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Marco Maia não descarta dar abrigo para impedir prisão de mensaleiros

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Trabalho da disciplina: Tópicos de Direito Constitucional.
Da Redação. Marco Maia não descarta dar abrigo para impedir prisão de mensaleiros. Veja. São Paulo, 20 de dezembro de 2012, edição on-line.
Referência:<https://veja.abril.com.br/politica/marco-maia-nao-descarta-dar-abrigo-para-impedir-prisao-de-mensaleiros/>. Acesso em: 07 fev 2019.
	O presente Estudo de caso da Veja, versa sobre o posicionamento do então presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), acerca da possibilidade de concessão de asilo no Congresso Nacional dos políticos Valdemar Costa Neto-PR/SP, João Paulo Cunha-PT/SP e Pedro Henry-PP/MT, a fim de impedir as suas prisões por condenação no caso conhecido por Mensalão e assim cometer um ato de descumprimento de decisão judicial.
	Os parlamentares retro aguardavam decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, sobre a prisão imediata solicitada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
	Para Maia, a decretação da prisão dos parlamentares seria inconstitucional, pois a Constituição previu que nenhum parlamentar pode ser preso a não ser em flagrante delito ou depois de condenação transitada em julgado, o que seria motivo suficiente para impedir a prisão dos mesmos.
	Diante da possibilidade da decretação da prisão imediata pelo STF, Maia achou improvável de acontecer, e caso acontecesse teriam que pensar no que fazer, afirmou.
	Maia ainda fez outras declarações em que manifestou: “se não houver decisão definitiva até dia 1º de fevereiro sobre a prisão dos condenados, o deputado José Genoíno (PT) terá direito de reassumir seu mandato”. “À Casa caberá apenas cumprir a Constituição”.
	Nota-se claramente nas declarações acima que Maia, através de uma interpretação positivista ou jus positivista, um tanto quanto infelizes, realçou que pode e existe outras formas de interpretar a norma Constitucional, pois ficou a cabo do STF uma resposta ao caso a qual tem adotado uma tendência pós-positivista e neoconstitucionalista.
	Partindo desse ponto, percebemos uma “guerra fria” ou acirramento entre os poderes Judiciário e Legislativo, especialmente quando analisamos o comentário de Maia, quando rebateu uma crítica feita pelo ministro Celso de Mello, a respeito da resistência do petista em cumprir a determinação da corte para cassar os mandatos dos mensaleiros: “Não é razoável e eu nem acredito que nenhum ministro teria a vontade ou a condição de tentar intimidar o presidente da Câmara ou o próprio Parlamento com qualquer tipo de ameaça. Até mesmo, porque a decisão sobre quem vira ministro do STF é do Parlamento. É o Senado que toma essa decisão. Até porque quem cassa ministro do STF é o Parlamento”, disse Maia.
	Por vez, a atuação contundente dos magistrados em determinados processos, através do chamado ativismo judicial, é considerada uma infringência ao princípio da separação de poderes.
	Como podemos observar, essa corrente pós-positivistavem gerando uma evidente alteração no processo de compreensão da ordem jurídica, pois ela ataca, principalmente, a separação entre as esferas moral, política e jurídica, visto que o sistema possui uma inteligência implícita que produz norma para qualquer situação, não dependendo de “bom senso” ou “visões particulares” do magistrado.
	Assim, acaba que o neoconstitucionalismo, como concepção jurídica, quer a submissão de todo o ordenamento (incluindo o legislador democrático) à constituição,exaltando a necessidade de uma leitura de todas as áreas do direito pela lente constitucional, implicando ao STF a estender os limites semânticos da Carta Magna, o que acaba por gerar divergências entre os Poderes, uma vez que o poder de legislar do Congresso Nacional é mitigado pelo poder de controlar a constitucionalidade dos atos produzidos, que em última instância é da Corte Maior.
	Isso acaba por gerar um fenômeno chamado por “judicialização da política”, que é a atividade política sendo controlada pela tecnicidade jurídica, que por consequência aponta para outro fenômeno chamado de “politização do Judiciário”, que foi justamente o que Maia deixou transparecer em sua última declaração retro, de modo que essa aberturasemântica das normas produzidas através do processo deneoconstitucionalismo, e por conseguinte pelos membros da Corte Maior, valora o processo de escolha desses ministros por parte do Poder Legislativo.
	Toda via, parece-me que essa disputa entre os poderes vai além do caso fático em estudo; ela busca alcançar a legitimidade da produção normativa. Será que ela pertence a quem define o texto ou quem interpreta seu sentido?

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