Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Contabilidade de Custos Universidade Veiga de Almeida CONTABILIDADE DE CUSTOS ADMINISTRAÇÃO & CONTABILIDADE Sérgio Vieira sergio-v@bol.com.br Objetivos deste material: Proporcionar aos alunos um material complementar aos livros textos de referência da disciplina para suprir as dificuldades no aprendizado. Dar um tratamento mais conciso e objetivo da disciplina trabalhando os conceitos básicos da disciplina. Oferecer condições para associar teoria e prática através de exercícios e estudos de casos visando a preparação do aluno para o mercado de trabalho, bem como, para as avaliações da UVA. SUMÁRIO 1. Introdução 4 1.1 Comparação entre a contabilidade financeira e a contabilidade de custos 4 1.1.2 O surgimento dos "Custos" 4 1.2 A Empresa Moderna e a Contabilidade de Custos 4 2. Diferença entre uma empresa Comercial e Industrial 5 2.1 DRE de uma empresa Comercial e Industrial 5 3. Terminologia Contábil 5 3.1 Gasto 6 3.2 Desembolso 6 4. Tipos de Gastos 6 4.1 Investimento 6 4.2 Custo 7 4.3 Despesa 7 4.4 Perda 8 4.4.1 Perdas Anormais 8 5. Elementos de Custos 9 5.1 Materiais 9 5.1.1 Matérias Primas 9 5.1.2 Materiais Secundários 9 5.1.3 Materiais de Embalagem 9 5.2 Mão-de-Obra 10 5.3 Gastos Gerais de Fabricação (GGF) ou Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 10 6. Separação entre Custos e Despesas 10 Exemplo prático 10 7. Outros conceitos utilizados na contabilidade de custos 11 7.1 Custos Primários 11 7.2 Custos de Transformação 11 7.3 Custo de Fabricação ou Custo Total 11 Exemplo prático 12 8. Classificação dos custos em relação ao produto 12 8.1 Custos Diretos 12 8.1.1 Material Direto 12 8.1.2 Mão-de-obra direta 13 8.1.3 Casos Especiais 13 8.2 Custos indiretos 13 8.2.1 Mão-de-Obra Indireta 13 Exercícios práticos 14 8.3 Rateio do CIF 17 9. Custos dos produtos vendidos (CPV) 20 9.1 Definição 20 10. Classificação dos custos em relação a produção 23 10.1 Custos Fixos 23 10.2 Custos Variáveis 24 11. Classificação das despesas em fixas e variáveis 24 11.1 Despesas Fixas 24 11.2 Despesas Variáveis 24 Exercícios práticos: 25 12. Sistema de custeio por absorção 27 Exercícios Práticos 27 13. Sistema de custeio variável 28 13.1 Vantagens e razões do não uso do custeio variável nos balanços 28 Exercícios Práticos 29 14. Custeio por atividade (ABC) 31 14.1 Introdução 31 I. O que é uma ATIVIDADE? 31 II. O que é um DIRECIONADOR de CUSTOS? 31 III. Objetivos do ABC 32 IV. Um resumo da história do ABC 32 Operações com mercadorias 36 Introdução 36 Custo das mercadorias vendidas (CMV) 36 1) INVENTÁRIO PERIÓDICO 36 2) INVENTÁRIO PERMANENTE 38 1. Introdução 1.1 Comparação entre a contabilidade financeira e a contabilidade de custos A Contabilidade Financeira (Contabilidade Geral) é responsável pelo fornecimento de informações, preparadas com base nos Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos, destinadas, primordialmente, aos usuários externos à entidade. A Contabilidade de Custos, por sua vez, busca o entendimento das necessidades dos usuários internos, sendo responsável pela valoração da produção obtida e pelo controle de custos, com o propósito de minimizá-los. 1.1.2 O surgimento dos "Custos" A necessidade de controle fez com que a apuração de custos ganhasse importância desde do início do capitalismo. Era por meio da contabilidade de custos que o comerciante tinha a resposta se estava ganhando ou perdendo dinheiro, pois bastava confrontar as receitas com as despesas correspondentes do período. Na era do capitalismo, a contabilidade de custo era tida como o instrumento gerencial mais seguro para estabilizar a empresa no curto prazo. Ela era importante, pois controlava as variações dos custos e das venda, bem como o crescimento ou o retrocesso do patrimônio. No século XX, surgiram várias obras que contribuíram para enriquecer os métodos de apuração de custos e resultados. Tal crescimento deu-se a partir da metade do século XX para cá, pois havia grande procura por literaturas contábeis, especialmente voltadas para apuração e análise de custos que pudessem auxiliar o administrador no processo de tomada de decisão. 1.2 A Empresa Moderna e a Contabilidade de Custos Atualmente, num cenário de extrema competitividade, a contabilidade de custos tem como objetivo atender a duas mais recentes e, provavelmente, mais importantes tarefas: auxiliar a administração das empresas no controle de seus gastos internos e propiciar uma série de informações para a tomada de decisão quanto a preços, corte de produtos, adoção de novas linhas de produção, fabricação interna ou compra de determinados componentes etc. A parte mais importante da Contabilidade de Custos está, portanto, na adoção do método de custeio que indique quais custos devem fazer parte da apuração do custo dos produtos e está ligado a duas questões: Quais os custos que devem fazer parte da apuração do custo dos recursos, produtos, serviços, atividades ou departamento. Quais os custos de um recurso, produto ou serviço final que devam ser ativados enquanto esses bens estão em estoque (enquanto não vendidos), com o objetivo de apurar o custo de uma unidade do produto fabricado. 2. Diferença entre uma empresa Comercial e Industrial Essa diferença se deve às atividades que desempenham esses dois tipos de empresas; enquanto a empresa comercial se limita a revender mercadorias, a empresa industrial compra matéria-prima, transforma essa matéria-prima em produto acabado e depois o vende. Exemplo: Fluxo comparativo entre empresas comerciais e industriais EMPRESA COMERCIAL EMPRESA INDUSTRIAL Compra Vende Compra Transforma Vende MD MD+CIF 2.1 DRE de uma empresa Comercial e Industrial Empresa Comercial Empresa Industrial Receita Líquida (Vendas) (-) Custo das Mercadorias Vendidas = Lucro Bruto com Mercadorias (-) Despesas Administrativas Despesas com Vendas Financeiras Tributárias . = Lucro Líquido Operacional Receita Líquida (Vendas) (-) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) = Lucro Bruto com Produtos (-) Despesas Administrativas Despesas com Vendas Financeiras Tributárias . = Lucro Líquido Operacional Como podemos observar, a Demonstração de Resultado de uma empresa comercial difere da Demonstração de Resultado de uma empresa industrial com relação ao Custo das Vendas. Exemplo: A empresa LUNAR S/A. comercializa calçados, no ano de X2 teve uma venda no valor de R$ 180.000 , um custo de R$ 109.000 e despesas ( com vendas R$ 7.000 e administrativas R$ 4.800 ). Elabore a Demonstração de Resultado. 3. Terminologia Contábil 3.1 Gasto Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). O gasto se concretiza quando os bens ou serviços adquiridos são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa. EXEMPLOS: Gasto com mão-de-obra (salários e encargos sociais) = aquisição de serviços de mão-de-obra. Gasto com aquisição de mercadorias para revenda. Gasto com aquisição de matérias-primas para industrialização. Gasto com aquisição de máquinas e equipamentos. Gasto com energia elétrica = aquisição de serviços de fornecimento de energia. Gasto com aluguel de edifício ( aquisição de serviços). 3.2 Desembolso É o pagamento efetuado na aquisição de bens ou serviços. Pode ocorrer concomitantemente ao gasto (pagamento à vista), ou a posteriori (compras a prazo). 4. Tipos de Gastos 4.1 Investimento Gasto com bens ou serviços ativados em função da sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. EXEMPLOS: Aquisição de móveis e utensíliosAquisição de imóveis Despesas pré-operacionais Aquisição de Marcas e Patentes Aquisição de Matéria-Prima Aquisição de Material de Escritório 4.2 Custo Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços; são todos os gastos relativos à atividade de produção. EXEMPLOS: Salários do pessoal da produção Matéria-Prima utilizada no processo produtivo Combustíveis e Lubrificantes usados nas máquinas da fábrica Aluguéis e Seguros do prédio da fábrica Depreciação dos equipamentos da fábrica Gastos com manutenção das máquinas da fábrica ATENÇÃO: A matéria prima adquirida pela indústria, enquanto não utilizada no processo produtivo, representa um INVESTIMENTO e estará ativada numa conta do Ativo Circulante (Estoque); no momento em que é requisitada pelo setor de produção, é dado baixa na conta de Ativo e ela passa a ser considerada um CUSTO, pois será consumida para produzir outros bens e serviços. 4.3 Despesa Gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. Em termos práticos, nem sempre é fácil distinguir CUSTOS e DESPESAS. Pode-se entretanto, propor uma regra simples do ponto de vista didático: todos os gastos realizados com o produto até que este esteja pronto, são Custos; a partir daí, são Despesas. Por exemplo: gastos com embalagens individuais de sabonetes, são custos (realizados no âmbito do processo produtivo – este é vendido somente embalado); se a empresa resolve vender em embalagens com mais de um produto, esse gasto adicional com essas embalagens extras são DESPESAS (são realizadas após o ciclo de produção do produto). EXEMPLOS Salários e encargos sociais do pessoal de vendas; Salários e encargos sociais do pessoal do escritório de administração; Energia elétrica consumida no escritório; Gasto com combustíveis e refeições do pessoal de vendas; Conta telefônica do escritório de vendas; Aluguéis e Seguros do prédio do escritório. ATENÇÂO! A matéria-prima industrial que, no momento de sua compra, representava um “investimento” passa a ser considerado “custo” no momento de sua utilização na produção e torna-se “despesa” quando o produto fabricado é vendido. 4.4 Perda Durante o processo de fabricação, é comum ocorrerem desperdícios de materiais, principalmente de matérias-primas. Existem perdas que são consideradas normais no processo de produção. Nesse caso, essas perdas não devem ser contabilizadas, pois fazem parte do próprio processo de fabricação. Exemplo: Se, para a fabricação de uma determinada quantidade de produtos, são utilizados 200 metros de tecidos e aproveitados apenas 197 metros, a apropriação dessa matéria-prima aos produtos será feita integralmente em relação aos 200 metros, pois o custo dos 3 metros desperdiçados normalmente no processo de fabricação faz parte do custo fabricado. 4.4.1 Perdas Anormais Não são previsíveis no processo de fabricação e, por isso não faz parte do Custo de Fabricação. Essas perdas são consideradas despesas do período afetando diretamente o resultado do exercício. Exemplo: 1) Suponhamos que tenha ocorrido avarias em 100 metros de tecido, avaliados em R$ 500, em virtude de alagamento no setor de produção da fábrica. A referida quantidade é direcionada para despesa. 2) Ociosidade por greve dos operários da fábrica. 5. Elementos de Custos São três os elementos básicos do Custo Industrial: Materiais Mão-de-obra Gastos gerais de fabricação (GGF) ou Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 5.1 Materiais Os materiais utilizados na fabricação podem ser classificados em: 5.1.1 Matérias Primas São os materiais principais e essenciais que entram em maior quantidade na fabricação do produto. A matéria prima para uma indústria de móveis de madeira é a madeira; para uma indústria de confecções é o tecido; para uma indústria de massas alimentícias é a farinha, etc. 5.1.2 Materiais Secundários São os materiais que entram em menor quantidade na fabricação do produto. Esses materiais são aplicados juntamente com a matéria prima, complementando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao produto. Os materiais secundários para uma indústria de móveis de madeira são: pregos, cola verniz, dobradiças, fechos etc.; para uma indústria de confecções são: botões, zíperes, linha etc.; para uma indústria de massas alimentícias são: ovos, manteiga, fermento, açúcar etc. 5.1.3 Materiais de Embalagem São os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos, antes que eles saiam da área de produção. Os materiais de embalagem, em uma indústria de móveis de madeira podem ser caixas de papelão, que embalam os móveis desmontados; em uma indústria de confecções caixas ou sacos plásticos; em uma indústria de massas alimentícias caixas ou sacos plásticos etc. 5.2 Mão-de-Obra Compreende os gastos com o pessoal envolvido na produção da empresa industrial, englobando salários, encargos sociais, 13º salário, férias, refeições e estadias, seguros etc. 5.3 Gastos Gerais de Fabricação (GGF) ou Custos Indiretos de Fabricação (CIF) Compreendem os demais gastos necessários para fabricação dos produtos, como: aluguéis, energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica, depreciação, seguros diversos, material de limpeza, óleos e lubrificantes para as máquinas, pequenas peças para reposição, telefones e comunicações. Alguns autores costumam utilizar a nomenclatura de CIF se referindo a todos os CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO. 6. Separação entre Custos e Despesas Os gastos relativos ao processo de produção são CUSTOS; e os relativos à administração, as vendas e os financiamentos são DESPESAS. Somente devem ser “separados” e/ou “diferenciados” entre custos e despesas valores que sejam significativos e que vão influenciar sobremaneira o processo. Exemplo prático Suponhamos que os valores abaixo relacionados sejam os gastos de determinado período da Empresa “X”: Comissão de vendedores R$ 80.000,00 Salários da fábrica. (diretamente identificados aos produtos) R$ 120.000,00 Matéria-prima consumida R$ 350.000,00 Salários da Administração R$ 90.000,00 Depreciação da fábrica R$ 60.000,00 Seguros da fábrica R$ 10.000,00 Despesas financeiras R$ 50.000,00 Honorários da diretoria R$ 40.000,00 Materiais diversos – Fábrica R$ 15.000,00 Energia Elétrica – Fábrica R$ 85.000,00 Manutenção – Fábrica R$ 70.000,00 Despesas de entrega R$ 45.000,00 Correios R$ 5.000,00 Material de consumo – Escritório R$ 5.000,00 Total R$ 1.025.000,00 1 - Classifique e separe os gastos acima em: Custos e Despesas (faça o somatório de cada um). 2 - A Empresa “X” fabrica um único tipo de tinta, Branco Gelo Externo Acrílico e um único tipo de solvente, Removedor. Faça o que se pede: (somente após o estudo do item 8) a) 50 % dos custos diretos correspondem a fabricação das tintas e 50% dos solventes; b) 30 % dos custos indiretos pertencem à tinta e 70% ao solvente. c) Calcule o Custo Unitário com base na seguinte produção nesse período: Tinta: 2000 Latas Solvente: 3000 Latas 3 - Foram vendidas 750 latas de tinta ao custo unitário de R$ 238,00 e solvente 1380 latas à R$ 193,00 por unidade. Informe o valor do Estoque Final em quantidade/ valor e o DRE com os dados disponíveis. 7. Outros conceitos utilizados na contabilidade de custos 7.1 Custos Primários Soma de (matéria-prima ou material direto) com a mão-de-obra direta. Representam os primeiros custos a ocorrerem no processo produtivo; Custo Primário = MD + MOD 7.2 Custos de Transformação Representam o esforço empregado pela empresa no processo de fabricação de determinado item (mão-de-obra direta e indireta, energia, horas de máquina etc.) . Não inclui matéria-prima nem outros produtos adquiridos prontos para consumo. Ou seja, constitui-se da mão-de-obra apropriada e dos custos indiretos. Custo de Transformação = MOD +CIF 7.3 Custo de Fabricação ou Custo Total É a soma de todo custo utilizado na fabricação do produto. Custo de Fabricação = MD+MOD+CIF Exemplo prático 1 - Os dados a seguir são referentes a uma empresa industrial em dado período: MD = R$ 200.000 MOD = R$ 300.000 CIF = R$ 400.000 Pede-se: Custo primário Custo de transformação Custo total 8. Classificação dos custos em relação ao produto A maior questão com relação aos custos é saber quando eles têm um relacionamento direto ou indireto com um determinado objeto de custo. Com isso, classificaremos os custos em relação ao produto em DIRETO e INDIRETO. 8.1 Custos Diretos São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque há uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação. Complementando, são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo e que podem ser identificados de maneira economicamente viável (custo efetivo). Exemplos: Matéria-prima direta, Mão-de-Obra Direta, material de embalagem (dentro do processo produtivo) equipamento desde que seja utilizada para fabricação de somente um produto; energia elétrica das máquinas quando é possível saber quanto foi consumido na produção de cada produto. 8.1.1 Material Direto O uso das matérias primas na produção envolve várias etapas, desde a sua aquisição até o consumo direto na produção. COMPRAS ESTOQUES CONSUMO AVALIAÇÃO Por ser o elemento de custo mais importante e de valor mais preponderante, requer maior precisão na apuração. 8.1.2 Mão-de-obra direta Compreende os gastos com pessoal que trabalha diretamente na fabricação dos produtos. A Mão de Obra Direta é aquela que pode ser facilmente identificada em relação aos produtos. Exemplos: salário do tecelão, do carpinteiro, inclusive os encargos sociais (13º, férias, FGTS, INSS), dos empregados que trabalham diretamente na produção. 8.1.3 Casos Especiais Em algumas condições especiais, todos os custos podem ser classificados como diretos. Assim, se determinada empresa só fabrica um tipo de produto (não havendo variação de qualidade ou de tamanho ou qualquer outra) ou executa um só tipo de serviço, somente existem custos diretos para essa empresa. O aluguel de um galpão pode ser classificado como custo direto se, neste local, apenas um tipo de produto for elaborado. Todo custo cuja parcela pertencente a uma função de custo, possa ser separada e medida no momento da sua ocorrência, classifica-se como direto. 8.2 Custos indiretos São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados INDIRETAMENTE aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de BASE ou CRITÉRIO de rateio. Complementando, são os CUSTOS que estão relacionados a um determinado objeto de custo mas não podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo). Exemplos: depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um produto; salários dos chefes de supervisão de equipes de produção; aluguel da fábrica; gastos com limpeza da fábrica, energia elétrica que não pode ser associada ao produto. 8.2.1 Mão-de-Obra Indireta Compreende os gastos com pessoal que trabalha na empresa sem interferir diretamente na fabricação dos produtos. Sempre que não for possível identificar o gasto com pessoal em relação às unidades produzidas, esse gasto será considerado Mão de Obra Indireta. Exemplos: Salário dos supervisores da fábrica, dos chefes de seção, dos faxineiros, dos eletricistas e mecânicos que fazem manutenção nas máquinas e equipamentos industriais, etc. Esse pessoal não age diretamente na fabricação deste ou daquele produto, porém os serviços que prestam beneficiam toda a produção em conjunto. Exercícios práticos Classificar os itens a seguir em Ativo, Passivo, Custo e Despesas ( no caso de custo, classifique em diretos ou indiretos): Fornecedores Consumo de aço numa indústria metalúrgica Energia elétrica da fábrica Salário dos vendedores depreciação acumulada de máquinas industriais aluguel da fábrica comissão dos vendedores embalagem dentro do processo produtivo gastos com propaganda e publicidade salário do supervisor da fábrica transporte do pessoal da fábrica honorários do diretor administrativo matéria-prima consumida na produção água e esgoto depreciação das máquinas transporte do pessoal do escritório Observe as informações abaixo, extraídas de escrituração de uma empresa industrial, relativas a um determinado período de produção: > Materiais requisitados do almoxarifado: Diretos............................................................... R$ 300.000 Indiretos ............................................................ R$ 50.000 > Mão-de-Obra apontada: Direta ............................................................. R$ 200.000 Indireta .......................................................... R$ 30.000 > Aluguel da Fábrica ....................................... R$ 40.000 > Seguro da Fábrica ....................................... R$ 20.000 > Depreciação das máquinas .......................... R$ 60.000 > Salário do supervisor da fábrica................... R$ 58.000 O Custo de fabricação, o custo primário e o custo de transformação têm, respectivamente, os valores de: Com os dados abaixo responda o que se pede: Mão-de-obra Indireta R$ 160.500,00 Matéria-prima consumida R$ 548.000,00 Outros gastos gerais de fabricação R$ 120.000,00 Comissões sobre vendas R$ 290.300,00 Depreciação de Máquinas R$ 140.000,00 Aluguel do Escritório de Vendas R$ 60.000,00 Salários dos Vendedores R$ 26.000,00 Mão-de-obra Direta R$ 180.000,00 Material de Embalagem utilizado na Produção R$ 43.000,00 O valor dos Custos Diretos e Indiretos. O valor das Despesas. Considere os dispêndios ocorridos na Indústria Materiais Diversos, a seguir apresentados: Descrição Valor Comissão de Vendedores 15 Depreciação de Equipamentos 130 Seguro de Automóvel do departamento de Vendas 10 Material de Consumo Escritório 15 Despesas com Treinamento de pessoal Administrativo 30 Propaganda com divulgação de um novo produto 60 Matéria-Prima Consumida 250 Manutenção da Fábrica 100 Depreciação do Automóvel da Presidência 5 Pagamento do 13º do Pessoal da Produção 95 Correio e Telefone 30 Férias do Pessoal da Contabilidade 30 Total 770 Os custos de Produção, as despesas administrativas e as Despesas com vendas são, respectivamente: 475, 80 e 215 475, 180 e 115 480, 205 e 85 575, 80 e 115 575, 110 e 85 A empresa Rumos apresentou os seguintes dados no período de 19X1 Matéria prima comprada 24.000 Depreciação de equipamentos de produção 400 Despesas de entrega 400 Depreciação de equipamentos de entrega 200 Despesas financeiras 520 Estoque final de matérias-primas 10.000 Mão-de-obra direta 12.000 Materiais consumidos na fábrica (indiretos) 8.000 Despesas administrativas 3.600 Despesa de material de escritório 480 Mão-de-obra indireta 6.000 Vendas 31.000 Estoque final de produtos acabados 16.160 Não há outros estoques A partir dos dados da empresa Rumos, constatamos: O lucro bruto operacional é de R$ 3.380 O lucro líquido operacional é de R$ 1.560 O custo dos produtos vendidos é de R$ 15.000 O custo total de produção do período é de R$ 20.000 O total de custos indiretos da empresa Rumos é de: a) R$ 14.400 b) R$ 14.000 c) R$ 6.400d) R$ 8.400 Qual o valor total dos custos diretos? a) R$ 36.400 b) R$ 36.000 c) R$ 32.000 d) R$ 26.000 8.3 Rateio do CIF É um artifício empregado para distribuição dos custos, ou seja, é o fator pelo qual vamos dividir os CIF’s. Uma vez determinado o critério ou base de rateio, a sua execução consiste na aplicação de uma regra de três simples e será tomado como base os Custos Diretos. Exemplo: Suponhamos que temos que ratear gastos com material indireto que totalizaram R$ 20.000,00 entre três produtos A,B,C e que a base de rateio seja o gasto de matéira-prima incorrido em cada um que serão discriminados a seguir: PRODUTO MATÉRIA-PRIMA A B C R$ 50.000 R$ 125.000 R$ 75.000 TOTAL R$ 250.000 O RATEIO do Material Indireto para o: Produto A X= 50.000 x 20.000 = R$ 4.000 ou 50.000 x 100 = 20% 20.000 x 20% = R$ 4.000 250.000 250.000 Produto B X= 125.000 x 20.000 = R$ 10.000 ou 125.000 x 100 = 50% 20.000 x 50% = R$ 10.000 250.000 250.000 Produto C X= 75.000 x 20.000 = R$ 6.000 ou 75.000 x 100 = 30% 20.000 x 30% = R$ 6.000 250.000 250.000 Exercícios práticos de Rateio Ratear o CIF de R$ 1.300 com base no custo direto. Dados do período: PPRODUTOS Material Consumido MOD A R$ 1.800 R$ 700 B R$ 900 R$ 1.100 TOTAL R$ 2.700 R$ 1.800 A Fábrica Sucesso produz 3 produtos A, B, e C, cujos custos diretos são matéria prima e parte da mão de obra. Constatou-se a seguinte distribuição por produto: (em R$) Matéria Prima: Produto A = 260,00, Produto B = 410,00 e Produto C = 430,00. Mão de obra direta: Produto A = 70,00, Produto B = 145,00 e Produto C = 80,00. Mão de obra indireta: 90,00 Energia elétrica: 290,00 Depreciação fábrica: 195,00 Materiais diversos da Fábrica: 320,00 Pede-se: Fazer o rateio dos produtos A, B e C. Explicar a importância do rateio Faça a análise do produto que apresenta maior custo. No final do período uma indústria apurou os custos indiretos de Fabricação no montante de R$ 32.000 e os custos de MP e MOD conforme dados a seguir: Produtos MP’s consumidas $ Mão-de-obra direta $ HB 16.500 11.340 PO 13.500 6.660 Soma 30.000 18.000 Com base nesses dados responda: Qual o valor dos custos indiretos de fabricação rateados aos produtos sabendo-se que o custo direto foi usado como base de rateio? Qual o produto de maior custo? Como gerente qual a decisão que você tomaria para diminuição do custo do produto indicado? Na confecção de dois produtos foram apurados os seguintes custos: Custo Produto X Produto Y Matéria-prima 100.000 60.000 Mão-de-obra 50.000 40.000 Soma 150.000 100.000 Os Custos Indiretos de Fabricação, no valor de R$ 50.000, foram apurados em dois departamentos, sendo R$ 32.000 na Produção e R$ 18.000 na Manutenção. O rateio da produção é feito proporcionalmente à matéria-prima e o da manutenção é proporcional à mão-de-obra. Qual o custo dos produtos X e Y? Se o produto Y fosse produzido e vendido 1.800 unidades ao preço unitário de R$ 60,00 a empresa obteria um lucro ou prejuízo? Como gerente qual sua decisão em relação fabricação deste produto após a apuração da DRE? A empresa Rubi produz dois produtos, A e B, cujo volume de produção e de vendas é de cerca de 12.000 unidades por produto A e 4.000 unidades do produto B, por período, e os Custos Indiretos de Produção (CIP) totalizam R$ 500.000. Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em R$): A B Material-direto 20 25 Mão-de-obra direta 10 6 Pede-se: Calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIP) de cada produto, utilizando o custo de mão-de-obra direta como base de rateio. A empresa acertou na escolha de ter tomado como base a MOD para rateio?Justifique. Caso a empresa optasse como base de rateio o MD e MOD qual seria o resultado dos produtos A e B. A empresa Beta S.A., fabricante dos produtos C, D e E, tem os seguintes custos diretos: Produto C = R$ 90.000,00 Produto D = R$ 87.000,00 Produto E = R$ 64.000,00 Total R$ 241.000,00 Os custos indiretos a serem alocados aos produtos são: Depreciação de equipamentos = R$ 32.000,00 Energia elétrica indireta = R$ 46.000,00 Supervisão de fábrica = R$ 27.000,00 Total R$105.000,00 A distribuição dos custos indiretos aos produtos será proporcional à quantidade de horas de mão-de-obra direta que cada produto consome para ser terminado: Produto C = 690 horas de mão-de-obra direta Produto D = 1.150 horas de mão-de-obra direta Produto E = 460 horas de mão-de-obra direta Total 2.300 horas de mão-de-obra direta Pede-se: Calcular o custo indireto alocado aos produtos C, D e E, e seus custos totais. 9. Custos dos produtos vendidos (CPV) 9.1 Definição Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na fabricação dos produtos que foram vendidos em determinado período. O CPV é uma despesa, pois contribui diretamente na obtenção de receitas. Apuração do CPV O Custo dos Produtos Vendidos é formado pela soma dos Materiais Diretos (MD) mais Mão-de-Obra Direta (MOD), mais os Custos Indiretos de Fabricação (CIF), ajustado para mais ou para menos pela variação dos estoques de produtos acabados e produtos em processo. Á soma de Materiais Diretos, Mão-de-Obra Direta e Custos Indiretos de Fabricação dá-se o nome de Custo de Produção. Então: CP = MD + MOD + CIF Para encontrar o MD ou MP: MD = EI + C - EF Fórmula do Custo da Produção Acabada: CPA = EIPP + CP - EFPP Ficando a fórmula do CPV reduzida para: CPV = EIPA + CPA - EFPA Exercícios práticos Dos livros da Cia. "B" extraímos as seguintes informações: Matérias-primas compradas no mês R$ 180.000 Devolução, no próprio mês, 15% das compras acima Mão-de-obra Direta R$ 2.000 Custos Indiretos de Fabricação incorridos no mês R$ 1.500 Calcule os valores: CP do mês; CPA no mês; CPV no mês, para a seguinte alternativa: O estoque inicial de matéria-prima era de R$ 52.000 e o final, de R$ 35.000, estoques iniciais dos produtos em processo de R$ 15.000 e final 18.000, estoque de produtos acabados inicial R$ 16.000 e final R$ 9.000. Observe os dados abaixo e calcule o que se pede: MPD: Compras $ 25.000 Estoque inicial $ 3.000 Estoque final $ 5.000 Mão-de-obra: Disponível (total) $ 19.000 Apropriada (Direta) $ 13.000 Outros custos indiretos $ 7.000 Produtos em elaboração: Estoque inicial $ 4.000 Estoque final $ 1.500 Produtos acabados: Estoque inicial $ 6.000 Estoque final $ 2.000 Custo da Produção do Período. Demonstre o cálculo. Custo dos Produtos Acabados. Demonstre o cálculo. Custo dos Produtos Vendidos. Demonstre o cálculo. Com os saldos do balancete de uma indústria, calcule o CPV: Compras de matérias-primas R$ 25.000,00 CIF R$ 8.200,00 Mão-de-obra direta R$ 7.800,00 Devolução de compras R$ 3.500,00 Estoques Iniciais (R$) Estoques Finais (R$) Matérias-primas 12.000 10.000 Produtos em processo 4.000 6.000 Produtos acabados 5.000 8.00010. Classificação dos custos em relação a produção 10.1 Custos Fixos São aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume de produção da empresa. Exemplos: aluguel da fábrica. Independente do volume de produção a empresa arcará com esse custo. Outros exemplos: imposto predial do prédio da fábrica, depreciação de equipamentos da fábrica, salários de vigias, salário de supervisores, salário de porteiros, prêmio de seguros. Note que os CUSTOS FIXOS são fixos em relação ao nível de produção, mas nada impede que esses custos sofram reajustes em determinados meses em função da política econômica do país. Como é o caso do aluguel da fábrica, que pode ser renegociado semestralmente, dissídio coletivo da categoria de trabalhadores que não estão envolvidas diretamente no processo produtivo etc. Resumindo: Os CUSTOS FIXOS são custos de estrutura da empresa, que não guardam qualquer relação com o volume de atividade. Eles permanecem inalterados em relação ao volume da produção. Observação: Alguns Custos Fixos se apresentam sob a forma de degraus, isto é, eles permanecem constantes até certo ponto do volume da atividade e, nesse momento, eles sobem para uma plataforma onde permanecem constantes até chegar a um ponto crítico de volume de atividade. Exemplo: Supondo que uma empresa opere em sua capacidade máxima fabricando 100.000 unidades de um determinado produto. Caso queira ampliar os seus negócios, aumentando a minha produção em 50 %, precisarei aumentar as minhas instalações físicas, como por exemplo, o aluguel de um novo galpão. Outros exemplos: salários de vigias, porteiros, mais supervisores etc. 10.2 Custos Variáveis São aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa. Ou seja, quanto maior a minha produção, maior o meu consumo. Resumindo, os CUSTOS VARIÁVEIS estão diretamente relacionados com o volume de atividade e por isso variam em relação ao volume de produção. Exemplos: materiais diretos consumidos no processo, mão de obra direta etc. 11. Classificação das despesas em fixas e variáveis 11.1 Despesas Fixas É um valor fixo por período, não é definido em função do volume de atividade e sim do volume de vendas. Exemplo: propaganda e publicidade, salário da administração das vendas, parte fixa da remuneração dos vendedores, etc. 11.2 Despesas Variáveis São aquelas cujos valores se alteram em função do volume de vendas da empresa. Ou seja, quanto maior a quantidade vendida, maior o seu consumo. Exemplo: comissão de vendedores, despesas de entregas etc. Exercícios práticos: Classifique os gastos abaixo em Despesas Fixas (DF), Despesas Variáveis (DV), Custos Fixos (CF), Custos Variáveis (CV). ( ) consumo de aço numa indústria metalúrgica ( ) energia elétrica da fábrica ( ) salário dos vendedores ( ) comissão dos vendedores ( ) gastos com propaganda e publicidade ( ) combustível das máquinas da produção ( ) salário de vigilante da fábrica ( ) mão-de-obra indireta ( ) aluguel da fábrica ( ) salário do supervisor da fábrica ( ) embalagem dentro do processo produtivo ( ) mão-de-obra direta ( ) embalagem fora do processo produtivo ( ) gastos de alimentação do pessoal da fábrica ( ) transporte do pessoal da fábrica Observe os dados abaixo, representativos dos custos de uma empresa industrial (fábrica de calçados): CONTAS R$ Matéria-Prima Depreciação das Máquinas Material de Embalagem Aluguel da Fábrica Administração da Fábrica Mão-de-Obra Direta Energia Elétrica da Fábrica 2.190.000,00 23.000,00 35.000,00 88.000,00 100.000,00 1.550.000,00 70.000,00 O valor dos custos fixos e variáveis, no período considerado será. Utilize os dados a seguir para responder as questões de A, B e C. A empresa Gama S/A apresenta os seguintes custos para a fabricação de seu produto x: Custo variável unitário: R$ 50,00 Custos fixos associados à produção de x: R$ 40.000,00 O preço de venda de x é de R$ 90,00 cada unidade. O custo fixo unitário e o custo variável unitário de se produzir a milésima unidade de x são, respectivamente, em R$: ( ) 40.000,00 e 50,00 ( ) 40.000,00 e 50.000,00 ( ) 40,00 e 90,00 ( ) 40,00 e 50,00 ( ) 90,00 e 40.000,00 O custo total de produção correspondente à fabricação de 800 unidades de x é, em R$: ( ) 104.000,00 ( ) 80.000,00 ( ) 90.000,00 ( ) 40.000,00 ( ) 64.000,00 Caso a companhia produza e venda 1.200 unidades de x, ela terá: ( ) uma receita total de vendas de R$ 100.000,00 ( ) um custo total de produção de R$ 108.000,00 ( ) um lucro de R$ 8.000,00 ( ) um prejuízo de R$ 8.000,00 ( ) nem lucro, nem prejuízo. O fabricante de aparelhos telefônicos Tudo Mudo Ltda, tem custos fixos de R$ 600.000 por mês, no total, e custos variáveis de R$ 28 por unidade produzida. No mês de abril, o volume produzido e vendido foi de 45.000 aparelhos. Se o preço de venda foi de R$ 55 para cada unidade, qual foi o total do lucro bruto da empresa no mês? A fábrica de vassouras Piaçava Ltda. tem capacidade de produção de 10.000 vassouras mensais do modelo superluxo. No entanto, dada a retratação do mercado de vassouras, está produzindo e vendendo apenas 8.000 vassouras mensais a R$ 100,00 cada, seus custos são os seguintes: Matéria-prima R$ 32,00/vassoura Mão-de-obra direta R$ 24,00/vassoura Outros custos de fabricação variáveis R$ 8,00/vassoura Custos de fabricação fixos R$ 80.000,00/mês As despesas administrativas e de vendas são: Fixas = R$ 120.000,00/mês Variáveis = 3% da receita A Piaçava recebeu uma proposta da Associação do Sul para o fornecimento de 1.200 vassouras mensais pelos próximos 3 meses ao preço de R$ 70,00/vassoura. A empresa deve aceitar a proposta, mesmo considerando que as despesas variáveis de vendas para esse pedido sejam 5% da respectiva receita? Qual seria sua decisão, considerando somente a produção das 1.200 vassouras? Justifique. 12. Sistema de custeio por absorção O Custeio por Absorção ou Custeio Pleno consiste na apropriação de todos os custos (sejam eles fixo ou variáveis) à produção do período. Os gastos não fabris (despesas) são excluídos. É o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais da contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal. Não é um princípio contábil em si, mas uma metodologia decorrente da aplicação desses princípios. Dessa forma, o método é avaliado para a apresentação de demonstrações financeiras e para o pagamento do imposto de renda. A distinção principal no custeio por absorção é entre custos e despesas. A separação é importante porque as despesas são jogadas imediatamente contra o resultado do período, enquanto somente os custos relativos aos produtos vendidos terão idêntico tratamento. Nesse método, todos os custos são alocados aos produtos fabricados. Assim, tantos os custos diretos como os indiretos incorporam-se aos produtos. Exercícios Práticos Uma empresa industrial produziu 40.000 televisores, mas conseguiu vender apenas 35.000 unidades ao preço de $ 150 por unidade. Seus custos e despesas são os seguintes: Custos fixos. $ 800.000 por ano Custos variáveis $ 90 por unidade Despesas fixas $ 350.000 por ano Despesas variáveis $ 6 por unidade Pede-se: Determinar o lucro da empresa pelo custeio por absorção A Cia. Silnevi apresentou os seguintes dados contábeis para determinado exercício: Produção: 1.000 unidades totalmente acabadas Custos variáveis R$ 20.000,00 Custos fixos R$ 12.000,00 Despesas variáveis R$ 4.000,00 Despesas fixas R$ 6.000,00 Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração; Não há estoques iniciais de produtos acabados; Vendas líquidas: 800 unidades a R$ 60,00 cada uma: R$ 48.000,00. A empresa utiliza o Custeio por Absorção. Pede-se: O valor do CPP, CPAe CPV. b) Demonstração do resultado Responda: Diz-se que, para fins gerenciais, o sistema de custeio por absorção deixa a desejar, enquanto que o custeio direto ou variável seria um melhor instrumento de decisão. Diga-nos que diferença você vê em cada tipo de custeio? qual seria sua opção, no caso de precisar tomar uma decisão? Uma empresa industrial que adota o método de custeio por absorção apresentou um estoque final de 600 unidades de produtos acabados, no valor total de R$ 75.000. Se o custo variável unitário é de R$ 90 e o preço de venda unitário é de R$ 170, qual a parcela de custo fixo absorvida por unidade estocada? 13. Sistema de custeio variável Custeio Variável (também conhecido como Custeio Direto) consiste em considerar como Custo de Fabricação somente os Custos Diretos ou Variáveis, sendo os Custos Indiretos ou Fixos considerados juntamente com as Despesas Operacionais normais da empresa industrial . 13.1 Vantagens e razões do não uso do custeio variável nos balanços Do ponto de vista decisorial, o custeio variável tem condições de propiciar muito mais rapidamente informações vitais à empresa. Mas os princípios contábeis hoje aceitos não admitem o uso de Demonstrações de Resultados e de Balanços avaliados à base do Custeio Variável. Essa não aceitação do custeio variável não impede que a empresa o utilize para efeito interno. Exercícios Práticos A Companhia Diadema S/A. fabrica biscoitos e doces, vendidos nas regiões norte e nordeste. Alguns dados extraídos das demonstrações financeiras da empresa são: Exercício 2001 Unidades Produzidas 4.000 Unidades vendidas 2.000 Preço unitário de venda R$ 10,00 Custos e Despesas: Matéria prima consumida R$ 2,00/u Mão-de-obra direta R$ 3,00/u Custo indireto variável R$ 1,00/u Custo indireto fixo R$ 12.000/ano Despesas fixas R$ 2.000/ano Os resultados apurados pelo Custeio Variável e pelo Custeio por Absorção, em reais, são: A indústria Brasileira de Malas tem capacidade prática de produção (planta, instalações, mão-de-obra etc.), para fabricar até 15.000 unidades por mês. Seu único produto é vendido, em média, por R$ 45,00; sobre esse preço incidem tributos de 20% e a empresa remunera os vendedores com comissões de 15%. (cont...) O custo de material direto (matéria-prima e embalagem) é de R$ 15 por unidade; e os custos e despesas fixos mensais são os seguintes (em R$): Mão-de-obra direta 60.000 Mão-de-obra indireta 25.000 Depreciação dos equipamentos da fábrica 5.000 Despesas administrativas 30.000 Em Março, foram produzidas integralmente 12.000 unidades e em abril, 15.000; e as vendas foram de 9.000 malas em cada um desses dois meses. Considerando que não havia estoques iniciais em março, pede-se elaborar a Demonstração de Resultados de cada mês, pelo Custeio Absorção e pelo Variável, e calcular: A diferença, em cada mês, entre os lucros apurados segundo os dois critérios. A diferença entre os estoques finais de cada mês , segundo os dois princípios. A Cia Plutão iniciou suas atividades em 1º de janeiro de 19x0. Incorreu, no exercício, nos seguintes custos e despesas operacionais: Custos Fixos: R$ 300.000,00; Custos Variáveis: R$ 50,00 por unidade produzida; Despesas Operacionais Fixas: R$ 120.000,00; Despesas Operacionais Variáveis: R$ 20,00 por unidade vendida. A companhia fabricou, em 19x0, 10.000 unidades do produto Y, das quais 90% foram vendidas nesse período, ao preço unitário de R$ 150,00. Caso a companhia utilizasse o Custeio por Absorção, o Custo dos Produtos Vendidos, correspondente ao exercício de 19x0, seria: ( ) R$ 800.000,00 ( ) R$ 720.000,00 ( ) R$ 630.000,00 ( ) R$ 378.000,00 ( ) R$ 80.000,00 Caso a Cia Plutão utilizasse o Custeio Variável, o Estoque Final de Produtos Acabados, em 31.12.x0, seria ( ) R$ 100.000,00 ( ) R$ 80.000,00 ( ) R$ 70.000,00 ( ) R$ 50.000,00 ( ) R$ 20.000,00 Comparando-se o lucro operacional que a companhia auferiria no Custeio por Absorção e no Custeio Variável, pode-se afirmar que o lucro do primeiro sistema de custeio, em relação ao segundo, seria: ( ) superior em R$ 30.000,00 ( ) inferior em R$ 30.000,00 ( ) igual ( ) superior em R$ 50.000,00 ( ) inferior em R$ 50.000,00 14. Custeio por atividade (ABC) 14.1 Introdução Alcançando progressiva aceitação entre as empresas que já se conscientizaram da necessidade de imediata resposta aos novos desafios da chamada “competição global”, o sistema de custeio baseado em atividades tem se caracterizado – à medida que cresce a sua aplicação – como um procedimento administrativo de inestimável valia. Há algum tempo, os profissionais de custos estavam à procura de um sistema que lhes permitisse, entre outras coisas, um melhor acompanhamento dos gastos empresariais bem como a superação de distorções oriundas dos métodos tradicionais de custeio. Atendendo a essas exigências da administração moderna, o sistema de custeio ABC já desacreditou ao que tudo indica o título de “modismo” com que o círculo mais conservador costuma acolher, inicialmente, todas as novidades e agora se impõe como técnica indispensável a empresas que produzem uma variedade significativa de bens e/ou serviços, destinados a uma clientela igualmente diversificada. Para um melhor entendimento do ABC devemos considerar alguns itens: O que é uma ATIVIDADE? A ATIVIDADE pode ser definida como um processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos. O que é um DIRECIONADOR de CUSTOS? É o fator que determina a ocorrência de uma atividade. O Direcionador de Custos deve refletir a causa básica da atividade e, consequentemente, da existência de seus custos. Exemplo de direcionador de custo. Departamentos Atividades Direcionadores Almoxarifado Receber Materiais Movimentar Materiais Nº de recebimentos Nº de requisições Compras Comprar materiais Pesquisar Fornecedores Nº de pedidos Nº de fornecedores Objetivos do ABC O objetivo imediato do sistema de custeio ABC é a atribuição mais criteriosa de gastos indiretos ao bem ou serviço produzido na empresa. Além desse aperfeiçoamento do método de custeio, o sistema ABC permite: Controle mais efetivo dos gastos da empresa; e Melhor suporte de decisões gerenciais. Um resumo da história do ABC Segundo alguns autores, o ABC já era conhecido e usado por contadores em 1800 e início de 1900. Outros registros históricos mostram que o ABC já era bastante conhecido e usado na década dos anos 60. No Brasil, os estudos e pesquisas sobre o ABC tiveram início em 1989, no Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, onde esta matéria é lecionada tanto no nível de graduação como de pós-graduação. Exercício A empresa SÓLUCRO S/A., apresentou relações de custos para distribuição pelo custeio ABC. Custos Indiretos de Fabricação - Aluguel e Seguro da fábrica R$ 40.000 Mão-de-Obra Indireta R$ 90.000 Material de Consumo R$ 20.000 Total R$ 150.000 Aluguel e seguro - O direcionador do recurso é a área utilizada pela atividade, uma vez que o valor do aluguel e do seguro da fábrica depende da área. Mão-de-Obra Indireta - Atribuição direta às atividades, uma vez que cada uma delas têm funcionários indiretos próprios. Os valores atribuídos pelo departamento pessoal da empresa foram os seguintes: Compras R$ 10.000,00 Atividade Industrial 1 R$ 30.000,00 Atividade Industrial 2 R$ 40.000,00 Acabamento R$ 8.000,00 Despacho R$ 2.000,00 (cont...) Material de Consumo - Atribuição direta às atividades através das requisições de material de cada departamento. Os valores atribuídos pelo almoxarifado foram: Compras R$ 2.000,00 Atividade Industrial 1 R$ 5.000,00 Atividade Industrial 2 R$ 8.000,00 Acabamento R$ 3.000,00 Despacho R$ 2.000,00 As áreas ocupadas por cada atividade, empercentual, são dadas pela tabela a seguir: Atividades Percentual da área Compras 20% Atividade Industrial 1 25% Atividade Industrial 2 30% Acabamento 15% Despachar 10% Total 100% O quadro abaixo resume a atribuição dos custos indiretos às atividades Atividade Aluguel + Seguros (% da área x R$ 40.000) Mão-de-Obra Indireta (atribuição direta) Material de Consumo (atribuição direta) TOTAL Compras Atividade Industrial 1 Atividade Industrial 2 Acabamento Despacho Total Págs. 39 / 96 / 97 - Editora Atlas (Eliseu Martins – Caderno de Exercício) A empresa Parma, produtora de laticínios da cidade de Mococa, dedica-se à produção de dois produtos: Requeijão Cremoso (Unidade) e Queijo Parmesão (unidade). Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em R$): Requeijão Queijo Matéria-prima 12 18 Mão-de-obra 6 3 Os Custos Indiretos de Produção (CIP) totalizaram R$ 54.000 no referido período. Por meio de entrevistas, análises de dados na contabilidade etc., verificou-se que esses custos referiam-se às seguintes atividades mais relevantes: Atividade R$ Inspecionar matéria-prima 8.000 Armazenar matéria-prima 6.000 Controlar estoques 5.000 Processar produtos (máquinas) 15.000 Controlar processos (engenharia) 20.000 Uma análise de regressão e de correlação identificou os direcionadores de custos dessas e de outras atividades e sua distribuição entre os produtos, a saber: Requeijão Queijo Nº lotes inspecionados e armazenados 15 60 Nº de pedidos de entrega de produtos aos clientes 120 140 Nº de horas-máquina de processamento de produtos 4.000 6.000 Nº de horas de transporte 210 295 Dedicação do tempo dos engenheiros (em horas) 50 150 Os dados relativos à produção e vendas do período são: Requeijão Queijo Quantidade produzida e vendida (unidades) 6.000 3.000 Preço médio de venda unitário (líquido) R$ 30 R$ 41 Pede-se, calcular: O valor dos Custos Indiretos de Produção (CIP) de cada produto, utilizando o custo de mão-de-obra direta como base de rateio. Idem, rateando com base no custo de matéria-prima. Idem, pelo Custeio Baseado em Atividades (ABC). O valor e o percentual de lucro bruto de cada produto, em relação à receita, segundo cada uma das três abordagens. O Hotel Garden Plaza possui apartamentos das categorias Standard simples e duplo, e de categoria luxo simples e duplo. Considerando as taxas médias de ocupação, o volume estimado de diárias é de cerca de 3.650 standard simples, 14.600 standard. Standar Luxo Simples Duplo Simples Duplo Custos diretos (por apto) R$ 15,00 R$ 30,00 R$ 20,00 R$ 35,00 Preço da diária (por apto) R$ 75,00 R$ 100,00 R$ 150,00 R$ 200,00 Nº de diárias (por ano) 3.650 14.600 4.380 6.570 Por meio de entrevistas, análise de dados na contabilidade etc., verificou-se que os principais custos indiretos referiam-se às seguintes atividades relevantes (em R$): Atividades R$ Inspecionar apartamentos 148.000 Recepcionar hóspedes 153.000 Requisitar materiais 135.000 Lavar roupa (enxoval) 169.000 Total 605.000 Os custos e despesas fixos estruturais totalizam R$ 1.852.500 por ano, e não devem ser rateados. A administração vez um levantamento dos direcionadores de custos dessas atividades. São eles: Standar Luxo Simples Duplo Simples Duplo Tempo gasto por inspeção 300h 1.500h 500h 1.100h Nº de hóspedes 3.600 29.000 4.300 13.100 Nº de requisições 700 4.230 670 1.500 Quilogramas de lavagem 5.000 37.000 4.000 13.000 Pede-se, calcular: O custo de cada categoria, rateando os indiretos com base nos diretos. A margem de lucro, em porcentagem, por categoria de apartamento. O custo década categoria, pelo Custeio Baseado em Atividades (ABC). A margem de lucro, em porcentagem, por categoria, pelo ABC. O lucro operacional do hotel, antes do Imposto de Renda (LAIR), por ano. Operações com mercadorias Introdução O resultado bruto com mercadorias é a diferença entre o total das Receitas obtidas pelas vendas e o Custo dessas mercadorias que foram vendidas. Essa diferença bruta não leva em consideração as demais despesas da empresa. O conhecimento desse resultado é de grande importância para as empresas comerciais que trabalham com Compra e Venda de Mercadorias. (+) RECEITAS DE VENDAS (-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (=) RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS Custo das mercadorias vendidas (CMV) Para apurarmos o custo das mercadorias vendidas existem, basicamente, dois métodos: 1) INVENTÁRIO PERIÓDICO É quando efetuamos as vendas sem um controle auxiliar e concomitante do Estoque e, portanto, sem controlar o Custo das Mercadorias Vendidas. Quando necessitamos apurá-lo procedemos a um levantamento físico, e a avaliação do estoque final é feita pelo valor das últimas compras do Estoque de Mercadorias existentes naquela data; após o cálculo do estoque final, apurar a diferença entre o total das Mercadorias Disponíveis para a venda durante o período e esse Estoque Final (apurado extra-contabilmente) obtendo assim o Custo das Mercadorias Vendidas nesse período. Descontos ou abatimentos incondicionais obtidos Consistem nos descontos obtidos do fornecedor no momento da compra das mercadorias, os quais vêm destacados na própria Nota Fiscal de compra, desde que não dependam, para sua concessão, de eventos posteriores à emissão da Nota Fiscal. Exemplo: Compra de mercadorias, à vista, do fornecedor Girassol S/A, conforme nota fiscal nº 530, no valor de R$ 5.000. Houve desconto destacado na Nota Fiscal no valor de R$ 500. Fretes e seguros sobre compras Correspondem à importância paga diretamente ao fornecedor ou a uma empresa transportadora, referente a despesas com seguros e transporte. Exemplo: Pago à empresa Transportadora Jardins S/A a importância de R$ 4.000 referente a frete e seguros, conforme nota fiscal de serviços de transporte. Descontos ou abatimentos incondicionais concedidos Independente de qualquer condição posterior à emissão da nota fiscal, nossa empresa também poderá oferecer descontos, destacando-os nas notas fiscais de venda. Exemplo: Venda de mercadorias a Ribeiro, conforme NF nº. 2.030, no valor de R$ 8.000, tendo sido concedido desconto incondicional, no valor de R$ 800. Inventário Periódico Apuração Extra Contábil 1ª fórmula CMV = EI + C – EF ou CMV = EI + (C+F+S-DC) - EF CMV = Custo das Mercadorias Vendidas EI = Estoque Inicial C = Compras de Mercadorias F = Fretes sobre Compras S = Seguros sobre Compras DC = Deduções de Compras (Devoluções de Compras, Descontos ou Abatimentos Obtidos) EF = Estoque Final Exemplo: Estoque inicial R$ 100.000,00 Compras do período R$ 250.000,00 Devolução de compras (R$ 20.000,00) R$ 330.000,00 Estoque Final (R$ 92.000,00) (=) Custo das Mercadorias Vendidas R$ 238.000,00 2ª fórmula RCM = V – CMV ou RCM = (V – DV) – CMV RCM = Resultado com Mercadorias DV = Deduções de Vendas (Devolução de Vendas, Descontos ou Abatimentos Concedidos, Impostos: ICMS, PIS, COFINS) CMV = Custo das Mercadorias Vendidas Exercícios: Calcule o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e o Resultado com Mercadorias (RCM). A empresa PÓPÓ S/A em 02/03/03 apresentava um saldo inicial em seu estoque no valor de R$ 22.300. Em 15/03/03 comprou mercadorias no valor de R$ 28.050 e em 30/03/03 vendeu suas mercadorias por 35% a mais do valor da compra. A empresa não apresentou estoque final. Determinada empresa adquiriu em x1, mercadorias para revenda no total de R$ 4.000.Durante o período, a receita de vendas alcançou R$ 7.000. Sabendo-se que o estoque final era de R$ 300; o estoque inicial de R$ 200; e, no período, registraram-se devoluções de compra no valor de R$ 100 e de vendas de R$ 250, através do Inventário Periódico, calcule o valor do CMV e RCM. A empresa Boa Sorte Ltda. apresentou durante seu exercício o movimento nas contas com seguintes saldos finais: Estoque Inicial 80.000 Compras de Mercadoria 190.000 Compras Anuladas 10.000 Vendas de Mercadoria 350.000 Vendas Anuladas 12.000 ICMS sobre Vendas 63.000 PIS sobre Faturamento 2.275 COFINS 10.500 Estoque Final 135.000 Pede-se: Apuração do Resultado com Mercadorias A Companhia A2 iniciou suas atividades em 01/12/2003 e apresentou até 31/12/2003, data do primeiro balanço, a seguinte movimentação em relação a uma determinada mercadoria: 01/12/2003: não havia estoques iniciais de mercadorias; 08/12/2003: compra de 30 unidades, por $ 9,00 cada; 16/12/2003: venda de 10 unidades, por $ 12,00 cada; 23/12/2003: compra de 40 unidades, por $ 10,00 cada; 31/12/2003: venda de 30 unidades, por $ 14,50 cada. O valor do estoque final $ 280. Calcular os valores em $ do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e do Resultado com Mercadorias (RCM), através do Inventário Periódico. 2) INVENTÁRIO PERMANENTE É quando controlamos de forma contínua o Estoque de Mercadorias, dando-lhe baixa, em cada venda, pelo Custo dessas Mercadorias Vendidas (CMV). Esse controle permanente é efetuado sobre todas as Mercadorias que estiverem a disposição para serem vendidas, isto é, esse controle é efetuado sobre as mercadorias vendidas e as que estão a disposição para ser vendidas. Neste método apuramos o CMV para cada operação de venda, de modo que o somatório dos custos das várias vendas efetuadas será o CMV total do período. A avaliação do CMV, nos casos do sistema de inventário permanente é feito por um dos seguintes métodos: A) MÉDIA PONDERADA: Neste método calcula-se o custo médio da mercadoria em estoque e utiliza-se este custo médio para baixar a mercadoria vendida. B) PEPS ou FIFO: (primeiro que entra é o primeiro que sai): Por esta metodologia o custo da mercadoria vendida será computado sempre com base no valor do custo das compras mais antigas do estoque. C) UEPS ou LIFO: (último que entra é o primeiro que sai): Este caso é o inverso do PEPS, ou seja, o custo da mercadoria vendida será calculado sempre com base nas mercadorias que foram compradas por último (método não aceito pelo Fisco). Exemplo: . Dados extraídos da Comercial Deus é o nosso Pai S.A.: Estoque Inicial Data Qtde(unid.) Vlr. Unit. (R$) Vlr. Total (R$) 03.05.96 100 15 1.500 Compras no período Data Qtde(unid.) Vlr. Unit. (R$) Vlr. Total (R$) 06.05.96 100 16 1.600 07.05.96 200 17 3.400 17.05.96 200 18 3.600 21.05.96 100 19,99 1.900 31.05.96 250 20 5.000 Vendas no Período Data Qtde(unid.) Vlr. Unit. (R$) Vlr. Total (R$) 10.05.96 250 30 7.500 12.05.96 50 30 1.500 20.05.96 150 34 5.100 25.05.96 200 35 7.000 Pede-se: Preencher as Fichas de Controle de Estoques pelos Critérios CM, PEPS e UEPS. FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE MATERIAL:________________________________________________ CRITÉRIO DE CUSTEIO:_______________________________________ DATA ENTRADAS SAÍDAS SALDO QDE. VR. UNIT. VALOR TOTAL QDE. VR. UNIT. VALOR TOTAL QDE. VR. UNIT. VALOR TOTAL FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE MATERIAL:________________________________________________ CRITÉRIO DE CUSTEIO:_______________________________________ DATA ENTRADAS SAÍDAS SALDO QDE. VR. UNIT. VALOR TOTAL QDE. VR. UNIT. VALOR TOTAL QDE. VR. UNIT. VALOR TOTAL FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE MATERIAL:________________________________________________ CRITÉRIO DE CUSTEIO:_______________________________________ DATA ENTRADAS SAÍDAS SALDO QDE. VR. UNIT. VALOR TOTAL QDE. VR. UNIT. VALOR TOTAL QDE. VR. UNIT. VALOR TOTAL RESUMO DAS FICHAS DE ESTOQUE ELEMENTOS PEPS UEPS CM QUANT. TOTAL QUANT. TOTAL QUANT. TOTAL Estoque Inicial + Compras (=) Mercadorias Disponíveis p/ Venda . (-) Estoque Final (=) CMV Exercício Uma empresa tinha zerado seus estoques em 01/08/2002. Durante o mês de agosto realizou as seguintes operações: Entradas: no dia 05 um montante de 1.500 unidades ao custo de R$ 11,00 cada; no dia 12 um montante de 1.800 unidades ao custo de R$ 12,00 cada e no dia 19 um montante de 600 unidades ao custo de R$ 13,00 cada; Saídas: no dia 09 um montante de 800 unidades; no dia 16 um montante de 1.300 unidades e no dia 23 um montante de 200 unidades. Considerando o Método PEPS os saldos iniciais dos dias 06/08, 17/08 e 20/08, eram, respectivamente: R$ 16.500,00 ; R$ 13.700,00 ; R$ 21.500,00 R$ 16.500,00 ; R$ 14.400,00 ; R$ 19.800,00 R$ 16.500,00 ; R$ 14.064,00 ; R$ 21.864,00 R$ 16.500,00 ; R$ 14.400,00 ; R$ 22.200,00 Exercícios Revisão: Inventário Periódico & Permanente Seguir um controle de entradas e saídas do estoque da companhia A2: Entradas Saídas Data Qtde. Preço Unit. (R$) Qtde. Preço Unit (R$) 01.01.13 30 100 15.01.13 20 120 21.01.13 40 Pede-se, segundo os 3 critérios (em R$): 1. Estoque Final (EF). ____________ 2. Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). ____________ 3. Resultado com Mercadorias (RCM), considerando o valor de venda unitário de R$ 115,00. _________ A companhia UVA Ltda., iniciou suas atividades em 01/12/2013 e apresentou até 31/12/2013, data do primeiro balanço, a seguinte movimentação em relação a uma determinada mercadoria: 01/12/2013: não havia estoques iniciais de mercadorias; 08/12/2013: compra de 30 unidades, por $ 10,00 cada; 16/12/2013: venda de 10 unidades, por $12,00 cada; 23/12/2013: compra de 40 unidades, por $14,00 cada; 31/12/2013: venda de 30 unidades, por $16,00 cada. Pede-se: O valor do Estoque Final (EF), do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e do Lucro Bruto (LB), através do critério do Custo Médio (CM). Uma empresa apresentava as seguintes informações no sistema de controle de estoques, referentes a um item de matéria-prima, em unidades: Data Entrada Saída Saldo 31/01/2013 450 08/02/2013 390 840 10/02/2013 170 1.010 17/02/2013 140 1.150 18/02/2013 840 310 25/02/2013 160 150 Considerando que o estoque inicial foi comprado a R$ 5,10 a unidade e as compras a R$ 6,00, R$ 7,50 e R$ 8,90, respectivamente, o Estoque Final, apurado pelo método PEPS é de: ( ) R$ 765,00 ( ) R$ 1.125,00 ( ) R$ 1.321,00 ( ) R$ 1.335,00 ( ) R$ 1.251,00 Considere o seguinte movimento de mercadorias: Compras R$ 1.900 Devolução de Vendas R$ 300 Frete sobre Compras R$ 150 Estoque Final R$ 400 Devolução de Compras R$ 200 Vendas R$ 2.800 ICMS R$ 500 Sabendo que não havia estoque inicial, determine o valor do RCM (Resultado da Conta Mercadorias). Parte da revisão orçamentária de uma empresa consiste no acompanhamento do valor empregado em estoques. A tabela abaixo resume as diversas entradas e saídas de estoquede calças da Armando & Silva Confecções Ltda. Data Doc Entradas Saídas Saldo Qtde. Preço Unit. (R$) Preço Total (R$) Qtde. Preço Unit. (R$) Preço Total (R$) Qtde. Preço Total (R$) 01.10 0 0 10.10 NF 1 100 10 1.000 - - - 15.10 RM 1 80 18.10 NF 2 90 15 1.350 22.10 RM 2 70 Fonte: Departamento de compras - Notas Explicativas: NF = Nota Fiscal - RM = Requisição de Material Sobre esse assunto, considere as afirmativas sobre a avaliação do valor do estoque, ao final do mês de outubro, a seguir: Considerando-se o método do Custo Médio, o valor do estoque é de R$ 550,00. Considerando-se o método “PEPS” (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair), o valor do estoque é de R$ 600,00. Considerando-se o método “UEPS” (Último a Entrar, Primeiro a Sair), o valor do estoque é de R$ 500,00. Em relação a essas afirmativas, é CORRETO afirmar que: ( ) estão corretas somente as afirmativas I e II. ( ) estão corretas somente as afirmativas I e III. ( ) estão corretas somente as afirmativas II e III. ( ) nenhuma afirmativa está correta. ( ) todas as afirmativas estão corretas. Considere o seguinte movimento de mercadorias: Estoque Inicial R$ 1.200 Compras R$ 1.500 Devolução de Vendas R$ 100 Estoque Final R$ 1.400 Devolução de Compras R$ 200 Vendas R$ 1.600 ICMS R$ 300 Seguros sobre Compras R$ 50 O Lucro Bruto foi de: ____________ Plan1 CP MD OU MP MOD CIF Custos Indiretos de Fabricação Mão-de-obra Direta Materiais Diretos ou Matéria Prima Custo de Produção Plan1 MD EI C EF Estoque Final Compras Estoque Inicial Material Direto Plan1 CPA EIPP CP EFPP Estoque Final de Produtos em Processo Custo de Produção Estoque Inicial de Produtos em Processo Custo dos Produtos Acabados Plan1 CPV EIPA CPA EFPA Estoque Final de Produtos Acabados Custo de Produtos Acabados Estoque Inicial de Produtos Acabados Custo dos Produtos Vendidos
Compartilhar