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AD2 – DISCURSO DE PODER E SEGURANÇA PÚBLICA 2

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AD2 – DISCURSO DE PODER E SEGURANÇA PÚBLICA
A Carta Magna em seu artigo 5º garante ao cidadão o direito à propriedade, contudo, tal direito não se figura como absoluto, já que, em diversas situações o governo promove desapropriações, valendo-se do poder de polícia como prerrogativa prevista em lei, sobrepujando o direito individual à propriedade em virtude de necessidade/utilidade pública ou interesse/função social (Art.5º XXIII, XXIV).
Nesse sentido, os termos sublinhados apresentados como amparos para as desapropriações aparecem de forma vaga e indeterminada podendo ser interpretados ao bel-prazer do administrador, atribuindo um grau acentuado de parcialidade ou subjetividade a essas intervenções na propriedade privada.
Além disso, pode se observar que nos episódios de desapropriações mostrados no documentário, o interesse social em questão, não ilustra os interesses do povo, e sim os interesses que o governo definia como social, ou necessidade pública, a saber: os interesses das empreiteiras e dos grandes empresários.
 Outrossim, ficou evidente o descontentamento dos moradores das comunidades contempladas(Providência,Alemão, Vidigal,Zona Portuária), que chegaram dizer que o escopo da atitude governamental era de promover uma limpeza social, extirpando os moradores daqueles locais, alocando-os em lugares longínquos e dominado por milícias opressoras. Inclusive, aparece no documentário um morador da Providência, que chama o “Morar Carioca programa de governo” de “Ralar Carioca”.
Portanto, o instrumento que deveria atender o interesse público acaba por excluir a coletividade das favelas, ferindo o princípio da impessoalidade. Em outras palavras, as compensações pecuniárias oferecidas quase nunca atendem as expectativas dos desapropriados, os locais de realocação também não agradam o público alvo e as motivações quase sempre são planos de governo visando o bem estar de uma minoria.

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