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Procedimento sumaríssimo

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Procedimento sumaríssimo 
 
O procedimento comum sumaríssimo foi introduzido no processo do trabalho pela 
Lei nº 9.957, de 13.01.2000, acrescentado os arts.852-A a 852-I, com vacatio legis 
de sessenta dias, razão pela qual esta lei entrou em vigor no dia 13.03.2000. 
 
Alguns doutrinadores defendem s.m.j. que esta lei não revogou o procedimento 
sumário, previsto na Lei nº 5.584/1970, pois não houve revogação expressa na lei 
nova, inexistindo qualquer incompatibilidade entre os dois textos legais. 
 
O rito sumaríssimo não será aplicado em face da Administração Pública Direta, 
autárquica ou fundacional, CLT, art. 852-A, parágrafo único. 
 
O prazo para inclusão da ação em pauta é de 15 dias, no rito sumaríssimo, art. 
852-B, III, da CLT. 
 
No rito sumaríssimo o pedido deverá ser certo ou determinado, isto é, o pedido tem 
que ser líquido (não basta ser certo e determinado) e indicará o valor 
correspondente e não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta 
indicação do nome e endereço do reclamante, na forma dos itens I e II, do art. 852-
B, da CLT. 
 
O não atendimento pelo autor dos requisitos no art. 852-B, da CLT importa no 
indeferimento da petição inicial, com a extinção do processo sem resolução do 
mérito. 
 
Considerando os princípios de acesso à justiça, da duração razoável do processo, 
da proporcionalidade e da vedação do retrocesso, verificando o juiz que a ação 
proposta não se adéqua ao rito sumaríssimo, poderá converter o rito para o 
ordinário, sem violação do direito de defesa e do contraditório. 
 
Nesse sentido tem decidido o TST: 
 
 
 
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RECURSO DE REVISTA. NULIDADE PROCESSUAL. CONVERSÃO DO 
RITO SUMARÍSSIMO EM ORDINÁRIO. INICIATIVA DO JUÍZO 
PRIMÁRIO. DEMONSTRAÇÃO DE NÃO OCORRÊNCIA DE PREJUÍZO 
PRIMÁRIO. DEMONSTRAÇÃO DE NÃO OCORRÊNCIA DE PREJUÍZO 
PROCESSUAL. 
 
O entendimento que tem prevalecido no âmbito desta Corte é no sentido de 
que a conversão do rito processual sumaríssimo para o ordinário pode ser 
determinada ex officio pelo juiz desde que o procedimento não resulte 
prejuízo às partes, porquanto são de ordem pública as disposições 
processuais referentes ao procedimento, não estando sujeita essa 
alteração à vontade das partes. Isso porque a norma contida no art. 852-B, 
da CLT, mostra-se incompleta quando em confronto com o art. 295, inciso 
V, do CPC, o qual contempla norma com idêntica finalidade e maior 
amplitude, reclamando, por isso, interpretação integrativa quanto à 
possibilidade da conversão do procedimento sumaríssimo em ordinário, 
quando não acarretar prejuízos às partes, o que vem a atender aos 
princípios da utilidade dos atos processuais e da celeridade processual. 
Destaca-se, também, que o rito sumaríssimo, delineado pelos arts. 852-A e 
seguintes da CLT, não impõe restrições ou limites à contestação, de forma 
que a alegação de prejuízo da defesa, por esse ângulo, mostra-se 
inconsistente. (Precedentes). 2. Recurso de Revista conhecido e não 
provido. (TST-RR 805264/2001.3. j. 7.5.2008. Rel. Min. Guilherme Caputo 
Bastos, 7ª Turma. DJ. 9.5.2008). 
 
Quanto à prova testemunhal, no rito sumaríssimo, as testemunhas para cada parte 
se limitam a duas para cada parte, nos termos do art. 852-H, da CLT. 
 
A prova pericial somente será admitida excepcionalmente, nas hipóteses de 
trabalho insalubre ou perigoso, 852-H, da CLT. 
 
A sentença no processo sumaríssimo dispensa o relatório, bem como a redução a 
termo dos depoimentos das partes e testemunhas, art. 852-I, da CLT.

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