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HISTÓRIA DA ARTE aula 4 Egito


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HISTÓRIA DA ARTE
AULA 4
Prof. Karime
EGITO e ORIENTE ANTIGO 
É um fato estranho e surpreendente que o homem tenha surgido à luz da história em dois lugares diferentes e mais ou menos na mesma época.
EGITO e ORIENTE ANTIGO 
Entre 3500 e 3000 a.C., quando o Egito estava sendo unificado sob o domínio do faraó, outra grande civilização surgiu na Mesopotâmia, a “terra entre os rios”. E, por aproximadamente 3 milênios, os dois centros rivais mantiveram suas características distintas, embora tenham estado em contato desde os seus primórdios.
Por que motivo o Egito foi unificado e se fortaleceu, ao contrário dos vizinhos?
EGITO – vale do Nilo: estreita faixa de terra fértil protegida por desertos.
MESOPOTÂMIA/ ANTIGO ORIENTE – vale do Tigre e Eufrates: depressão larga e rasa com poucas defesas naturais, fácil de ser invadida por qualquer direção. Esta região mostrou-se quase impossível de ser unificada sob um mesmo governante.
Por que o conhecimento da civilização Mesopotâmica é menor que a do Egito 
 MESOPOTÂMIA x EGITO 
 EGITO: caráter divino da realeza. 
 abundância de pedras.
 MESOPOTÂMIA: Rivalidades locais, invasões estrangeiras, colapso do poder militar. Construíam em madeira, tijolos de argila. Não compartilhavam com os egípcios a preocupação com a vida após a morte, sobrando apenas fragmentos casuais.
EGITO
“A vida após a morte era mais importante
 que a vida que viviam no presente”
A história do Egito foi a mais longa de todas as civilizações antigas que floresceram em torno do Mediterrâneo, estendendo-se, quase sem interrupção, desde aproximadamente o ano 3000 a.C. até o século IV d.C. 
A natureza do país — desenvolvido em torno do Nilo, que o banha e fertiliza, em quase total isolamento de influências culturais exteriores — produziu um estilo artístico que mal sofreu mudanças ao longo de seus mais de 3.000 anos de história. 
EGITO
Todas as manifestações artísticas estiveram, basicamente, a serviço do estado, da religião e do faraó, considerado como um deus sobre a terra. Desde os primeiros tempos, a crença numa vida depois da morte ditou a norma de enterrar os corpos com seus melhores pertences, para assegurar seu trânsito na eternidade. 
EGITO
Os primeiros povoadores pré-históricos assentaram-se sobre as terras ou planaltos formados pelos sedimentos que o rio Nilo havia depositado em seu curso. 
Os objetos e ferramentas deixados pelos primeiros habitantes do Egito mostram sua paulatina transformação de uma sociedade de caçadores-coletores seminômades em agricultores sedentários. 
ARTE EGÍPCIA
Os egípcios ao esculpir e pintar tinham o propósito de relatar os acontecimentos de sua época, as histórias dos Faraós, deuses e do seu povo em menor escala, já que as pessoas não podiam ser representadas ao lado de deuses e nem dentro de templos. Provavelmente eles não tiveram a intenção de nos deixar a "arte" de seus criadores. 
O tamanho das pessoas e objetos não caracterizavam necessariamente a distância um do outro e sim a importância do objeto, o poder e o nível social. 
Os valores dos egípcios eram eternos e estáveis. Suas leis perduraram cerca de 6.000 anos. O Faraó representava os homens junto aos deuses e os deuses junto aos homens, assim como era responsável pelo bem-estar do povo, sendo considerado também como um próprio Deus. 
arquitetura funerária
A arquitetura funerária foi uma das primeiras manifestações da arte egípcia. Ela se destaca especialmente nos túmulos reais que, em geral, são monumentos.
ARTE EGÍPCIA
Uma das principais civilizações da Antiguidade foi a que se desenvolveu no Egito. 
Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, consequentemente, orientando toda a produção artística desse povo.
Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte.
O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
EGITO
ARTE: Na arquitetura realizou obras grandiosas, feitas de pedra (pirâmides, templos, mastabas e hipogeus). O Livro dos Mortos era o principal livro da literatura, continha ensinamentos da alma para o caminho além da vida. Ciência: desenvolvido na química e medicina, devido à prática da mumificação. Escrita: hieróglifos – escrita considerada sagrada, cujo uso permitia-se aos sacerdotes; hierática – era uma simplificação do hieróglifo, usada em documentos oficiais; demótica – surgiu mais recentemente e o seu uso era mais popular.
EGITO
O principal governante do Egito, ou das cidades-estados, era chamado de faraó: ele possuía todo o poder (assumia várias funções: era o rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general) e era tido como um deus vivo: filho do Sol (Amon-Rá) e encarnação de Hórus (deus falcão).
Pintura no Egito Antigo 
A arte no período era padronizada, seguindo critérios religiosos; assim, não se fazia uso da criatividade ou da imaginação. As pinturas eram anônimas e não registravam o estilo do artista, mas o faraó. 
A primeira regra a ser seguida era:
A lei da frontalidade: era obrigatória e consistia na representação de pessoas com o tronco de frente, os pés, a cabeça e as pernas ficavam de perfil. Portanto, não era uma arte naturalista.
 Pintura no Egito Antigo 
Existiam deuses com formato de animal (zoomorfismo), 
outros deuses tinham o formato de homem juntamente com animal (corpo de homem e cabeça de animal – antropozoomorfismo) 
e também existiam deuses somente com o formato humano (antropomorfismo).
Deuses egípcios
Deuses egípcios
Tefnet: deusa das águas que caem na terra
Chu: deus do ar
Tefnet: deusa das águas que caem na terra
Chu: deus do ar
O rapaz ao centro é Chu
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Chu e Tefnet
“And since there were no other people in the world, Shu and Tefnut married, and they had a daughter named Nut. She was the goddess of the sky.”
Nut
Imensa deusa que cobria toda a Terra 
(Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra).
No túmulo de Tutancâmon foi encontrado junto a sua múmia um peitoral no qual era invocado a proteção desta deusa: “Nut minha divina mãe, abre tuas asas sobre mim enquanto brilharem nos céus as imorredouras estrelas”.
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Nut
No túmulo de Tutancâmon foi encontrado junto a sua múmia um peitoral no qual era invocado a proteção desta deusa: “Nut minha divina mãe, abre tuas asas sobre mim enquanto brilharem nos céus as imorredouras estrelas”.
19 anos, possivelmente causa natural, talvez tuberculose.
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Deuses egípcios
Osíris, é o deus da fecundidade, se encarrega de proporcionar a vida aos humanos
Deuses egípcios
Ísis: invenção de todas as artes necessárias para desenvolver a vida, desde a moagem do grão até as complexas regras e leis da vida familiar
ANUBIS
deus com cabeça de chacal associado com a mumificação e a vida após a morte
Frequentemente associado a enterros de Faraós
Na época Anúbis era o deus dos mortos mais importante, porém foi substituído durante o Império Médio por Osíris
Símbolos
Papiro
Símbolos
Ka (alma)
Símbolos
Ka (alma)
Símbolos
Ka (ou Ba) - alma
Símbolos
Lótus
Símbolos
Escaravelho
Símbolos
Ab (Ib) – O coração, esta é a fonte do bem e do mal dentro de uma pessoa. É o caráter e o centro dos pensamentos, que pode abandonar o corpo de acordo com sua vontade, e viver junto com os deuses após a morte, ou ser engolida por Ammut, assim tendo a morte final, quando os pratos da balança de Ma´at não se equilibram.
Rio Nilo, papiro, hierarquia, caça, agricultura
 O rei, a mulher do rei, o sacerdote,
os soldados e o povo.
Livro dos Mortos
Livro dos Mortos, ou seja um rolo de papiro com rituais funerários que era posto no sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se em folhas.
Pesagem da alma egípcia: Livro dos Mortos
Nas tumbas, o Livro dos Mortos, que na verdade tem o nome de Saída para a Luz do Dia, é uma coleção de textos que aborda toda a viagem do morto rumo a vida pós morte. Através da leitura desses textos é possível tentar entender os conceitos dos antigos egípcios. Seu objetivo era ajudar a alma do morto a enfrentar e vencer os obstáculos, num caminho muito difícil
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PINTURA
A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas.
Suas características gerais são: 
 * ausência de três dimensões;
* ignorância da profundidade; 
* colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; 
* Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
PINTURA
Quanto a hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. 
O faraó e os camponeses: posições distintas na hierarquia social egípcia.
PINTURA
As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas, pintadas de vermelho.
PINTURA
Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. Desenvolveram três formas de escrita:
Hieróglifos - considerados a escrita sagrada; 
Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; e 
Demótica - a escrita popular.
MÚMIAS
As múmias são cadáveres embalsamados por algumas sociedades que acreditam no retorno do espírito ao corpo.  
Tal processo, chamado de mumificação, tem como fim preservar o corpo para a recepção do "espírito".
Os antigos egípcios tinham o costume de embalsamar os seus faraós. 
Os faraós eram enterrados com todos os seus bens.
 
MÚMIAS
 
MUMIFICAÇÃO - EMBALSAMAMENTO
Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que retiram-se os principais órgãos (intestinos e outros órgãos vitais), além do cérebro do cadáver, dificultando assim a sua decomposição. 
MUMIFICAÇÃO - EMBALSAMAMENTO
 Estes órgãos eram colocados num vaso de pedra chamado Canopo (ou vaso canóptico) e nas cavidades do corpo eram colocadas resinas aromáticas e perfumes; 
Depois as incisões eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com Nitrato de Potássio (salitre), para que a umidade do corpo fosse absorvida, servindo para evitar a proliferação de bactérias, retirar a umidade e também para ressaltar a cor;
Vaso canóptico
Pequenos recipientes de barro e alabastro, com tampas enfeitadas com cabeças entalhadas em madeira (cabeça humana, de chacal, babuíno e falcão, comumente). No vaso com cabeça humana era colocado o fígado, no de chacal era colocado o estômago, no de babuíno eram colocados os pulmões e no de falcão os intestinos.
MUMIFICAÇÃO - EMBALSAMAMENTO
Ali permanecia por setenta dias. Após esse período, o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão ou linho, com centenas de metros, embebida em betume, uma substância pastosa, que servia como impermeabilização. Só aí o morto ia para a tumba – geralmente os corpos eram colocados em sarcófagos de pedra . 
Esse processo conservava a múmia praticamente intacta por séculos. 
 A crença na imortalidade foi o que levou o povo egípcio a desenvolver a técnica da mumificação. 
 
Sarcófago
Um dos monumentos que se destacaram foi o Túmulo da rainha Hatshepsut – Hatshepsut rainha-faraó do Egito 
                                                   
Rainha Hatshepsut
Fileira de estátuas de Osíris no templo de Hatshepsut
Tutancâmon
Réplica de como foi encontrada por dentro a tumba de Tut-Ankh-Amon em 1922.  Este tesouro encontra-se hoje no Museu do Cairo.
 
A múmia do faraó Ramsés II, que reinou no Egito entre 1304 e 1237 a.C., foi encontrada em 1881 apenas com a pele ressecada. Os cabelos e os dentes continuavam perfeitos
. 
Arte e arquitetura do Egito
O pensamento, a cultura e a moral egípcios eram baseados num profundo respeito pela ordem e pelo equilíbrio. A arte pretendia ser útil: não se falava em peças ou em obras belas, e sim em eficazes ou eficientes. 
O intercâmbio cultural e a novidade nunca foram considerados como algo importante por si mesmos. Assim, as convenções e o estilo representativos da arte egípcia, estabelecidos desde o primeiro momento, continuaram praticamente imutáveis através dos tempos. 
Para o espectador contemporâneo a linguagem artística pode parecer rígida e estática. Sua intenção fundamental, sem dúvida, não foi a de criar uma imagem real das coisas tal como apareciam, mas sim captar para a eternidade a essência do objeto, da pessoa ou do animal representado. 
A regularidade dos ciclos naturais, o crescimento e a inundação anual do rio Nilo, a sucessão das estações e o curso solar que provocava o dia e a noite foram considerados como presentes dos deuses às pessoas do Egito. 
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Antigo, Médio,Novo Império, Época Tardia
Dinastias
Construção de complexos funerários para os faraós - glorificar o faraó (feita nos muros dos templos) e preparar o espírito em seu caminho até a eternidade (feita nas tumbas)
construção de pirâmides substituíram as mastabas como tumbas reais
A escultura caracterizava-se pelo estilo hierático, a rigidez, as formas cúbicas e a frontalidade
talhava-se um bloco de pedra de forma retangular; desenhava-se na frente e nas laterais da pedra a figura ou objeto a ser representado. 
Época tardia 
A conquista do país por Alexandre Magno, em 332 a.C., e pelos romanos, no ano 30 a.C., introduziu o Egito na esfera do
 mundo clássico
 embora persistissem suas antigas tradições artísticas. Alexandre (fundador da cidade de Alexandria) e seus sucessores aparecem representados em relevo nos muros dos templos como se fossem autênticos faraós — e num claro estilo egípcio, e não clássico. 
ARQUITETURA
As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas; foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. 
Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso.
As características gerais da arquitetura egípcia são: 
* solidez e durabilidade; 
* sentimento de eternidade;  
* aspecto misterioso e impenetrável.
ARQUITETURA
Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.
Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. 
Divididos em três categorias:
Mastaba 
 Pirâmide – foram erguidas mais de 70, era o túmulo real, destinado ao faraó; 
Hipogeu
 CARNAC
 
 LUXOR
Mastaba 
Mastaba pirâmides em degraus, túmulo feito com laje de pedra ou tijolo
primeiros túmulos construídos pelos Egípcios, tinham a forma de um tronco de pirâmide
no centro situava-se um poço que comunicava com a câmara funerária
depois de se descer o sarcófago com o morto, a câmara era selada e o poço de acesso bloqueado.
Hipogeu
Hipogeu – significa “debaixo da terra”
túmulo subterrâneo, formado por uma série de câmaras
túmulo feito na rocha
Hipogeu
Momentos da ESCULTURA
Antigo império: apesar das convenções, as estátuas eram representadas de acordo com os traços particulares da pessoa, principalmente a posição que ocupava na sociedade, o seu trabalho e traços raciais.
Médio Império: o Egito apresentava suas esculturas
e retratos com uma aparência ideal e não real, como, por exemplo, os reis. 
Novo Império, o ápice do crescimento egípcio, é marcado pela reconstrução de templos inacabados. Um novo tipo de coluna, nos templos mais conservados, Carnac e Luxor em homenagem ao deus Amon, se destacavam, tendo sido trabalhados com papiro e a flor de lótus.
ESCULTURA
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam frequentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade.
Mikerinos, Nefertiti
               
ESCULTURA
Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, foram também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.
ESCULTURA – família egípcia
OBELISCO 
Grande pedra sagrada, eram colocados à frente dos templos para materializar a luz solar.
Amenófis, em Karnak
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ESFINGE
representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda de entrada do templo para afastar os maus espíritos. 
Esfinge de Gisé
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Perdas lamentáveis
Quando a Grande Barragem de Assuã foi concluída, em 1970, dezenas de construções antigas do sul do país foram, literalmente, por água abaixo, engolidas pelo Lago Nasser. Em 1964, uma faraônica operação coordenada pela Unesco com recursos de vários países - um total de 40 milhões de dólares - removeu pedra por pedra e transferiu templos e estátuas para um local 61 metros acima da posição original, longe da margem do lago
Religião forte, politeísta, organização, Estado centralizado, comandado pela figura do Faraó
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