Buscar

TCC EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA - PÓS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

15
IPEMIG – INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS
ROSILENE SOARES JORGE
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL
BELO HORIZONTE
2018
IPEMIG - INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS
ROSILENE SOARES JORGE
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL
Artigo científico apresentado à Faculdade IPEMIG
Instituto Pedagógico de Minas Gerais como requisito
 parcial para obtenção da Pós Graduação em Educação
 Inclusiva.
BELO HORIZONTE
2018
JORGE, Rosilene Soares. EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL, Belo Horizonte: Faculdade Nova Ateneu/ Ipemig, 2018. Especialização em Educação Especial e Inclusiva.
RESUMO
O tema apresentado tem como objetivo demonstrar como a educação é um dos maiores desafios do país na atualidade. Surge a busca do conhecimento nas mudanças e concretudes de uma sociedade que busca acabar com um desnível social tão discrepante, neste sentido estudamos a exclusão social que se dá, não somente pela ausência da escolaridade, mas pelo abandono e insucesso escolar. Observa-se que a desigualdade social perpassa vários tipos de desigualdade como: a de renda, a de oportunidades, a de raça e gênero, as regionais, e principalmente o tema abordado neste trabalho que é a inclusão dos alunos com deficiência intelectual. Propõe-se mostrar um paralelo entre os vários tipos de desigualdade verificados e apresentar um quadro de mudanças necessárias na abordagem e na prática da educação atual, inclusive mudanças relativas à elaboração de políticas públicas para a educação em nível nacional, principalmente na educação inclusiva, pois a educação mostra-se como o único agente capaz de transformar a sociedade de forma a fornecer aos seus cidadãos os mecanismos necessários para que possam melhorar efetivamente sua qualidade de vida e exercer plenamente sua cidadania.
Palavras-chave: Educação Inclusiva. Mudanças. Sociedade. Desigualdade.
ABSTRACT
The theme presented aims to demonstrate how education is one of the greatest challenges facing the country today. Comes the pursuit of knowledge in the changes and concreteness of a society that seeks to end a social gap as discrepant in this sense we study the social exclusion that is given not only by the absence of schooling but the abandonment and school failure . It is observed that social inequality permeates several types of inequality such as the income, opportunities, race and gender , regional , and especially the issue addressed in this work is the inclusion of students with intellectual disabilities. It is proposed to show a parallel between the various types scanned inequality and provide a framework of necessary changes in approach and practice of education today , including changes relating to the development of public policies for education at the national level , especially in inclusive education because education shows up as the only agent capable of transforming society in order to provide its citizens the necessary mechanisms so that they can effectively improve their quality of life and fully exercise their citizenship .
Keywords: Education Inclusiva. Changes . Society. Inequality
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................05
DESENVOLVIMENTO.......................................................................................06
CONCLUSÃO ......................................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................15
.
	
Introdução
 O tema Educação Inclusiva e desigualdade Social no Brasil, tem por objetivo mostrar que a desigualdade social é um dos maiores problemas no Brasil, seja no âmbito escolar ou fora dele. A qualidade na educação e inclusão de alunos com diversas deficiências está nas pautas das discussões mundiais, estaduais e nacionais, e observamos não só a reflexão, mas a ação sobre este desafio, vemos com encantamento algumas políticas que visam este objetivo, neste anseio em que se encontra a educação por uma escola pública de qualidade que possibilite condições de oferecer a todos os educandos igualdade de condições, cabe-nos a pergunta de como obter essa qualidade. Ressalta-se qualidade na educação nas condições de acesso e permanência e nos recursos pedagógicos, e na socialização dentro do ambiente escolar que possibilite o desenvolvimento de muitas competências a serem trabalhadas na criança com deficiência, para que os alunos possam desenvolver-se cognitivamente, afetivamente e social.
 A desigualdade social é hoje o 4º mais grave problema interno enfrentado pelo Brasil, ficando atrás apenas das drogas, dos crimes e da corrupção. Não se trata de um problema simples, regionalizado e sim de algo complexo, situacional e estrutural, que tem seus pilares na história e nos modelos de políticas sociais
adotadas no país até então. Isso posto, faz-se necessário desenvolver um estudo abrangente das causas dessa desigualdade, implicações, suas formas, conseqüências na vida das pessoas e igualmente buscar soluções plausíveis e formas de viabilizar a prática dessas soluções.
Desenvolvimento
 O Brasil é hoje um país de extremos: de um lado está o Brasil que possui uma das maiores economias do mundo – ocupando a 7ª posição no ranking mundial, segundo levantamento divulgado em 27 de novembro de 2014 pelo Banco Mundial (BIRD) e divulgado no site Terra, em que as pessoas têm acesso a tudo o que há de melhor em educação, alimentação, cultura, moradia, saúde, trabalho, e de outro está o Brasil miserável, dos marginalizados, das favelas onde as pessoas estão vivendo na condição de pobreza ou de pobreza extrema, com precariedade ou nenhum acesso aos bens e serviços que são essenciais à sobrevivência humana, com crianças e jovens que passam fome, sendo vítimas de toda sorte de exploração e sem qualquer perspectiva de vida. Essas crianças e jovens não tendo acesso às oportunidades de trabalho, acabam se tornando os marginalizados ou os “marginais”, uma das nuances da desigualdade social, sem contar os muitos casos que são agravados por se associarem à violência.
 Tal situação provoca então a reflexão sobre as causas dessa desigualdade e sobre as soluções possíveis a este desafio à sociedade juntamente com seus governantes e autoridades.
 Veja a seguir dois tipos de desigualdades que caracterizam o cenário do país:
Desigualdade de oportunidades e desigualdade de rendas:
 A desigualdade social deve ser entendida como produto de vários fatores. Vamos analisar dois deles: a desigualdade de oportunidades e a desigualdade de rendas.
 O estudo Desigualdade de resultados e desigualdade de oportunidades no Brasil foi elaborado pelos economistas Francisco Ferreira e François Bourguignon, do Banco Mundial, e Marta Menéndez, do Departamento e Laboratório de Economia Teórica e Aplicada (Delta) da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, da França, tem a finalidade de compreender como se processa a desigualdade social no Brasil. Este estudo divide a desigualdade em: desigualdade por renda e desigualdade por oportunidades. Estas decorrentes de situações observáveis e não observáveis, ou seja, averiguadas ou não em estatísticas. Dentre as situações possíveis de serem observadas através da Pnad - raça, sexo, região, além de educação e ocupação dos pais - a educação apresenta o maior peso na construção da desigualdade. "Raça ainda é importante, porém, mais importante do que ela é a transmissão da herança familiar educacional - essa responde por cerca de três quartos da desigualdade de oportunidades”.A desigualdade de oportunidades, todavia, não se esgota nessas situações. Várias outras há que ser levadas em conta, embora não quantificadas através das estatísticas.Este estudo, verifica que as situações observadas respondem por um quarto das causas da desigualdade total. Ela é um desses determinantes da desigualdade de oportunidades que, conseqüentemente, condiciona também a desigualdade de renda.
 O estudo só vem reforçar a tese de que a instituição primordial e capaz de erradicar/diminuir as desigualdades é a Escola. “É preciso observar que a escolaridade dos pais tem um efeito brutal sobre a escolaridade dos filhos”, afirma Ferreira. 
Desigualdade na educação:
 Entre as causas da desigualdade brasileira está a desigualdade no acesso à educação.
Pesquisas mostram que a chance de um filho de um pai com menos de um ano de estudo repetir a escolaridade do pai é muito alta: 34%. A probabilidade desta criança fazer o ensino superior é de apenas 1%. Por outro lado, uma criança cujo pai tenha o ensino superior, tem 60% de probabilidade de obter também um curso superior. Dessa forma, aqueles que possuem melhores condições financeiras, contam com uma considerável vantagem de acesso às mais diversas oportunidades de trabalho ao contrário daqueles outros, o que acaba por perpetuar a desigualdade social. A desigualdade no acesso a educação é especialmente grave em um país que paga um prêmio elevado à escolaridade. Em média, um ano a mais de escolaridade no Brasil representa um acréscimo no salário de 15%. Para efeitos comparativos, nos Estados Unidos este percentual é de 10%. No nível superior, este prêmio é ainda maior no Brasil, chegando a 18,7% em média para cada ano de estudo.
 Abaixo, Cristovam Buarque² ilustra com clareza a complexidade e a importância da educação na vida do ser humano desde o seu nascimento:
Há décadas, economistas tentam explicar a desigualdade pela distribuição da renda, sem perceber que sua causa fundamental está no acesso à educação. Primeiro, porque a concentração da educação impede a distribuição da renda, mesmo que se desejasse distribuí-la; segundo, porque a renda nacional ainda é baixa; se ela fosse radicalmente repartida, faria com que todos fossem igualmente pobres, não distribuiria riqueza. A promessa de romper o círculo da desigualdade por meio da distribuição direta de renda é demagógica, porque não há renda suficiente para todos e porque ela não se distribui simplesmente por decreto. O aumento do salário mínimo não será suficiente para tirar os pobres da pobreza e, se fosse, só chegaria àqueles que têm emprego, o que hoje exige educação. Alguns países dispõem de renda suficiente para distribuí-la quase independentemente da educação de seus indivíduos, outros não têm recursos nem mesmo para educar a todos. O Brasil não tem renda suficiente para distribuí-la bem, mas tem os recursos para educar todos os brasileiros. Em alguns países, a desigualdade é conseqüência da pobreza natural; no Brasil, ela é construída por políticas sociais que beneficiam uns mais do que outros. O caminho para eliminar a tragédia da desigualdade no Brasil está na garantia da educação de qualidade a todos, do pré-natal até o primeiro emprego. Além de pagar às mães uma renda suficiente para garantir a alimentação da família, com a condição de que seus filhos estudem, como faz o Bolsa Família, é preciso acompanhar seus filhos desde o dia em que nascem, com alimentação e cuidados pedagógicos, em creches ou outros sistemas que assegurem seu desenvolvimento intelectual. Não se pode esperar igualdade em um país onde algumas crianças entram na escola aos 4 anos e outras aos 7. A garantia de vaga na escola a todas as crianças de quatro anos é o caminho para vencer a desigualdade. Esse seria um gesto simples dos brasileiros para com suas crianças.
 A desigualdade no caso das deficiências são uma realidade em nosso país, porque nos deparamos todos os dias com notícias sobre cadeirantes que não tem rampas de acesso, crianças com deficiência intelectual que não tem acesso à turmas regulares, por isso uma explicação sobre a raiz de todas as desigualdades no nosso país, a educação.
 A educação é um direito evidenciado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, e a partir da Declaração de Salamanca (1994) passou-se a prevalecer o compromisso em prol da educação para todos em escolas regulares, com qualidade no atendimento prestados a todas as crianças independente de suas especificidades cognitivas e diferenças.
_____________________________________________________________________________________________________
²Graduado em engenharia pela Universidade Federal de Pernambuco, economista, educador, professor universitário e político brasileiro, membro do PDT. Trabalhou no Banco Interamericano de Desenbolvimento. Foi ainda reitor da UnB, governador do Distrito Federal e Ministro da Educação.
 A Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional (9394/96), e o Estatuto da criança e do Adolescente entre outros, defende e debate que a inclusão deve ser inserida com muita cautela, como afirmam Souza e Góes (1999), é preciso que sejam feitas adequações no espaço físico, formação dos profissionais, para que a inclusão aconteça e atinja seus objetivos reais; também conta da declaração que “as crianças e jovens com necessidades especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar (...), pois tais escolas “constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos (UNESC), 1994, p. 8-9).
 O Artigo 58 é claro na LDB (9394/96) está explicito que pessoas com necessidades especiais e diferenciadas devem frequentar a rede regular de ensino bem como se entende que as instituições escolares estejam preparadas para atender às particularidades dos novos educandos.
 De acordo com reportagem publicada na Revista Nova Escola, Editora Abril (2009), o desenrolar da Educação Especial no Brasil segue em destaque a ordem relacionada:
1854 – Problema Médico: Dom Pedro II funda o Imperial Instituto dos Meninos Cegos no Rio de Janeiro e não há preocupação com a aprendizagem.
1948 – Escola para Todos: é assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que garante o direito de todas as pessoas à Educação.
1954 – Ensino Especial: é fundada a primeira Associação de Pais e amigos (APAE), na qual o ensino especial surge como opção para escola regular.
1961 – LDB Inova: proclamada a lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional (LDB), a qual garante o direito da criança com deficiência à Educação, preferencialmente na escola regular.
1971 – Retrocesso Jurídico: foi estabelecida a Lei nº5692/71 que determina "tratamento especial" para crianças com deficiência.
1973 – Segregação: é criado o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP) que tem a perspectiva de integrar os alunos que acompanhar o ritmo de estudos, os demais estudantes se ingressariam na Educação Especial.
1988 – Avanço na Nova Carta: a Constituição estabelece a igualdade no acesso à escola. O Estado deve dar atendimento especializado, de preferência na rede regular.
1989 – Agora é Crime: aprovada a Lei nº7853/89 que criminaliza o preconceito. Esta lei só entrou em vigor apenas em 1999.
1990 – O Dever da Família; Direito Universal: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece aos pais ou responsáveis a obrigatoriedade da matrícula dos filhos em rede pública.Com o Direito Universal, houve a Declaração Mundial de Educação para Todos reforça a Declaração Mundial dos Direitos Humanos e estabelece que todos devem ter acesso à Educação.
1994 – Influência Externa; Mesmo Ritmo: a Declaração de Salamanca define políticas, princípios e práticas da Educação Especial e influi nas políticas públicas da Educação. No Mesmo Ritmo, a Política Nacional de Educação Especial condiciona o acesso ao ensino regular àqueles que possuem condiçõesde acompanhar "os alunos ditos normais".
1996 – LDB Muda Só Na Teoria: a Nova Lei atribui às redes de ensino o dever de assegurar currículo, métodos, recursos e organização para atender às necessidades dos educandos.
1999 – Decreto nº3298: é criada a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, e define a Educação Especial como ensino complementar.
2001 – As Redes se Abrem; Direitos: a Resolução CNE/CEB2 divulga a criminalização da recusa em matricular crianças com deficiência, com isso aumentou o número de dessas crianças no ensino regular. Em relação aos direitos, o Brasil promulga a Convenção de Guatemala, que define como discriminação, com base na deficiência, o que impede o exercício dos direitos humanos.
2002 – Formação Docente; Libras Reconhecida; Braile em Classe: aResolução CNE/CP1 define que o ensino superior deve preparar os professores na formação acadêmica para atender alunos com necessidades especiais. A Lei nº10436/02 reconhece a língua brasileira de sinais como meio de comunicação e expressão. Em relação ao Braile em Classe, houve a Portaria nº2278/02 que aprova normas para uso, o ensino, a produção e difusão do braile em todas as modalidades de Educação;
2003 – Inclusão se Difunde: O Ministério da Educação (MEC) cria o Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, que forma professores para atuar na disseminação da Educação Inclusiva;
2004 – Diretrizes Gerais: o Ministério Público Federal reafirma o direito à escolarização de alunos com e sem deficiência no ensino regular;
2006 – Direitos Iguais: convenção aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) estabelece que as pessoas com deficiência tenham acesso ao ensino inclusivo;
2008 – Fim da Segregação; Curva Inversa; Confirmação: a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva define: todos devem estudar na escola comum. Já a Curva Inversa ocorreu devido o fato, pela primeira vez, o número de crianças com deficiência matriculadas na escola regular ultrapassa a quantidade das que se encontram na escola especial. Em 2008, ocorreu a confirmação, pois o Brasil ratifica a convenção dos direitos das pessoas com deficiência, da ONU, fazendo da norma parte da legislação nacional.
 As dificuldades e desafios da inclusão acontecem nas escolas e, é preciso agir, adaptar-se encontrar meios para que os educandos sejam realmente incluídos, e tenham suas habilidades desenvolvidas respeitando suas capacidades e limitações.
 A inclusão leva em conta as diferenças e suas possibilidades. Bueno (1999) afirma que devemos refletir para que a inclusão aconteça de fato, e não apenas esteja garantida na legislação, também orienta que sofra modificações, planejadas e gradativamente contínuas, que garantam uma educação de qualidade para todos.
Incluir é dar oportunidades aos indivíduos com deficiência a participarem das atividades educativas, sociais, comunitárias, que os caracterizam e o preparam para a vida em sociedade, é aceitar, respeitar. amar e proporcionar ao aluno recursos para se desenvolver, respeitando suas habilidades e limitações.
 Ainda de acordo com Rodrigues (2005) “A educação inclusiva, deve ser vista como um processo através do qual a escola e comunidade buscam aprimorar e diversificar novas formas de desenvolver respostas que viabilizem e valorizem a diversidade, portanto, falar de atendimento educacional especializado é o mesmo que falar sobre perspectiva centrada e voltada para o aluno, no ajustamento das necessidades de aprendizagem e à participação de todos e eliminando as diferenças culturais, sociais, econômicas, individuais e de gênero.”
 Outra questão extremamente importante é a qualidade educacional dos discentes, mas isto só será possível quando as escolas se reorganizarem e se ajustarem para atender a diversidade dos alunos, com o objetivo de oferecer uma educação de qualidade e variada, o que não é tarefa fácil e nem tão pouco simples, pois compreendem aspectos materiais,físicos a capacitação profissional, bem como, eliminar com antigos paradígmas e concepções que impedem esclarecer, conscientizar educadores para esse novo desafio que se faz presente e também necessário.
 O papel fundamental da escola na formação do aluno com necessidade de aprendizagem diferenciada, propicia o desenvolvimento das suas capacidades e potencialidades, através de ações conjuntas entre família e comunidade escolar; proporcionando ao aluno uma participação ativa no exercício de seus direitos e deveres de cidadão autônomo.
 Para desenvolver a habilidade cognitiva do aluno com deficiência mental/intelectual é necessário que a escola não se atente apenas para os aspectos de sua deficiência, suas limitações e incapacidades, mas priorize e considere suas aquisições, potencialidades e aptidões.
Afinal o aluno com deficiência intelectual apresenta dificuldades em construir seus conhecimentos, bem como, demonstrar suas capacidades cognitivas, e reter as aquisições recentemente adquiridas, sobretudo se a escola ainda adota metodologias conservadoras.
Há a necessidade de a escola adequar-se as possibilidades e limitações de cada aluno, auxiliando-os e favorecendo o processo de construção do conhecimento.
 A criança com deficiência intelectual precisa aprender e desenvolver as habilidades de ser e de viver, necessita ser capaz de valorizar a si mesmo, e torna-se confiante.
A condição do deficiente mental/intelectual não deve ser priorizada com base no seu desenvolvimento individual, mas devem-se favorecer as capacidades do aluno e sua busca pela independência, respeitando sua condição de aprendizagem, e valorizando e considerando cada passo de seu aprendizado.
Inúmeros problemas enfrentados em sala de aula são solucionados com a utilização de recursos lúdicos, utiliza-se o lúdico para ensinar e desenvolver a formação da criança com deficiência intelectual, na atenção, concentração e interação social, que motivem o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual/mental.
 Por que falar da desigualdade na educação inclusiva? É muito percebido que as instituições da rede pública no Brasil, tem condições contrárias ao que estabelece o Artigo 58.
 Faz-se necessário ressaltar que projetos voltados para melhorar a educação no país, precisa de planejamento e investimento, replanejando suas ações, os representantes da área tem que enfocar diversos aspectos com relação a desigualdade na educação.
Conclusão
 Este trabalho deixa claro a necessidade de que a desigualdade social no Brasil seja considerada não somente um problema mas como um grande desafio à sociedade atual.
 No caso da educação inclusiva, é uma tarefa que necessita primeiramente convicção e vontade política e a partir daí, planejamento, estudos, execução das ações estratégicas de enfrentamento citadas anteriormente e, por fim, avaliação.
 As ações somente terão eficácia se estiverem envolvidas com o efetivo combate à desigualdade na Educação, o que consequentemente eliminará em um futuro não muito distante (20, 25 ou 30 anos) todas as desigualdades intermediárias, que constituem as subdivisões da desigualdade social.
 Como forte instrumento de superação das dificuldades, a educação inclusiva, tem como objetivo focalizar as necessidades de amparo ao aluno com deficiência, mesmo enfrentando dificuldades, luta contra o preconceito, buscando soluções até no que diz respeito a própria estrutura física da escola. Busca também compreendê-lo dentro da política vigente e dentro do atual contexto histórico, já que o olhar que se dirige hoje para essa questão tem como objetivo transformar o mundo em um meio melhor, sem exclusão social.
Assim, ou se enfrenta o desafio não com mecanismos que apresentam soluções momentâneas, mas com aplicação das mudanças na abordagem e na prática da Educação que mostrem chances reais de vencê-lo ou não sefala em perspectiva possível de eliminação da desigualdade social no país.
REFERÊNCIAS
_______. Técnicas de Pesquisa. In: ____. Técnicas de Pesquisa. 3. ed. Ver. e ampl. São Paulo: Atlas, 1996. 1996. cap. 3, p. 57 – 123.
BERÇO da desigualdade: texto de Cristovam Buarque sobre desigualdade social. Disponível em: http://www.universia.com.br/noticia/materia_clipping.jsp?not=9986 Acesso em: 25 set. 2010
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Pesquisa Participante. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 1999.
BRASIL. Educação Inclusiva: Um meio de Construir Escolas para Todos no Século XXI, Inclusão: Revista da Educação Especial. Secretaria de Educação Especial. Brasília, ano1, n.1, p.12-19, out. 2005.
DESIGUALDADES REGIONAIS: texto sobre desigualdade social. Disponível em: http://www.brasilescola.com/brasil/desigualdades-regionais.htm Acesso em: 22 set 2010
EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL. Revista Nova Escola, Editora Abril (2009).
INEQUALITY of outcomes and inequality of opportunities in Brazil: Artigo de Francisco Ferreira e François Bourguignonof the World Bank on inequality in Brazil.. Disponível em: http://www.econ.yale.edu/conference/neudc03/papers/4d-ferreira.pdf Acesso em: 15 set 2010
Lei de Diretrizes e Bases para a Educação. Lei nº 9394/96.
PETRUCI, Maria das Graças Ribeiro Moreira. Metodologia Científica: Normas para elaboração e apresentação de Monografias. São Paulo, Faculdades Unificadas São Luís, 1999.

Continue navegando