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Unid. 3 – Máquinas Síncronas Rev. 9 – Inclusos slides 76 a 80. João Marcos B. Dantas Disciplina de Máquinas Elétricas Centro Universitário UNA Belo Horizonte – Minas Gerais Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ter conhecimento de: Características principais da máquina síncrona e suas partes. Tipos de campo utilizados na máquina síncrona e sua formação. Velocidade do campo girante trifásico e sua relação com frequência e número de pólos. Tipos de rotores na máquina síncrona, características e aplicações. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ser capazes de: Descrever as características principais de uma máquina síncrona e aplicações em que ela se sobressai às demais. Descrever as partes principais e os tipos de campo e corrente nas mesmas. Compreender a relação da velocidade síncrona com número de pólos e frequência. Explicar as vantagens, desvantagens e aplicações entre os tipos de rotores das máquinas síncronas. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ser capazes de: Explicar a função de um enrolamento amortecedor e os meios de partir um motor síncrono. Calcular parâmetros de sistemas com base na relação entre velocidade síncrona, frequência do estator, número de pólos. Características Principais Máquinas Síncronas: Velocidade Mecânica = Velocidade Síncrona Elevado rendimento Duplamente Excitada: como motor temos excitação no campo e na armadura Enorme aplicação como gerador Motores: velocidade constante Controle do fator de potência: adiantado ou atrasado (corrente de campo) Construção – Máquina Síncrona Rotor Pólos Salientes Rotor Pólos Cilíndricos Estator: mesmo princípio motor assíncrono com ou sem anéis e escovas Estator: • Segue a construção da máquina assíncrona. • Maior parte dos casos comporta o enrolamento de armadura, alojado em ranhuras do núcleo do estator. • Entreferro deve ser mínimo e constante: redução das perdas por dispersão. • Alimentação em CA trifásica: Campo magnético girante. Construção – Máquina Síncrona Rotor: • Comporta o enrolamento de campo. • Aplicação de corrente contínua CC, fluxo constante. • Núcleo ferromagnético sem grande preocupação com perdas pois o fluxo é constante. • Interação dos fluxos de 2 fontes excitatrizes: estator/rotor. Construção – Máquina Síncrona Rotor – Alimentação do Campo: • Fonte CC externa: uso de escovas e anéis coletores – manutenção, custo elevado e complexidade • Imãs permanentes: potências menores • Rotor Brushless, Excitatriz: geração de própria excitação através de enrolamento acoplado ao eixo do motor, com seu próprio campo. Sem uso de escovas. Retificação através de diodos. Construção – Máquina Síncrona Rotor: • Pólos salientes ou pólos cilíndricos/lisos Construção – Máquina Síncrona Campo Magnético Girante CAMPO GIRANTE NA MAQUINA SÍNCRONA • Fluxo magnético produzido pelo enrolamento de campo (rotor) alimentado em corrente contínua; • Rotor gira à velocidade constante acionado pela máquina primária, e cria no estator uma onda de fluxo variável, a qual possui uma frequência diretamente relacionada à velocidade do rotor e de amplitude relacionada à excitação do enrolamento de campo. Relação biunívoca entre frequência elétrica e velocidade mecânica do rotor Campo Magnético Girante Instante 1 GERADOR DE 2 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Frequência e velocidade rotacional Instante 2 GERADOR DE 2 POLOS Campo Magnético Girante Frequência e velocidade rotacional Instante 3 GERADOR DE 2 POLOS Campo Magnético Girante Instante 4 GERADOR DE 2 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Frequência e velocidade rotacional Instante 5 GERADOR DE 2 POLOS Campo Magnético Girante Instante 6 GERADOR DE 2 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Instante 7 GERADOR DE 2 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Instante 8 GERADOR DE 2 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante GERADOR DE 2 POLOS Análise para gerador de 2 polos: Tensão gerada passa por um semiciclo toda vez que pólos do mesmo tipo (norte ou sul) se posicionam coincidentes com um terminal do enrolamento de armadura. A rotação do rotor da máquina de dois pólos corresponde a um ciclo completo da onda de tensão induzida. Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Instante 1 GERADOR DE 4 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Instante 2 GERADOR DE 4 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Instante 3 GERADOR DE 4 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Instante 4 GERADOR DE 4 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Instante 5 GERADOR DE 4 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Instante 6 GERADOR DE 4 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Instante 7 GERADOR DE 4 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante Instante 8 GERADOR DE 4 POLOS Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante GERADOR DE 4 POLOS Análise para gerador de 4 polos: Um ciclo completo da tensão gerada é alcançado apenas com meia rotação do rotor. Uma rotação completa do rotor corresponde a dois ciclos da onda de tensão induzida. Frequência e velocidade rotacional Campo Magnético Girante A relação entre frequência e velocidade rotacional segue em função do número de polos da máquina: 𝑓 = 𝑃 2 ∗ 𝑛𝑠 60 𝑛𝑠 = 120𝑓 𝑃 Onde: f = frequência do campo (Hz); P = polos da máquina; ns = velocidade SÍNCRONA ωe = frequência angular da tensão (rd/s) ωm = velocidade mecânica (rd/s) 𝜔𝑒 = 𝑃 2 ∗ 𝜔𝑚 Velocidade Síncrona e Número de Pólos Considerando o sistema ilustrado no desenho esquemático abaixo: a) Qual é a relação entre o número de pólos do gerador e do motor síncronos para atender a situação abaixo? b) Considerando que o número de pólos do motor é 10, qual o número de pólos que o gerador deve ter? E qual sua velocidade? GERADOR MOTOR f = 20Hz f = 60Hz Velocidade Síncrona e Número de Pólos 𝑛𝑚𝑒𝑐_𝑔 = 120 𝑥 60 30 = 240 rpm 𝑃𝑔 = 3 𝑥 10 = 30 𝑝ó𝑙𝑜𝑠 𝑛𝑚𝑒𝑐_𝑚 = 𝑛𝑚𝑒𝑐_𝑔 120𝑓𝑚 𝑃𝑚 = 120𝑓𝑔 𝑃𝑔 120 20 𝑃𝑚 = 120 60 𝑃𝑔 𝑃𝑔 = 3𝑃𝑚 a) b) Rotor: a) Rotores de polos lisos ou cilíndricos: utilizados em máquinas de alta velocidade. Menor quantidade de pólos. Eles possuem uma pequena circunferência quando comparados aos rotores de pólos salientes. Possuem grande comprimento axial. Exemplo: Geradores de termelétricas (turbogeradores) Construção – Máquina Síncrona Rotor: b) Rotores de polos salientes: Empregados em alternadores de velocidade média ou baixa. Requerem uma grande quantidade de pólos. Possuem pequeno comprimento axial, mas com armadura do estator de grande circunferência. Exemplo: Geradores de hidrelétricas Construção – Máquina Síncrona Rotor - Enrolamento amortecedor: Inércia do rotor: não acompanha campo girante na partida. Barras inseridassobre as sapatas polares, ou superfície do rotor liso, para que levem o motor à velocidade próxima da síncrona, utilizando o princípio do motor assíncrono, rotor gaiola. Construção – Máquina Síncrona Atingido o sincronismo, efeito sobre a barra desaparece (sem variação do fluxo). Estabiliza a máquina na ocorrência de variação brusca da carga. Outras opções de partida: motor auxiliar, inversor de frequencia. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ter conhecimento de: Princípio de funcionamento de um gerador síncrono.Circuito equivalente de um gerador síncrono e seus componentes. Fluxo de potência e conjugado no gerador síncrono e suas equações. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ser capazes de: Explicar o princípio de funcionamento de um gerador síncrono, e a influência dos parâmetros de velocidade e corrente de campo. Demonstrar como podemos representar o gerador síncrono através de um circuito equivalente. Calcular parâmetros de desempenho de um gerador síncrono a partir de seu circuito equivalente. Ilustrar através de diagramas fasoriais as características de funcionamento de um gerador sincrono, ou interpretá-lo. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ser capazes de: Ilustrar o fluxo de potência em um gerador síncrono. Calcular as potências nos diversos estágios do fluxo de potência de um gerador síncrono, conforme parâmetros do mesmo. Calcular o conjugado ou potência em um gerador síncrono, em função do ângulo de potência, e entender sua relação com o mesmo. Compreender o efeito do ângulo de potência negativo e positivo. Fonte de tensão - Fornece portanto potência à uma carga Frequência: determinada pela rotação/velocidade da força motriz Amplitude: Em função da frequência e da corrente de campo E α f E α φ Motor: conjugado eletromecânico atua a favor da rotação, contra o conjugado resistente da carga. Gerador: conjugado eletromecânico atua contra a rotação, contra o conjugado aplicado ao eixo. Gerador Síncrono Gerador Síncrono - Funcionamento Torque/Giro entrada no Rotor Campo girante Rotor Tensão Induzida Estator Corrente Induzida Alimentação cargas Força sobre Rotor Torque Induzido Rotor: Oposto Isolado: Maior carga elétrica, maior o torque induzido, menor rotação, menor frequência e tensão de saída Atuação na velocidade do rotor: controle da frequência e do módulo da tensão Atuação na corrente de campo: controle do módulo da tensão Corrente Contínua Campo - Rotor Diferenças entre os valores da força eletromotriz e o valor das tensões terminais no gerador: • Dispersão de fluxo dos enrolamentos de armadura • Resistência dos condutores dos enrolamentos de armadura • Reação de armadura: fluxo de reação da armadura sobre o fluxo do rotor no entreferro, gerado pela corrente induzida. • Formato dos pólos salientes (dispersão variável de acordo com a posição do eixo) Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Componentes (por fase): RA - Resistência de armadura: resistência do enrolamento do estator XA, Xl – Reatância de armadura: reatância de dispersão do enrolamento do estator Xφ – Reatância de reação da armadura: reatância de distorção entre os campos no entreferro. Xs – Reatância Síncrona: Xs = XA + Xφ Ea, Ef, Eaf – Força eletromotriz gerada Vt, Va – Tensão terminal Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Gerador Síncrono – Circuito Equivalente O uso do circuito equivalente por fase, pressupõe condições de fases balanceadas, cargas equilibradas. Vt Ea Vt δ Gerador Síncrono – Diagrama Fasorial Diagrama fasorial considerando carga indutiva Br - Campo do rotor: Produz Ef Bs - Campo de reação do estator Bl - Campo resultante (Br+Bs): Produz Vt δ – ângulo de conjugado, ângulo de potência: ângulo entre campo do rotor e campo resultante γ Ea Fluxo de Potência no Gerador Síncrono Pi Potência Mecânica de Entrada Primária Prot Perdas Rotacionais Pconv Potência Elétrica Convertida Pc Perdas no núcleo (Pc) Po Potência Elétrica de Saída Perdas no Enrolamento (PCu) Po = 3 𝑉𝐿𝐼𝐿𝑐𝑜𝑠𝜃 𝐏𝐨 = 𝟑𝑽𝒕𝑰𝒂𝒄𝒐𝒔𝜽 𝑷𝑪𝒖 = 𝟑 𝑰𝒂 𝟐 𝒓𝒂 𝜔𝑠 = 𝜋 30 𝑛𝑠 𝑷𝒊 = 𝑻𝒎𝝎𝒎 𝜔𝑚 = 𝜔𝑠 𝑷𝒄𝒐𝒏𝒗 = 𝑻𝒊𝒏𝒅𝝎𝒎 𝑷𝒄𝒐𝒏𝒗 = 𝟑𝑬𝒂𝑰𝒂 𝒄𝒐𝒔 γ γ – ângulo de defasagem entre Ea e Ia: (θ + δ) Potência e Conjugado no Gerador Síncrono Valores de resistência do estator são ínfimos, desprezam-se estas no cálculo do conjugado e potência: 𝑷𝒄𝒐𝒏𝒗 = 𝑻𝒊𝒏𝒅𝝎𝒎 𝐏𝐨 = 𝟑𝑽𝒕𝑰𝒂𝒄𝒐𝒔𝜽 𝑷𝒄𝒐𝒏𝒗 = 𝐏𝐨 𝑬𝒂 𝒔𝒆𝒏 δ = 𝑿𝒔𝑰𝒂𝒄𝒐𝒔𝜽 𝑰𝒂𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝑬𝒂 𝒔𝒆𝒏δ 𝑿𝒔 γ 𝐏𝐨 = 𝟑 𝑽𝒕𝑬𝒂 𝒔𝒆𝒏δ 𝑿𝒔 Ea Potência e Conjugado no Gerador Síncrono Ângulo de Potência: δ=0 Potência e Torque zero δ=90o Potência e Torque máximos 𝐏𝐨 = 𝟑 𝑽𝒕𝑬𝒂 𝒔𝒆𝒏δ 𝑿𝒔 𝑷𝒄𝒐𝒏𝒗 = 𝑻𝒊𝒏𝒅𝝎𝒎 𝐓𝐨 = 𝟑 𝑽𝒕𝑬𝒂 𝒔𝒆𝒏δ 𝝎𝒎𝑿𝒔 δ Negativo: Motor (fem em atraso à tensão de alimentação) δ Positivo: Gerador (tensão terminal em atraso à fem) Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ter conhecimento de: Ensaios a vazio e curto circuito em máquinas síncronas. Como a defasagem da corrente de armadura influencia o campo principal. Para que servem as curvas Composta, de Capacidade e em “V” do Gerador. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ser capazes de: Calcular os parâmetros do circuito equivalente de uma máquina síncrona através dos ensaios específicos. Descrever o procedimento para realização dos ensaios a vazio e de curto circuito em uma máquina síncrona. Compreender o significado dos parâmetros medidos nos ensaios a vazio e de curto circuito em máquina síncrona. Analisar características de operação do gerador com o uso das curvas compostas e em “V”. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ser capazes de: Determinar os limites de operação do gerador síncrono com a elaboração da curva de capacidade. Identificar como a corrente de armadura de um gerador síncrono influencia o campo principal. Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Ensaio a Vazio Objetivo: Levantar a curva de saturação à vazio, quando a máquina está em velocidade síncrona. Tensão de armadura (circuito aberto) Vt X Corrente de Campo If Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Ensaio a Vazio Procedimento: Acionar a máquina mecanicamente em sua velocidade síncrona, com os terminais da armadura à vazio. Levantar os valores de tensão de armadura por corrente de campo, à medida que eleva estes. Medir potência saída órgão primário necessária para colocar a máquina em velocidade síncrona, SEM EXCITAÇÃO. Medir esta mesma potência, porém COM EXCITAÇÃO. Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Ensaio a Vazio Potência necessária para colocar a máquina em velocidade síncrona, SEM EXCITAÇÃO, corresponde às perdas rotacionais. O valor da potência COM EXCITAÇÃO corresponde à soma Prot+Pc. A diferença entre estas potências nos dá as perdas no núcleo, que varia conforme a tensão na armadura. Entretanto as perdas no núcleo são tratadas como suplementares, e representadas em Ra Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Ensaio em curto-circuito Objetivo: Levantar a curva de curto-circuito, quando a máquina está em velocidadesíncrona, e a potência em curto circuito. Em conjunto com a curva a vazio nos informa o valor de Xs e Ra. Corrente de armadura (curto-circuito) Ia X Corrente de Campo If Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Ensaio em curto-circuito Representatividade de resistência e reatância na máquina síncrona: Máquinas Menores Máquinas de médio/grande porte Resistência de armadura – Ra 0,05pu 0,01 Reatância Síncrona – Xs 0,5pu 1,0 a 2,0pu Conclusão: Principalmente em máquinas maiores, pode-se desprezar Ra. A não ser que o interesse principal da análise seja sobre as perdas. Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Cálculo de Xs Reatância Síncrona Xs é variável conforme a saturação do núcleo, valor da tensão de armadura Ea. Assim, assumimos 2 valores, com certo grau de exatidão. Reatância Síncrona não saturada: baseia-se na linha de entreferro 𝑋𝑠 = 𝑉𝑎𝑔 𝐼𝑎𝑐𝑐 𝑉𝑎𝑔 − Tensão de armadura (𝑎) 𝐼𝑎𝑐𝑐 − Corrente de armadura (curto-circuito) (b) 𝑋𝑠 − Reatância Síncrona não saturada (linear) Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Cálculo de Xs Reatância Síncrona saturada: baseia-se na curva a vazio, região de saturação para o valor de tensão nominal. 𝑋𝑠 = 𝑉𝑎 𝐼′𝑎 𝑉𝑎 − Tensão de armadura nominal (a) 𝐼′𝑎 − Corrente de armadura (curto- circuito) (c) 𝑋𝑠 − Reatância Síncrona saturada (variável) Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Cálculo da Relação de Curto Circuito - RCC Relação de Curto circuito: relação entre a corrente de campo para gerar a tensão nominal a vazio, e a corrente de campo para gerar a corrente de armadura nominal em curto circuito. Seu inverso é igual à Xs. 𝑅𝐶𝐶 = 𝐼𝐶𝐴𝑉 𝐼𝐶𝐶𝐶 (pu) 𝐼𝐶𝐴𝑉 − Corrente 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑟 𝑎 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝒂 𝒗𝒂𝒛𝒊𝒐 𝑛𝑎 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 (0f’) 𝐼𝐶𝐶𝐶 − Corrente 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑟 𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 nominal em curto circuito (0f′′) Gerador Síncrono – Circuito Equivalente Cálculo da Resistência de armadura * - Ra Pode-se utilizar a compensação de temperatura para trabalhar com o valor da resistência na temperatura de trabalho do gerador. 𝑅𝑎 = 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝐶𝐶 𝐼𝑎𝑐𝑐 2 𝐼𝑎𝑐𝑐 − Corrente 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑛𝑠𝑎𝑖𝑜 𝑒𝑚 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 (nominal) 𝑅𝑎 𝑟𝑒𝑓 = 𝑅𝑎 234,5 + 𝑇𝑟𝑒𝑓 234,5 + 𝑇𝑎 *Inclui perdas suplementares (efeito pelicular, núcleo) Gerador Síncrono – Operação Curva Composta do Gerador Indica o valor da corrente de campo necessária para manter a tensão terminal nominal, à medida que aumenta a carga. FP 0,8 atrasado FP 0,8 adiantado FP 1,0 Gerador Síncrono – Operação Efeito do ângulo da corrente de carga sobre o fluxo e tensão induzida: Corrente atrasada: característica desmagnetizante (fluxo oposto) Corrente em avanço: característica magnetizante (fluxo favorável) γ Gerador Síncrono – Operação Curva em V de um Gerador Indica o valor da corrente de campo para uma dada corrente de armadura, mantendo tensão terminal e potência ativa. Ilustra o comportamento do gerador a diferentes tipos de carga. Gerador Síncrono – Operação Curva de Capacidade de um Gerador Leva em consideração os limites da corrente de campo, e de armadura (aquecimento do enrolamento), de forma a estabelecer as capacidades do gerador em diferentes níveis de fator de potência. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ter conhecimento de: Diferenças entre o gerador de pólos salientes e de pólos lisos no que tange a variação de relutância e efeito no fluxo, reatância síncrona de eixo direto e quadratura, e conjugado. O que é necessário para sincronismo de um gerador à rede. Qual o comportamento do gerador quando variamos sua corrente de campo ou a potência mecânica de entrada operando isolado, e operando em paralelo ao BPI. Sobre qual condição temos o gerador subexcitado e sobrexcitado. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ser capazes de: Compreender os efeitos da variação de relutância em função do rotor de pólos salientes. Identificar qual será a resposta de um gerador síncrono com a variação da corrente de campo ou potência de entrada, operando isolado ou em paralelo. Demonstrar através de diagramas fasoriais o estado de operação de um gerador síncrono. Classificar o modo de operação do gerador conforme seus parâmetros elétricos. Diferenças entre os geradores de pólos lisos e pólos salientes: • Formato dos pólos salientes (dispersão variável de acordo com a posição do eixo) Gerador Síncrono – Pólos Salientes 2 Eixos de características diferentes (relutâncias) Gerador Síncrono – Pólos Salientes Fluxo do eixo em quadratura φq– φq Fluxo do eixo direto d - φd Eixo em quadratura Gerador Síncrono – Pólos Salientes Fluxo de armadura favorável, incidente em eixo de quadratura. Resultante Componentes (por fase): RA - Resistência de armadura: resistência do enrolamento do estator XA, Xl – Reatância de armadura: reatância de dispersão do enrolamento do estator Xad – Reatância de reação da armadura no eixo direto Xaq – Reatância de reação da armadura no eixo em quadratura Xd – Reatância Síncrona do eixo direto (compatível a Xs no rotor de pólos lisos): Xd = XA + Xad Xq – Reatância Síncrona do eixo em quadratura: Xq = XA + Xaq Gerador Síncrono – Pólos Salientes Gerador Síncrono – Diagrama Fasorial Diagrama fasorial considerando carga indutiva θ 𝐼𝑞 = (𝐼𝑎 cos γ ) < δ 𝐼𝑑 = (𝐼𝑎 sen γ ) < δ − 90 Iq – Corrente em quadratura Id - Corrente direta Ia – Corrente de armadura δ – ângulo de conjugado, ângulo de potência: ângulo entre campo do rotor e campo resultante γ γ Ea Ea Potência e Conjugado – Pólos Salientes Ângulo de Potência: δ=0 Potência e Torque zero δ < 90o Potência e Torque máximos 𝐏𝐨 = 𝟑 𝑽𝒕𝑬𝒂 𝒔𝒆𝒏δ 𝑿𝒅 + 𝟑 𝑽𝒕𝟐(𝑿𝒅 − 𝑿𝒒)𝒔𝒆𝒏2 δ 𝟐 𝑿𝒅𝑿𝒒 𝑷𝒄𝒐𝒏𝒗 = 𝑻𝒊𝒏𝒅𝝎𝒎 Curva a: Potência associada ao eixo direto Curva b: Potência associada à influência do eixo de quadratura Curva c: Potência resultante Procedimento de Sincronismo Executar antes de fechar a chave que interliga os mesmos: 1. Adotar mesma sequência de fases; 2. Igualar velocidade dos geradores (frequência); 3. Igualar tensão terminal (através da corrente de campo); Gerador Síncrono – Operação em Paralelo Controle de Potência Reativa Não alterar P total; Situação inicial de equilibrio entre G1 e G2; FP=1 Gerador 1: aumento If, e Ea – Sobre-excitado Ea > Vt– FP Atrasado Gerador 2: consequência FP Adiantado, reduz If Ea – Sub-excitado Ea < Vt – FP Adiantado Gerador Síncrono – Operação em Paralelo Controle de Potência Ativa Situação inicial de equilibrio (f e P) entre G1 e G2. FP=1 Gerador 1: reduzir potência mecânica em G1– Reduz sua frequência; FP em atraso Gerador Síncrono – Operação em Paralelo Gerador 2: necessário aumento da velocidade/potência em G2 para manter frequência total; FP em avanço Conexão a Barramento Infinito (SEP) Gerador não é capaz de alterar as grandezas do sistema Com o procedimento inicial, gerador entra flutuando na rede; Aumentando If: Não consegue alterar Vt, corrente de armadura necessária para neutralizar campo de If. Entra Ia em atraso. Aumentando potência mecânica: Não consegue alterar frequência/velocidade,tendo que converter em conjugado eletromecânico, suprindo potência ativa da rede. Reduzindo If, ou a potência mecânica: efeito contrário aos dois acima respectivamente. Gerador Síncrono – Operação em Paralelo Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ter conhecimento de: Princípio de funcionamento de um motor síncrono. Circuito equivalente de um motor síncrono e seus componentes. Fluxo de potência e conjugado no motor síncrono e suas equações. Como a defasagem da corrente de armadura influencia o campo principal no motor síncrono. Para que servem as curvas Composta, de Capacidade e em “V” do motor síncrono. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ter conhecimento de: Diferenças entre o motor de pólos salientes e de pólos lisos no que tange a variação de relutância e efeito no fluxo, reatância síncrona de eixo direto e quadratura, e conjugado. Qual o comportamento do motor quando variamos sua corrente de campo ou a potência mecânica de saída. Sobre qual condição temos o motor subexcitado e sobrexcitado. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ser capazes de: Explicar o princípio de funcionamento de um motor síncrono, e a influência dos parâmetros de velocidade e corrente de campo. Demonstrar como podemos representar o motor síncrono através de um circuito equivalente. Calcular parâmetros de desempenho de um motor síncrono a partir de seu circuito equivalente. Ilustrar através de diagramas fasoriais as características de funcionamento de um motor síncrono, ou interpretá-lo. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ser capazes de: Ilustrar o fluxo de potência em um motor síncrono. Calcular as potências nos diversos estágios do fluxo de potência de um motor síncrono, conforme parâmetros do mesmo. Calcular o conjugado ou potência em um motor síncrono, em função do ângulo de potência, e entender sua relação com o mesmo. Identificar como a corrente de armadura de um motor síncrono influencia o campo principal. Objetivos Ao final desta sequência didática, os/as estudantes deverão ser capazes de: Identificar qual será a resposta de um motor síncrono com a variação da corrente de campo ou potência de saída. Demonstrar através de diagramas fasoriais o estado de operação de um motor síncrono. Classificar o modo de operação do motor conforme seus parâmetros elétricos. Rotação/frequência e tensão terminal: fixa Saída: Potência Mecânica- Fornece portanto torque à uma carga Amplitude Ea: Em função da frequência/velocidade e da corrente de campo E α f E α φ Gerador: Conjugado aplicado ao eixo, a favor da rotação, conjugado eletromecânico atua contra a rotação; Ea à frente de Vt; Motor: conjugado eletromecânico atua a favor da rotação, contra o conjugado resistente da carga; Vt à frente de Ea; Motor Síncrono Motor Síncrono - Funcionamento Tensão alternada no estator Interação entre os campos Rotor mantido em sincronismo Cargas ao eixo: muda defasagem entre campos Altera corrente de armadura Torque Induzido contrário à carga, à favor do rotor Maior carga no eixo, maior o ângulo de potência, maior corrente de armadura. Atuação na corrente de campo: controle do fator de potência. Corrente Contínua Campo - Rotor Motor Síncrono – Circuito Equivalente O circuito equivalente por fase segue o mesmo do gerador síncrono, porém como o fluxo de potência é inverso (alimenta-se o estator), a corrente é representada saindo da fonte (Vt). Ea Vt Ea Motor Síncrono – Diagrama Fasorial Diagrama fasorial (desprezando Ra) γ A vazio, sobre-excitado Com carga, mantida excitação Ea Ea |Ea| > |Vt | Fluxo de Potência no Motor Síncrono Pi Potência Elétrica de Entrada do Motor Pc Perdas no núcleo Pm Potência Mecânica Convertida PCu Perdas no Enrolamento Po Potência Mecânica de Saída Prot Perdas Rotacionais Pi = 3 𝑉𝐿𝐼𝐿𝑐𝑜𝑠𝜃 𝐏𝐨 = 𝑻𝒐𝝎𝒎 𝑷𝑪𝒖 = 𝟑 𝑰𝒂 𝟐 𝒓𝒂 𝜔𝑠 = 𝜋 30 𝑛𝑠 𝑷𝒊 = 𝟑𝑽𝒕𝑰𝒂𝒄𝒐𝒔𝜽 𝑷𝒎 = 𝑻𝒎𝝎𝒎 𝑷𝒎 = 𝟑 𝑬𝒂 𝑰𝒂 𝒄𝒐𝒔 γ γ – ângulo de defasagem entre Ea e Ia: (θ + δ) 𝜔𝑚 = 𝜔𝑠 Potência e Conjugado no Motor Síncrono Ângulo de Potência: δ=0 Potência e Torque zero δ=90o Potência e Torque máximos 𝐏𝐦 = 𝟑 𝑽𝒕𝑬𝒂 𝒔𝒆𝒏δ 𝑿𝒔 𝑷𝒎 = 𝑻𝒎𝝎𝒎 𝐓𝐦 = 𝟑 𝑽𝒕𝑬𝒂 𝒔𝒆𝒏δ 𝝎𝒎𝑿𝒔 δ Negativo: Motor (fem em atraso à tensão de alimentação) δ Positivo: Gerador (tensão terminal em atraso à fem) Potência e Conjugado – Motor P. Salientes Ângulo de Potência: δ=0 Potência e Torque zero δ < 90o Potência e Torque máximos 𝐏𝐦 = 𝟑 𝑽𝒕𝑬𝒂 𝒔𝒆𝒏δ 𝑿𝒅 + 𝟑 𝑽𝒕𝟐(𝑿𝒅 − 𝑿𝒒)𝒔𝒆𝒏2 δ 𝟐 𝑿𝒅𝑿𝒒 Curva a: Potência associada ao eixo direto Curva b: Potência associada à influência do eixo de quadratura Curva c: Potência resultante 𝑷𝒎 = 𝑻𝒎𝝎𝒎 Motor Síncrono – Operação Considere a seguinte situação: Vt Gerador síncrono acima (sobrexcitado, corrente atrasada) está sendo acionado por uma máquina (órgão primário) fornecendo potência elétrica a um barramento infinito. Gerador: Ea = Vt + jXs Ia Ou Vt = Ea – jXs Ia Motor Síncrono – Operação Repentinamente, desliga-se a máquina primária. Neste instante: Ângulo de potência se reduz (deixando de fornecer P à rede) Rotor perde velocidade e se atrasa Corrente de armadura cai a zero Ea = Vt Vt Motor Síncrono – Operação Entretanto, a máquina está girando, temos corrente de campo, tensão na armadura (tensão terminal - barramento). Imediatamente teremos corrente induzida para produzir um torque contrário à tendência de redução da velocidade do rotor (conjugado resistente: máquina acoplada, e perdas próprias). Neste caso, Ea se atrasa, corrente assume sentido contrário: Motor (inverte o sentido da corrente): Ea = Vt + (-jXs Ia) Ou Vt = Ea – (-jXs Ia) Motor Síncrono – Operação Efeito do ângulo da corrente de carga sobre o fluxo e a corrente de armadura: Efeito do fluxo de reação inverso ao do gerador: Corrente atrasada: Característica magnetizante (fluxo favorável) Corrente em avanço: característica desmagnetizante (fluxo oposto) γ Motor Síncrono – Operação Efeito do aumento de carga sobre o eixo Aumento de potência ATIVA P: aumento de 𝐸𝑎 sen 𝛿 e 𝐼𝑎 cos 𝜃 𝐸𝑎 não se altera (amplitude/módulo Ea em função da frequência/velocidade e da corrente de campo). Atraso do rotor: aumento do ângulo de potência ↑P Aumento de 𝐼𝑎 de forma a manter 𝑉𝑡 ↑P Redução do ângulo do fator de potência ↑P Obs.: na redução da carga todo o efeito é inverso Motor Síncrono – Operação Efeito do aumento de carga sobre o eixo Exemplo para uma condição inicial de F.P. em avanço Vt Situação inicial (FP em avanço) Aumento de carga no eixo (sem mudar If) Motor Síncrono – Operação Efeito do aumento da corrente de campo Manutenção de potência ATIVA P: 𝐸𝑎 sen 𝛿 e 𝐼𝑎 cos 𝜃 se mantém constantes 𝐸𝑎 aumenta, porém ocorre redução do ângulo de potência: manter constante 𝐸𝑎 sen 𝛿 Alteração de 𝐼𝑎 e do ângulo do fator de potência: manter constante 𝐼𝑎 cos 𝜃 - tendência capacitiva (reduzem e depois aumentam) Obs.: na redução da corrente de campo todo o efeito é inverso Vt Vt Motor Síncrono – Operação Efeito do aumentoda corrente de campo Exemplo para uma condição inicial de F.P. em atraso Situação inicial (FP em atraso) Aumento de If (sem mudar carga no eixo) Motor Síncrono – Operação Efeito do aumento da corrente de campo EFEITO: Controle da Potência Reativa Q Curva em V do motor síncrono Máquina Síncrona - Comportamento Vt Vt Vt Vt Vt Vt Vt Subexcitado EA <Vt Sobrexcitado EA >Vt Referências Bibliográficas DEL TORO, V. Fundamentos de Máquinas Elétricas. Rio de Janeiro: LTC, 2009 FITZGERALD, A. E. Máquinas Elétricas: com Introdução Eletrônica de Potência. 6a. Ed. São Paulo: Bookman, 2006 KOSOW, I. Máquinas Elétricas e Transformadores. São Paulo: Globo, 1993
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