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AD1 Resenha - Transportes Turísticos

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Resenha Crítica: Fernande, D. L. et al. A utilização do transporte público pelo turista em Curitiba. Anais Brasileiros de Estudos Turísticos. 3(2), 2013, pp. 55-64.
A utilização do transporte coletivo pelo turista em Curitiba, artigo científico publicado no segundo semestre de 2013 pela Revista Anais Brasileiros de Estudos Turísticos (ABET), editada no Departamento de Turismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), trata do resultado de uma pesquisa sobre o transporte coletivo da cidade de Curitiba, com foco na sua utilização pelos turistas que visitam à cidade.
Sendo a mobilidade um item fundamental para o desenvolvimento do espaço urbano e que deve ser encarado com seriedade e criatividade para que haja um planejamento que integre o sistema viário, o transporte público, além do uso e ocupação do solo. A cidade de Curitiba tem, desde os anos 1960, um modelo de planejamento baseado neste tripé e é considerada a capital brasileira modelo em planejamento.
O objetivo deste estudo foi analisar o serviço de informação da Rede Integrada de Transporte de Curitiba analisando a possibilidade do turista se deslocar entre os atrativos turísticos da cidade utilizando-se do sistema do transporte público da capital paranaense. O desenvolvimento do artigo se deu em três etapas, a saber: 1. Pesquisa bibliográfica e documental com levantamento junto a livros, artigos científicos, teses e dissertações; 2. Pesquisa nos sites da URBS e do Instituto Municipal de Turismo de Curitiba e; 3. Pesquisa no serviço de informação da Rede Integrada de Transporte de Curitiba quanto à possibilidade do deslocamento turístico entre os atrativos da cidade utilizando-se do sistema de transporte público da capital.
Diogo Lüders Fernande possui graduação em Bacharelado em Turismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2002) e mestrado em Turismo e Hotelaria pela Universidade do Vale do Itajaí (2006), Doutor em Geografia pelo Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal do Paraná (2015). Atualmente é professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste. Tem experiência na área de Turismo, com ênfase em Turismo, atuando principalmente nos seguintes temas: turismo, Irati, Curitiba, turismo contemporâneo, paisagem urbana e planejamento urbano.
Thiago Alves de Souza é Bacharel em Turismo pela Universidade Federal do Paraná (2007). Tecnólogo em Design de Móveis pela UTFPR (2011). Research Trainee na McGill University (2012). Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (2013). Áreas de Interesse de pesquisa: Mobiliário Urbano; Urban Design; Sinalização Urbana; Sinalização Turística, Acessibilidade em Cidades; Design Thinking: Inovação e Criatividade.
Luciana Maria Pinheiro Tonon é Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2014), graduada em Turismo pela Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO (2010). Atuando principalmente com os temas: turismo, regionalização do turismo, planejamento turístico, marketing de destino.
José Manoel Gonçalves Gândara possui graduação em Turismo pela Universidade Federal do Paraná (1988), especialização em Marketing Internacional pela Societta Italiana per LOrganizzazzione Internazzionale de Roma (1988), especialização em Economia do Turismo pela Universidade Bocconi de Milão (1989), mestrado em Gestão do Turismo pela Scuola Superiore del Commercio del Turismo i dei Servizzi de Milão (1989) e doutorado em Turismo e Desenvolvimento Sustentável pela Universidad de Las Palmas de Gran Canaria (2001). Realizou pós-doutorados nas Universidades de Málaga, Valencia, Las Palmas de Gran Canaria, Alicante e Vigo pesquisando principalmente as áreas de Marketing, Qualidade, Sustentabilidade, Planejamento e Gestão de Destinos Turísticos e Hotéis. Atualmente é professor adjunto do Departamento de Turismo, do Mestrado em Turismo e do Mestrado / Doutorado em Geografia da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Turismo, com ênfase em Qualidade, Marketing e Sustentabilidade, tratando principalmente de hotelaria e destinos turísticos.
O artigo inicia pautando-se que uma melhoria na organização da cidade é uma ação de cunho socioeconômico e proporciona uma melhor qualidade de vida aos seus moradores. No âmbito turístico, os autores afirmam que a atividade turística se apropria das melhorias de infraestrutura e atratividade e que a mobilidade e a acessibilidade permitem o crescimento do turismo, além de uma boa qualidade da experiência do turista. Dentre os itens de maior relevância, os autores destacam a questão da informação sobre o transporte público, que podem ser disponibilizados por meio digital ou eletrônico e/ou em painéis fixos nos terminais e pontos de parada. Também é preciso que os veículos possuam avisos luminosos nas paradas, um bom sistema de som e que as informações estejam disponíveis em pelo menos dois idiomas.
Sabendo-se que um sistema de transporte coletivo eficiente pode diminuir consideravelmente o fluxo de carros particulares em circulação, Curitiba é considerada um modelo nacional nesta modalidade de transporte. Instalada já de forma eficiente no final da década de 1960, em 1986 houve uma mudança institucional transferindo a gestão da rede para a URBS (Urbanização de Curitiba S. A.). Em 1996, a URBS passou a controlar também a gestão do transporte na região Metropolitana, atendendo 97% da demanda urbana e 73% da demanda metropolitana de Curitiba.
A rede integrada é composta por linhas identificadas por cores, possuindo cada uma a sua especialidade atendendo a um determinado serviço. Os autores destacam duas linhas como ponto forte desta rede: 1. Linha Aeroporto (executivo) que é operada por micro-ônibus e que tem como itinerário a ligação entre o Aeroporto Internacional Afonso Pena (Cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba) e o centro de Curitiba, com paradas em diversos pontos estratégicos. Os ônibus têm saídas a cada 15 minutos e seu percurso leva entre 40 e 50 minutos; 2. Linha Turismo, criada para melhorar o atendimento e a satisfação dos turistas, circulando entre os principais atrativos da cidade, com 24 paradas, um percurso total de 45 km, preço acessível e permitindo até quatro reembarques.
Apesar de todas as características positivas, os autores também destacam alguns fatores negativos que devem ser melhorados para uma melhor experiência do turista na cidade. Um dos problemas destacados é a falta de informações turísticas nas linhas de transporte convencional, o que dificulta a locomoção das pessoas que não tem muito conhecimento sobre a cidade. O website da URBS também apresenta alguns problemas técnicos na visualização de mapas do itinerário dos ônibus em navegadores diferentes do Internet Explorer, além da dificuldade de visualização em detalhe (zoom), além da lentidão no loading dos mapas. O website oficial de turismo de Curitiba apesar de oferecer informações sobre 46 atrativos da cidade, também tem o problema das mesmas serem apresentadas apenas em português. Os painéis de informações nos pontos de parada são de difícil visualização, com uma sobrecarga de informações que dificulta o acesso aos locais. 
Para o estudante do curso de Tecnologia em Gestão de Turismo este artigo é de grande valia, pois descreve com bastante detalhes as características do transporte público coletivo curitibano, mostrando suas potencialidades e também fragilidades, indicando soluções para as autoridades competentes. O uso de figuras e tabelas leva o leitor que ainda não conhece a capital paranaense a ter uma visão ampla sobre os ônibus da cidade e instiga-nos a querer conhecer a capital mais fria da região sul brasileira.

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