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Apostila2Geopolitica ADM CC 01032019

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Disciplina: Geopolítica, Regionalização e Integração		Apostila nº 02
Turma P – 3º semestre de ADMINISTRAÇÃO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
Prof. José Fama Dias
01.03.2019
GEOPOLÍTICA
Introdução
GEOPOLÍTICA, termo utilizado para designar a influência determinante do meio ambiente (elementos como as características geográficas, as forças sociais e culturais e os recursos econômicos) na política de uma nação. O cientista político sueco Rudolf Kjellén, que criou um sistema de ciência política baseado na interação das forças sociológicas, políticas e físicas, criou a palavra GEOPOLÍTICA. A GEOPOLÍTICA chegou a ser importante na Alemanha durante o período do nacional-socialismo, pois proporcionou uma razão pseudocientífica para justificar sua expansão territorial.
Geografia política, ramo da geografia que tem sido parte essencial do estudo geográfico desde os tempos da Grécia antiga. De fato, o tratamento regional foi, por um longo tempo, confinado a descrições de países, suas fronteiras e suas capitais. A geografia política moderna estuda as unidades políticas como uma região humana, notando suas bases geográficas e desenvolvimento territorial, suas mudanças na distribuição demográfica interna, a riqueza econômica relativa de uma área para outra, sua variedade política e outros fenômenos sociais. Inevitavelmente, isto leva ao estudo das relações internacionais.
A geografia une-se com a ciência política e a história no estudo dos fenômenos políticos. O geógrafo visualiza a unidade política como uma área possuindo fronteiras e dividida em áreas administrativas, mas com uma ampla variedade de características econômicas, sociais e físicas. O cientista político lida com instituições políticas e tipos de governo, os processos do comportamento político e princípios gerais de governo. Como a descrição genérica de fenômenos políticos não explica completamente governos individuais, a ciência política deve preocupar-se com o estudo comparativo de diferentes governos e então se mistura à geografia política.
Tal qual no campo das relações internacionais, geografia e ciência política possuem uma grande área para cobrir. Na análise de elementos de poder entre países, a geografia econômica bem como a geografia política contribuem com dados e conceitos. Na realidade, várias outras ciências, incluindo economia, antropologia, geologia econômica e botânica econômica contribuem para uma avaliação dos recursos das nações.
GLOBALIZAÇÃO, GEOPOLÍTICA E MEIO AMBIENTE
A GEOPOLÍTICA que por tanto tempo determinou os rumos das relações externas das grandes potências e dos países emergentes, assim como o processo de expansão das empresas multinacionais, adota uma nova forma com o processo duplo globalização/regionalização. Assim sendo é impossível entender a geopolítica e seu impacto no meio ambiente sem inseri-la no contexto da globalização. Ou de uma forma muito mais polêmica, o duplo processo globalização/regionalização têm impactos positivos no meio ambiente, na medida em que o território deixa de ser importante para as políticas de expansão geográficas dos Estados-Nações, e de expansão de mercados das empresas. Motivo de reflexão é afirmar também, que a geopolítica cedeu seu lugar para sua antítese, a geoeconomia, e que esta deverá determinar os novos rumos e estratégias de ação dos estados, que garanta um processo de acumulação em base "nacional".
A geopolítica é entendida de várias formas, todas elas ligadas ao espaço territorial, e às estratégias de ação dos Estados, como forma de expandir o território nacional ou defender as fronteiras, regulamentar ou não as ações predatórias e/ou conservacionistas com relação ao meio ambiente e, inclusive, como uma correlação entre os acontecimentos políticos e o solo. A geopolítica está vinculada ao poder e seu uso pelos estados, mas primordialmente ela está ligada ao solo, ao espaço, ao território, e até ao espaço vital. Além de não existir unanimidade do que é entendido como geopolítica, em alguns casos, as definições tornam-se contraditórias, incoerentes e até excludentes.
Definindo geopolítica como a fundamentação geográfica de linhas de ação políticas, que englobam necessariamente a noção de espaço, o que torna estas ações dependente do espaço físico, do território, ou da região. O espaço físico tem sido sempre um dos componentes vitais do espaço econômico, porém ele começa a perder a importância tanto estratégica quanto econômica. Do ponto de vista estratégico, o surgimento dos blocos econômicos e suas instituições supranacionais, erodem o poder e a soberania dos estados nacionais, tornando sem sentido a antiga noção de fronteira. O limite que a fronteira impunha à expansão capitalista é deslocado, modificando-se tanto a noção de território e as práticas políticas do mesmo. Do ponto de vista econômico, a regionalização ao tornar comum o espaço econômico para todos os agentes, pela livre mobilidade de bens e serviços, trabalhadores e capitais, torna necessária a harmonização e cooperação dos diferentes estados nacionais, o que elimina de vez, os perigos de atitudes expansionistas e esvazia de significado as políticas de "segurança nacional".
O processo de globalização completa o circuito, ao retirar do Estado, o controle sobre os fluxos de capitais e da política monetária, e reduzir a margem de manobra das políticas macroeconômicas nacionais. A globalização também elimina a parcela geográfica do espaço econômico ao deslocalizar a atividade produtiva, tanto dos centros produtores de insumos quanto dos mercados consumidores devido às novas técnicas de organização e distribuição da produção, aos mecanismos multilaterais da Organização Mundial do Comércio (OMC) que permitem eliminar as barreiras tarifárias e não tarifárias das transações de bens e serviços, entre países não pertencentes ao mesmo bloco e à homogeneização dos hábitos de consumo. Ela torna o território cada vez menos importante como elemento fundamental da produção de bens, por causa das novas técnicas de produção, deixando para o espaço geográfico apenas a função preservacionista do meio ambiente e, como lugar de lazer para os citadinos.
Isto significa que tanto o Estado, quanto a fronteira e o território, perdem a importância que até aqui mantiveram, devendo modificar-se profundamente para responder às exigências que a nova divisão internacional do trabalho e, a nova organização do processo produtivo reclama. Assim, 
“A transição de uma economia baseada em material, energia e mão-de-obra para outra baseada na informação e na comunicação reduz ainda mais a importância da nação-estado como participante essencial de garantia dos destinos do mercado. Uma importante função da moderna nação-estado é sua capacidade de usar a força militar para tomar recursos vitais, captar e explorar mão-de-obra local e até global. Agora que os recursos energéticos, minerais e mão-de-obra estão tornando-se menos importantes do que informação, comunicação e propriedade intelectual no mix da produção, a necessidade da intervenção militar maciça é menos aparente. Informação e comunicação, as matérias primas da economia global de alta tecnologia, são permeáveis a fronteiras físicas. Elas invadem espaços físicos, cruzam linhas políticas e penetram nas camadas mais profundas da vida nacional. Exércitos inteiros não podem conter nem mesmo diminuir o fluxo acelerado da informação e das comunicações através de fronteiras nacionais" (Rifkin, 1995:260-1).
Enquanto o papel geopolítico da nação-estado está diminuindo, sua função geoeconômica aumenta. Paradoxalmente o aumento da importância da geoeconomia significa um enfraquecimento do Estado keynesiano, e uma volta teórica a suas funções básicas iniciais, na medida em que ele deve garantir para as empresas localizadas no seu território, pelo menos as mesmas condições vigentes nos mercados menos regulamentados.
Territorialização versus Desterritorizalização
O espaço econômico é definido como a união do espaço matemático e o espaço geográfico.No primeiro se relacionam as variáveis abstratas, e no segundo se localizam as atividades humanas ligadas à transformação da natureza, à preservação do meio ambiente e da bio-diversidade. No espaço econômico se situam "as relações técnicas e de comportamento humano que são geograficamente localizadas". 
Storper (1994) define uma atividade como territorializada quando sua efetivação econômica depende da localização, sendo esta específica de um lugar determinado, o que significa que esses recursos não podem ser encontrados em outros lugares ou fabricados artificialmente. O fato do recurso ser específico de um lugar não implica necessariamente em atividades ligadas ao território, por causa da inserção em redes de relacionamento com outros centros territorializados devido à internacionalização e por causa da globalização que os relaciona com partes desterritorializadas dos sistemas de produção, distribuição, marketing e consumo.
Embora na literatura e nas políticas econômicas adotadas principalmente nos países subdesenvolvidos tenham-se associado espaço econômico e espaço territorial, o certo é que as experiências demonstram que esta relação é muito indireta e tênue, quando existe, pois elas são apenas uma parte de sistemas econômicos mais complexos e completos (Storper, 1994). 
Santos (1994:42) afirma que "assistimos a uma liquidação impiedosa dos mercados locais e sub-regionais dentro dos países e uma tentativa de integração de mercados internacionais dentro dos espaços regionais delimitados por acordos entre estados".
Globalização
Pode-se definir a Globalização como sendo uma atividade econômica real, ou financeira, desenvolvida independentemente dos recursos específicos dos diferentes países, o que termina com a importância estratégica de alguns territórios. Na medida em que o território perde importância, o espaço econômico é modificado, ficando apenas as relações abstratas entre os diferentes agentes econômicos. A globalização da economia está alimentada pelo desenvolvimento das tecnologias da informação, pela abertura de novos mercados onde os salários são baixos, e pela mobilidade do capital financeiro que escapa a qualquer controle nacional.
É a internacionalização da economia porém, que cria a necessidade de uma empresa globalizada, que se torna possível pelo avanço tecnológico na informática e nas telecomunicações, pelas mudanças no modelo de gestão empresarial, tornado obsoleto pela necessidade que tem a firma de adaptar-se às exigências da nova divisão internacional do trabalho e, pelos processos de desregulamentação do estado e as mudanças nas políticas comerciais e de inserção internacional dos diferentes países.
A fragmentação do processo produtivo e, o aumento dos custos provocados pela rigidez nas legislações trabalhistas dos países desenvolvidos tem provocado o deslocamento da produção para as multinacionais que atuam em países em desenvolvimento, onde os salários são reduzidos, destruindo os empregos que requerem pouca qualificação nos países desenvolvidos.
O processo de globalização pode funcionar melhor num espaço onde as políticas econômicas são convergentes e não no mundo formado por blocos, desta forma o novo desenho das políticas públicas a nível mundial contribuiu em muito para a consolidação do processo. É impossível para as empresas concorrer em condições de igualdade sem um mínimo de globalização do setor público. Medidas de desregulamentação, abertura comercial, regionalismo aberto, e as decorrentes dos programas de estabilização e ajuste estrutural adotadas para atingir maior eficiência, competitividade e flexibilização da estrutura produtiva, foram fundamentais para que o fenômeno da globalização fosse incorporado nos países em desenvolvimento (Agudelo 1997).
Todo o anterior significa que o processo de globalização, tem como consequência a crescente desterritorialização da atividade econômica, tornando-as menos dependentes dos recursos, práticas e interdependências de um local específico (Storper, 1994). Isto não significa que não seja possível a existência de um forte grau de internacionalização do capital produtivo e financeiro, com um elevado grau de dependência territorial, o que alguns analistas denominam de mundialização do capital.
A globalização pode ser entendida como um fenômeno macroeconômico restrito aos movimentos na divisão do trabalho, a organização empresarial, os mecanismos de distribuição dos produtos, ou sua inserção nas grandes redes financeiras internacionais; ou também como produto do multilateralismo decorrente das negociações na Organização Mundial do Comércio, tais como:
Mudanças na Tecnologia: A globalização tem facilitado as transações comerciais internacionais, de forma exponencial, devido ao progresso tecnológico das telecomunicações e aos avanços da microeletrônica.
A desregulamentação da economia: O mundo globalizado é avesso à presença do estado e suas regulamentações. A ideologia liberal do estado minimalista tem contribuído para que sua presença seja cada vez menor. As políticas públicas de liberalização e desregulação do mercado, assim como os movimentos de abertura comercial unilateral tem tido um papel importante para amplificar esse processo que paradoxalmente esvazia o poder do estado. 
Mudanças na organização empresarial: a revolução tecnológica corresponde uma redução dos custos de produção, comercialização e distribuição do produto, assim como uma mudança nas relações das empresas com o setor financeiro nacional. Isto levou as empresas a adotarem modelos de gestão e organização empresarial cada vez mais ágeis e flexíveis que permitissem o melhor aproveitamento das economias de escala e de eficiência.
O Capitalismo tem como característica as inovações e transformações das técnicas produtivas. E o desenvolvimento das técnicas está relacionado com a necessidade de expansão do capitalismo e não em atender as necessidades da sociedade. Como o principal objetivo do Capitalismo é acumular, as empresas passam a intensificar sua produção, para o qual precisam de um mercado cada vez maior, o que as leva a deslocar sua produção e aumentar os fluxos de capital para terceiros países com o intuito de aproveitar-se do potencial do mercado ampliado, produto desse processo.
As inovações tecnológicas nas comunicações e na informação exigem muito menos recursos naturais do que as utilizadas anteriormente, e pelo tanto são mais favoráveis ao meio ambiente, segundo Woodall (1996: A12) "enquanto os automóveis, ferrovias e motores a vapor usavam matérias primas em grande escala, a tecnologia da informação (TI) acelera a mudança para uma economia "sem peso", na qual uma parcela crescente da produção toma a forma de bens intangíveis. A TI oferece também enorme potencial para reduzir a poluição e os congestionamentos, por meio do "teletrabalho" e das "telecompras", que tornarão muitas viagens desnecessárias".
A revolução tecnológica na agricultura e na indústria
A automação está transformando a agricultura, o que significa uma tendência cada vez maior de expulsão do homem do campo, o que gera uma preocupação crescente não com o futuro do contigente liberado de mão de obra agrícola e sim com a força de pressão que estes exercerão sobre o emprego e os salários, saúde, educação e moradia, principalmente nas periferias das cidades do entorno agrícola, a transformação e mecanização da agricultura geram também preocupações com seu impacto no meio ambiente. 
Maior produtividade na agricultura, gerada pela mecanização, significa menos trabalhadores e menos terras para a produção, o que significa também menos erosão e menos danos ao meio ambiente e menor importância para a quantidade e qualidade de terra que um país (ou região) possui como elemento de poder ou peso político e/ou econômico. As propriedades do solo, outrora únicas, começam a perder espaço e importância na medida em que a produção em laboratório avança. 
As empresas já se preparam para produzir alimentos sem auxílio da terra do clima e das mudançasde estação. Os exemplos citados a seguir são extraídos do livro de Rifkin e mostram que a tendência atual é eliminar a variabilidade da produção causada pelo clima, a fertilidade do solo, a presença ou não de determinados minérios e reduzir os custos gerados pela contaminação ambiental. A maior parte da oferta mundial de baunilha, (70%), é produzida em Madagascar, um pequeno país-ilha na África. A produção da baunilha em laboratório foi recentemente realizada com sucesso, o que significa a eliminação da fava, da planta, do solo, do cultivo, da colheita, do agricultor, e da renda dos mesmos. Sendo um dos produtos de exportação mais importantes da ilha, a produção em que leva à inadimplência e a não pagamento dos empréstimos internacionais, que poderia gerar uma nova crise da dívida, pelo não cumprimento dos compromissos assumidos por países ameaçados pelos mesmos processos produtivos. 
A chamada cultura de tecidos, já faz experiências para produzir suco de laranja sem plantar os pomares, gaze esterilizada sem passar pelo cultivo do algodão, etc. Retirar a produção animal, vegetal e mineral do céu aberto, eliminaria a maioria dos problemas ambientais. O mesmo está acontecendo com inúmeros produtos minerais. A produção de aço laminado a frio nos Estados Unidos, que na sua forma tradicional gasta 12 dias para ficar pronto, e uma enorme quantidade de danos ambientais, é produzido em menos de uma hora em uma fábrica computadorizada, a Nippon Steel, com pouco ou nenhum dano ambiental.
A informática está gerando cada vez mais, novos e mais numerosos sistemas computadorizados, para monitorar o meio ambiente, detectar áreas problemáticas, corrigir problemas de erosão, lixiviação e o escoamento de nutrientes e pesticidas. "O computador usa a informação para desenvolver um programa de produção agrícola global. Equilibrando metas de áreas e objetivos de lucros com a necessidade de reduzir riscos ambientais a níveis aceitáveis" (Rifkin, 1995:122).
As novas funções do solo
A evolução tecnológica mencionada anteriormente, planteia uma questão que vem sendo debatida com relação aos novos usos do solo. Dos debates tem surgido, a ideia de um desenvolvimento econômico sustentável onde o conceito principal diz respeito ao principio de uso múltiplo do território. Este uso múltiplo do território elimina o aspecto meramente produtivo e/ou estratégico do território e inclui a proteção ambiental e o lazer, como elementos importantes, do que poderíamos denominar de novas "funções" do território.
Geopolítica e Meio Ambiente
Toda a discussão anterior nos leva a uma série de considerações, onde a principal nos remete à perda de importância da geopolítica como "raison de être" do estado moderno. Anteriormente, o espaço físico era visto como um mero prolongamento do território nacional e como espaço mercadológico provedor de insumos e matérias primas e consumidor de bens e serviços, com nenhuma ou escassa inquietação ambiental por parte do estado, as empresas e a sociedade em geral, inclusive com relação aos recursos naturais não renováveis.
Cabe destacar que não tem sido os inúmeros desastres ecológicos, ou o surgimento de grupos ambientalistas radicais que tem despertado a sociedade para a preservação do meio ambiente. Ele se torna importante, na medida em que vai se degradando, ficando escasso e pelo tanto convertendo-se num bem econômico. É exatamente isto que gera a oportunidade de novas atividades no meio rural, que visam reduzir as externalidades negativas geradas pelo processo produtivo de alta intensidade no uso de recursos naturais. Estas atividades estão ligadas basicamente à produção "biológico-artesanal" de alguns produtos, o turismo ecológico e rural, as "chácaras" de recreio e lazer de fim de semana (segundas residências), e uma novíssima atividade: o "preservador meio ambiental", pago para não produzir e sim para manter intacta a paisagem.
Ele deixa de produzir, não por que se tenha convertido à nova religião ambientalista, e sim por que não tem condições de competir, mesmo utilizando as técnicas que agridem o meio ambiente, com as novas técnicas de bio-engenharia utilizadas pelas grandes empresas agro-alimentárias, que além de não poluentes, reduzem o custo a níveis jamais vistos desde a "revolução verde".
As novas tecnologias que são introduzidas no processo produtivo e o desaparecimento dos mercados nacionais gerado pela globalização/regionalização permitem concluir que essas novas tecnologias, ao contrario de suas predecessoras, ajudarão a preservar o meio ambiente. A preservação ambiental é dada pela redução dos deslocamentos para o local de trabalho, o que permite diminuir a poluição ambiental gerada pelos automóveis; a produção de alimentos e matérias primas a partir da engenharia genética, o que tornará obsoleto o uso do solo com fins produtivos, diminuindo a erosão e outros problemas ambientais gerados pela produção predatória; e a própria produção industrial à medida que se automatiza deverá reduzir a emissão de poluentes. Em síntese, à medida que o dinamismo da atividade econômica se desloca da indústria para o setor financeiro, de informação e de comunicações a tendência é de uma utilização mais racional dos recursos meio ambientais.
Para concluir, a globalização/regionalização da economia diminui o papel que o espaço territorial tem na atividade produtiva, o que retira a importância da geopolítica e as ações que o Estado implementava, ao mesmo tempo, isto permite que a economia se torne cada vez mais independente dos recursos naturais, o que se de um lado diminui a importância estratégica de alguns territórios, por outro, melhora as condições ambientais o que permite vislumbrar um futuro onde as condições ecológicas serão melhores que as atuais, na medida em que as atividades ligadas à ecologia deverão tornar-se um próspero negócio. 
Fonte: www.geocritica.hpg.ig.com.br

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