OS NOVOS ARRANJOS FAMILIARES

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
El Capone
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
Os Novos Arranjos Familiares
Serrinha
2013
El capone
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
Os Novos Hábitos de Consumo da Classe C
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como atividade interdisciplinar.
Profs. Lisnéia Rampazzo, Sérgio Goes, Adarly Rosana e Márcia Bastos.
Serrinha
2013
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................03
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................04
2.1 OS NOVOS ARRNJOS FAMILIARES......................................................04
2.2 MOBILIDADE SOCIAL.............................................................................04
2.3 NOVA CLASSE MEDIA............................................................................05
3 CONCLUSÃO......................................................................................................06
4 ABORDAGEM DOS DADOS LEVANTADOS NAS ENTREVISTAS..................07
REFERÊNCIAS
ANEXOS
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1 INTRODUÇÃO
	É inegável a ascensão da população brasileira aos mais diversos meios de consumo do capital especialmente a evolução financeira que aconteceu e continua acontecendo na chamada classe C, que vem inflando a economia de tal forma que torna a crise econômica mundial em uma simples “marolinha” em território tupiniquim. 
	O fortalecimento da classe média vem ocorrendo há cerca de seis anos, em consequência do crescimento da renda e do acesso ao crédito. Educação, inflação baixa e aumento do salário mínimo também contribuíram para essa ascensão, com isso, passou a sobrar mais dinheiro no caixa das famílias em todas as camadas sociais e regiões do país.	 
	Este fenômeno, que agora é brasileiro e surpreendeu a todos, não só nacionalmente mais todo o globo, coloca de ponta-cabeça vários dogmas sobre práticas de comércio e marketing no ambiente empreendedor e mostra que esta classe tem vez e voz ativa no mercado.
	
	
2 DESENVOLVIMENTO
	
 2.1 Os Novos Arranjos Familiares
	Ascensão da chamada nova classe média aumenta potencial de mercado para escolas privadas; iniciativas para atender à demanda começam a despontar, cada vez mais, as famílias da chamada nova classe média, ou classe C emergente, matriculam seus filhos em escolas particulares, e não em escolas públicas. Essas famílias, cuja renda domiciliar per capita varia entre R$ 323 e R$ 1.388, passaram a enxergar a educação como um valor e a preocupar-se com a segurança dos filhos. Dando inicio a uma evolução estupenda na educação brasileira.
	 Um número maior de pessoas está se alimentando bem e tendo experiências que antes pareciam um sonho, comprando mas como pude perceber nas entrevistas, realizando sonhos e vivendo uma vida antes inimaginável para seus pais e avós.
	Viagens de turismo, jantar fora, roupa da moda, Internet, TV a cabo são alguns dos aconchegos que o trabalhador vem desfrutando com seu novo status, a pouco tempo atrás era impossível para o proletário imaginar ter TV a cabo em casa, seria utópico dizer isso na “favela” a 10 anos atrás.
	 
	
	2.2 Mobilidade Social
	De acordo com pesquisa do Data Popular, 11,1 milhões das famílias que fazem parte da chamada nova classe média planejam comprar casa nos próximos dois anos, desejo esse que se configura com sonho de grande parte da população e que hoje se torna realidade para os mesmos graças a ascensão da classe baixa e políticas publicas de habitação.
	  No total, das 19,2 milhões de famílias que participaram do levantamento do Data Popular, os emergentes correspondem a 57,6% das intenções de compra de imóveis, seguidos pela Baixa Renda, com 27,2%, e da classe AB, com 15,2%. Em relação ao tipo de residência em que vivem, 66,5% das famílias da Alta Renda habitam em casas, 33,4% moram em apartamentos e 0,1% residem em cômodos. Quase a totalidade da classe C vive em casas (92,1%).
	Essas mudanças marcam a consolidação da mobilidade social que vimos ocorrer no Brasil nos últimos anos.
 
	2.3 Nova Classe Média
 	A nova classe média é muito distinta, em imaginário, que a classe média tradicional de nosso país. Não têm hábito de leitura e são absolutamente pragmáticos. Assim, valores universais e regras gerais são colocados sob desconfiança com facilidade a não ser que vinculadas aos valores religiosos.
	 Ela mudou. Agora busca a qualidade do produto e a segurança das marcas, deixando por terra a ideia de que é um público motivado apenas por preço e promoções. Um novo desafio está lançado para indústrias, empresas de serviços e agências de comunicação: como lidar com o avanço avassalador da chamada classe C, o público de consumidores emergentes que hoje movimenta bilhões de reais.
	A nova classe C é predominantemente jovem, composta em sua maioria por afrodescendentes. Em Salvador, por exemplo, 41% das pessoas que fazem parte dessa faixa da população são negros e, em Brasília, 22%.  A população de classe C tem menos problemas com o peso, em comparação com os mais ricos, decorrência direta de menos excessos na alimentação, somado a mais mobilidade física rotineira. Apenas 27% da classe C1 estão acima do peso, contra 31% da AB1. Segundo dados do IBGE.
	O homem dessa categoria tende a viver menos e as mulheres exercem mais responsabilidade sobre a família, têm mais autonomia socioeconômica e, consequentemente, de consumo, diz Dora Câmara, diretora comercial do IBOPE .
CONCLUSÃO
	A renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003 e a desigualdade cai há dez anos. A ascensão da classe C vem sendo observada desde a implementação do Plano Real. Passou de 45 milhões de pessoas, em 1993, para 105,5 milhões, este ano. “O trabalhador brasileiro está trabalhando mais porque se educou mais, está conseguindo trabalho formal e acho que ele é o grande herói dessa ascensão da classe média
	Wright Mills, em A nova classe média sustenta que se no passado a expansão econômica de uma sociedade fundada na descentralização da propriedade e expansão física dos mercados (com industrialização) garantiam a mobilidade ascendente, entre 1890 e 1935 foi a estabilidade social do operariado dos EUA que possibilitou tal mudança.
	Um fator positivo na composição do mercado potencial é o valor que o ensino vem adquirindo para a nova classe média. As famílias estão entendendo a importância da educação, de sétima prioridade passou a ser segunda, "Há três anos, uma pesquisa mostrou que a maioria dos pais de alunos que não colocam os filhos em escolas particulares gostaria de fazê-lo", relata o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR), Ademar Batista Pereira.  "Com a melhoria na economia em geral, é normal que aumente a procura." Em sua opinião, há um mercado emergente no estado, principalmente nos bairros de periferia. 
	
ABORDAGEM DOS DADOS LEVANTADOS NA PESQUISA E ENTREVISTAS
	
	Ao analisar as entrevistas e pesquisa que realizei em minha cidade percebi que tudo aquilo que estudei, li e relatei acima faz parte da realidade e é vivenciada cotidianamente na vida do brasileiro, que se acostumou a comprar por impulsividade e compulsoriamente. 
	Além de melhorar sua condição de vida e subsistência com o acesso aos bens de consumo, o proletário se tornou um consumidor fervoroso, que não deixa uma tecnologia passar despercebida ou uma vitrine a ver navios, não perdem uma promoção e vivem pra comprar.
	Para tanto o avanço também positivo na educação pode configurar uma mudança de postura e mentalidade a se desenvolver a médio prazo e onde poderemos alçar voos de maiores amplitudes e relevância.Não só comprar por comprar, comprar para ter ou para mostrar. Mas investir em utilitários que venham a melhorar a sociedade como um todo. Nutrir valores morais e éticos, e pregar a união entre os povos.
REFERÊNCIAS
SPERLING, Abraham P. Introdução à psicologia. Editor consultivo Kenneth Martin; tradução Esméria Rovai. São Paulo: Pioneira, 1999
PRIULI, R. M. A. & MORAIS, M. S. Ciência & Saúde Coletiva, 12(5):1185-1192, 2007
AGUIAR, Luciana, ET AL. As Heroínas da Classe C. Pesquisa, consultoria e marketing. Data Popular. São Paulo, 2008.
ARTIGO. Classe C Urbana do Brasil – Somos iguais, somos diferentes. Ibope. São Paulo, 2011 <http://www.ibope.com/maximidia2010/>
ANEXOS
Entrevistas:
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-Nome: Marivânia de Jesus Oliveira
-Idade: 17
-Houve alguma mudança de hábitos nos últimos 10 anos? Sim, começou a comprar mais e escolher produtos pela sua qualidade.
-Adquiriu bens duráveis? Sim, computador, DVD, celular, TV, dentre muitas e por fim um tablet.
-Tem TV a cabo? Não.
-Tem acesso à Internet? Sim.
-Fez viagem de turismo? Sim , viajei de carro e me hospedei com amigos numa pousada.
-Frequenta restaurantes? Sim.
-Frequenta cinema? Não, pois não tem na cidade.
-Incluiu novos produtos na sua rotina de alimentação? Sim, pizza, pasteis e comida japonesa.
-Adquiriu livros e os leu? Quantos? Sim, vários.
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-Nome: João Paulo Cerqueira
-Idade: 23
-Houve alguma mudança de hábitos nos últimos 10 anos? Sim, muitas, entre elas a compra do meu carro e minha casa.
-Adquiriu bens duráveis? Sim, carro, casa, dentre muitos moveis.
-Tem TV a cabo? Sim
-Tem acesso à Internet? Sim.
-Fez viagem de turismo? Não.
-Frequenta restaurantes? Sim, pizzarias dentre outros.
-Frequenta cinema? Não.
-Incluiu novos produtos na sua rotina de alimentação? Sim, salgadinhos, panetones, cereais, etc.
-Adquiriu livros e os leu? Quantos? Sim, uns 10.
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-Nome: Kleber da Cruz
-Idade: 20 anos
-Houve alguma mudança de hábitos nos últimos 10 anos? Sim, passei a consumir mais, gastar mais, viver melhor.
-Adquiriu bens duráveis? Não muitos.
-Tem TV a cabo? Não.
-Tem acesso à Internet? Sim.
-Fez viagem de turismo? Sim, para praia, chapada..., dormi em hotéis, viajei de carro próprio, do meu pai, com amigos.
-Frequenta restaurantes? Sim, frequentemente.
-Frequenta cinema? Sim, pouco por não existir na minha cidade.
-Incluiu novos produtos na sua rotina de alimentação? Sim. Vários.
-Adquiriu livros e os leu? Quantos? Não, não gosto muito de ler, prefiro filmes.
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