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curso 11190 aula 03 idade media r 476 1543 v2 (1)

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História p/ ENEM 2016
Professor: Sergio Henrique
 
 CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM 
HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
Prof. Robson Papandréa ± Aula 03 
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Aula 03: 
Idade Média (476-1543) 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 2 
2. O significado de medieval 3 
3. A Igreja na Idade Média 5 
4. Sistema Feudal 8 
4.1. Definição 8 
4.2. Origem do feudalismo 9 
4.3. Estruturas romanas 10 
4.4 Estruturas germânicas 10 
4.5. Características do sistema feudal 11 
4.6. Organização política do feudalismo 12 
4.7. Organização social 12 
4.8. Obrigações de suserania e vassalagem 14 
4.9. Tributos e obrigações feudais 15 
5. As transformações na Baixa Idade Média (Séculos XI 
ao XIV) 
16 
5.1. Aumento populacional 16 
5.2. As feiras e burgos 16 
5.3. A burguesia 18 
6. As Cruzadas 18 
6.1. Definição 18 
6.2. Consequências das Cruzadas 19 
7. Humanismo e Renascimento 21 
7.1. Humanismo 21 
7.2. Renascimento Cultural 22 
7.2.1. Causas do Renascimento Cultural 23 
04178253905
 
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HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
Prof. Robson Papandréa ± Aula 03 
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7.2.2 Características do Renascimento 24 
7.2.3. A astronomia, a imprensa, as línguas e as obras 
literárias. 
26 
8. A Crise do Século XIV 28 
8.1. A crise geral do Feudalismo 29 
9. Conclusão 30 
10. Questões 31 
11. Questões Comentadas 37 
12. Gabarito 52 
 
Idade Média (476 a 1453) 
 
Monge escriba medieval. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo 
_na_Europa. Acesso em 6 fev 2016. 
1. Apresentação 
Caro aluno, o escritor Veríssimo Andrade diz, ³/LYUR�p�VLQ{QLPR�
GH�OLYUH��4XHP�Or�URPSH�DV�JUDGHV�GD�LJQRUkQFLD´� 
O autor com essa frase afirma que o estudo é o caminho que nos 
conduz a libertação. A libertação das amarras que sufocam, escraviza 
e condena a uma vida limitada. 
Com essa frase e a imagem de um escriba medieval, vamos a 
aula 03, iniciando com a definição de escribas medievais. 
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HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
Prof. Robson Papandréa ± Aula 03 
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Os escribas medievais eram monges que se dedicavam à cópia e 
redação de livros escritos à mão e decorados com iluminuras 
(pinturas). A perfeição com que os monges copistas executavam o seu 
trabalho fazia com que demorassem anos a acabar um livro que eram 
raros e caros. Praticamente só os monges sabiam ler e eram cultos. 
Dedicavam-se ao ensino e junto dos mosteiros criaram-se escolas que 
eram frequentadas por aqueles que viriam a ser religiosos, e também 
por alguns filhos de nobres e comerciantes ricos. 
O trabalho dos escribas copiando com cuidado e perfeição os 
livros preservou o patrimônio cultural da civilização clássica e garantiu 
que esse patrimônio vencendo os séculos chegasse até nossos dias e 
fundamentasse as sociedades contemporâneas. 
 
Monge copista medieval: Disponível em: http:// idademedia.wikifoundry. com /page 
/Escrita+%2F+Monges+Copistas. Acesso em: 9 fev 2016. 
 
2. O significado de medieval 
A palavra "medieval" tem um significado depreciativo na 
mentalidade comum contemporânea porque compreende que a cultura 
dos começos da Idade Média representou uma volta ao barbarismo. O 
intelecto estagnou e mergulhou na ignorância e credulidade. A 
atividade econômica baixou aos níveis primitivos de troca direta e 
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ruralismo, enquanto o ascetismo - doutrina que defende a abstenção 
dos prazeres físicos e psicológicos, acreditando ser o caminho para 
atingir a perfeição e equilíbrio moral e espiritual - e o desprezo por este 
mundo substituíam as atitudes sociais normais. 
Como vimos, na aula 02, para os gregos "O homem é a medida de 
todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, 
enquanto não são." Protágoras, filósofo grego (Abdera, 490 a.C. ² Sicília, c. 
415 a.C). Assim, a visão de mundo ou mentalidade do povo grego 
dedicava-se: 
¾ A causa da liberdade; 
¾ A uma crença firme na nobreza das realizações humanas. 
¾ A glorificação do homem como a mais importante criatura do 
universo; 
¾ A recusa em submeter-se às imposições dos sacerdotes ou dos 
déspotas, e até a se humilhar ante os deuses. 
Em contraposição o homem medieval via a si mesmo e ao mundo 
como: 
¾ Presos a um mundo cruel, de sofrimentos e dores, contra as 
quais ele não tinha possibilidade de combater; 
¾ O ser humano como insignificante e submetido a Deus e seus 
representantes. E obrigado a aceitar seu lugar na sociedade 
como determinados por uma ordem superior. 
¾ há um desprezo do corpo, em favor do "culto da alma"; existe a 
chamada "pastoral do medo" pois a Igreja procura atemorizar as 
gentes ameaçando com o Inferno. 
¾ Profundamente dominado pela religiosidade, superstição e 
misticismo e interpretava o surgimento de doenças e epidemias 
como sendo resultados da ira divina pelos pecados humanos. 
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A Idade Média nasceu na queda do Império Romano, de lutas de raças, 
confusão de povos, violências, gemidos, corrupção e barbárie. Disponível em: 
http://gloriadaidademedia.blogspot.com.br/. Acesso em: 9 fev 2016. 
3. A Igreja na Idade Média 
 
 
Catedral de Notre-Dame de Reims (França), sede de uma diocese católica desde a 
Idade Média. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral. Acesso em 9 fev 
2016. 
 O cristianismo foi o alicerce da civilização que se desenvolveu na 
Europa Ocidental, durante do período denominado Idade Média ± 476 
com a queda do Império Romano do Ocidente até 1453 com a queda 
de Constantinopla (capital do Império Bizantino ou Império Romano do 
Oriente). 
 Concomitante com a decadência do Império Romano do Ocidente 
a Igreja Cristã assume suas funções para colocar ordem no caos que 
se generalizava com as sucessivas invasões dos bárbaros germanos. 
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A organização da Igreja vai estabilizar a sociedade e tem decisiva 
ação para: 
¾ Civilizar os bárbaros; 
¾ Estimular os ideais de justiça social; 
¾ Preservar e transmitir a cultura antiga. 
O Cristianismo de religião perseguida passa a religião hegemônica 
no Império Romano ± o imperador Constantino promulgou o Edito de 
Milão em 313 concedendo liberdade de culto aos cristãos e o imperador 
TeodósioNo Edito de Tessalônica em 380 transformou o cristianismo 
em religião oficial do Império. Como religião oficial a Igreja Cristã vai 
absorver a estrutura organizacional do Império Romano até a criação 
da primazia do bispo de Roma, com as seguintes consequências: 
¾ A cidade imperial ± Roma ± é venerada pelos fiéis como o teatro 
em que se haviam desenrolado as missões dos apóstolos Pedro 
e Paulo. 
¾ Nasceu a tradição de ter Pedro fundado o bispado de Roma e de 
que todos os sucessores dele eram herdeiros de sua autoridade 
e prestígio. 
¾ Do século III em diante essa tradição alargou-se ainda com a 
teoria de que Pedro fora designado por Cristo como seu vigário 
na terra e recebera dele as chaves do reino dos céus, com poder 
para punir os homens pelos seus pecados e mesmo absolvê-los 
de culpa. 
A Igreja é o Poder mais alto e representa a única força realmente 
organizada durante a Idade Média e que impõe a teoria da origem 
divina das relações sociais e a hierarquia da sociedade. Teoria que 
afirma que cada um tem sua função e deve cumpri-la para agradar a 
Deus ± isto é, legitima como divina a divisão entre senhores e servos, 
entre a nobreza, o clero e os servos. 
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A Igreja controla a cultura e a educação e está dividida em dois 
cleros: o clero secular e o clero regular. 
¾ Clero secular: é composto integrantes da Igreja que vivem no 
mundo, bispos, padres e o papa. 
¾ Clero regular: é composto pelos monges, seguidores de uma 
regra, essencialmente a castidade, a pobreza e a caridade. Os 
mosteiros terão uma importante ação na preservação da cultura 
clássica ± os monges copistas. 
Como lavradores, pedreiros, carpinteiros, produtores em geral os 
monges: 
a) Foram os melhores lavradores da Europa; arrotearam terras 
incultas, drenaram pântanos e fizeram descobrimentos relativos 
à melhoria do solo. 
b) Conservaram algumas técnicas de construção dos romanos e 
realizaram progressos em muitas artes industriais, 
principalmente no entalhe de madeira, no trabalho em metais, 
na tecelagem, na fabricação de vidro e de cerveja. 
Além disso, eram os monges que escreviam a maior parte dos 
livros, copiavam os manuscritos antigos e mantinham a maioria das 
escolas e bibliotecas e quase todos os hospitais que existiram nos 
começos da Idade Média. 
Em conclusão, no período feudal, a Igreja católica detinha muito 
poder e é a maior força política e religiosa da Idade Média, até mesmo 
se comparada ao poder dos reis e dos senhores feudais. Ela possuía o 
monopólio da intermediação entre os homens e Deus e todos os 
acontecimentos eram explicados através da religião e sua doutrina 
condenava o lucro e a usura. Essa condenação se tornou um empecilho 
para o crescimento da produção artesanal e do comércio, tornando-se 
assim um importante ponto de conflito entre a Igreja e a burguesia 
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que começava a ganhar força a partir do renascimento comercial e 
urbano. 
 
4. Sistema Feudal 
 
 
 
 
 
Villa: unidade produtiva romana que influenciou na formação dos feudos medievais. 
Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/as-influencias-
germanicas-romanas-no-ocidente-medieval.htm. Acesso em: 9 fev 2016. 
 
4.1. Definição 
O feudalismo foi o modelo social, econômico, cultural e político que 
caracterizou a maior parte da sociedade da Europa Ocidental durante 
a Idade Média (séculos V ao XV). É um sistema econômico, político, 
cultural e social fundamentado na propriedade sobre a terra. O feudo 
(propriedade de terra) é a unidade básica de produção. É a unidade 
territorial da economia feudal, voltado para a autossuficiência 
econômica, produção predominantemente agropastoril e ausência 
quase total de comércio. 
A posse da terra é a fonte do poder no feudalismo e o senhor 
feudal que cede uma porção dessa terra a um nobre o torna seu 
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vassalo e recebe em troca serviços (predominantemente o serviço 
militar) ocasionando uma relação de dependência. Essa relação de 
dependência denomina-se suserano vassálica. (Importante: no 
sistema feudal o suserano e o vassalo eram nobres. A diferença é que 
o suserano doava o feudo ao nobre vassalo e o nobre vassalo ao 
receber o feudo do nobre suserano passa a dever a ele obrigações, 
sendo a mais importante prestar ajuda militar se solicitado). 
 
Cavaleiro feudal. Disponível em: http://www.historianet .com.br/conteudo /default. 
aspx?codigo=154. Acesso em 9 fev 2016. 
 
4.2. Origem do feudalismo 
O feudalismo se inicia com o período das invasões bárbaras e a 
posterior queda do Império Romano do Ocidente (Século V) que 
transformam toda a estrutura política e econômica da Europa Ocidental 
descentralizando-a. Os povos ³bárbaros´ ao ocuparem parte das terras 
da Europa Ocidental contribuem com o processo de ruralização e o 
surgimento de diversos reinos, dentre os quais se destacou o Reino dos 
Francos. Mas é no Reino Carolíngio que se solidificam as principais 
estruturas do feudalismo. E as estruturas que formam o sistema feudal 
são uma combinação de estruturas germânicas e estruturas romanas. 
 
 
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4.3. Estruturas romanas 
 As estruturas romanas que formaram o feudalismo foram: 
¾ A economia agrária e autossuficiente das vilas romanas (origem 
do feudo); 
¾ A relação de dependência dos agricultores aos senhores no 
colonato (origem da servidão); 
¾ A descentralização do poder (com a autossuficiência das vilas 
romanas). 
 
Migrações bárbaras em território romano entre os séculos IV e V. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia#/media/File:Migra%C3%A7%C3
%A3o_dos_Povos_B%C3%A1rbaros.png. Acesso em 8 fev 2016. 
 
4.4. Estruturas germânicas 
 As estruturas dos povos germânicos que entraram na formação 
do feudalismo foram: 
¾ Economia agropastoril; 
¾ Regime de trocas naturais (produto por produto, produto por 
serviços ou os serviços por serviços); 
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¾ Regime de comitatus (vínculo pessoal de fidelidade entre o chefe 
militar e seus guerreiros), que deu origem ao sistema de 
suserania e vassalagem. 
¾ Direito consuetudinário (trata-se de leis não escritas, baseada 
nos usos, costumes e tradições). 
4.5.Características do sistema feudal: 
¾ Poder descentralizado (os senhores feudais eram independentes 
com plenos poderes em seus feudos); 
¾ Economia baseada na agricultura de subsistência; 
¾ Trabalho servil (o servo era a unidade básica de produção); 
¾ Economia natural (baseada nas trocas e com pequena utilização 
de moedas) e com reduzido comércio, onde predomina a troca 
(escambo); 
¾ Relações de vassalagem (dependência pessoal) e de autoridade 
e posse da terra (o suserano e vassalo são do mesmo estamento social ± 
nobres). 
¾ O feudo (propriedade de terra) é a unidade básica de produção 
ou seja, constituem a unidade territorial da economia feudal 
¾ Voltado para a autossuficiência econômica, 
¾ Produção predominantemente agropastoril 
¾ Ausência quase total de comércio. 
O feudalismo pode ser definido como: 
¾ Uma estrutura descentralizada da sociedade, na qual os poderes 
do governo eram exercidos pelos nobres sobre seus dependentes 
os servos 
¾ É um sistema de suserania e vassalagem, no qual o direito de 
governar é concebido como um direito de propriedade, cabendo 
a quem quer que possua um feudo. 
¾ A relação entre o suserano e seus vassalos é uma relação 
contratual, que envolve obrigações recíprocas (é importante 
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destacar que suseranos e vassalos são nobres). Em troca da 
proteção e assistência econômica que recebem, os vassalos 
devem obedecer ao seu senhor ou suserano, servi-lo lealmente 
e, em geral, compensá-lo com tributos ou impostos 
correspondentes aos serviços que ele presta no interesse dos 
primeiros. 
4.6. Organização política do feudalismo 
 O feudalismo engloba as seguintes concepções básicas: 
¾ O direito de governar era um privilégio pertencente 
a todo possuidor de um feudo, 
¾ O regime feudal era um sistema de suserania e vassalagem, 
baseado na concessão e posse de feudos. 
¾ Em sua essência, o feudo era um benefício que se tornara 
hereditário. 
¾ O homem que doava o feudo era um senhor ou suserano, 
qualquer que fosse a sua categoria, e aquele que o recebia a fim 
de possuí-lo e transmiti-lo a seus descendentes era um vassalo. 
4.7. Organização social 
 
Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=sociedade+feudal. Acesso 
em: 9 fev 2016. 
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Na sociedade feudal a posição social de cada um de seus 
integrantes estava determinada pelo nascimento. Filhos de nobres são 
nobres e filhos de servos são servos. Não existe mobilidade social e é 
uma sociedade estamental (fechada sem mobilidade). Uma estrutura 
estática rigidamente hierarquizada. 
 
Iluminura representando três classes sociais da sociedade medieval: o clero religioso, 
um cavaleiro da nobreza e os camponeses. Disponível em: https:// pt. wikipedia. 
org/wiki/Idade_M%C3%A9dia. Acesso em: 7 fev 2016 
 Essa sociedade medieval estamental era dividida em três ordens 
ou estados sociais: 
¾ Os que oravam, aqueles que formavam o clero, membros da 
Igreja que possuíam grande poder e prestígio; 
¾ Os que guerreavam, que compunham a nobreza feudal e lutavam 
nas guerras; 
¾ Os que cultivavam a terra: os camponeses que eram também os 
servos; 
¾ E um grupo pequeno de homens livres denominados vilões, 
profissionais liberais que habitavam as vilas. 
 
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Tanto a nobreza ± os cavaleiros ± quanto o clero eram proprietários 
de terra e, portanto, senhores feudais. Estrutura estática e 
hierarquizada com a posição social determinada pelo nascimento. 
 
4.8. Obrigações de suserania e vassalagem (relações horizontais de 
poder) 
O suserano tem o dever de defender seus vassalos ± que 
geralmente são mais fracos que o suserano ± na eventualidade de um 
ataque ao vassalo por um inimigo. Esta é uma hierarquia horizontal, 
na qual muitos senhores eram suseranos de alguns senhores feudais e 
vassalos de outros, mais fortes. Como regra, no topo desta hierarquia 
estava o rei, geralmente o senhor feudal de mais posses e poder militar, 
ao qual deviam prestar vassalagem todos os senhores feudais de um 
dado reino. 
 
As relações de suserania e vassalagem firmavam um elo de fidelidade entre dois 
nobres. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/as-
relacoes-suserania-vassalagem.htm. Acesso em 10 fev 2016. 
 
 
 
 
 
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4.9. Tributos e impostos feudais 
 Os servos estavam sujeitos a uma série de obrigações e impostos 
aos seus senhores feudais. As principais eram: 
¾ Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor (manso 
senhorial) em alguns dias da semana; 
¾ Talha: parte da produção do servo deveria ser entregue ao nobre, 
geralmente um terço da produção; 
¾ Banalidades: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens 
do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes e 
estradas; 
¾ Capitação: imposto pago por cada membro da família (por 
cabeça); 
¾ Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo era pago 
à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local; 
¾ Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, 
em dinheiro, para a nobreza; 
¾ Mão Morta: era o pagamento de uma taxa para permanecer no 
feudo da família servil, em caso do falecimento do pai ou da 
família; 
¾ Albergagem: obrigação do servo em hospedar o senhor feudal 
caso fosse necessário. 
Muitas cidades europeias da Idade Média tornaram-se livres das 
relações servis e do predomínio dos nobres. Essas cidades chamavam-
se burgos. Por motivos políticos, os "burgueses" (habitantes dos 
burgos) recebiam frequentemente o apoio dos reis que, muitas vezes, 
estavam em conflito com os nobres. 
 
 
 
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5. As transformações na Baixa Idade Média (século XI ao 
XIV) 
 
5.1. Aumento populacional ± Após o fim das invasões bárbaras da Alta 
Idade Média ± para fins de memorização é sempre interessante 
destacar que sempre alta é a que vem primeiro. Exemplo Alto Império 
Romano, Alta Idade Média e baixa o período posterior -, por volta do 
século IX, a população da Europa voltou a crescer, levando em seguida 
à expansão do comércio e ao ressurgimento das cidades. 
O crescimento populacional está diretamente ligado ao aumento 
da produção. 
A produção cresce a partir da combinaçãode dois fatores: 
¾ As inovações técnicas; 
¾ E a ampliação das áreas de cultivo. 
Uma maior oferta de alimentos fortalece a população que sofria 
surtos de fome e em consequência a população cresce, gerando uma 
mão-de-obra excedente para as atividades mercantis e artesanais. 
A geração de um excedente de produção nos senhorios passou a ser 
comercializado e impulsionou o comércio e a formação de uma classe 
mercantil, que transportava e comercializava essa produção. 
Novas terras começaram a ser exploradas e o feudalismo se 
expandiu, surgindo grandes movimentos mercantis como o comércio 
marítimo e as Cruzadas, que pode ser entendida como a expansão do 
feudalismo europeu para o Oriente. 
 
5.2. As feiras e burgos 
O aumento do comércio produziu o aparecimento das feiras 
(lugar onde se vendia o excedente de produção dos feudos), que logo 
cresceram e deixaram de ser temporárias para serem permanentes. 
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Os locais das feiras deram origem as cidades ou burgos, onde 
comerciantes e artesãos se estabeleceram comprando as terras dos 
senhores formando burgos livres da autoridade senhorial. 
 
 
 
Feiras e rotas comerciais da Idade Média: Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Feira_medieval. Acesso em 9 fev 2016. 
 
Os burgos obtinham permissão real e pagavam tributos 
diretamente ao rei, sendo livres dos senhores feudais. E nos burgos vai 
crescendo uma população de comerciantes e artesãos e de servos que 
deixam os feudos. 
 
Burgos: cidade fortificada. Disponível em: https:// culturae viagem. wordpress. com/ 
2013/02/24/o-charme-irresistivel-das-cidades-europeias-muradas/. Acesso em 10 
fev 2016. 
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5.3. A burguesia 
 
O crescimento populacional criou um excedente demográfico que 
passou a se dedicar ao comércio ± denominado renascimento comercial 
e urbano - e ao artesanato e vai formar um novo segmento social na 
Idade Médio. Esse grupo vai formar os burgos, que eram pequenas 
cidades protegidas por muros. 
A produção artesanal nas cidades se organizava através das 
corporações de ofício e associações de mercadores: 
¾ Corporações de ofício (uniões hierarquizadas de artesãos) que 
fabricavam um mesmo produto. Os chefes dessas corporações 
chamados mestres de ofício, seguidos dos companheiros e 
aprendizes; 
¾ E mercadores que se organizavam em associação de 
mercadores. 
As corporações de ofício e associação de mercadores tinham como 
objetivos: 
¾ Proteger os integrantes da concorrência; 
¾ Normatizar a produção e a comercialização de seus artigos; 
¾ Fornecer assistência aos seus associados. 
 
6. As Cruzadas 
 
6.1. Definição 
As cruzadas foram expedições militares religiosas que partiram 
da Europa Ocidental para conquistar à Terra Santa e a cidade de 
Jerusalém (cidade santa para os cristãos, muçulmanos e judeus). E 
transformar a região da Terra Santa em territórios sob domínio cristão. 
O termo Cruzada surgiu porque seus participantes se 
consideravam soldados de Cristo, distinguidos pela cruz aposta a suas 
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roupas. As Cruzadas eram também uma peregrinação, uma forma de 
pagamento a alguma promessa, ou uma forma de pedir alguma graça, 
e era considerada uma penitência. 
 
Cavaleiros Cruzados. Disponível em: http://www.sohistoria.com.br/ef2/cruzadas/. 
Acesso em 10 fev 2016. 
 
 
 
O Krak des Chevaliers, uma fortaleza construída durante as Cruzadas para a Ordem 
dos Cavaleiros Hospitalários. Disponível em: https://pt. wikipedia.org/ wiki/Idade _ 
M%C3%A9dia. Acesso em: 7 fev 2016. 
 
6.2. As consequências das Cruzadas: 
Cruzadas tiveram papel fundamental para que a civilização 
europeia saísse do isolamento da estagnação que estava condenada 
desde a queda do Império Romano do Ocidente. 
 
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As conquistas no Oriente permitiram as seguintes 
transformações na economia, na sociedade e na cultura medieval: 
¾ Expressivas quantidades de moedas entraram na economia 
feudal. 
¾ Os comerciantes fundaram companhias de comércio que 
transitavam entre o Ocidente e o Oriente. 
¾ O medo das terras longínquas perdeu espaço para um renovado 
espírito empreendedor. 
¾ As rotas comerciais permitiram o desenvolvimento das cidades 
ocidentais e a aproximação dos saberes das civilizações 
europeia, muçulmana e bizantina. 
¾ A busca pelo lucro, o aprimoramento da tecnologia marítima e o 
racionalismo econômico iniciaram a transformação da Europa 
Ocidental que começa a perder a hegemonia agrária. 
¾ Os senhores feudais, interessados pelas mercadorias que vinham 
do mundo oriental, reorganizaram o modelo de produção de suas 
terras buscando excedentes que pudessem sustentar esse novo 
padrão de consumo. 
¾ A estrutura rígida do sistema servil cedeu espaço para o 
arrendamento de terras e a saída de servos atraídos pelo novo 
modo de vida existente nos espaços urbanos revitalizados. 
As cruzadas provocaram transformações que conduziram as 
crises que abalaram o Sistema Feudal. 
 
 
 
 
 
 
 
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7. Humanismo e Renascimento 
 
"Que obra de arte é o homem; tão nobre no raciocínio, tão vário na 
capacidade; em forma o movimento, tão preciso e admirável; na ação 
é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do 
PXQGR�� R� H[HPSOR� GRV� DQLPDLV«� (SHAKESPEARE, Willian. Hamlet. 
Londres, 1603.) 
Esse texto do livro Hamlet de Shakespeare, traduz a essência do 
movimento conhecido como humanismo, que se define como a 
glorificação do humano e do natural, em oposição ao divino e ao 
extraterreno. Glorificação do homem como; ³a beleza do mundo, o 
exemplo GRV�DQLPDLV«� 
 
William Shakespeare. Disponível em:�https://pt.wikipedia.org/ wiki/William Shakes 
peare . Acesso em: 9 fev 2016. 
 
7.1. Humanismo 
 
O movimento humanista foi um movimento intelectual de 
valorização das obras da Antiguidade Clássica ± produção cultural da 
Grécia e Roma. Esse movimento vai materializar-se na produção 
artística e científica que se denominou Renascimento Cultural. 
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Essa corrente intelectual surgiu na cidades-estados mercantis da 
Península Itálica no final da Idade Média e procura a referência da 
produção cultural da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma). 
O movimento humanista nessa busca tem as seguintes 
características: 
¾ Individualismo; 
¾ Hedonismo; 
¾ Racionalismo; 
¾ Cientificismo; 
¾ Antropocentrismo (o homem como centro em oposição ao 
teocentrismo medieval; 
¾ Experimentalismo e 
¾ Deísmo (crença em Deus sem as imposições da Igreja Católica. 
7.2. Renascimento Cultural 
 É a produção artística e cientifica dos séculos XV e XVI na Europa 
Ocidental, iniciada na Itália, e que tem como referência os modelos da 
Civilização Clássica. 
Nesse período, os renascentistas buscaram reformular os pontos 
de referência e as bases sustentadoras da arte e da ciência, 
anteriormente sujeitas a influência da doutrina da Igreja. 
O objetivo era promover um "renascer" das artes, letras e 
ciências pautada pelos critérios racionais da antiguidade clássica. A 
proposta do Renascimento pretendia que a arte e a ciência 
abandonassem o estudo do Divino para se aprofundar no conhecimento 
do homem. 
O renascimento é produção e a exposição do universo e dos 
valores de um novo grupo social emergente, a burguesia. 
A Península Itálica foi o "berço" do Renascimento em razão do 
desenvolvimento urbano e comercial, iniciado no século XII, que 
promove a ascensão pioneira da burguesia italiana. Nela surgiram os 
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grandes patrocinadores culturais, os mecenas, com interesses 
econômicos e intelectuais. No âmbito cultural, a Itália possuía uma 
vasta herança cultural oriunda do antigo Império Romano, além de ser 
o principal polo de atração dos sábios bizantinos, que abandonaram 
Constantinopla, no século XV, sitiada pelos turcos. E a descentralização 
política das cidades-estados mercantis realiza o deslocamento dos 
lucros da aristocracia para a cultura. 
 
 
Michelangelo: A cúpula de São Pedro. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento#/media/File:StPetersDomePD.jpg. 
Acesso em: 7 fev 2016. 
 
7.2.1. Causas do Renascimento Cultural 
 O humanismo e sua manifestação concreta o Renascimento 
Cultural é o resultado de um novo contexto político, econômico e 
cultural na Europa, iniciado a partir das cruzadas e suas principais 
causas foram: 
¾ Influência das civilizações sarracena e bizantina; 
¾ Desenvolvimento e expansão do comércio; 
¾ Crescimento das cidades; 
¾ Interesse pelos estudos clássicos nas escolas dos mosteiros e 
das catedrais; 
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¾ Progressos do naturalismo na literatura e na arte; 
¾ Desenvolvimento de um espírito de pesquisa científica; 
¾ O apoio, incentivo e patrocínio aos artistas pelo mecenas - 
protetores da cultura, tanto leigos como eclesiásticos, com 
destaque para a família dos Médici de Florença e os Papas Júlio 
II e Leão X; 
¾ O aperfeiçoamento e expansão da imprensa. As ideias 
humanistas e a cultura do Renascimento como um todo tiveram 
uma notável expansão graças a invenção da imprensa. Durante 
a Idade Média, os livros eram copiados à mão sobre pergaminho 
e destinavam-se, quase sempre, somente aos eruditos. Com o 
desenvolvimento da imprensa, foi possível produzir em série 
exemplares da mesma obra, atingindo assim um número muito 
maior de leitores. 
 
Rafael: A Escola de Atenas, 1509. Vaticano. Disponível em: https: //pt. Wikipedia . 
org/wiki/Renascimento#/media/File:Rafael_-_Escola_de_Atenas.jpg. Acesso em: 10 
fev 2016. 
 
7.2.2 Características do Renascimento 
O Renascimento promoveu um avanço em muitos campos do 
conhecimento e da tecnologia. O lema científico da época era "ver para 
crer". O seu pensamento buscou a exatidão mediante a observação e 
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a experimentação e modificou as formas de produção das artes. Na 
Idade Média valorizavam-se obras religiosas, geralmente abordadas 
em um plano (reto). Nas artes (pinturas e esculturas), os artistas do 
Renascimento basearam-se na observação do mundo e nos princípios 
matemáticos e racionais como: 
¾ Harmonia, 
¾ Equilíbrio; 
¾ Perspectiva (fundo); 
¾ Leveza; 
¾ Realismo; 
¾ Cientificismo e 
¾ Experimentação. 
Os principais artistas renascentistas italianos foram Leonardo da 
Vinci (1452-1519), Michelangelo Buonarroti (1475-1564) e Rafael 
Sânzio (1483-1520). 
 
Rafael: A Escola de Atenas, 1509. Vaticano. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento#/media/File:Rafael_-Escola de_Atenas 
.jpg. Acesso em: 6 fev 2016. 
 
 
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A Criação de Adão de Michelangelo. Disponível em: https://pt. wikipedia.org/wiki/ 
Capela_Sistina. Acesso em: 7 fev 2016. 
 
7.2.3. A astronomia, a imprensa, as línguas e as obras literárias 
A concepção que segundo a qual a Terra era o centro do universo 
e o Sol, a Lua e as estrelas giravam ao seu redor, ou seja, o 
geocentrismo proposto pelo astrônomo grego Ptolomeu (século II d.C.) 
essa teoria, apoiada por Aristóteles, era a única aceita pela Igreja. Os 
estudos de astronomia do matemático Nicolau Copérnico colocavam o 
Sol, e não a Terra, como o centro do universo, e provocaram uma 
revolução na astronomia. Sua teoria heliocêntrica foi depois 
confirmada pelos estudos de Johannes Kepler e as observações de 
Galileu Galilei. Iniciou-se assim, uma batalha entre a ciência e a religião 
que durou mais de um século, até o triunfo dos partidários da teoria 
heliocêntrica ± possível apenas em decorrência da crescente aceitação 
social às premissas da ciência racional moderna. 
 
O retrato de Camões por Fernão Gomes, em cópia de Luís de Resende. Este é 
considerado o mais autêntico retrato do poeta, cujo original, que se perdeu, foi 
pintado ainda em sua vida. Disponível em: https:// pt.wikipedia .org/ wiki /Lu % C3 
%ADs_de_Cam%C3%B5es. Acesso em: 10 fev 2016. 
 
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Com o desenvolvimento da imprensa, foi possível produzir em 
série exemplares da mesma obra, atingindo assim um número muito 
maior de leitores. Os primeiros livros, chamados incunábulos, como a 
Bíblia de Gutenberg, reproduziam aletra manuscrita e tinham formato 
grande. Em pouco tempo, a imprensa revelou-se uma ferramenta 
valiosa para fazer circular as informações. Cada Estado unificado 
consolida sua língua própria nacional. 
Os Lusíadas GH�/XtV�GH�&DP}HV�p�FRQVLGHUDGR�D�ȸFHUWLGmR�GH�
nascimento da língua portuguesa, junto com outros escritos do mesmo 
período. 
Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes, é a principal 
obra espanhola do período e é um marco para a fundação do idioma 
castelhano. 
 
Retrato de Cervantes, feito por Juan de Jáuregui, por volta de 1600 (esta 
representação é a qual acredita-se estar mais próxima àquela descrita pelo próprio 
Cervantes). Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_de_Cervantes. 
Acesso em 10 fev 2016. 
 
A Utopia, de Thomas Morus e as obras de Shakespeare são 
marcos fundadores da língua inglesa. 
 
 
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A Divina Comédia de Dante Alighieri a consolidação da língua 
italiana. 
 
Dante Alighieri foi um escritor, poeta e político italiano. É considerado o primeiro e 
maior poeta da língua italiana, definido como il sommo poeta. Disponível em: 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion= 1&espv=2&ie= 
UTF-8#q=dante+alighieri. Acesso em: 11 fev 2016. 
 
8. A crise do século XIV 
 
No século XIV a Europa foi convulsionada por uma sucessão de 
crises que combinaram a fome, a guerra e a peste negra. 
Desde os fins do século XII a Europa Ocidental vinha 
apresentando elevado crescimento demográfico e no final do século 
XIII a produtividade agrícola, devido ao esgotamento dos solos, pela 
exploração predatória e extensiva dos domínios, que caracterizara a 
agricultura feudal, entra em acelerado declínio. Esse declínio das safras 
com o aumento da população urbana produz surtos cíclicos de fome. 
A produção agrícola estagnada contribui para a falta de alimentos 
e no século XIV uma população debilitada pela fome, sofre as 
devastações da guerra dos Cem Anos ± que envolve a Inglaterra e a 
França e pelo sistema de suserania e vassalagem, aliados de diversas 
regiões. Nesse quadro chega a Europa o flagelo da Peste Negra e 
dizima um terço da população. 
A crise do século XIV acentua as modificações que já vinham 
ocorrendo no campo e, principalmente, intensificou a fuga de 
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camponeses para as cidades em busca de melhores condições de vida. 
O resultado foi uma devastadora escassez de mão-de-obra rural. 
 
A peste. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_negra. Acesso em 10 fev 
2016. 
 
8.1. A crise geral do Feudalismo 
 A crise que abalou o feudalismo foi o resultado da redução da 
população ± fome, Guerra dos Cem Anos e Peste Negra ± do 
desenvolvimento do comércio, do artesanato de das cidades, da fuga 
da mão de obra dos feudos, do aumento da exploração dos servos pela 
nobreza e das revoltas e rebeliões dos camponeses. 
 A crise provoca o enfraquecimento do feudalismo e inicia o 
processo de transição das instituições feudais para o sistema 
capitalista, que caracteriza a Idade Moderna ± período que vai de 1453 
a 1789. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Conclusão: 
 
Os nossos estudos nesta unidade, aula 03, trataram da Idade 
Média, período de aproximadamente mil anos, que tem como marcos 
a queda do Império Romano do Ocidente em 476 e a queda de 
Constantinopla em 1453. Nesse período desenvolveu-se, fortaleceu-se, 
tornou-se hegemônico e entrou em decadência o Sistema Feudal. 
Sistema originado da convergência de estruturas romanas e 
germânicas e caracterizado pela: 
¾ Descentralização do poder nas mãos da nobreza; 
¾ Modo de produção servil; 
¾ Relações de suserania e vassalagem entre os nobres; 
¾ O feudo unidade básica de produção; 
¾ Controle da educação e da cultura pela Igreja Católica; 
¾ Teocentrismo (o mundo, os fenômenos e as relações explicadas 
a partir da providência divina); 
¾ Comércio reduzido, tendência a autossuficiência e economia de 
base natural (pouca utilização de moeda). 
O Sistema Feudal atinge a apogeu no século X, quando o 
crescimento demográfico permite o renascimento comercial e urbano 
que com o movimento das Cruzadas amplia a perspectivas da Europa 
e faz surgir um novo segmento social a burguesia. 
No século XII o Sistema Feudal entra em decadência com a crise do 
século XIV - peste negra, fome e a Guerra do Cem Anos; e inicia a Era 
de Transição ± Idade Moderna (que tem como marco inicial a Queda de 
Constantinopla e fim a Revolução Francesa) ± que é a passagem do 
Sistema Feudal para o Sistema Capitalista. 
E vamos em frente nos nossos estudos e como diz o provérbio chinês: 
³2� KRPHP� TXH� PRYH� PRQWDQKDV� FRPHoD� FDUUHJDQGR� SHTXHQDV�
SHGUDV´. 
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Questões 
 
1. (Enem/2015) no início foram as cidades. O intelectual da Idade 
Média ± no Ocidente ± nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento 
urbano ligado às funções comercial e industrial ± digamos 
modestamente artesanal ± que ele apareceu, como um desses homens 
de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão 
do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e 
de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que, 
profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em 
resumo, um intelectual ± esse homem só aparecerá com as cidades. 
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José 
Olympio, 2010. O surgimento da categoria mencionada no período em 
destaque no texto evidencia o (a) 
a) Apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato. 
b) Relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho. 
c) Importância organizacional das corporações de ofício. 
d) Progressiva expansão da educação escolar. 
e) Acúmulo de trabalho dos professores e eruditos. 
 
2. (Enem/2015) A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, 
dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, enfim, 
trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser 
separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras 
das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o 
conjunto... assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz. 
ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos 
medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981. A ideologia apresentada por 
Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um objetivo 
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de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, 
respectivamente, em: 
a) justificar a dominação estamental / revoltas camponesas; 
b) subverter a hierarquia social / centralização monárquica; 
c) impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.; 
d) controlar a exploração econômica / unificação monetária; 
e) questionar a ordem divina / Reforma Católica. 
 
3.(Enem/2014) A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que 
continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que 
não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os 
caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua 
matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras 
figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender 
humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um 
obscuro labirinto. GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores. São Paulo: 
abril Cultural, 1978. No contexto da Revolução Científica do século 
XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a 
a) continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade 
Média. 
b) necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame 
matemático. 
c) oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia 
escolástica. 
d) importância da independência da investigação científica pretendida 
pela Igreja. 
e) inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional 
da natureza. 
 
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4. (Enem/2012) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que 
o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa 
opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes 
transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais 
escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar 
inteiramente o nosso livrearbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte 
decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o 
controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: 
EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o 
exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra 
o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo 
renascentista ao 
a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos 
definidores do seu tempo. 
b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. 
c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação 
humana. 
d) romper com a tradição que valorizava o passado como 
fonte de aprendizagem. 
e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé 
e razão. 
 
5. (Enem/2011) se a mania de fechar, verdadeiro habitus da 
mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de 
insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo 
no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser 
limitada por portas e por uma muralha. '8%<��*��HW�DO��³6pFXORV�;,9-
;9´�LQ��$5,(6��3��'8%<��*� História da vida privada da Europa Feudal 
à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). As práticas 
e os usos das muralhas sofreram importantes 
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Mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a função 
de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente 
relacionado com 
a) o crescimento das atividades comerciais e urbanas. 
b) a migração de camponeses e artesãos. 
c) a expansão dos parques industriais e fabris. 
d) o aumento do número de castelos e feudos. 
e) a contenção das epidemias e doenças. 
 
6. (Enem/2011) acompanhando a intenção da burguesia renascentista 
de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o espaço geográfico, 
através da pesquisa científica e da invenção 
tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, 
tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a 
cor e mesmo a expressão e o sentimento. SEVCENKO, N. O 
Renascimento, Campinas, Unicamp, 1984. O texto apresenta um 
espírito de época que afetou também a produção artística, marcada 
pela constante relação entre 
a) fé e misticismo. 
b) ciência e arte. 
c) cultura e comércio. 
d) política e economia. 
e) astronomia e religião. 
 
7. (Enem/2009) na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego 
Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a tese do geocentrismo, segundo a 
qual a Terra seria o centro do universo, sendo que o Sol, a Lua e os 
planetas girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria de 
Ptolomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua 
época. Vários séculos mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês 
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Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encontrar inexatidões na teoria de 
Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o Sol 
deveria ser considerado o centro do universo, com a Terra, a Lua e os 
planetas girando circularmente em torno dele. Por fim, o astrônomo e 
matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630), depois de estudar 
o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita é 
elíptica. Esse resultado generalizou-se para os demais planetas. 
A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto afirmar que 
a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por serem mais 
antigas e tradicionais. 
b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo inspirado no 
contexto político do Rei Sol. 
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa científica era livre 
e amplamente incentivada pelas autoridades. 
d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às necessidades de 
expansão econômica e científica da Alemanha. 
e) Kepler apresentou uma teoria científica que, graças aos métodos 
aplicados, pôde ser testada e generalizada. 
 
8. (UNIFESP-2007) O mosteiro deve ser construído de tal forma que 
tudo o necessário (a água, o moinho, o jardim e os vários ofícios) 
exerce-se no interior do mosteiro, de modo que os monges não sejam 
obrigados a correr para todos os lados de fora, pois isso não é nada 
bom para suas almas. (Da Regra elaborada por São Bento, fundador 
da ordem dos beneditinos, em meados do século VI.) O texto revela 
a) o desprezo pelo trabalho, pois o mosteiro contava com os 
camponeses para sobreviver e satisfazer as suas necessidades 
materiais. 
b) a indiferença com o trabalho, pois a preocupação da ordem era com 
a salvação espiritual e não com os bens terrenos. 
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c) a valorização do trabalho, até então historicamente inédita, visto 
que os próprios monges deviam prover a sua subsistência. 
d) a presença, entre os monges, de valores bárbaros germânicos, 
baseados na ociosidade dos dominantes e no trabalho dos dominados. 
e) o fracasso da tentativa dos monges de estabelecer comunidades 
religiosas que, visando a salvação, abandonavam o mundo. 
 
9. (Vunesp-2004) A fim de satisfazer as necessidades do castelo, os 
comerciantes começaram a afluir à frente da sua porta, perto da ponte: 
mercadores, comerciantes de artigos caros e, depois, donos de cabaré 
e hoteleiros que alimentavam e hospedavam todos aqueles que 
negociavam com o príncipe (...) foram construídas assim casas e 
instalaram-se albergues onde eram alojados os que não eram 
hóspedes do castelo (...) As habitações multiplicaram-se de tal sorte 
que foi logo criada uma grande cidade.(Jean Long, cronista do século 
XIV.) De acordo com o texto, o nascimento de algumas cidades da 
Europa resultou da 
a) transformação do negociante sedentário em comerciante ambulante 
b) oposição dos senhores feudais à instituição do mercado no seu 
castelo. 
c) atração exercida pelos pregadores religiosos sobre a população 
camponesa. 
d) insegurança provocada pelas lutas entre nobres feudais sobre a 
atividade mercantil. 
e) fixação crescente de uma população ligada às atividades mercantis. 
 
10. (Vunesp-2001) Há mil anos atrás, em partes da Europa, vigorava 
o sistema feudal, cujas principais características foram: 
a) sociedade hierarquizada, com predomínio de uma economia agrária, 
que favoreceu intensa troca comercial nos burgos e cidades italianas. 
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b) fraca concentração urbana, com predomínio da economia agrária 
sob a organização do Estado monárquico, apoiado pelo clero e pela 
burguesia. 
c) poder do Estado enfraquecido, ritmo de trocas comerciais pouco 
intenso, uso limitado da economia monetária, predominando uma 
sociedade agrária. 
d) ampliação do poder do Estado, uma sociedade organizada em três 
camadas ² clérigos, guerreiros e trabalhadores ² e predomínio da 
economia rural. 
e) intensificação da produção agrícola pelo uso da mão-de-obra de 
servos e escravos, poder descentralizado e submissão dos burgos ao 
domínio da Igreja. 
 
Questões Comentadas 
 
1. (Enem/2015) no início foram as cidades. O intelectual da Idade 
Média ± no Ocidente ± nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento 
urbano ligado às funções comercial e industrial ± digamos 
modestamente artesanal ± que ele apareceu, como um desses homens 
de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão 
do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e 
de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que, 
profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em 
resumo, um intelectual ± esse homem só aparecerá com as cidades. 
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José 
Olympio, 2010. O surgimento da categoria mencionada no período em 
destaque no texto evidencia o (a) 
a) Apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato. 
b) Relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho. 
c) Importância organizacional das corporações de ofício. 
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d) Progressiva expansão da educação escolar. 
e) Acúmulo de trabalho dos professores e eruditos. 
Resolução: 
Essa questão aborda a Idade Média e dentro desse período de mil anos 
o processo de renascimento comercial e urbano, ocorrido na Baixa 
Idade Média e representou a consequência do aumento populacional 
nos feudos e a possibilidade de liberação de mão-de-obra para as 
atividades comerciais e manufatureiras, que produzem uma espiral de 
produção no campo para atender a demanda dos novos centros 
urbanos e uma demanda de manufaturados para atender as novas 
necessidades da população, juntamente com as Cruzadas que 
reabriram o Mar Mediterrâneo e o comércio com o Oriente. 
Em resumo o Renascimento Comercial e Urbano, da Baixa Idade Média, 
caracterizou-se pelo crescimento das cidades já existentes e pelo 
surgimento de novos centros populacionais (burgos). 
Esse fenômeno, além de ter uma relação fundamental com as 
atividades mercantis, exigiu a diversificação das funções humanas 
urbanas, abrindo espaço para o trabalho especializado e dentre esses 
o de professores ± inicialmente atuando de forma isolada, e depois de 
forma mais estruturada. É importante destacar que a atividade urbana 
com uma população crescente necessita de administradores habilitados 
e isso vem ao encontro da procura por uma formação letrada e aí entra 
o papel dos professores. 
Uma questão que necessita de uma atenta leitura do texto de 
referência e das alternativas e dessa forma o acerto é direto, porque 
todas as demais alternativas, não tem relação com o texto. Assim, a 
única possibilidade é a alternativa b. 
Gabarito: B 
 
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2. (Enem/2015) A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, 
dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, enfim, 
trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser 
separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras 
das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o 
conjunto... assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz. 
ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos 
medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981. A ideologia apresentada por 
Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um objetivo 
de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, 
respectivamente, em: 
a) justificar a dominação estamental / revoltas camponesas; 
b) subverter a hierarquia social / centralização monárquica; 
c) impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.; 
d) controlar a exploração econômica / unificação monetária; 
E). Questionar a ordem divina / Reforma Católica. 
Resolução: 
A questão aborda o centro da organização social do Sistema Feudal, ou 
seja, um sistema social estamental ± onde a posição social de seus 
integrantes é determinada pelo nascimento ± e a Igreja desse período 
com o controle da educação e da cultura, e única instituição 
centralizada e hierarquizada, determina que cada um dos segmentos 
sociais é determinado pela providência divina de tem o dever de fazer 
o melhor no seu estamento e resignar-se com a sua situação. Esses 
estamentos eram divididos em clero ± que oram ± os nobres ± 
guerreiros e administradores ± e na base da produção os servos. 
Assim, a mentalidade medieval de que a sociedade cristã compreende 
três ordens ou agrupamentos sociais/estamentos (oratores/clero; 
bellatores/nobreza; laborato res/trabalhadores) foi defendida pela 
Igreja para justificar a divisãosocial do feudalismo. Nesta, os 
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estamentos clerical e senhorial eram sustentados pelo terceiro, 
formado principalmente pelos servos. O resultado dessa relação de 
dominação e exploração suscitou numerosas rebeliões de camponeses, 
a mais célebre das quais foi a Jacquerie, na França do século XIV. 
Dessa forma, com um conhecimento médio do Sistema Feudal, e a 
leitura atenta das alternativas proposta exclui as demais ficando 
apenas a letra a, justificar a dominação estamental / revoltas 
camponesas ± que afirma que o sistema justiçava a dominação e em 
muitos casos os camponeses não suportando a tirania reagem com as 
muitas revoltas. 
Confirmando o que por reiteradas indicamos, a leitura atenta da 
alternativa conduz a resposta correta, dentro da sistemática do ENEM 
em valorizar a contextualização, a leitura e a interpretação dos grandes 
eventos da história. 
Gabarito: A 
 
3.(Enem/2014) A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que 
continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que 
não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os 
caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua 
matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras 
figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender 
humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um 
obscuro labirinto. GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores. São Paulo: 
Abril Cultural, 1978. No contexto da Revolução Científica do século 
XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a 
a) continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade 
Média. 
b) necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame 
matemático. 
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c) oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia 
escolástica. 
d) importância da independência da investigação científica pretendida 
pela Igreja. 
e) inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional 
da natureza. 
Resolução: 
A questão aborda a nova concepção do homem com relação aos 
fenômenos e forças da natureza. A partir do humanismo e da sua 
expressão concreta o renascimento cultural, o homem passa a estudar 
as obras da Antiguidade Clássica e a ter uma nova visão do mundo. 
Essa visão do mundo é caracterizada pelo racionalismo, 
experimentalismo e cientificismo. Isto é, o homem rompe as amarras 
das crenças e da autoridade da Igreja e passa a pensar por si e a buscar 
o conhecimento pela observação, experimentação, análise, em suma, 
o desenvolvimento do método científico. Essa nova mentalidade entra 
em choque com verdades consideradas absolutas, com a tratada no 
texto da teoria do geocentrismo ± que situa a Terra no centro do 
universo ± e era defendida pela Igreja. Através da observação e 
experimentação os cientistas provaram a falsidade dessa teoria e 
criaram o heliocentrismo ± isto é a Terra é um planeta que gira em 
torno do Sol. Esse movimento intelectual liberta a investigação das 
influências da metafísica e misticismo da Idade Média. Galileu Galilei 
contestou concepções aristotélicas acerca da física e defendeu a visão 
heliocêntrica e, por isso, foi acusado de heresia pela Igreja. 
É uma questão mais complexa, no entanto, uma leitura atenta das 
proposições chega a resposta correta pela eliminação. 
Vamos lá; 
a) Alternativa errada porque ao contrário do texto afirma a 
continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média. 
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b) Alternativa errada porque traz uma assertiva sobre o estudo 
linguístico e a sua relação com a matemática ± afirmação sem qualquer 
relação com o texto. 
c) Alternativa correta porque a nova física quântica (referindo aos 
fenômenos macroscópicos, como planetas, estrelas, etc.) rompe ± não 
aceita como válidos ± as verdades dos filósofos de referencia a Igreja. 
d) Alternativa errada porque a Igreja como detentora do controle da 
educação e da cultura não aceitava o livre pensamento e o racionalismo 
como forma de busca da verdade e dos conhecimentos. 
e) Alternativa errada porque o princípio da nova concepção do mundo 
estava baseado na experimentação para uma explicação racional do 
mundo, da natureza e dos fenômenos, exatamente o contrário da 
afirmação da assertiva. 
 
Resposta: C 
 
4. (Enem/2012) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que 
o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa 
opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes 
transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais 
escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar 
inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a 
sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite 
o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: 
EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o 
exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra 
o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo 
renascentista ao 
a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos 
definidores do seu tempo. 
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b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. 
c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação 
humana. 
d) romper com a tradição que valorizava o passado como 
fonte de aprendizagem. 
e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé 
e razão. 
Resolução: 
A questão trata do pensamento do escritor Maquiavel que é 
FRQVLGHUDGR� R� ³3DL´� GD� 3ROtWLFD� 0RGHUQD�� H� XP� GRV� H[SRHQWHV� GR�
movimento humanista e autor do Renascimento Cultural. O que 
Maquiavel afirma é que o homem é em grande parte senhor de seu 
destino e capaz de transformar a realidade com suas ações. Esse 
pensamento é contrário ao pensamento geral defendido pela Igreja de 
que o destino de cada um está traçado e nada podemos fazer a não 
ser aceitarmos resignadamente a nossa situação. Uma atitude 
conformista totalmente de acordo com a doutrina de um mundo 
estático e imutável defendido pela Igreja. 
Assim, uma leitura atenta do texto e das assertivas propostas leva 
diretamente a resposta correta. 
Em resumo, 2� WH[WR� H[WUDtGR� GD� REUD� ³2� 3UtQFLSH �´� GH� 0DTXLDYHO� 
refletindo sobre o exercício do poder em seu tempo, apresentou a 
relação existente entre o pensamento político e o humanismo próprio 
do renascentismo. Assim, afirma a confiança na razão autônoma 
quando aborda a questão do livre-arbítrio.A sorte não pode decidir 
sozinha nossos atos, deve ser corroborada pela razão. Ou seja, de 
acordo com o que estudamos no humanismo e renascimento uma das 
suas características é o racionalismo, o que quer dizer que a razão é o 
guia para o homem exercer o seu livre-arbítrio. 
E como afirmamos a resposta por eliminação é a letra c. 
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Gabarito: C 
 
5. (Enem/2011) se a mania de fechar, verdadeiro habitus da 
mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de 
insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo 
no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser 
limitada por portas e por uma muralha. '8%<��*��HW�DO��³6pFXORV�;,9-
;9´�LQ��$5,(6��3��'8%<��*��História da vida privada da Europa Feudal 
à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). As práticas 
e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da 
Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem 
ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com 
a) o crescimento das atividades comerciais e urbanas. 
b) a migração de camponeses e artesãos. 
c) a expansão dos parques industriais e fabris. 
d) o aumento do número de castelos e feudos. 
e) a contenção das epidemias e doenças. 
Resolução: 
A questão aborda o movimento ocorrido na Baixa Idade Média ± 
lembrando sempre que a Alta Idade Média é o primeiro período e a 
Baixa Idade Média o período final e para não confundir é só lembrar 
que o a vem antes do b e assim, alta vem primeiro e depois baixa ± e 
o movimento é o Renascimento Comercial e Urbano. Esse renascimento 
deu origem ao burgo ± vila fortificada ± que origina o termo burguês, 
o habitante dessas vilas que com o crescimento populacional se 
transformaram em cidades importantes. Esses burgos, pela 
insegurança generalizada do período eram cercados por muralhas, mas 
com o fortalecimento do comércio e do artesanato, as cidades 
precisavam cada vez mais se abrir para atender a população que afluía 
as suas portas para levar seus produtos, em geral alimentos e matérias 
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primas e consumir seus artigos. Junto com o crescimento urbano 
ocorre o processo de formação das monarquias nacionais e do estado 
nacional moderno que são apoiados pelas cidades e em contrapartida 
concedem a segurança e proteção a suas atividades. Assim, com o 
fortalecimento do poder real e o aumento da segurança, no fim da 
Idade Média, as portas desses núcleos urbanos 
passaram a servir muito mais para controlar a circulação de 
mercadorias e a cobrança de taxas do que proteger a população local. 
Uma questão de nível de dificuldade bem básico e exige a leitura do 
texto e das assertivas que são excluídas ficando a alternativa correta 
a letra a. 
Gabarito: A 
 
6. (Enem/2011) acompanhando a intenção da burguesia renascentista 
de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o espaço geográfico, 
através da pesquisa científica e da invenção 
tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, 
tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a 
cor e mesmo a expressão e o sentimento. SEVCENKO, N. O 
Renascimento, Campinas, Unicamp, 1984. O texto apresenta um 
espírito de época que afetou também a produção artística, marcada 
pela constante relação entre 
a) fé e misticismo. 
b) ciência e arte. 
c) cultura e comércio. 
d) política e economia. 
e) astronomia e religião. 
Resolução: 
Uma questão que aborda o humanismo e o renascimento cultural. 
Assim cabe destacar as características do renascimento cultural ± como 
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 CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM 
HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
Prof. Robson Papandréa ± Aula 03 
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estudamos nessa aula 3 - Nas artes (pinturas e esculturas e também 
da arquitetura), os artistas do Renascimento basearam-se na 
observação do mundo e nos princípios matemáticos e racionais como: 
¾ Harmonia, 
¾ Equilíbrio; 
¾ Perspectiva (fundo); 
¾ Leveza; 
¾ Realismo; 
¾ Cientificismo e 
¾ Experimentação. 
E mais uma vez a interpretação do texto que trata da produção 
através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas 
também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, 
o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o 
sentimento. O que quer dizer com expressão e sentimento a produção 
artística, assim ciência e arte. 
O que com a interpretação do texto a resposta correta é direta. Letra 
b, ciência e arte. 
Gabarito: B 
 
7. (Enem/2009) na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego 
Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a tese do geocentrismo, segundo a 
qual a Terra seria o centro do universo, sendo que o Sol, a Lua e os 
planetas girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria de 
Ptolomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua 
época. Vários séculos mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês 
Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encontrar inexatidões na teoria de 
Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o Sol 
deveria ser considerado o centro do universo, com a Terra, a Lua e os 
planetas girando circularmente em torno dele. Por fim, o astrônomo e 
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HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
Prof. Robson Papandréa ± Aula 03 
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matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630), depois de estudar 
o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita é 
elíptica. Esse resultado generalizou-se para os demais planetas. 
A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto afirmar que 
a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por serem mais 
antigas e tradicionais. 
b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo inspirado no 
contexto político do Rei Sol. 
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa científica era livre 
e amplamente incentivada pelas autoridades. 
d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às necessidades de 
expansão econômica e científica da Alemanha. 
e) Kepler apresentou uma teoria científica que, graças aos métodos 
aplicados, pôde ser testada e generalizada. 
Resolução: 
Uma questão que aborda as novas concepções produzidas pelo método 
experimental, pelo cientifismo e pelo racionalismo; típicos do homem 
humanista do renascimento cultural e que conduz no século XVII a 
Revolução Científica. Esse movimento apoiado na experiência 
possibilitou através de novos equipamentos estudar os fenômenos com 
a isenção do método científico. E reportando a questão em si, o que 
ela trata é da metodologia de observação astronômica de Nicolau 
Copérnico (1473-1543) e depois de Johannes Kepler (1571-1630), que 
fundamentados em sólida pesquisa e

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