) Chumaços de algodão embebidos em uma solução de vermelho de cresol, de cor rosa, foram colocados em três recipientes de vidro, I, II e III, idênticos e transparentes. Em I e II, havia plantas e, em III, rãs. Os recipientes foram vedados e iluminados duran- te um mesmo intervalo de tempo com a luz de mesma intensi- dade, sendo que I e III foram iluminados com luz de frequência igual a 7,0 x 1014 Hz, e II, com luz de frequência igual a 5,0 x 1014 Hz. O gráfi co mostra a taxa de fotossíntese das clorofi las a e b em função do comprimento de onda da radiação eletromagné- tica. Considere que, para essas plantas, o ponto de compensa- ção fótica corresponde a 20% do percentual de absorção. Clorifila a Clorifila b Comprimento de onda (nm) 400 0 200 400 60 800 450 500 550 600 650 700 GE FUVEST 2017 87 É correto afi rmar que, após o período de iluminação, as cores dos chumaços de algodão embebidos em solução de cresol dos recipientes I, II e III fi caram, respectivamente, a) roxa, amarela e amarela. b) roxa, rosa e amarela. c) rosa, roxa e amarela. d) amarela, amarela e roxa. e) roxa, roxa e rosa. NOTE E ADOTE As plantas e a rã permaneceram vivas durante o experimento. As cores da solução de cresol em ambientes com dióxido de carbono em concentração menor, igual e maior que a da atmosfera são, respectivamente, roxa, rosa e amarela. Velocidade da luz c = 3 X 108 m/s 1 nm = 10–9 m 35. (Fuvest 2015) Abaixo estão listados grupos de organismos clorofi lados e características que os distinguem: I. Traqueófi tas – vaso condutor de seiva. II. Antófi tas – fl or. III. Espermatófi tas – semente. IV. Embriófi tas – embrião. V. Talófi tas – corpo organizado em talo. Considere que cada grupo corresponde a um conjunto e que a interseção entre eles representa o compartilhamento de características. Sendo P um pinheiro-do-paraná (araucária), indique a alternativa em que P está posicionado corretamente, quanto às características que possui. a) d) b) e) c) 36. (Fuvest 2016) Em relação ao fl uxo de energia na biosfera, considere que • A representa a energia captada pelos produtores; • B representa a energia liberada (perdida) pelos seres vivos; • C representa a energia retida (incorporada) pelos seres vivos. A relação entre A, B e C na biosfera está representada em: a) A < B < C. b) A < C < B. c) A = B = C. d) A = B + C. e) A + C = B. 37. (Fuvest 2011) Em 1910, cerca de 50 indivíduos de uma espécie de mamífe- ros foram introduzidos numa determinada região. O gráfi co abaixo mostra quantos indivíduos dessa população foram registrados a cada ano, desde 1910 até 1950. Esse gráfi co mostra que, a) desde 1910 até 1940, a taxa de natalidade superou a de mor- talidade em todos os anos. b) a partir de 1938, a queda do número de indivíduos foi devida à emigração. c) no período de 1920 a 1930, o número de nascimentos mais o de imigrantes foi equivalente ao número de mortes mais o de emigrantes. d) no período de 1935 a 1940, o número de nascimentos mais o de imigrantes superou o número de mortes mais o de emigrantes. e) no período de 1910 a 1950, o número de nascimentos mais o de imigrantes superou o número de mortes mais o de emigrantes. 38. (Fuvest 2016) A pele humana atua na manutenção da temperatura corpó- rea. Analise as afi rmações abaixo: I. Em dias frios, vasos sanguíneos na pele se contraem, o que diminui a perda de calor, mantendo o corpo aquecido. II. Em dias quentes, vasos sanguíneos na pele se dilatam, o que diminui a irradiação de calor para o meio, esfriando o corpo. 88 GE FUVEST 2017 O EXAME SIMULADO 1ª FASE III. Em dias quentes, o suor produzido pelas glândulas su- doríparas, ao evaporar, absorve calor da superfície do corpo, resfriando-o. Está correto apenas o que se afi rma em a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III. 39. (Fuvest 2016) Considere o processo de divisão meiótica em um homem heterozigótico quanto a uma característica de herança au- tossômica recessiva (Hh). O número de cópias do alelo h nas células que estão no início da intérfase (A), nas células que estão em metáfase I (B) e naquelas que resultam da segunda divisão meiótica (C) é A B C a) 1 1 1 ou 0 b) 1 2 1 ou 0 c) 1 2 1 d) 2 2 1 e) 2 1 1 40. (Fuvest 2013) A fi gura representa uma hipótese das relações evolutivas entre alguns grupos animais. Poríferos Cnidários Moluscos Anelídeos Nematódeos Artrópodes Equinodermes Cordados Baseado em Tree of Life Web Project 2002. De acordo com essa hipótese, a classifi cação dos animais em Vertebrados e Invertebrados a) está justifi cada, pois há um ancestral comum para todos os vertebrados e outro diferente para todos os invertebrados. b) não está justifi cada, pois separa um grupo que reúne vários fi los de outro que é apenas parte de um fi lo. c) está justifi cada, pois a denominação de Vertebrado pode ser considerada como sinônima de Cordado. d) não está justifi cada, pois, evolutivamente, os vertebrados estão igualmente distantes de todos os invertebrados. e) está justifi cada, pois separa um grupo que possui muitos fi los com poucos representantes de outro com poucos fi los e muitos representantes. 41. (Fuvest 2015) Existem vírus que a) se reproduzem independentemente de células. b) têm genoma constituído de DNA e RNA. c) sintetizam DNA a partir de RNA. d) realizam respiração aeróbica no interior da cápsula proteica. e) possuem citoplasma, que não contém organelas. 42. (Fuvest 2010) Há uma impressionante continuidade entre os seres vivos (...). Talvez o exemplo mais marcante seja o da conservação do código genético (...) em praticamente todos os seres vi- vos. Um código genético de tal maneira “universal” é evidên- cia de que todos os seres vivos são aparentados e herdaram os mecanismos de leitura do RNA de um ancestral comum. Morgante & Meyer, Darwin e a Biologia, O Biólogo 10:12–20, 2009. O termo “código genético” refere-se a) ao conjunto de trincas de bases nitrogenadas, cada trinca correspondendo a um determinado aminoácido. b) ao conjunto de todos os genes dos cromossomos de uma célula, capazes de sintetizar diferentes proteínas. c) ao conjunto de proteínas sintetizadas a partir de uma sequên- cia específi ca de RNA. d) a todo o genoma de um organismo, formado pelo DNA de suas células somáticas e reprodutivas. e) à síntese de RNA a partir de uma das cadeias do DNA, que serve de modelo. 43. (Fuvest 2012) Dez copos de vidro transparente, tendo no fundo algodão mo- lhado em água, foram mantidos em local iluminado e arejado. Em cada um deles, foi colocada uma semente de feijão. Alguns dias depois, todas as sementes germinaram e produziram raízes, caules e folhas. Cinco plantas foram, então, transferidas para cinco vasos com terra e as outras cinco foram mantidas nos copos com algodão. Todas permaneceram no mesmo local iluminado, arejado e foram regadas regularmente com água destilada. Mantendo-se as plantas por várias semanas nessas condições, o resultado esperado e a explicação correta para ele são: a) Todas as plantas crescerão até produzir frutos, pois são ca- pazes de obter, por meio da fotossíntese, os micronutrientes necessários para sua manutenção até a reprodução. b) Somente as plantas em vaso crescerão até produzir frutos, pois, além das substâncias obtidas por meio da fotossíntese, podem absorver, do solo, os micronutrientes necessários para sua manutenção até a reprodução. GE FUVEST 2017 89 c) Todas as plantas crescerão até produzir frutos, pois, além das substâncias obtidas por meio da fotossíntese, podem absorver, da água, os micronutrientes necessários para sua manutenção até a reprodução. d) Somente as plantas em vaso crescerão até produzir frutos, pois apenas elas são capazes de obter, por meio da fotossín- tese, os micronutrientes necessários para sua manutenção até a reprodução. e) Somente as plantas em vaso crescerão até produzir frutos, pois o solo fornece todas as substâncias de que a planta ne- cessita para seu crescimento e manutenção até a reprodução. 44. (Fuvest 2014) Para que a célula possa transportar, para seu interior, o co- lesterol da circulação sanguínea, é necessária a presença de uma determinada proteína em sua membrana. Existem mu- tações do gene responsável pela síntese dessa proteína que impedem a sua produção. Quando um homem ou uma mulher possui uma dessas mutações, mesmo tendo também um alelo normal, apresenta hipercolesterolemia, ou seja, aumento do nível de colesterol no sangue. A hipercolesterolemia devida a essa mutação tem, portanto, herança a) autossômica dominante. b) autossômica recessiva. c) ligada ao X dominante. d) ligada ao X recessiva. e) autossômica codominante. 45.(Fuvest 2016) Examine este cartum. Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso: a) utilização paródica de um provérbio de uso corrente. b) emprego de linguagem formal em circunstâncias informais. c) representação inverossímil de um convívio pacífi co de cães e gatos. d) uso do grotesco na caracterização de seres humanos e de animais. e) inversão do sentido de um pensamento bastante repetido. Texto para as questões 46, 47 e 48. Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e corres- pondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da socie- dade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua-padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação. Celso Cunha. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Adaptado. 46. (Fuvest 2012) Depreende-se do texto que uma determinada língua é um a) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e passa a ser considerada exemplar. b) sistema de signos estruturado segundo as normas instituídas pelo grupo de maior prestígio social. c) conjunto de variedades linguísticas cuja proliferação é vedada pela norma culta. d) complexo de sistemas e subsistemas cujo funcionamento é prejudicado pela heterogeneidade social. e) conjunto de modalidades linguísticas, dentre as quais algumas são dotadas de normas e outras não o são. 47. (Fuvest 2012) De acordo com o texto, em relação às demais variedades do idioma, a língua-padrão se comporta de modo a) inovador. b) restritivo. c) transigente. d) neutro. e) aleatório. 48. (Fuvest 2012) Considere as seguintes afi rmações sobre os quatro períodos que compõem o texto: I. Tendo em vista as relações de sentido constituídas no texto, o primeiro período estabelece uma causa cuja consequência aparece no segundo período. II. O uso de orações subordinadas, tal como ocorre no terceiro período, é muito comum em textos dissertativos. III. Por formarem um parágrafo tipicamente dissertativo, os quatro períodos se organizam em uma sequência constituída de introdução, desenvolvimento e conclusão. IV. O procedimento argumentativo do texto é dedutivo, isto é, vai do geral para o particular. Está correto apenas o que se afi rma em a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 90 GE FUVEST 2017 O EXAME SIMULADO 1ª FASE 49. (Fuvest 2016) Para responder à(s) questão(ões), leia o texto abaixo. Seria ingenuidade procurar nos provérbios de qualquer povo uma filosofia coerente, uma arte de viver. É coisa sabida que a cada provérbio, por assim dizer, responde outro, de sentido oposto. A quem preconiza o sábio limite das despesas, porque “vintém poupado, vintém ganhado”, replicará o vizinho farrista, com razão igual: “Da vida nada se leva”. (...) Mais aconselhável procurarmos nos anexins não a sabedoria de um povo, mas sim o espelho de seus costumes peculiares, os sinais de seu ambiente físico e de sua história. As diferenças na expressão de uma sentença observáveis de uma terra para outra podem divertir o curioso e, às vezes, até instruir o etnógrafo. Povo marítimo, o português assinala semelhança grande entre pai e filho, lembrando que “filho de peixe, peixinho é”. Já os húngaros, ao formularem a mesma verdade, não pensavam nem em peixe, nem em mar; ao olhar para o seu quintal, notaram que a “maçã não cai longe da árvore”. Paulo Rónai, Como Aprendi o Português e Outras Aventuras. No texto, a função argumentativa do provérbio “Da vida nada se leva” é expressar uma filosofia de vida contrária à que está presente em “vintém poupado, vintém ganhado”. Também é contrário a esse último provérbio o ensinamento expresso em: a) Mais vale pão hoje do que galinha amanhã. b) A boa vida é mãe de todos os vícios. c) De grão em grão a galinha enche o papo. d) Devagar se vai ao longe. e) É melhor prevenir do que remediar. Texto para as questões 50 e 51: A Rosa de Hiroxima Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada. Vinicius de Moraes, Antologia Poética. 50. (Fuvest 2011) Neste poema, a) a referência a um acontecimento histórico, ao privilegiar a objetividade, suprime o teor lírico do texto. b) parte da força poética do texto provém da associação da imagem tradicionalmente positiva da rosa a atributos ne- gativos, ligados à ideia de destruição. c) o caráter politicamente engajado do texto é responsável pela sua despreocupação com a elaboração formal. d) o paralelismo da construção sintática revela que o texto foi escrito originalmente como letra de canção popular. e) o predomínio das metonímias sobre as metáforas responde, em boa medida, pelo caráter concreto do texto e pelo vigor de sua mensagem. 51. (Fuvest 2011) Dentre os recursos expressivos presentes no poema, podem- se apontar a sinestesia e a aliteração, respectivamente, nos versos a) 2 e 17. b) 1 e 5. c) 8 e 15. d) 9 e 18. e) 14 e 3. 52. (Fuvest 2010) Texto para a próxima questão: Belo Horizonte, 28 de julho de 1942. Meu caro Mário, Estou te escrevendo rapidamente, se bem que haja muitíssi- ma coisa que eu quero te falar (a respeito da Conferência, que acabei de ler agora). Vem-me uma vontade imensa de desabafar com você tudo o que ela me fez sentir. Mas é longo, não tenho o direito de tomar seu tempo e te chatear. Fernando Sabino. Neste trecho de uma carta de Fernando Sabino a Mário de Andrade, o emprego de linguagem informal é bem evidente em a) “se bem que haja”. b) “que acabei de ler agora”. c) “Vem-me uma vontade”. d) “tudo o que ela me fez sentir”. e) “tomar seu tempo e te chatear”. 53. (Fuvest 2015) Como sabemos, o efeito de um livro sobre nós, mesmo no que se refere à simples informação, depende de muita coi- sa além do valor que ele possa ter. Depende do momento da vida em que o lemos, do grau do nosso conhecimento, da finalidade que temos pela frente. Para quem pouco leu e pouco sabe, um compêndio de ginásio pode ser a fonte reve- ladora. Para quem sabe muito, um livro importante não passa de chuva no molhado. Além disso, há as afinidades profundas, que nos fazem afinar com certo autor (e portanto aproveitá-lo ao máximo) e não com outro, independente da valia de ambos. CANDIDO, Antonio. Dez Livros para Entender o Brasil. Teoria e Debate. Ed. 45, 01/07/2000 5 10 15 GE FUVEST 2017 91 Constitui recurso estilístico do texto I. a combinação da variedade culta da língua escrita, que nele é predominante, com expressões mais comuns na língua oral; II. a repetição de estruturas sintáticas, associada ao emprego de vocabulário corrente, com feição didática; III. o emprego dominante do jargão científico, associado à exploração intensiva da intertextualidade. Está correto apenas o que se indica em a) I. b) II. c) I e II. d) III. e) I e III. 54. (Fuvest 2011) Já na segurança da calçada, e passando por um trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à queima-roupa: – Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo? – Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração empreen- dedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente. R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em Casa: uma Caminhada pela Selva Urbana de São Paulo. National Geographic Brasil. Adaptado. Os interlocutores do diálogo contido no texto compartilham o pressuposto de que a) cidades são geralmente feias, mas interessantes. b) o empreendedorismo faz de São Paulo uma bonita cidade. c) La Paz é tão feia quanto São Paulo. d) São Paulo é uma cidade feia. e) São Paulo e Bogotá são as cidades mais feias do mundo. 55. (Fuvest 2013) Em quatro das alternativas abaixo, registram-se alguns dos aspectos que, para bem caracterizar o gênero e o estilo das Memórias Póstumas de Brás Cubas, o crítico J. G. Merquior pôs em relevo nessa obra de Machado de Assis. A única alternativa que, invertendo, aliás, o juízo do mencionado crítico, aponta uma característica que NÃO se aplica à obra em questão é: a) ausência praticamente completa de distanciamento enobre- cedor na figuração das personagens e de suas ações. b) mistura do sério e do cômico, de que resulta uma abordagem humorística das questões mais cruciais. c) ampla liberdade do texto em relação aos ditames da veros- similhança. d) emprego de uma linguagem que evita chamar a atenção sobre si mesma, apagando-se, assim, por detrás da coisa narrada. e) uso frequente de gêneros intercalados – por exemplo, car- tas ou bilhetes, historietas etc. – embutidos no conjunto da obra global. 56. (Fuvest 2016 adaptada) Texto para a questão. — Pois, Grilo, agora realmente bem podemos dizer que o sr. D. Jacinto está firme. O Grilo arredou os óculos para a testa, e levantando para o ar os cinco dedos em curva como pétalas de uma tulipa: — Sua Excelência brotou! Profundo sempre e digno preto! Sim! Aquele ressequido galho da Cidade, plantado na Serra, pegara, chupara o húmus do torrão herdado, criara seiva, afundara raízes, engrossara de tronco, atirara ramos, rebentara em flores, forte, sereno, ditoso, benéfico, nobre, dando frutos, derramando sombra. E abrigados pela grande árvore, e por ela nutridos, cem casais* em redor o bendiziam. Eça de Queirós, A Cidade e as Serras. *casal: pequena propriedade rústica; pequeno povoado. Tal como se encontra caracterizado no excerto, o destino alcançado pela personagem Jacinto contrasta de modo mais completo com a maneira pela qual culmina a trajetória de vida da personagem a) Leonardo (filho), de Memórias de um Sargento de Milícias. b) Jão Fera, de Til. c) Brás Cubas, de Memórias Póstumas de Brás Cubas. d) Jerônimo, de O Cortiço. e) Pedro Bala, de Capitães da Areia. 57. (Fuvest 2014) Leia o seguinte texto, que faz parte de um anúncio de um produto alimentício: EM RESPEITO A SUA NATUREZA, SÓ TRABALHAMOS COM O MELHOR DA NATUREZA Selecionamos só o que a natureza tem de melhor para levar até a sua casa. Porque faz parte da natureza dos nossos con- sumidores querer produtos saborosos, nutritivos e, acima de tudo, confiáveis. www.destakjornal.com.br, 13/05/2013. Adaptado. Procurando dar maior expressividade ao texto, seu autor a) serve-se do procedimento textual da sinonímia. b) recorre à reiteração de vocábulos homônimos. c) explora o caráter polissêmico das palavras. d) mescla as linguagens científica e jornalística. e) emprega vocábulos iguais na forma, mas de sentidos contrários. 58. (Fuvest 2014) Considere as seguintes comparações entre Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e Capitães da Areia, de Jorge Amado: I. Quanto à relação desses livros com o contexto histórico em que foram produzidos, verifica-se que ambos são tri- butários da radicalização político-ideológica subsequente, no Brasil, à Revolução de 1930. 92 GE FUVEST 2017 O EXAME SIMULADO 1ª FASE II. Embora os dois livros comportem uma consciência crítica do valor da linguagem no processo de dominação social, em Vidas Secas, essa consciência relaciona-se ao emprego de um estilo conciso e até ascético, o que já não ocorre na composição de Capitães da Areia. III. Por diferentes que sejam essas obras, uma e outra condu- zem a um final em que se anuncia a redenção social das personagens oprimidas, em um futuro mundo reconci- liado, de felicidade coletiva. Está correto o que se afirma em a) I, somente. b) I e II, somente. c) III, somente. d) II e III, somente. e) I, II e III. Texto para as questões 59 e 60 59. (Fuvest 2015) E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos olhos enamorados. Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ar- dente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra planta; era o vene- no e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel e era a castanha do caju, que abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma centelha da- quele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa fosforescência afrodisíaca. Aluísio Azevedo, O Cortiço. Para entender as impressões de Jerônimo diante da natureza brasileira, é preciso ter como pressuposto que há a) um contraste entre a experiência prévia da personagem e sua vivência da diversidade biológica do país em que agora se encontra. b) uma continuidade na experiência de vida da personagem, posto que a diversidade biológica aqui e em seu local de origem são muito semelhantes. c) uma ampliação no universo de conhecimento da personagem, que já tinha vivência de diversidade biológica semelhante, mas a expande aqui. d) um equívoco na forma como a personagem percebe e vi- vencia a diversidade biológica local, que não comporta os organismos que ele julga ver. e) um estreitamento na experiência de vida do personagem, que vem de um local com maior diversidade de ambientes e de organismos. 60. (Fuvest 2015) O efeito expressivo do texto – bem como seu pertencimento ao Naturalismo em literatura – baseia-se amplamente no pro- cedimento de explorar de modo intensivo aspectos biológicos da natureza. Entre esses procedimentos empregados no texto, só NÃO se encontra a a) r epresentação do homem como ser vivo em interação cons- tante com o ambiente. b) exploração exaustiva dos receptores sensoriais humanos (audição, visão, olfação, gustação), bem como dos receptores mecânicos. c) figuração variada tanto de plantas quanto de animais, inclu- sive observados em sua interação. d) ênfase em processos naturais ligados à reprodução humana e à metamorfose em animais. e) focalização dos processos de seleção natural como principal força direcionadora do processo evolutivo. Texto para as questões 61 e 62 Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negro em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o lazareto*, Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam: Ele é mesmo nosso pai e é quem pode nos ajudar... Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida: Ora, adeus, ó meus filhinhos, Qu’eu vou e torno a vortá... E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele. Jorge Amado, Capitães da Areia. *lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças. 61. (Fuvest 2016) Considere as seguintes afirmações referentes ao texto de Jorge Amado: I. Do ponto de vista do excerto, considerado no contexto da obra a que pertence, a religião de origem africana comporta um aspecto de resistência cultural e política. II. Fica pressuposta no texto a ideia de que, na época em que se passa a história nele narrada, o Brasil ainda conservava formas de privação de direitos e de exclusão social advin- das do período colonial. GE FUVEST 2017 93 III. Os contrastes de natureza social, cultural e regional que o texto registra permitem concluir corretamente que o Brasil passou por processos de modernização descom- passados e desiguais. Está correto o que se afi rma em a) I, somente. b) II, somente. c) I e II, somente. d) II e III, somente. e) I, II e III. Todos os itens estão corretos. 62. (Fuvest 2016) Das propostas de substituição para os trechos sublinhados nas seguintes frases do texto, a única que faz, de maneira adequada, a correção de um erro gramatical presente no discurso do narrador é: a) “Assim mesmo morrera negro, morrera pobre.”: havia morrido negro, havia morrido pobre. b)“ Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara.”: Omolu dizia, no entanto, que não fora. c) “Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina.”: mas tão pouco sabiam da vacina. d) “Mas para que seus fi lhos negros não o esqueçam [...].”: não lhe esqueçam. e) “E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas [...].”: numa noite em que os atabaques. 63. (Fuvest 2010) Em qual destas frases a vírgula foi empregada para marcar a omissão do verbo? a) Ter um apartamento no térreo é ter as vantagens de uma casa, além de poder desfrutar de um jardim. b) Compre sem susto: a loja é virtual; os direitos, reais. c) Para quem não conhece o mercado fi nanceiro, procuramos usar uma linguagem livre do economês. d) A sensação é de estar perdido: você não vai encontrar ninguém no Jalapão, mas vai ver a natureza intocada. e) Esta é a informação mais importante para a preservação da água: sabendo usar, não vai faltar. 64. (Fuvest 2015) Um tema recorrente no debate contemporâneo é a migração global. A Organização das Nações Unidas estima que existam 232 milhões de migrantes em todo o mundo (ONU, 2013). Há, atualmente, mais mobilidade que em qualquer outra época da história mundial. Comparando a migração atual com a do século XIX, é correto afi rmar: a) Até o século XIX, as nações norte-americanas destacaram- se como emissoras de migrantes, enquanto, hoje em dia, encontram-se entre as principais receptoras desses fl uxos, sobretudo os originários do continente africano. b ) Diferentemente do que ocorreu no século XIX, os recursos envolvidos são um traço diferenciador na atualidade, pois remessas enviadas por migrantes originários de nações po- bres, como Haiti e Jamaica, são, muitas vezes, utilizadas para sustentar suas famílias no país de origem, além de represen- tarem parte signifi cativa do PIB desses países. c) Países europeus, como Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, foram importantes emissores de migrantes no século XIX e continuam a fi gurar, hoje em dia, dentre os países com maior fl uxo migratório para os EUA. d) No século XIX, a emissão e a recepção de migrantes concen- travam-se na Europa, enquanto, na atualidade, a emissão restringe-se à América do Sul e a recepção tem alcance global. e) O movimento migratório do continente africano para a Ásia foi signifi cativo no século XIX e, atualmente, apresenta im- portante crescimento decorrente de políticas de cooperação internacional (Ásia/África) para o desenvolvimento socioeco- nômico africano, especialmente para Angola e África do Sul. 65. (Fuvest 2013) Observe a Carta Topográfi ca abaixo, que representa a área adquirida por um produtor rural. Em parte da área acima representada, onde predominam menores declividades, o produtor rural pretende desenvolver uma atividade agrícola mecanizada. Em outra parte, com maiores declividades, esse produtor deseja plantar eucalipto. Considerando os objetivos desse produtor rural, as áreas que apresentam, respectivamente, características mais apropria- das a uma atividade mecanizada e ao plantio de eucaliptos estão nos quadrantes a) sudeste e nordeste. b) nordeste e noroeste. c) noroeste e sudeste. d) sudeste e sudoeste. e) sudoeste e noroeste. 94 GE FUVEST 2017 O EXAME SIMULADO 1ª FASE 66. (Fuvest 2014) O gráfi co abaixo exibe a distribuição percentual do consumo de energia mundial por tipo de fonte Com base no gráfi co e em seus conhecimentos, identifi que, na escala mundial, a afi rmação correta a) A queda no consumo de petróleo, após a década de 1970, é devida à acentuada diminuição de sua utilização no setor aeroviário e, também, à sua substituição pela energia das marés. b) O aumento relativo do consumo de carvão mineral, a partir da década de 2000, está relacionado ao fato de China e Índia estarem entre os grandes produtores e consumidores de carvão mineral, produto que esses países utilizam em sua crescente industrialização. c) A participação da hidreletricidade se manteve constante, em todo o período, em função da regulamentação ambiental proposta pela ONU, que proíbe a implantação de novas usinas. d) O aumento da participação das fontes renováveis de energia, após a década de 1980, explica-se pelo crescente aproveita- mento de energia solar, proposto nos planos governamentais, em países desenvolvidos de alta latitude. e) O aumento do consumo do gás natural, ao longo de todo o período coberto pelo gráfi co, é explicado por sua utilização crescente nos meios de transportes, conforme estabelecido no Protocolo de Cartagena. 67. (Fuvest 2013) Grandes lagos artifi ciais de barragens, como o Nasser, no Rio Nilo, o Three Gorges, na China, e o de Itaipu, no Brasil, resultantes do represamento de rios, estão entre as obras de engenharia espalhadas pelo mundo com importantes efeitos socioambientais. Acerca dos efeitos socioambientais de grandes lagos de bar- ragens, considere as afi rmações abaixo. I. Enquanto no passado, grandes lagos de barragem restrin- giam-se a áreas de planície, atualmente, graças a progres- sos tecnológicos, situam-se, invariavelmente, em regiões planálticas, com signifi cativos desníveis topográfi cos. II. A abertura das comportas que represam as águas dos lagos de barragens impede a ocorrência de processos de sedimen- tação, assim como provoca grandes enchentes a montante. III. Frequentes desalojamentos de pessoas para a implan- tação de lagos de barragens levaram ao surgimento, no Brasil, do Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB. IV. Por se constituírem como extensos e, muitas vezes, profun- dos reservatórios de água, grandes lagos de barragens pro- vocam alterações microclimáticas nas suas proximidades. Está correto o que se afi rma em: a) I e II, apenas. b) I, II e III, apenas. c) II, III e IV, apenas. d) III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 68. (Fuvest 2015) Considere os mapas sobre a produção de leite no Brasil. Com base nos mapas e em seus conhecimentos, é correto afi r- mar que a produção de leite no Brasil, no período retratado, a) cresceu na Região Nordeste, devido à substituição das plan- tações de algodão, na Zona da Mata, pelos rebanhos leiteiros b) avançou em direção aos estados do Norte e do Centro-Oeste, em função da predominância, nessas regiões, de climas mais secos c ) consolidou a hegemonia de Minas Gerais, graças à alta pro- dutividade alcançada com o melhoramento genético dos rebanhos no Vale do Jequitinhonha d) aumentou, tanto em quantidade produzida quanto em nú- mero de estados produtores, graças, em grande parte, ao crescimento do consumo interno e ) abarcou todo o território nacional, excetuando-se os esta- dos recobertos pela Floresta Amazônica, devido à presença de unidades de conservação. GE FUVEST 2017 95 69. (Fuvest 2010) Sempre deixamos marcas no meio ambiente. Para medir es- sas marcas, William Rees propôs um(a) indicador/estimativa chamado(a) de “Pegada Ecológica”. Segundo a Organização WWF, esse índice calcula a superfície exigida para sustentar um gênero de vida específi co. Mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer e renovar seus recursos naturais e também de absorver os resíduos que geramos. Assim, por exemplo, pa- íses de alto consumo e grande produção de lixo, bem como países mais industrializados e com alta emissão de CO 2 , apresentam maior Pegada Ecológica. www.wwf.org.br. Acessado em 17/08/09. Adaptado. Assinale a anamorfose que melhor representa a atual Pegada Ecológica dos diferentes países. a) b) 70. (Fuvest 2014) O local e o global determinam-se reciprocamente, umas vezes de modo congruente e consequente, outras de modo desigual e desencontrado. Mesclam-se e tensionam-se singularidades, particularidades e universalidades. Conforme Anthony Gid- dens, “A globalização pode assim ser defi nida como a inten- sifi cação das relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa. Este é um processo dialético porque tais acontecimentos locais podem se deslocar numa direção inversa às relações muito distanciadas que os modelam. A transformação local é, assim, uma parte da globalização”. Octávio Ianni, Estudos Avançados. USP. São Paulo, 1994. Adaptado. Neste texto, escrito no fi nal do século XX, o autor refere-se a um processo que persiste no século atual. A partir desse texto, pode se inferir que esse processo leva à a) padronização da vida cotidiana. b) melhor distribuição de renda no planeta. c) intensifi cação do convívio e das relações afetivas presenciais. d) maior troca de saberes entre gerações. e) retração do ambientalismo como reação à sociedade de consumo. 71. (Fuvest 2016) Observe o mapa abaixo e leia o texto a seguir. O terremoto ocorrido em abril de 2015, no Nepal, matou por volta de 9.000 pessoas e expôs um governo sem recursos para lidar com eventos geológicos catastrófi cos de tal magnitude (7,8 na Escala Richter). Índia e China dispuseram-se a ajudar de diferentes maneiras, fornecendo desde militares e médicos até equipes de engenharia, e também por meio de aportes fi nanceiros. Considere os seguintes motivos, além daqueles de razão huma- nitária, para esse apoio ao Nepal: I. Interesse no grande potencial hidrológico para a geração de energia, pois a Cadeia do Himalaia, no Nepal, representa divisor de águas das bacias hidrográfi cas dos rios Ganges e Brahmaputra, caracterizando densa rede de drenagem; c) d) e) 96 GE FUVEST 2017 O EXAME SIMULADO 1ª FASE II. Interesse desses países em controlar o fl uxo de mercadorias agrícolas produzidas no Nepal, através do sistema hidroviário Ganges Brahmaputra, já que esse país limita-se, ao sul, com a Índia e, ao norte, com a China; III. Necessidades da Índia e, principalmente, da China, as quais, com o aumento da população e da urbanização, demandam suprimento de água para abastecimento público, tendo em vista que o Nepal possui inúmeros mananciais. Está correto o que se indica em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 72. (Fuvest 2016) A partir das imagens a seguir, pode-se inferir a progressão do delta do Rio Huang Ho (Rio Amarelo), na costa leste da China, famoso pelo transporte de sedimentos conhecidos por loess. De 1979 a 2000, alterou-se consideravelmente a morfologia do delta, com o aparecimento de feições recentes sobrepostas a outras, que levaram milhões de anos para se formar. Com base na comparação entre as imagens de satélite e em seus conhecimentos, assinale a afi rmação correta. a) A situação verifi cada deve-se aos efeitos das ondas e marés que comandam a deposição de sedimentos no delta, sem haver infl uência continental no processo, já que a topografi a cos- teira permite que o oceano alcance o interior do continente. b) A modifi cação na morfologia deve-se às grandes chuvas que ocorrem a montante desse delta e, por tratar-se de drenagem endorreica, o rio carrega considerável volume de sedimentos grosseiros e blocos rochosos, que, aos poucos, depositam-se ao longo da costa. c) Além de haver nesse sistema deltaico uma característica carga detrítica fi na que, praticamente, excede a capacidade do rio de transportar material erodido e carregado, a mo- difi cação verifi cada foi ampliada pela ocupação antrópica, infl uenciando o regime deposicional. d) O delta é resultante de mudanças climáticas provocadas pela ação humana na exploração de recursos no golfo chinês, nas estações mais quentes e chuvosas, ocasionando a retração da foz e o rebaixamento dos níveis das marés, com o apare- cimento dos bancos de areia sobressalentes. e) As modifi cações no delta devem-se ao fato de essa região carac- terizar-se como um sistema lacustre, onde há acumulação de matéria orgânica decorrente das inundações provocadas pela construção da barragem da usina hidrelétrica de Três Gargantas. 73. (Fuvest 2015) O Brasil possui cerca de 7.500 km de litoral, ao longo dos quais encontramos distintas paisagens naturais, pouco ou muito transformadas pelo homem. Com base nas imagens e em seus conhecimentos, assinale a alternativa que contém informações corretas sobre a paisagem a que elas se referem. a) Essa paisagem, resultante de derra- mamentos vulcânicos em eras ge- ológicas recentes, restringe-se, no Brasil, a poucos trechos do litoral da Região Sudeste. b) Na ausência de cobertura vegetal, essas formações decorrentes de ação eólica constituem paisagens que se modifi cam constantemente estando presentes no litoral e tam- bém no interior do Brasil. c) Paisagem comum nas orlas litorâne- as da região Sul, em que se destaca o coqueiro, espécie arbórea nativa dessa região, utilizada de forma or- namental em outras regiões litorâ- neas do país. d) Esse tipo de morro-testemunho constitui uma forma de relevo tabu- lar, sem cobertura vegetal, forman- do uma paisagem comum, sobretu- do em praias do Sudeste e do Norte do Brasil. e) Ora mais largas, ora mais estreitas, paisagens desse tipo resultam da erosão de partículas argilosas de- corrente da ação das ondas do mar. No Brasil, estão ausentes apenas da Região Norte. 74. (Fuvest 2016) O processo de industrialização que se efetivou em São Pau- lo a partir do início do século XX foi o indutor do processo de metropolização. A partir do fi nal dos anos 1950, a concentra- ção da estrutura produtiva e a centralização do capital em São Paulo foram acompanhadas de uma urbanização con- traditória que, ao mesmo tempo, absorvia as modernidades GE FUVEST 2017 97 possíveis e expulsava para as periferias imensa quantidade de pessoas que, na impossibilidade de viver o urbano, con- traditoriamente, potencializavam a sua expansão. Assim, de 1960 a 1980, a expansão da metrópole caracterizou-se também pela intensa expansão de sua área construída, mar- cadamente fragmentada e hierarquizada. Esse processo se constituiu em um ciclo da expansão capitalista em São Paulo marcada por sua periferização. Isabel Alvarez. Projetos Urbanos: Alianças e Conflitos na Reprodução da Metrópole. Disponível em: http://gesp.fflch.usp.br/sites/gesp.fflch.usp.br/files/02611.pdf. Acessado em 10/08/2015. Adaptado. Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto afi rmar: a ) O processo que levou à formação da metrópole paulistana foi dual, pois, ao trazer modernidade, trouxe também se- gregação social. b) A cidade de São Paulo, no período entre o fi nal da Segunda Guerra Mundial e os anos de 1980, conheceu um processo intenso de desconcentração industrial. c) A periferia de São Paulo continua tendo, nos dias de hoje, um papel fundamental de eliminar a fragmentação e a hie- rarquização espacial. d) A periferização, em São Paulo, cresceu com ritmo acelerado até os anos de 1980, e, a partir daí, estagnou, devido à retração de investimentos na metrópole. e) A expansão da área construída da metrópole, na década de 1960, permitiu, ao mesmo tempo, ampliar a mancha urbana e eliminar a fragmentação espacial. 75. (Fuvest 2016) O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamen- to grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no pla- no intelectual como no domínio das instituições, só no fi m alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos. Jean Pierre Vernant. As Origens do Pensamento Grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado. De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transforma- ções provocadas pelo surgimento da pólis foi a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no uso de imagens. b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos espaços públicos. c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que repro- duziam, nela, o poder absoluto de origem divina do monarca. d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organiza- ção social difi cultava a construção de identidades culturais. e) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus membros. 76. (Fuvest 2011) Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso. Amin Maalouf, As Cruzadas Vistas pelos Árabes. São Paulo: Brasiliense, p.241, 2007. Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a a) difusão do islamismo no interior dos Reinos Francos e a rápida derrocada do Império fundado por Carlos Magno. b) maior organização militar dos muçulmanos e seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o Império Romano do Oriente. c) imediata reação terrorista islâmica, que colocou em risco o Império britânico na Ásia. d) resistência ininterrupta que os cruzados enfrentaram nos territórios que passaram a controlar no Irã e Iraque. e) forte infl uência árabe que o Ocidente sofreu desde então, expressa na gastronomia, na joalheria e no vestuário. 77. (Fuvest 2015) Examine a seguinte imagem, que foi inspirada pela situação da Índia de 1946. Legenda: MOSLEM: muçulmano; NEW CONSTITUTION: nova Constituição; CIVIL WAR: guerra civil; FAMINE: fome. A leitura correta da imagem permite concluir que ela constitui uma crítica 98 GE FUVEST 2017 O EXAME SIMULADO 1ª FASE a) à passividade da ONU e dos países do chamado Terceiro Mundo diante do avanço do fundamentalismo hindu no sudeste asiático. b) à oficialização da religião muçulmana na Índia, diante da qual seria preferível sua manutenção como Estado cristão. c) ao colonialismo britânico, metaforicamente representado por animais ferozes prontos a destruir a liberdade do povo hindu. d) aos políticos que, distanciados da realidade da maioria da população, não seriam capazes de enfrentar os maiores desafios que se impunham à união do país. e) à desesperança do povo hindu, que deveria, não obstante as dificuldades pelas quais passara durante anos de dominação britânica, ser mais otimista. 78. (Fuvest 2016) O processo de expansão das características multilaterais do sistema ocidental nas diversas áreas do mundo conhe- ceu crescente impasse a partir do início do novo século. A sustentabilidade de um sistema substancialmente unipolar mostrou-se cada vez mais crítica, precisamente em face das transformações estruturais, ligadas, antes de mais nada, ao crescimento econômico da Ásia, que pareciam complemen- tar e sustentar a ordem mundial do pós-Guerra Fria. A amea- ça do fundamentalismo islâmico e do terrorismo internacio- nal dividiu o Ocidente. O papel de pilar dos Estados Unidos oscilou entre um unilateralismo imperial, tendendo a re- negar as próprias características da hegemonia, e um novo multilateralismo, ainda a ser pensado e definido. Silvio Pons. A Revolução Global: História do Comunismo Internacional (1917-1991). Rio de Janeiro: Contraponto, 2014. O texto propõe uma interpretação do cenário internacional no princípio do século XXI e afirma a necessidade de se a) valorizar a liderança norte-americana sobre o Ocidente, pois apenas os Estados Unidos dispõem de recursos financeiros e militares para assegurar a nova ordem mundial. b) reconhecer a falência do modelo comunista, hegemônico du- rante a Guerra Fria, e aceitar a vitória do capitalismo e da lógica multilateral que se constituiu a partir do final do século XX. c) combater o terrorismo islâmico, pois ele representa a principal ameaça à estabilidade e à harmonia econômica e política entre os Estados nacionais. d) reavaliar o sentido da chamada globalização, pois a hege- monia política e financeira norte-americana tem enfrentado impasses e resistências. e) identificar o crescimento vertiginoso da China e reconhecer o atual predomínio econômico e financeiro dos países do Oriente na nova ordem mundial. 79. (Fuvest 2016) Somos produto de 500 anos de luta: primeiro, contra a escravi- dão, na Guerra de Independência contra a Espanha, encabeçada pelos insurgentes; depois, para evitar sermos absorvidos pelo expansionismo norte-americano; em seguida, para promulgar nossa Constituição e expulsar o Império Francês de nosso solo; depois, a ditadura porfirista nos negou a aplicação justa das leis de Reforma e o povo se rebelou criando seus próprios líderes; assim surgiram Villa e Zapata, homens pobres como nós, a quem se negou a preparação mais elementar, para assim utilizar-nos como bucha de canhão e saquear as riquezas de nossa pátria, sem importar que estejamos morrendo de fome e enfermidades curáveis, sem importar que não tenhamos nada, absolutamente nada, nem um teto digno, nem terra, nem trabalho, nem saúde, nem alimentação, nem educação, sem ter direito a eleger livre e democraticamente nossas autoridades, sem independência dos estrangeiros, sem paz nem justiça para nós e nossos filhos. “Primeira declaração da Selva Lacandona” (janeiro de 1994), in Massimo di Felice e Cristoval Muñoz (orgs.). A Revolução Invencível. Subcomandante Marcos e Exército Zapatista de Libertação Nacional. Cartas e comunicados. São Paulo: Boitempo, 1998. Adaptado. O documento, divulgado no início de 1994 pelo Exército Zapa- tista de Libertação Nacional, refere-se, entre outros processos históricos, à a) luta de independência contra a Espanha, no início do século XIX, que erradicou o trabalho livre indígena e fundou a pri- meira república na América. b) colonização francesa do território mexicano, entre os sé- culos XVI e XIX, que implantou o trabalho escravo indígena na mineração. c) reforma liberal, na metade do século XX, quando a Igreja Católica passou a controlar quase todo o território mexicano. d) guerra entre Estados Unidos e México, em meados do século XIX, em que o México perdeu quase metade de seu território. e) ditadura militar, no final do século XIX, que devolveu às comunidades indígenas do México as terras expropriadas e rompeu com o capitalismo internacional. 80. (Fuvest 2014) Não há trabalho, nem gênero de vida no mundo mais pareci- do à cruz e à paixão de Cristo, que o vosso em um Destes en- genhos [...]. A paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento e martírio [...]. De todos os mistérios da vida, morte e ressurrei- ção de Cristo, os que pertencem por condição aos pretos, e como por herança, são os mais dolorosos. P. Antônio Vieira, Sermão Décimo Quarto. In: I. Inácio & T. Lucca (orgs.). Documentos do Brasil colonial. São Paulo: Ática, 1993, p.73 75. A partir da leitura do texto acima, escrito pelo padre jesuíta Antônio Vieira em 1633, pode-se afirmar, corretamente, que, nas terras portuguesas da América, a) a Igreja Católica defendia os escravos dos excessos cometidos pelos seus senhores e os incitava a se revoltar. GE FUVEST 2017 99 b) as formas de escravidão nos engenhos eram mais brandas do que em outros setores econômicos, pois ali vigorava uma ética religiosa inspirada na Bíblia. c) a Igreja Católica apoiava, com a maioria de seus membros, a escravidão dos africanos, tratando, portanto, de justifi cá-la com base na Bíblia. d) clérigos, como P. Vieira, se mostravam indecisos quanto às atitudes que deveriam tomar em relação à escravidão negra, pois a própria Igreja se mantinha neutra na questão. e) havia formas de discriminação religiosa que se sobrepunham às formas de discriminação racial, sendo estas, assim, pouco signifi cativas. 81. (Fuvest 2012) Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas in- glesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mer- cadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfi no de Londres saltam aos olhos: al- godão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil. Maria Graham. Diário de uma Viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em 1824). Adaptado. Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns efeitos a) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial dos mares do Norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul. b) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas nas colônias. c) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após a chegada da família real portuguesa à América. d) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispanoamericana. e) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradu- almente anexada ao Império Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815. 82. (Fuvest 2013) A população indígena brasileira aumentou 150% na década de 1990, passando de 294 mil pessoas para 734 mil, de acor- do com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). O crescimento médio anual foi de 10,8%, quase seis vezes maior do que o da população bra- sileira em geral. http://webradiobrasilindigena.wordpress.com, 21/11/2007. A notícia anterior apresenta a) dado pouco relevante, já que a maioria das populações indígenas do Brasil encontra-se em fase de extinção, não subsistindo, inclusive, mais nenhuma população originária dos tempos da colonização portuguesa da América. b) discrepância em relação a uma forte tendência histórica observada no Brasil, desde o século XVI, mas que não é uni- forme e absoluta, já que nas últimas décadas não apenas tais populações indígenas têm crescido, mas também o próprio número de indivíduos que se autodenominam indígenas. c) um consenso em torno do reconhecimento da importância dos indígenas para o conjunto da população brasileira, que se revela na valorização histórica e cultural que tais elementos sempre mereceram das instituições nacionais. d) resultado de políticas públicas que provocaram o fi m dos confl itos entre os habitantes de reservas indígenas e demais agentes sociais
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