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A Metrópole e a Vida Mental

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A Metrópole e a Vida Mental, Georg Simmel
O texto, escrito pelo sociólogo alemão Georg Simmel, tem como principal objetivo mostrar a relação entre o homem e a o novo modo de vida que o homem é submetido: a modernidade; e como a sociedade urbana moderna, consegue afetar psicologicamente os indivíduos que vivem nela. Nele, é abordado alguns conceitos como, por exemplo, comportamento blasé, modernidade e de modo de vida urbano. 
“Através da Comparação entre o meio rural e o urbano, Simmel vai nos mostrar como os indivíduos se preservam psicologicamente diante da overdose de estímulos que a vida metropolitana proporciona.” (Disponível em http://pt.scribd.com/doc/67606678/A-METROPOLE-E-A-VIDA-MENTAL-resenha, 1º parágrafo)
Com a modernidade, período contado aproximadamente a partir do ano de 1500, o modo de vida social passava por uma grande transição, deixando de ser o modo de vida rural, onde os sentimentos eram mais importantes que a razão, para o modo de vida urbano, onde a razão passa a ser a questão mais importante. O modo de vida urbano - ou seja, o surgimento de grandes metrópoles, gerado principalmente pela Revolução Industrial, onde houve um boom no setor industrial –, trousse consigo o que, até nos dias de hoje, é considerado como problema por alguns estudiosos sobre o tema: a diminuição das relações interpessoais entre os indivíduos. Contudo, a metrópole não é apenas um lugar de relações pessoais. Nela, o ser humano também recebe, a todo o instante, diversas informações que, de acordo com Georg Simmel, em outros textos publicados, são capazes de estimular e, até mesmo, hiperestimular, o ser humano, tirando-o de seu estado de aceitação de tudo, colocando-o para refletir mais. Esta forma de estimulo, fez com que o homem fosse capaz de se libertar mais, levando em consideração que, conforme recebe mais informações, ele passar a ter maior senso crítico e consegue novas formas de se expressar. 
A metrópole é descrita pelo autor, como um ambiente heterogêneo, onde os seres humanos são apenas partes de um meio industrial; meio este, que acaba deixando os homens com uma mesma mentalidade e afastando, cada vez mais, um ser humano do outro, ou seja, diminuindo suas relações interpessoais e as tornando quase totalmente impessoal. Devido a diminuição das relações interpessoais, o homem passar a ter outros objetivos de vida, deixando um pouco de lado seu lado “família” e priorizando seu lado “profissional”. Este fato se deve, principalmente, á implementação do novo modo de produção: o capitalismo. Tal modo, tem como um de seus princípios, o acumulo de capital. Este acúmulo, é obtido a partir da mão de obra dos funcionários; e não é algo totalmente igualitário, levando-se em consideração que, os que mais trabalham, ou seja, os proletariados (ou “empregados”), não têm a mesma renda do dono da empresa.
“A metrópole sempre foi a sede da economia monetária. Nela, a multiplicidade e concentração da troca econômica dão importância aos meios de troca que a fragilidade do comercio rural não teria permitido. A economia monetária e o domínio do intelecto estão intrinsecamente vinculados” (SIMMEL, Georg. “A Metrópole e a Vida Mental” – 3º parágrafo, linhas 1 á 4)
No trecho a cima, retirado do próprio texto do autor, nos é mostrado que a economia monetária – com a modernidade, o capitalismo como forma predominante de produção – é capaz de dominar o intelecto do ser humano. Isso se dá porque, a partir do momento me que o ser humano passa a trabalhar como proletariado (normalmente no meio industrial), ele é moldado de acordo com os interesses do empresário. Moldando seus funcionários, o dono da fábrica passa a ter uma padronização do processo de produção de seu produto, porém, deixa seus funcionários em estado de alienação. 
Além do processo de alienação citado a cima, com a rotina corrida e estilo de vida estressante que os moradores das metrópoles vivem, os mesmos são obrigados a se adequar a estar rotina. Para esta adequação, são obrigados a diminuir e, em alguns casos, são obrigados a abrir mão de algumas relações de afeto, seja com amigos ou família; além de serem colocados face a situações que nem sempre sabem como reagir. Além do mais, este estilo de vida guiado pela correria e pela “corrida contra o tempo”, causa alguns problemas psíquicos nos moradores. Desde o início do período da Modernidade, em 1500, o número de pessoas diagnosticadas com doenças como stress e depressão, vem aumentando ao longo dos anos.
No texto, o autor cita o conceito de “comportamento blasé”, que pode ser entendido como sentimento de indiferença em relação aos novos acontecimentos cotidianos. De acordo com o mesmo, o comportamento blasé é um dos dois extremos que guiam o comportamento do ser humano, influenciado pela vida moderna. Pode-se relacionar o comportamento blasé com o conceito de hiperestímulo, também abordado por Simmel, em outro texto. A partir do momento em que somos constantemente bombardeados de informação (hiperestímulo), nosso cérebro passa a reter varias informações simultâneas, e as mesmas são armazenadas. O comportamento blasé se relaciona com este conceito porque, a partir do momento em que recebemos uma quantidade enorme de informações, chega um determinado momento, onde nosso cérebro acaba aceitando as novas informações, ou os complementos das informações já retidas, como algo normal e, por isso, reagimos de maneira totalmente indiferente a elas. 
Bibliografia
http://pt.scribd.com/doc/67606678/A-METROPOLE-E-A-VIDA-MENTAL-resenha
http://professorpaulocesar.blogspot.com.br/2012/12/a-atitude-blase-de-george-simmel.html

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