Buscar

RESENHA- Marco Maia não descarta dar abrigo para impedir prisão de mensaleiros

Prévia do material em texto

Universidade Estácio de Sá
Pós-Graduação: Direito Público: Constitucional, Administrativo e Tributário 
Disciplina: Tópicos de direito constitucional (NPG1079)
Aluno: Charles Alves Ferreira 
Artigo da Veja intitulado: “Marco Maia não descarta dar abrigo para impedir prisão de mensaleiros”
Resenha
Introdução
A presente resenha vem abordar o artigo publicado pela Revista Veja em 2014, intitulado “Marco Maia não descarta dar abrigo para impedir prisão de mensaleiros”, quando o Presidente da Câmara dos Deputados, o petista Marco Maia, declarou que a Câmara deveria descumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) por entender que seria inconstitucional cassar os mandatos de deputados mensaleiros condenados e, não descartou abrir os portões da Casa para impedir a prisão dos parlamentares, concedendo asilo político, uma vez que a Polícia Federal não tem autorização para entrar no Congresso.
Resumo
[...] Depois de sucessivas declarações sugerindo que a Câmara deveria descumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de cassar os mandatos de deputados mensaleiros condenados, o petista Marco Maia (RS) foi além nesta quinta-feira e não descartou abrir os portões da Casa para impedir a prisão dos parlamentares. Como a Polícia Federal não tem autorização para entrar no Congresso, os três deputados condenados – Valdemar Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT) – ficariam asilados no local. A possibilidade foi aventada durante perguntas de jornalistas na entrevista concedida pelo presidente da Câmara nesta quarta. O petista afirmou que a prisão 2 dos parlamentares, na sua opinião, seria inconstitucional. “Uma das coisas que a Constituição previu de forma sábia é que nenhum parlamentar pode ser preso a não ser em flagrante delito ou depois de condenação transitada em julgado, o que significa que a Constituição é muito clara em relação à impossibilidade da prisão de parlamentares.
A prisão imediata dos mensaleiros será decidida nesta sexta-feira pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, em resposta ao pedido feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “É uma suposição tão vaga que nem acredito que isso possa acontecer. (E se acontecer), aí teremos que pensar no que fazer”, afirmou Marco Maia. Maia disse ainda que “se não houver decisão definitiva até dia 1º de fevereiro sobre a prisão dos condenados, o deputado José Genoíno (PT) terá direito de reassumir seu mandato”. “À Casa caberá apenas cumprir a Constituição”, disse. [...]
Crítica
O artigo da Veja coloca em evidência o conflito dos Poderes da República destacando que o Congresso Nacional formado por representantes eleitos pelo povo além da responsabilidade de legislar em benefício da sociedade e da população brasileira, deve ou deveria respeitar a harmonia com os demais Poderes da República, neste caso com o Judiciário.
Narra o artigo da Veja que o Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, de maneira equivocada contestou uma possível decisão judicial que seria tomada pelo STF acerca da prisão de três deputados envolvidos no escândalo do mensalão sob a acusação da prática de corrupção e outros crimes.
Na oportunidade o petista Marco Maia declarou publicamente que a Constituição prevê que nenhum parlamentar pode ser preso a não ser em flagrante delito ou depois de condenação transitada em julgado, justificando a impossibilidade da prisão de parlamentares pelo Poder Judiciário fora destas situações.
O posicionamento pessoal do presidente do Congresso Nacional esqueceu de considerar que a Constituição prevê que os Poderes Legislativo, Executivo e Judicial são independentes e harmônicos entre si, o que significa que as decisões adotadas por cada um dos poderes da República devem ser acatadas e respeitadas com fundamento no Estado Democrático de Direito, com proteção integral de suas decisões soberanas na conformidade da lei.
Portanto, diante dos fatos e declarações do presidente do Congresso Nacional, Sr. Marco Maia em afronta a um possível decreto de condenação do Poder Judiciário a parlamentares corruptos pergunta-se: - É possível um Presidente do Congresso Nacional sob argumentos pessoais equivocados e sem amparo legal descumprir uma ordem judicial para proteger seus pares corruptos em afronta a sociedade e a própria Justiça?

Continue navegando