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Contratos Administrativos na Administração Pública

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CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
– TEORIA E EXERCÍCIOS – 
DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 
 
 
Prof. Edson Marques 
www.pontodosconcursos.com.br 
1 
Olá pessoal, 
 
Boa noite. Hoje veremos o seguinte: 
 
AULA 06: 8 Contratos administrativos. 8.1 Conceito, 
peculiaridades e interpretação. 8.2 Formalização. 8.3 
Execução, inexecução, revisão e rescisão. 8.4 Convênios e 
consórcios administrativos. 
Vamos nessa. 
 
Contrato Administrativo 
 
Contrato administrativo, na abalizada lição de Hely 
Lopes Meirelles, “é o ajuste que a Administração Pública, agindo 
nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade 
administrativa para a consecução de objetivos de interesse público, 
nas condições estabelecidas pela própria Administração”. 
 
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro contrato 
administrativo “é o ajuste que a Administração, nessa qualidade, 
celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para a 
consecução de fins públicos, segundo regime de direito público”. 
 
Assim, podemos definir contrato administrativo como a 
avença em que a Administração Pública, agindo como tal, 
estabelece com o particular ou com outro ente público, para a 
consecução de interesse público. 
 
Percebam que utilizamos de definição mais restritiva na 
medida em que nem todo contrato firmado pela Administração é 
considerado contrato administrativo. 
 
A corrente majoritária tem o entendimento de que, de 
forma ampla, a Administração firma diversas espécies de contratos, 
denominados contratos da administração, sendo espécie destes os 
contratos regidos pelo direito privado (contratos administrativos 
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– TEORIA E EXERCÍCIOS – 
DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 
 
 
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atípicos), e os regidos pelo direito público (contratos administrativos 
típicos). 
 
Os contratos administrativos são regidos 
predominantemente pelo Direito Público, estando a Administração em 
posição de supremacia. Todavia, é preciso salientar que, em que pese 
serem regidos pelo direito público, aos contratos administrativos se 
aplicam, de forma supletiva, os princípios da teoria geral dos 
contratos e as disposições de direito privado, conforme art. 54 da Lei 
nº 8.666/93. 
 
De outro lado, nos contratos submetidos ao Direito 
Privado, atua a Administração em posição de igualdade com o 
particular. Porém, ainda que se diga regido pelo direito privado, os 
contratos privados da administração, qualquer que seja ele, sempre 
terá a influência das normas de direito público, conforme expressa o 
art. 62, da Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), que assim 
dispõe: 
 
Art. 62. 
[...] 
§3 - Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta 
Lei e demais normas gerais, no que couber: 
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de 
locação em que o Poder Público seja locatário, e aos 
demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, 
por norma de direito privado; 
II - aos contratos em que a Administração for parte 
como usuária de serviço público. 
 
Insta esclarecer, ademais, que compete à União 
estabelecer normas gerais sobre contratos administrativos, consoante 
dicção do art. 22, inc. XXVII, da CF/1988. 
 
Características 
 
Com efeito, os contratos administrativos têm as 
seguintes características: 
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DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 
 
 
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3 
 
a) é consensual, ou seja, dependem da manifestação 
de vontade das partes para se aperfeiçoar. 
 
b) em regra, é formal, devendo observar os requisitos 
legais conforme arts. 60 a 62 da Lei nº 8.666/93, ou seja, observa o 
procedimento legal. E, importante destacar, devem ser escrito no 
vernáculo, ou seja, na nossa língua, de modo que os feitos no 
exterior deverão ser traduzidos, conforme entendimento do TCU (É 
necessária a tradução para o vernáculo de contratos redigidos 
em língua estrangeira, celebrados ou não no Brasil, cujo 
cumprimento e execução devam se dar dentro do território 
brasileiro). 
 
c) é oneroso, ou seja, não é gratuito, há 
contraprestação pecuniária. 
 
d) é comutativo, isto é, há equivalência de obrigações, 
previamente ajustadas e conhecidas. 
 
e) é personalíssimo (intuitu personae), ou seja, o 
contrato é sempre firmado em razão das condições pessoais do 
contratado. Por isso, como regra é vedada a subcontratação, salvo se 
expressamente prevista no edital e autorizada pela Administração. 
 
f) tem natureza de contrato de adesão, é que todas as 
cláusulas são firmadas unilateralmente pela Administração. Devemos 
observar, inclusive, que a minuta do contrato é parte integrante do 
edital de licitante, como anexo. Porém, mesmo nos casos de 
contratação direta, as cláusulas são elaboradas pela Administração. 
 
Significa dizer que o contratado não influi quase nada 
das cláusulas contratuais, inclusive, muitas deles já estabelecida 
como obrigatórias pela própria Lei, conforme art. 55, as quais valem 
a pena indicar, apenas para termos ciência, sendo: 
 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que 
estabeleçam: 
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I - o objeto e seus elementos característicos; 
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; 
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-
base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios 
de atualização monetária entre a data do adimplemento das 
obrigações e a do efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, 
de entrega, de observação e de recebimento definitivo, 
conforme o caso; 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da 
classificação funcional programática e da categoria 
econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena 
execução, quando exigidas; 
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as 
penalidades cabíveis e os valores das multas; 
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em 
caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; 
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio 
para conversão, quando for o caso; 
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a 
dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante 
vencedor; 
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e 
especialmente aos casos omissos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a 
execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações 
por ele assumidas, todas as condições de habilitação e 
qualificação exigidas na licitação. 
 
Portanto, as cláusulas dos contratos administrativos são 
elaboradas, unilateralmente, pela Administração Pública, sendo 
apresentada aos interessados, em regra, com a abertura da licitação, 
quando da publicação do edital. 
 
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g) é mutável, isso porque dentre as cláusulas 
exorbitantes há a possibilidade de alteração unilateral do contrato por 
motivo de interesse público. 
 
Contrato x instrumento contratual 
 
É importante destacar que, em regra, a exigência 
preliminar para a formalização de um contrato com a Administração 
Pública é a realização de processo licitatório, ressalvando-se os casos 
em que se permite a contratação direta (dispensa ou inexigibilidade) 
 
Assim, os requisitos necessáriosà formalização do 
ajuste estão dispostos nos artigos 60 a 62 da Lei de Licitações e 
Contratos, devendo, por exemplo, os contratos e seus aditamentos 
serem lavrados nas repartições interessadas, manter arquivo 
cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato 
etc. 
 
Por isso, devemos observar que contrato é ato jurídico 
bilateral que independe da assinatura de instrumento, ou seja, a 
simples assinatura, por exemplo, em nota de empenho já o 
caracteriza. 
 
A propósito, o instrumento é o documento escrito onde 
se estabelecem as regras, obrigações e direitos (termo de contrato). 
 
Com efeito, o instrumento é obrigatório para as 
contratações que decorreram de concorrência ou tomada de preço, e 
para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preços se inserem 
no âmbito dessas modalidades, nos demais casos, o instrumento é 
facultativo, podendo ser substituído por outros instrumentos. 
 
Assim, conforme o art. 62 da Lei nº 8.666/93, a 
Administração poderá substituir o termo contratual pela carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra 
ou ordem de execução de serviço. 
 
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É importante, ademais, atentarmos para o fato de que 
é dispensável o "termo de contrato" e facultada a 
substituição, a critério da Administração e independentemente de 
seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos 
bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive 
assistência técnica. 
 
Diante disso, em regra, é nulo contrato verbal, pois 
deverá ser formalizado por escrito em instrumento contratual ou, nos 
casos em que for permitido, ser substituído por outro instrumento 
hábil. 
 
Todavia, como exceção, poderá haver contrato verbal, 
nos casos de pequenas compras de pronta entrega ou pronto 
pagamento, que não ultrapassar 5% do valor do convite, ou seja, R$ 
4.000,00 (quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento, 
conforme art. 60, par. único, Lei nº 8.666/93, assim disposto: 
 
Art. 60. 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato 
verbal com a Administração, salvo o de pequenas 
compras de pronto pagamento, assim entendidas 
aquelas de valor não superior a 5% (cinco por 
cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea 
"a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. 
 
Por fim, a doutrina ainda cita que poderá haver 
contrato verbal em situações excepcionais e emergenciais, sendo, 
posteriormente, formalizado. 
 
Nessa linha de entendimento, o TCU manifestou-se no 
sentido de que a ausência de contrato, situação irregular, não 
inviabiliza a continuidade de execução de atividade 
 
1. O Tribunal de Contas da União tem perfilhado 
entendimento no sentido de que, no caso das 
obras rodoviárias emergenciais do PETSE: 1.1 a 
ausência de instrumento de contrato, desde 
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que reste comprovada a não-ocorrência de 
atos lesivos ao erário, é irregularidade que 
permite a continuidade da obra mediante o 
saneamento do vício original; 
[VOTO] 
25. Quanto à irregularidade atinente ao início das 
obras sem cobertura contratual, permito-me 
dissentir do posicionamento da unidade técnica, 
em essencial porque as poucas decisões deste 
Tribunal que envolveram apenação dos gestores 
por conta dessa falha, no âmbito do programa 
emergencial em destaque, [...], levaram em 
consideração, também, outras irregularidades 
devidamente comprovadas, ou referiram-se a 
casos em que as obras foram executadas sem 
instrumento contratual durante praticamente todo 
o período de 180 dias estipulado no art. 24, inciso 
IV, do referido dispositivo legal, diferentemente da 
hipótese em tela. 
26. A jurisprudência dominante do Tribunal aponta 
para o saneamento da ocorrência com a 
formalização posterior da avença [...], quando não 
se tenha verificado, nos processos relativos ao 
referido programa, as circunstâncias fáticas 
expostas acima e, mais importante, não se tenha 
configurado prejuízo ao erário decorrente do 
atraso na assinatura do ajuste. 
27. Desse modo, ciente de que não foram 
assinaladas ocorrências de natureza grave que 
pudessem ocasionar prejuízos ao erário, e 
adotando a mesma linha de entendimento firmada 
em processos similares já apreciados por esta 
Casa, julgo que o encaminhamento da matéria 
prescinde de apenação dos responsáveis em 
decorrência da irregularidade concernente ao 
atraso na lavratura do contrato. 
 
E, assim, a resenha do TCU: 
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É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal 
com a Administração, salvo o de pequenas 
compras de pronto pagamento, assim 
entendidas aquelas de valor não superior a 
5% (cinco por cento) do limite estabelecido 
no art. 23, inciso II, alínea "a", da Lei 
8.666/1993, feitas em regime de 
adiantamento 
 
Vigência (Duração do contrato) 
 
Os contratos administrativos, como regra, têm vigência 
adstrita aos recursos orçamentários, ou seja, devem vigorar dentro 
da vigência do orçamento, conforme estabelece o artigo 57, Lei nº 
8.666/93. Desse modo, pode-se dizer que a regra é a vigência dos 
contratos por doze meses. 
 
No entanto, a própria Lei estabelece algumas exceções, 
tal como: 
 
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas 
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser 
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso 
tenha sido previsto no ato convocatório; 
 
b) Prestação de serviços a serem executados de forma 
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e 
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições 
mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses 
 
c) Aluguel de equipamentos e à utilização de programas 
de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. 
 
Admite-se, ainda, em caráter excepcional, devidamente 
justificado e mediante autorização da autoridade superior, que o 
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prazo dos contratos de prestação de serviço sejam prorrogados por 
até doze meses. 
 
Assim, não se admite contrato por prazo 
indeterminado, conforme disposto no art. 57, §3º, ao estabelecer que 
“é vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado”. 
 
Nesse sentido, a súmula 191 do Tribunal de Contas da 
União: 
 
SÚMULA Nº 191 
Torna-se, em princípio, indispensável a fixação dos limites de 
vigência dos contratos administrativos, de forma que o 
tempo não comprometa as condições originais da avença, 
não havendo, entretanto, obstáculo jurídico à devolução de 
prazo, quando a Administração mesma concorre, em virtude 
da própria natureza do avençado, para interrupção da sua 
execução pelo contratante. 
 
Observar, no entanto, que a Lei nº 12.349/2010, 
incluiu o inc. V ao art. 57 da Lei, estabelecendo que às hipóteses 
previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos 
contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) 
meses, caso haja interesse da administração. 
 
Garantia contratual 
 
Garantia contratual é instrumento no qual a 
Administraçãobusca assegurar a total execução do contrato ou 
minimizar eventuais perdas pela inexecução, assegurando o 
ressarcimento direto de alguns prejuízos ou de multa aplicada. 
 
Assim, conforme art. 56 da Lei de Licitações e 
Contratos, poderá a Administração exigir a prestação de garantia 
contratual, a critério da autoridade competente, em cada caso, e 
desde que prevista no instrumento convocatório. 
 
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No entanto, cabe ao contratado escolher, 
discricionariamente, qual a garantia que melhor lhe atenda, devendo 
optar uma das seguintes modalidades de garantia: 
 
a) Caução em dinheiro; 
 
b) Títulos da dívida pública, devendo estes ter sido 
emitidos sob a forma escritural, mediante registro 
em sistema centralizado de liquidação e de 
custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e 
avaliados pelos seus valores econômicos, conforme 
definido pelo Ministério da Fazenda; 
 
c) Seguro-garantia; 
 
d) Fiança bancária. 
 
Assim, como dito, cabe ao contratado optar por uma 
das modalidades, de modo que a Administração não interferirá nesta 
escolha. Todavia, é preciso ressaltar que a Administração poderá não 
aceitar a garantia prestação se houver alguma cláusula ou condição 
que a inviabilize como garantia, tal como estipulação de benefício de 
ordem, muito comum na fiança bancária e seguro-garantia. 
 
O que é o benefício de ordem? É a estipulação de que 
primeiro se deve acionar a contratada e só depois de acionado e que 
se poderá excutir a garantia. Ora, tal estipulação viola o sentido da 
garantia, por isso, deve ser retirada da garantia apresentada, sob 
pena de não ser admitida. 
 
A garantia não excederá a cinco por cento do valor do 
contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições desse, 
devendo ser complementada no caso de aditamento que implique 
acréscimo do objeto contratual ou alteração qualitativa que incida em 
elevação do valor do contrato. 
 
Entretanto, nos contratos que importem na entrega de 
bens pela Administração, ficando o contratado como depositário, ao 
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valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens, ou seja, a 
garantia observará o limite de 5% e será acrescida do valor dos bens 
entregues pela Administração. 
 
Ademais, para obras, serviços e fornecimentos de 
grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos 
financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer 
tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de 
garantia poderá ser elevado para até dez por cento do valor do 
contrato. 
 
Por fim, cabe salientar que a garantia será liberada ou 
restituída após a execução do contrato. E, se tiver sido prestada em 
dinheiro, haja vista que será depositada em conta remunerada, 
deverá ser atualizada monetariamente. 
 
Alteração contratual 
 
Os contratos administrativos poderão ser alterados por 
acordo entre as partes ou de forma unilateral pela Administração. 
 
Como efeito, a possibilidade de alteração unilateral se 
insere dentre as cláusulas chamadas exorbitantes, pois dá poderes 
apenas para uma das partes, no caso para a Administração Pública. 
 
Assim, poderá a Administração, devidamente 
justificado, empreender alteração qualitativa (quando houver 
modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação 
técnica aos seus objetivos), ou alteração quantitativa (quando 
necessária a modificação do valor contratual em decorrência de 
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites 
permitidos pela Lei nº 8.666/93). 
 
Poderá, ademais, por acordo das partes, ser alterado o 
contrato, nos seguintes casos: 
 
a) quando conveniente a substituição da garantia de 
execução; 
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b) quando necessária a modificação do regime de 
execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, 
em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos 
contratuais originários; 
 
c) quando necessária a modificação da forma de 
pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido 
o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com 
relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente 
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou 
serviço; 
 
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram 
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da 
administração para a justa remuneração da obra, serviço ou 
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos 
imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, 
retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em 
caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando 
área econômica extraordinária e extracontratual. 
 
É importante destacar que revisão e reajuste são 
situações distintas. Reajuste é denominado de álea (risco) econômica 
ordinária, ou seja, ocorre periodicamente e tem como objetivo 
repassar à contratada os reflexos inflacionários, por índices 
previamente estabelecidos. 
 
A revisão (recomposição), por outro lado, não tem 
período certo, nem mesmo está prevista contratualmente, configura 
álea econômica extraordinária e extracontratual, ou seja, são eventos 
que ocorrem e causam reflexo no contrato, sendo imprevistos ou 
previsíveis, porém de conseqüências incalculáveis. 
 
Assim, podemos ter a incidência de fatos imprevisíveis 
ou previsíveis, porém de conseqüências incalculáveis que retardem 
ou impeçam a execução do contrato, ensejando, por isso, sua 
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alteração a fim de que se possa executá-lo ou sua extinção em caso 
de não remanescer interesse na execução. 
 
A teoria da imprevisão se desdobra em caso fortuito, 
força maior, fato do príncipe, fato da administração e interferências 
imprevistas. 
 
Com efeito, a teoria da imprevisão consiste no 
reconhecimento de que eventos novos, imprevistos e imprevisíveis 
pelas partes e a elas não imputadas, refletindo sobre a economia ou 
na execução do contrato, autorizam a revisão do ajuste em 
consideração dos fatores supervenientes, conforme aplicação da 
cláusula rebus sic stantibus. 
 
Assim, força maior é evento externo, imprevisível e 
inevitável, que cria para o contratante óbice intransponível ou que 
eleva sobremaneira os encargos contratados, inviabilizando, nos 
termos firmados, a execução do contrato. (terremoto, guerra, 
revolta, rebelião etc). 
 
Caso fortuito é evento interno, inexplicável ou 
anômala da Administração ou do contratado, também imprevisível e 
inevitável, que gera encargos insuportáveis ou que eleva 
sobremaneira os encargos contratados, inviabilizando, nos termos 
firmados, a execução do contrato. (ex: incêndio, greve dos servidores 
ou dos funcionários etc). 
 
Fato do príncipe é determinação estatal, geral e 
superveniente, imprevisível ou imprevista, que onera ou desonera o 
contrato, repercutindo indiretamente sobre ele. (Ex: criação ou 
extinção de um tributo) 
 
Considera-se, ademais, fato da administração é toda 
ação ou omissão do Poder Público que esteja diretamente relacionada 
com o contrato, impedindo ou retardando sua execuçãonas 
condições inicialmente estabelecidas. (Ex.: não liberação do local 
para realização de obra) 
 
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É de se observar que tanto o fato do príncipe como o 
fato da administração provém de uma determinação estatal. A 
diferença é que o fato do príncipe incide sobre toda a sociedade (ex. 
imposto) e o fato da administração incide sobre o contrato 
especificamente (ex. não desapropriação de área destina a 
construção de viaduto) 
 
Ademais, cabe ainda falarmos sobre as denominadas 
interferências imprevistas (sujeições imprevistas) que são fatos 
materiais imprevistos, existentes ao tempo da celebração do 
contrato, mas só verificados ao tempo da sua execução. (ex. 
diversidade do terreno conhecida só na execução da obra) 
 
Todavia, conforme artigo 65, § 8º da Lei de Licitações e 
Contratos, não se enquadram como alteração contratual: 
 
� Variação ou atualização do valor contratual em razão de 
reajuste de preços previsto no próprio contrato, 
 
� Compensações ou penalizações financeiras decorrentes 
das condições de pagamento nele previstas, 
 
� Empenho de dotações orçamentárias suplementares até 
o limite do seu valor corrigido, 
 
Tais casos podem ser registrados por simples apostila, 
dispensando a celebração de aditamento. 
 
Fiscalização 
 
Devemos lembrar, ademais, que o poder de fiscalizar o 
contrato e controlar sua execução é inerente à própria Administração, 
sendo, inclusive, poder implícito, ou seja, que independe de cláusula 
expressa no contrato. 
 
De qualquer sorte, a Lei de Licitações e Contratos 
inseriu referido poder dentre aqueles denominados exorbitantes, 
conforme prevê o art. 58, que assim dispõe: 
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Art. 58. O regime jurídico dos contratos 
administrativos instituído por esta Lei confere à 
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor 
adequação às finalidades de interesse público, 
respeitados os direitos do contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos 
especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou 
parcial do ajuste; 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar 
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e 
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese 
da necessidade de acautelar apuração administrativa de 
faltas contratuais pelo contratado, bem como na 
hipótese de rescisão do contrato administrativo. 
 
Dessa forma, o contrato deverá ser executado 
fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as 
normas da Lei de Contratos Administrativos, respondendo cada uma 
pelas conseqüências de sua inexecução total ou parcial. 
 
Entretanto, a execução do contrato deverá ser 
acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração 
especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para 
assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição, 
conforme estabelece o art. 67 da Lei nº 8.666/93. 
 
Assim, não poderá o representante da Administração 
ser substituído por terceiros, ele poderá ter terceiro contratado para 
assisti-lo ou subsidiá-lo. 
 
Diante disso, é importante percebemos que, nos termos 
do art. 71 da Lei de Licitações e Contratos, o contratado é 
responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e 
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comerciais resultantes da execução do contrato. Porém, cabe à 
Administração fiscalizar o recolhimento de tais encargos. 
 
Assim, eventual inadimplência do contratado, com 
referência a tais encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não 
transfere a responsabilidade à Administração Pública, tampouco 
poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o 
uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. 
 
A Administração Pública, é importante ressaltar, 
somente responderá solidariamente com o contratado pelos encargos 
previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do 
art. 31 da Lei nº 8.212, assim expresso: 
 
Art. 31. A empresa contratante de serviços executados 
mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime 
de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por 
cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de 
prestação de serviços e recolher, em nome da empresa 
cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 
20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da 
respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil 
imediatamente anterior se não houver expediente 
bancário naquele dia, observado o disposto no § 5o do 
art. 33 desta Lei. 
 
De outro lado, a Administração não responde, conforme 
a Lei de Licitações e Contratos Administrativos, em razão de 
inadimplência do contratado em relação a encargos trabalhistas. 
 
No entanto, o entendimento do Tribunal Superior do 
Trabalho, nos termos do E-331, é no sentido de que a Administração 
Pública responde subsidiariamente, quando ficar evidenciado a falta 
de fiscalização em relação ao cumprimento das obrigações 
trabalhistas, conforme jurisprudência a seguir: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. 
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. SÚMULA Nº 331, IV, 
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TST. Em se tratando de típica terceirização, evidenciado o 
descumprimento de obrigações trabalhistas por parte do 
contratado, deve ser atribuída à contratante a 
responsabilidade subsidiária. Nessa hipótese, não se pode 
deixar de lhe atribuir, em decorrência de seu comportamento 
omisso ou irregular, ao não fiscalizar o cumprimento das 
obrigações contratuais assumidas pelo contratado (culpa in 
vigilando), a responsabilidade subsidiária e, 
conseqüentemente, o dever de responder, supletivamente, 
pelas conseqüências do inadimplemento do contrato. 
Registre-se, por outro lado, que o art. 37, § 6º, da 
Constituição Federal consagra a responsabilidade objetiva da 
Administração, sob a modalidade de risco administrativo, 
estabelecendo, portanto, sua obrigação de indenizar, quando 
causar danos a terceiro. Inteligência da Súmula nº 331, IV, 
do TST. Agravo de instrumento a que se nega provimento. ( 
AIRR - 2732/2003-065-02-40.4 , Relator Ministro: Horácio 
Raymundo de Senna Pires, Data de Julgamento: 11/06/2008, 
6ª Turma, Data de Publicação: 13/06/2008) 
 
Extinção (Rescisão contratual) 
 
Dispõe a Lei de Licitações e Contratos que a rescisão do 
contrato poderá ocorrer de três formas: 
 
� Por ato unilateral e escrito da Administração; 
 
� Amigavelmente, por acordo entre as partes, reduzida a 
termo no processo da licitação, desde que haja 
conveniência para a Administração; 
 
� Judicialmente, nos termos da legislação; 
 
Os casos que possibilitam a rescisão unilateralmente 
pela Administração estão expressos no art. 78, incs. I a XII e inc. 
XVII, Lei nº 8.666/93, sendo: 
 
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I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, 
especificações, projetos ou prazos; 
II- o cumprimento irregular de cláusulas 
contratuais, especificações, projetos e prazos; 
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a 
Administração a comprovar a impossibilidade da 
conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, 
nos prazos estipulados; 
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço 
ou fornecimento; 
V - a paralisação da obra, do serviço ou do 
fornecimento, sem justa causa e prévia 
comunicação à Administração; 
VI - a subcontratação total ou parcial do seu 
objeto, a associação do contratado com outrem, a 
cessão ou transferência, total ou parcial, bem 
como a fusão, cisão ou incorporação, não 
admitidas no edital e no contrato; 
VII - o desatendimento das determinações 
regulares da autoridade designada para 
acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim 
como as de seus superiores; 
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua 
execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 
desta Lei; 
IX - a decretação de falência ou a instauração de 
insolvência civil; 
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do 
contratado; 
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XI - a alteração social ou a modificação da 
finalidade ou da estrutura da empresa, que 
prejudique a execução do contrato; 
XII - razões de interesse público, de alta 
relevância e amplo conhecimento, justificadas e 
determinadas pela máxima autoridade da esfera 
administrativa a que está subordinado o 
contratante e exaradas no processo administrativo 
a que se refere o contrato; 
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força 
maior, regularmente comprovada, impeditiva da 
execução do contrato. 
 
A rescisão amigável, ou por acordo entre as partes, 
ocorre quando há consenso entre as partes, ou seja, por acordo 
mútuo mediante a formalização de distrato, conforme prevê o art. 78, 
incisos XIII a XVI, da Lei 8.666/93, havendo conveniência para a 
Administração. 
 
Penalidades 
 
A Administração poderá aplicar as seguintes sanções 
aos contratados: 
 
Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato 
sujeitará o contratado à multa de mora, na forma 
prevista no instrumento convocatório ou no contrato. 
§ 1o A multa a que alude este artigo não impede que a 
Administração rescinda unilateralmente o contrato e 
aplique as outras sanções previstas nesta Lei. 
§ 2o A multa, aplicada após regular processo 
administrativo, será descontada da garantia do 
respectivo contratado. 
§ 3o Se a multa for de valor superior ao valor da 
garantia prestada, além da perda desta, responderá o 
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contratado pela sua diferença, a qual será descontada 
dos pagamentos eventualmente devidos pela 
Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada 
judicialmente. 
 
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a 
Administração poderá, garantida a prévia defesa, 
aplicar ao contratado as seguintes sanções: 
I - advertência; 
II - multa, na forma prevista no instrumento 
convocatório ou no contrato; (multa compensatória) 
III - suspensão temporária de participação em 
licitação e impedimento de contratar com a 
Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos; 
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou 
contratar com a Administração Pública enquanto 
perdurarem os motivos determinantes da punição ou 
até que seja promovida a reabilitação perante a própria 
autoridade que aplicou a penalidade, que será 
concedida sempre que o contratado ressarcir a 
Administração pelos prejuízos resultantes e após 
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no 
inciso anterior. 
 
É de se ressaltar que em razão da inexecução total ou 
parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia 
defesa, aplicar ao contratado as sanções acima descritas. 
 
Na hipótese das sanções de advertência, suspensão e 
declaração de inidoneidade para licitar ou contratar poderão ser 
aplicadas juntamente com a do inciso II (multa), facultada a defesa 
prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 
(cinco) dias úteis. 
 
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Agora, vamos às questões. 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (JUIZ DE DIREITO – TJ/SE – CESPE/2008) A circunstância 
de uma das partes ser a administração já caracteriza o 
contrato como sendo administrativo. 
 
Comentário: 
 
Como observamos, nem todo contrato em que a 
Administração Pública seja parte é considerado contrato 
administrativo, tal como os contratos privados da Administração (ex: 
locação, compra e venda etc). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
2. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/ES – 
CESPE/2011) O contrato administrativo é uma modalidade de 
contrato em que a administração pública estabelece um 
acordo com outra entidade administrativa, sendo vedada a 
contratação com particulares. 
 
Comentário: 
 
De fato, o contrato administrativo é uma modalidade de 
contrato da Administração. Todavia, pode tanto ser firmado com 
outra entidade da Administração, como com particulares, vide os 
contratos de concessão e permissão. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/ES – 
CESPE/2011) Define-se contrato administrativo como um 
acordo entre duas partes em que ambas assumem obrigações 
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e direitos. 
 
Comentário: 
 
É certo que o contrato, e nesse sentido também o 
administrativo, é um acordo entre partes no qual se estabelece 
obrigações e direitos recíprocos. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
4. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – STM 
– CESPE/2011) Os contratos administrativos têm, como uma 
de suas características essenciais, o fato de a administração 
dispor de uma posição de supremacia em relação ao 
contratado. Isso ocorre mesmo quando a contratação é 
efetivada por pessoas administrativas de direito privado, como 
empresas públicas e sociedades de economia mista. 
 
Comentário: 
 
Observamos que a característica mais marcante dos 
contratos administrativos é que, de um lado, há a Administração atua 
com supremacia em relação ao contratado. 
 
Daí é importante dizer que, mesmo quando se trata de 
pessoa jurídica de direito privado, se houver tal prerrogativa, teremos 
um contrato administrativo. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
5. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2008) O 
regime de contratação do direito privado diverge 
fundamentalmente do adotado no âmbito público. Como 
característica de todos contratos feitos com base na Lei n.º 
8.666/1993 tem–se a existência das denominadas cláusulas 
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exorbitantes. 
 
Comentário: 
 
Pode-se dizer que nem todo contrato firmado pela 
Administração é contrato administrativo. É que a Administração pode 
firmar contratos submetidos ao regime de Direito Privado. 
 
No entanto, conforme expresso no art. 62, §3º, se 
aplicam, no que couber, algumas regras e prerrogativas de Direito 
Público aos contratos firmados pela Administração, tal como as 
cláusulas exorbitantes previstas no art. 58 da Lei de Licitações e 
Contratos. 
 
Denominam–secláusulas exorbitantes aquelas que 
estabelecem prerrogativas para a Administração Pública, tais como: 
alteração unilateral do contrato, rescisão unilateral, fiscalização da 
execução do contrato, aplicação de sanções, ocupação provisória de 
bens, pessoal e serviços vinculados ao objeto do ajuste. 
 
Tais cláusulas extrapolam o padrão dos contratos em 
geral (igualdade das partes), para consignar uma vantagem para a 
Administração Pública, referindo–se a certas prerrogativas da 
Administração que a colocam numa situação de superioridade em 
relação ao particular contratado. 
 
Nesses casos, as cláusulas exorbitantes somente serão 
aplicadas quando cabíveis, conforme a dicção do dispositivo legal 
(art. 62, §3º), devendo estar expressamente previstas no contrato, 
em razão de derrogação do direito comum. 
 
Por isso, nem todos os contratos firmados com base na 
Lei nº 8.666/93 terão previsão de cláusulas exorbitantes. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
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6. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – 
CESPE/2011) Todos os contratos celebrados pela 
administração pública são regidos por normas de direito 
público. 
 
Comentário: 
 
Nem todo contrato firmado pela Administração é 
contrato administrativo. É que a Administração pode firmar contratos 
submetidos ao regime de Direito Privado, ou seja, os contratos 
administrativos são espécies do gênero contratos da Administração, 
dentre os quais também encontramos os contratos privados da 
Administração. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
7. (JUIZ DE DIREITO – TJ/AL – CESPE/2008) Os contratos 
administrativos são caracterizados por sua imutabilidade. 
 
Comentário: 
 
Os contratos administrativos possuem a característica 
da mutabilidade, ou seja, são mutáveis, de modo que poderá haver, 
por exemplo, a alteração, unilateral, pela Administração, conforme 
art. 65 da Lei nº 8.666/93, que assim estabelece: 
 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser 
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes 
casos: 
I – unilateralmente pela Administração: 
a) quando houver modificação do projeto ou das 
especificações, para melhor adequação técnica aos seus 
objetivos; 
b) quando necessária a modificação do valor contratual 
em decorrência de acréscimo ou diminuição 
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quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por 
esta Lei; 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – 
CESPE/2011) O regime jurídico dos contratos administrativos 
confere à administração pública a prerrogativa de modificá-
los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de 
interesse público; ou mesmo rescindi-los unilateralmente. 
 
Comentário: 
 
Uma das características dos contratos administrativos é 
que são mutáveis. Por isso, poderá haver modificação de algumas de 
suas regras, conforme prevê o art. 65 da Lei nº 8.666/93, ao 
estabelecer que: 
 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser 
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes 
casos: 
I – unilateralmente pela Administração: 
a) quando houver modificação do projeto ou das 
especificações, para melhor adequação técnica aos seus 
objetivos; 
b) quando necessária a modificação do valor contratual 
em decorrência de acréscimo ou diminuição 
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por 
esta Lei; 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
9. (ANALISTA DE CORREIOS – ADVOGADO – CORREIOS – 
CESPE/2011) A possibilidade de alteração unilateral do 
contrato administrativo pela administração pública, 
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independentemente de motivação, constitui uma de suas 
cláusulas exorbitantes. 
 
Comentário: 
 
De fato, nos contratos administrativos temos a 
presença das denominadas cláusulas exorbitantes, e dentre elas 
temos, o poder de a Administração aplicar sanções, fiscalizar a 
execução do contrato, rescindir ou de alterar unilateralmente o 
contrato administrativo. 
 
Contudo, qualquer desses poderes é sempre exercido 
de forma motivada, e não poderia ser diferente no caso de alteração 
conforme determina o art. 65 da Lei nº 8.666/93, assim expresso: 
 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser 
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes 
casos: 
I – unilateralmente pela Administração: 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
10. (JUIZ DE DIREITO – TJ/AL – CESPE/2008) Os contratos 
administrativos são caracterizados pela impessoalidade, 
sendo irrelevantes as condições pessoais do contratado. 
 
Comentário: 
 
Dentre as características dos contratos administrativos, 
podemos dizer que são personalíssimos, ou seja, intuitu personae. 
 
Os contratos são, em regra, firmados em razão das 
condições e qualidades pessoais da contratada, sobretudo, em face 
do procedimento licitatório, em que tais condições foram analisadas e 
deram ensejo à sua habilitação e posterior classificação do que fora 
proposto. 
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Por isso, é de se observar até mesmo que, como regra, 
é vedada a subcontratação, salvo se expressamente prevista no 
edital e autorizada pela Administração. 
 
Desse modo, os contratos não são caracterizados pela 
impessoalidade, mas pela pessoalidade, sendo relevantes as 
condições pessoais do contratado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
11. (ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA – TJ/ES – 
CESPE/2011) A regra segundo a qual os contratos 
administrativos são realizados intuitu personae é absoluta. 
 
Comentário: 
 
De fato, os contratos são firmados em razão das 
condições e qualidades pessoais da contratada, verificadas no 
momento da habilitação. Contudo, verifica-se que não se trata de 
uma regra absoluta na medida em que quando houver previsão no 
edital e for autorizado pela Administração poderá haver 
subcontratação de parte do objeto contratado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
12. (JUIZ DE DIREITO – TJ/AL – CESPE/2008) As cláusulas 
contratuais do contrato administrativo devem ser elaboradas 
de comum acordo pelas partes. 
 
Comentário: 
 
O contrato administrativo é um contrato de adesão em 
que as cláusulas são redigidas de forma unilateral pela 
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Administração, assim ao interessado somente cabe aderir às regras e 
condições já postas, fazendo–o por meio de sua proposta. 
 
Significa dizer que o contratado não participa em quase 
nada da formulação das cláusulas contratuais, inclusive, muitas delas 
já são estabelecidas como obrigatórias pela própria Lei, conforme art. 
55, as quais, vale citar para conhecimento: 
 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as 
que estabeleçam: 
I – o objeto e seus elementos característicos; 
II – o regime de execução ou a forma de fornecimento; 
III – o preço e as condições de pagamento, os critérios, 
data–base e periodicidade do reajustamento de preços, 
os critérios de atualização monetária entre a data do 
adimplemento das obrigações e a do efetivo 
pagamento; 
IV – os prazos de início de etapas de execução, de 
conclusão, de entrega, de observaçãoe de recebimento 
definitivo, conforme o caso; 
V – o crédito pelo qual correrá a despesa, com a 
indicação da classificação funcional programática e da 
categoria econômica; 
VI – as garantias oferecidas para assegurar sua plena 
execução, quando exigidas; 
VII – os direitos e as responsabilidades das partes, as 
penalidades cabíveis e os valores das multas; 
VIII – os casos de rescisão; 
IX – o reconhecimento dos direitos da Administração, 
em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 
desta Lei; 
X – as condições de importação, a data e a taxa de 
câmbio para conversão, quando for o caso; 
XI – a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que 
a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do 
licitante vencedor; 
XII – a legislação aplicável à execução do contrato e 
especialmente aos casos omissos; 
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XIII – a obrigação do contratado de manter, durante 
toda a execução do contrato, em compatibilidade com 
as obrigações por ele assumidas, todas as condições de 
habilitação e qualificação exigidas na licitação. 
 
Portanto, as cláusulas dos contratos administrativos são 
elaboradas, unilateralmente, pela Administração Pública, sendo 
apresentada aos interessados, em regra, com a abertura da licitação, 
quando da publicação do edital. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
13. (AFCE – TCU – CESPE/2010) O regime de execução ou a 
forma de fornecimento constitui cláusula necessária em todo 
contrato firmado pela administração pública. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 55, inc. II, da Lei nº 8.666/93, é 
cláusula necessária em todo o contrato, o regime de execução ou a 
forma de fornecimento. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
14. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Do instrumento de 
contrato deve, obrigatoriamente, constar a exigência da 
prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e 
compras, cabendo à administração indicar, já no edital, a 
modalidade de garantia a ser apresentada. 
 
Comentário: 
 
Somente será obrigatória a cláusula de exigência de 
garantia, quando for exigida. Ademais, em tais casos, não é a 
Administração quem escolherá a modalidade, mas a contratada. 
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Gabarito: Errado. 
 
 
15. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) É admitida a 
celebração de contratos administrativos com pessoas físicas 
domiciliadas no estrangeiro. 
 
Comentário: 
 
Pode-se inferir do art. 55, §2º, da Lei nº 8.666/93 que 
os contratos administrativos podem ser formalizados com pessoas 
físicas ou jurídicas, localizadas no estrangeiro, devendo, neste caso, 
constar do contrato, necessariamente, cláusula que declare 
competente o foro da sede da Administração para dirimir quaisquer 
questões contratuais, salvo a licitação internacional nas condições do 
art. 32, §6º da Lei de Licitações. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
16. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – MPS – 
CESPE/2010) A publicação é uma condição indispensável para 
a eficácia do contrato administrativo. 
 
Comentário: 
 
A publicação resumida do instrumento contratual ou de 
seus aditamentos na imprensa oficial é condição indispensável de 
eficácia, devendo ser providenciada pela Administração até o quinto 
dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, nos termos do art. 61, 
parágrafo único, Lei nº 8.666/93. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
17. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Os contratos 
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administrativos devem ser publicados, em sua íntegra, na 
imprensa oficial, no prazo máximo de trinta dias contados da 
data da assinatura, sob pena de nulidade. 
 
Comentário: 
 
Não se exige a publicação integral dos instrumentos de 
contrato, mas a publicação resumida (art. 61, parágrafo único, Lei nº 
8.666/93). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
18. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) Considere que um 
licitante vencido em certame regular licitatório pretenda 
impugnar a publicação do resumo do instrumento do contrato, 
feita no diário oficial em prazo legalmente estabelecido. Nessa 
situação, procede a pretensão do licitante, dada a exigência 
legal de publicação integral do instrumento do contrato e dos 
seus aditamentos na imprensa oficial, condição indispensável 
para sua validade, em observância ao princípio da publicidade. 
 
Comentário: 
 
Não procederá, pois não se exige a publicação integral 
dos instrumentos de contrato, mas a publicação resumida (art. 61, 
parágrafo único, Lei nº 8.666/93). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
19. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Se o convocado não assinar 
o termo de contrato, a administração pública poderá convocar 
os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para 
esse fim, no prazo e nas condições por eles apresentadas nas 
respectivas propostas. 
 
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32 
Comentário: 
 
A Administração convocará regularmente o interessado 
para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento 
equivalente, dentro dos prazos e condições estabelecidos, sob pena 
de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções legais 
(art. 64, Lei nº 8.666/93). 
 
No entanto, quando o convocado não assinar o termo 
de contrato, é facultado à Administração convocar os licitantes 
remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em 
igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro 
classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de 
conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
20. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANTAQ – CESPE/2009) O 
instrumento de contrato é obrigatório nos casos de dispensas 
e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos 
limites das modalidades de licitação concorrência e tomada de 
preços. 
 
Comentário: 
 
É importante destacar que, em regra, a exigência 
preliminar para a formalização de um contrato com a Administração 
Pública é a realização de processo licitatório, ressalvando-se os casos 
em que se permite a contratação direta (dispensa ou inexigibilidade) 
 
Assim, os requisitos necessários à formalização do 
ajuste estão dispostos nos artigos 60 a 62 da Lei de Licitações e 
Contratos, devendo, por exemplo, os contratos e seus aditamentos 
serem lavrados nas repartições interessadas, manter arquivo 
cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato 
etc. 
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Por isso, devemos observar que contrato é ato jurídico 
bilateral que independe da assinatura de instrumento, ou seja, a 
simples assinatura, por exemplo, em nota de empenho já o 
caracteriza. 
 
A propósito, o instrumento é o documento escrito onde 
se estabelecem as regras, obrigações e direitos (termo de contrato). 
 
Com efeito, o instrumento é obrigatório para as 
contratações que decorreram de concorrência ou tomada de preço, e 
para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preços se inserem 
no âmbito dessas modalidades, nos demais casos, o instrumento é 
facultativo, podendo ser substituído por outros instrumentos. 
 
Assim, conforme o art. 62 da Lei nº 8.666/93, a 
Administração poderá substituir o termo contratual pela carta-
contrato,nota de empenho de despesa, autorização de compra 
ou ordem de execução de serviço. 
 
É importante, ademais, atentarmos para o fato de que 
é dispensável o "termo de contrato" e facultada a 
substituição, a critério da Administração e independentemente de 
seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos 
bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive 
assistência técnica. 
 
Diante disso, em regra, é nulo contrato verbal, pois 
deverá ser formalizado por escrito em instrumento contratual ou, nos 
casos em que for permitido, ser substituído por outro instrumento 
hábil. 
 
Todavia, como exceção, poderá haver contrato verbal, 
nos casos de pequenas compras de pronta entrega ou pronto 
pagamento, que não ultrapassar 5% do valor do convite, ou seja, R$ 
4.000,00 (quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento, 
conforme art. 60, par. único, Lei nº 8.666/93, assim disposto: 
 
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Art. 60. 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato 
verbal com a Administração, salvo o de pequenas 
compras de pronto pagamento, assim entendidas 
aquelas de valor não superior a 5% (cinco por 
cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea 
"a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. 
 
Por fim, a doutrina ainda cita que poderá haver 
contrato verbal em situações excepcionais e emergenciais, sendo, 
posteriormente, formalizado. 
 
Nessa linha de entendimento, o TCU manifestou-se no 
sentido de que a ausência de contrato, situação irregular, não 
inviabiliza a continuidade de execução de atividade 
 
1. O Tribunal de Contas da União tem perfilhado 
entendimento no sentido de que, no caso das obras 
rodoviárias emergenciais do PETSE: 1.1 a ausência de 
instrumento de contrato, desde que reste 
comprovada a não-ocorrência de atos lesivos ao 
erário, é irregularidade que permite a 
continuidade da obra mediante o saneamento do 
vício original; 
[VOTO] 
25. Quanto à irregularidade atinente ao início das obras 
sem cobertura contratual, permito-me dissentir do 
posicionamento da unidade técnica, em essencial 
porque as poucas decisões deste Tribunal que 
envolveram apenação dos gestores por conta dessa 
falha, no âmbito do programa emergencial em 
destaque, [...], levaram em consideração, também, 
outras irregularidades devidamente comprovadas, ou 
referiram-se a casos em que as obras foram 
executadas sem instrumento contratual durante 
praticamente todo o período de 180 dias estipulado no 
art. 24, inciso IV, do referido dispositivo legal, 
diferentemente da hipótese em tela. 
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26. A jurisprudência dominante do Tribunal aponta para 
o saneamento da ocorrência com a formalização 
posterior da avença [...], quando não se tenha 
verificado, nos processos relativos ao referido 
programa, as circunstâncias fáticas expostas acima e, 
mais importante, não se tenha configurado prejuízo ao 
erário decorrente do atraso na assinatura do ajuste. 
27. Desse modo, ciente de que não foram assinaladas 
ocorrências de natureza grave que pudessem ocasionar 
prejuízos ao erário, e adotando a mesma linha de 
entendimento firmada em processos similares já 
apreciados por esta Casa, julgo que o encaminhamento 
da matéria prescinde de apenação dos responsáveis em 
decorrência da irregularidade concernente ao atraso na 
lavratura do contrato. 
 
E, ademais, é pacífico no âmbito do Tribunal de Contas 
da União que “É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com 
a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 
5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso 
II, alínea "a", da Lei 8.666/1993, feitas em regime de 
adiantamento”. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
21. (ANALISTA AMBIENTAL I – MMA – CESPE/2011) O 
contrato será obrigatório caso a administração pública realize 
procedimento licitatório nas modalidades concorrência e 
tomada de preço, bem como nos casos de dispensas e 
inexigibilidades cujos preços estiverem compreendidos nos 
limites das referidas modalidades de licitação. 
 
Comentário: 
 
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Como observado, o instrumento é obrigatório para as 
contratações que decorreram de concorrência ou tomada de preço, e 
para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preços se inserem 
no âmbito dessas modalidades, nos demais casos, o instrumento é 
facultativo, podendo ser substituído por outros instrumentos, 
conforme prevê o art. 62 da Lei, assim expresso: 
 
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos 
casos de concorrência e de tomada de preços, bem 
como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços 
estejam compreendidos nos limites destas duas 
modalidades de licitação, e facultativo nos demais em 
que a Administração puder substituí-lo por outros 
instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de 
empenho de despesa, autorização de compra ou ordem 
de execução de serviço. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
22. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) No 
que se refere à formalização do contrato administrativo, o 
denominado termo de contrato é dispensável nos casos de 
concorrência e de tomada de preços. 
 
Comentário: 
 
Justamente o contrário. De acordo com o art. 62 da Lei 
de Licitações, o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de 
concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e 
inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites 
destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em 
que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos 
hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, 
autorização de compra ou ordem de execução de serviço. 
 
Gabarito: Errado. 
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23. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RO – CESPE/2008) Com 
base no princípio do formalismo, não poderá a administração 
pública substituir o instrumento de contrato administrativo 
pela nota de empenho de despesa, autorização de compra ou 
ordem de execução de serviço. 
 
Comentário: 
 
Conforme vimos, o instrumento contratual é obrigatório 
para as contratações que decorreram de concorrência ou tomada de 
preço, e para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preços se 
inserem no âmbito dessas modalidades, nos demais casos, o 
instrumento é facultativo, podendo ser substituído por outros 
instrumentos hábeis, tais como a carta–contrato, nota de 
empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de 
execução de serviço. 
 
Assim, não sendo hipótese de concorrência, tomada de 
preço, dispensa ou inexigibilidade com valores referentes a tais 
modalidades, o instrumento contratual poderá ser substituído pela 
carta–contrato, pela nota de empenho de despesa, pela autorização 
de compra ou ordem de execução de serviço. 
 
É, ainda, é dispensável o "termo de contrato" e 
facultada sua substituição, a critério da Administração e 
independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega 
imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem 
obrigações futuras, inclusive assistência técnica. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
24. (ANALISTA JUDICIÁRIO– ADMINISTRATIVA – STM – 
CESPE/2011) As cartas-contrato, notas de empenho de 
despesa, autorizações de compra e ordens de execução de 
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serviço podem substituir os termos do contrato desde que não 
se refiram a: licitações realizadas nas modalidades 
concorrência, tomada de preços e pregão; dispensa ou 
inexigibilidade de licitação, cujo valor esteja compreendido 
nos limites das modalidades concorrência e tomada de preços; 
contratações de qualquer valor das quais resultem obrigações 
futuras. 
 
Comentário: 
 
De fato, as cartas-contrato, notas de empenho de 
despesa, autorizações de compra e ordens de execução de serviço 
podem substituir os termos do contrato desde que não se refiram a: 
licitações realizadas nas modalidades concorrência e tomada de 
preços; dispensa ou inexigibilidade de licitação, cujo valor esteja 
compreendido nos limites das modalidades concorrência e tomada de 
preços; contratações de qualquer valor das quais resultem obrigações 
futuras. 
 
Observe que referida exceção à obrigatoriedade do 
termo contratual não se aplica ao pregão. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
25. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – 
CESPE/2011) É dispensável a realização de termo de contrato 
e facultada sua substituição por outros instrumentos hábeis, 
tais como carta contrato, nota de empenho de despesa, 
autorização de compra ou ordem de execução de serviço, a 
critério da administração pública, desde que a compra enseje 
entrega imediata e integral dos bens adquiridos e não 
ultrapasse o limite de R$ 80.000,00. 
 
Comentário: 
 
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De acordo com o art. 60, §4º, da Lei nº 8.666/93 é 
dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista 
neste artigo, a critério da Administração e independentemente de 
seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos 
bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive 
assistência técnica. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
26. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJDFT – 
CESPE/2008) Os contratos administrativos têm como 
característica básica a formalização. Apesar dessa 
característica, caso um administrador do TJDFT, no exercício 
de suas funções, celebre um contrato verbal de compra até o 
limite de R$ 8.000,00, os efeitos desse pacto serão 
considerados válidos. 
 
Comentário: 
 
Dica: se tem coisa que o CESPE gosta em contratos 
administrativos é saber do contrato verbal e das cláusulas 
exorbitantes. Então, atenção para isso. 
 
Bom, como disse, em regra, é nulo contrato verbal 
firmando com a Administração, eis que é de se observar o 
formalismo, devendo, em princípio, todos os contratos serem 
formalizados pelo instrumento contratual ou outro instrumento que o 
substitua, nos casos em que aquele for facultativo, conforme 
permissivo legal. 
 
É verdade, no entanto, que há exceção, ou seja, poderá 
haver contrato verbal nos casos de pequenas compras de pronta 
entrega ou pronto pagamento, que não ultrapassar 5% do valor do 
convite, ou seja, R$ 4.000,00 (quatro mil reais), feitas em regime de 
adiantamento, conforme dispõe o art. 60, par. único, Lei nº 
8.666/93: 
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Art. 60. 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato 
verbal com a Administração, salvo o de pequenas 
compras de pronto pagamento, assim entendidas 
aquelas de valor não superior a 5% (cinco por 
cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea 
"a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. 
 
Então, perceberam? O CESPE tentou confundir os 
valores para dispensa de licitação, com dispensa de instrumento 
contratual ou instrumento substituto. Assim, vale destacar a resenha 
de jurisprudência do TCU, o qual estabelece que: 
 
É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a 
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não 
superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido 
no art. 23, inciso II, alínea "a", da Lei 8.666/1993, 
feitas em regime de adiantamento. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
27. (JUIZ DE DIREITO – TJ/SE – CESPE/2008) Não se admite 
contrato administrativo verbal entre a administração e o 
particular. 
 
Comentário: 
 
Então, ficou fácil, não? Percebem o que eu disse? Cito, 
novamente, a jurisprudência do TCU sobre o tema: 
 
É nulo o contrato verbal com a administração pública 
(Lei 8.666/93, art. 60, parágrafo único) e, por óbvio, 
são nulas as alterações contratuais verbais e ilegais os 
pagamentos amparados em tais alterações. Além disso, 
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o pagamento de qualquer despesa somente pode ser 
efetuado quando ordenado após sua regular liquidação, 
assim entendido o ato de verificação do direito 
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e 
documentos comprobatórios do respectivo crédito (arts. 
62 e 63 da Lei 4.320/64), isto é, no caso de obras 
públicas, tendo por base o contrato e o projeto para o 
qual a empresa foi contratada para executar (com suas 
alterações). 
 
No entanto, conforme destaquei, é possível nos casos 
de pequenas compras de pronta entrega em que o valor não seja 
superior a 5% do limite do convite para compras e outros serviços, e 
feita em regime de adiantamento, conforme entendimento firmado no 
próprio TCU, vejamos: 
 
5. Todavia, essa mesma determinação não deve ser 
aplicada aos casos excepcionados pelo parágrafo único 
do art. 60 da Lei 8.666/1993, ou seja, para as compras 
de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de 
valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite 
estabelecido no art. 23, inciso II, alínea “a”, da citada 
Lei, feitas em regime de adiantamento. 
6. Neste ponto, o item 9.7.2 do Acórdão 710/ – 
CESPE/2008 – Plenário, ora embargado, deverá receber 
a seguinte redação, contemplando, desta feita, a 
excepcionalidade expressamente indicada no art. 60, 
parágrafo único, da Lei 8.666/1993: “9.7.2. evitem a 
realização de contrato verbal, sob pena de nulidade do 
ato de contratação, salvo para as compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não 
superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido 
no art. 23, inciso II, alínea “a”, da citada Lei, feitas em 
regime de adiantamento;” 
7. No que se refere à indagação da embargante – se o 
item 9.7.2 do Acórdão 710/ – CESPE/2008 – Plenário 
permite, de forma extraordinária e dentro dos 
parâmetros estabelecidos pelo Manual de 
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Procedimentos de Contratação [...], à Companhia 
realizar contratos verbais –, cumpre asseverar que 
contrato verbal somente poderá ser adotado na 
hipótese prevista no parágrafo único do art. 60 da Lei 
8.666/1993, em consonância com a jurisprudência 
desta Casa, consubstanciada, por exemplo, nos 
seguintes precedentes: Acórdãos 390/ – CESPE/2004 e 
347/ – CESPE/2007, ambos do Plenário. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
28. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – 
CESPE/2011) Na Lei n.º 8.666/1993 constam dispositivos 
legais que permitem a realizaçãode contrato verbal com a 
administração pública em alguns casos. 
 
Comentário: 
 
É verdade. De acordo com o art. 60, parágrafo único, 
da Lei nº 8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com 
a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% 
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea 
"a" desta Lei (R$ 4.000), feitas em regime de adiantamento. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
29. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – MPS – 
CESPE/2010) Os contratos administrativos de pequenas 
compras de pronto pagamento, feitas em regime de 
adiantamento, podem ser pactuados de forma verbal. 
 
Comentário: 
 
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Novamente. Então, conforme determina o art. 60, 
parágrafo único, da Lei nº 8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o 
contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas 
compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor 
não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, 
inciso II, alínea "a" desta Lei (R$ 4.000), feitas em regime de 
adiantamento. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
30. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) É considerado 
nulo, sem qualquer efeito, o contrato verbal feito pela 
administração, com exceção dos relativos a contratações de 
pequenas compras de pronto pagamento, como as de valor 
não superior a 5% do valor estimado para a modalidade 
convite, feitas em regime de adiantamento. 
 
Comentário: 
 
De fato, como se observa do art. 60, parágrafo único, 
da Lei nº 8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com 
a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% 
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea 
"a" desta Lei (R$ 4.000), feitas em regime de adiantamento. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
31. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TST – 
CESPE/2007) É permitida a celebração de contratos 
administrativos para prestação de serviço com tempo de 
vigência indeterminado, desde que o contrato atribua ao 
poder público o direito de rescindi–lo, sem ônus, a qualquer 
tempo. 
 
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Comentário: 
 
Como vimos, os contratos administrativos, em regra, 
têm vigência adstrita aos recursos orçamentários, ou seja, devem 
vigorar dentro da vigência do orçamento, conforme estabelece o 
artigo 57, Lei nº 8.666/93. 
 
Desse modo, pode-se dizer que a regra é a vigência dos 
contratos por doze meses, salvo: 
 
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas 
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser 
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso 
tenha sido previsto no ato convocatório; 
 
b) Prestação de serviços a serem executados de forma 
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e 
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições 
mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses 
 
c) Aluguel de equipamentos e à utilização de programas 
de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. 
 
Admite-se, ainda, em caráter excepcional, devidamente 
justificado e mediante autorização da autoridade superior, que o 
prazo dos contratos de prestação de serviço sejam prorrogados por 
até doze meses. 
 
Assim, não se admite contrato por prazo 
indeterminado, conforme disposto no art. 57, §3º, ao estabelecer que 
“é vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado”. 
 
Nesse sentido, a súmula 191 do Tribunal de Contas da 
União: 
 
SÚMULA Nº 191 
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Torna-se, em princípio, indispensável a fixação dos limites de 
vigência dos contratos administrativos, de forma que o 
tempo não comprometa as condições originais da avença, 
não havendo, entretanto, obstáculo jurídico à devolução de 
prazo, quando a Administração mesma concorre, em virtude 
da própria natureza do avençado, para interrupção da sua 
execução pelo contratante. 
 
Observe, no entanto, que a Lei nº 12.349/2010, incluiu 
o inc. V ao art. 57 da Lei, estabelecendo que às hipóteses previstas 
nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos 
poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso 
haja interesse da administração. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
32. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/ES – 
CESPE/2011) O contrato administrativo sempre terá tempo 
determinado e sua vigência deverá sujeitar-se aos créditos 
orçamentários, tanto no que tange ao tempo quanto aos seus 
valores. 
 
Comentário: 
 
Regra: “é vedado o contrato com prazo de 
vigência indeterminado” (art. 57, §3º). 
 
Observe, assim, que os contratos administrativos, a 
priori, terão vigência adstrita aos recursos orçamentários, ou seja, 
devem vigorar dentro da vigência do orçamento, conforme estabelece 
o artigo 57, Lei nº 8.666/93. 
 
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará 
adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, 
exceto quanto aos relativos: 
 
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Gabarito: Certo. 
 
 
33. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – 
CESPE/2011) Nos casos de emergência ou de calamidade 
pública, é permitido o contrato com prazo de vigência 
indeterminado. 
 
Comentário: 
 
Como se observa do art. 57, §3º, da Lei nº 8.666/93 é 
vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
34. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2010) A 
duração de contratos regidos pela Lei de Licitações está 
limitada à vigência dos créditos orçamentários referentes a 
tais contratos. A única exceção feita por essa lei são os 
projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas 
estabelecidas no plano plurianual, os quais podem ser 
prorrogados se houver interesse da administração. 
 
Comentário: 
 
Com efeito, a duração dos contratos administrativos 
fica, em regra, limitada à vigência dos respectivos créditos 
orçamentários, de acordo com o artigo 57, Lei nº 8.666/93. 
 
Contudo, excepciona referida regra o seguinte: 
 
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas 
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser 
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso 
tenha sido previsto no ato convocatório; 
 
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b) Prestação de serviços a serem executados de forma 
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e 
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições 
mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses 
 
c) Aluguel de equipamentos e à utilização de programas 
de informática, podendo a duração estender–se pelo prazo de até 48 
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
35. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES – 
CESPE/2011) A duração dos contratos regidos pela Lei n.º 
8.666/1993 fica adstrita à vigência dos respectivos créditos 
orçamentários, excetuando-se

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