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Apostila PROPRIEDADES FISICAS DOS MINERAIS

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA TERRA 
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA 
UNIVERSIDADE DE COIMBRA 
 
 
 
 
 
 
 
PROPRIEDADES FÍSICAS 
 DOS MINERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Maria Castilho Ramos Lopes 
Coimbra 
2002 
 2 
 
ÍNDICE 
 
 
Propriedades Físicas dos Minerais 
1. Cor 4 
2. Risca ou traço 6 
3. Transparência ou diafanidade 7 
4. Brilho 7 
4.1. Como se deve usar o brilho na identificação dos minerais 10 
4.2.Como se deve determinar o brilho 10 
5. Dureza 11 
5.1.Como se deve determinar a dureza de um mineral 11 
6. Densidade relativa 13 
6.1. Determinação da densidade relativa 13 
6.1.1. Balança de Jolly 13 
7. Hábitos cristalinos 15 
8. Clivagem, fractura e parting 23 
8.1.Clivagem 23 
8.2.Fractura 25 
8.3.Parting 26 
9. Outras propriedades 27 
9.1.Magnetismo 27 
9.2.Reacção a ácidos 28 
9.3.Solubilidade 28 
9.4.Odor, sabor e tacto 29 
9.4.1.Odor 29 
9.4.2.Sabor 29 
9.4.3.Tacto 30 
Bibliografia 31 
 3 
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS 
Os minerais só podem ser identificados, sem margem para dúvidas, através da análise de 
raios-X (que determina a sua estrutura) ou da análise química (que determina a sua 
composição química). 
No entanto, para um coleccionador normal, estes métodos são bastante onerosos e muitas 
vezes implicam a destruição do espécimen, pelo que não são usualmente empregues. 
Felizmente, tanto a estrutura como a composição química afectam certas propriedades 
físicas dos minerais razão pela qual estas são muitas vezes utilizadas para a sua identificação. 
Uma propriedade física “ideal” é aquela que dá apenas um resultado para cada mineral e 
dá sempre o mesmo resultado para todas as amostras desse mesmo mineral, o que muitas 
vezes não se verifica, pelo que teremos que observar várias propriedades para podermos 
efectuar uma identificação correcta. 
As propriedades físicas usualmente empregues são as seguintes: 
· Cor 
· Traço ou risca 
· Transparência ou diafanidade 
· Brilho 
· Dureza 
· Densidade 
· Hábito 
· Clivagem e fractura 
embora outras propriedades também possam ser usadas em casos particulares, como por 
exemplo: 
· Magnetismo 
· Reacção a ácidos 
· Solubilidade 
· Odor, sabor e tacto 
· Propriedades eléctricas e térmicas 
· Radioactividade 
· Fluorescência, fosforescência, triboluminescência e termoluminescência 
 
 4 
1. COR 
 
A cor é a primeira propriedade em que reparamos quando olhamos para um mineral. 
Quando a luz branca (que contém todos os comprimentos de onda do espectro visível) 
atravessa um cristal, alguns dos comprimentos de onda podem ser absorvidos enquanto outros 
são emitidos. Se isto acontecer, a luz que é emitida pelo cristal passa a ser colorida. 
Os elementos que normalmente produzem cor nos minerais são os metais de transição. 
Quando existem na fórmula química de um mineral dão a cor que o caracteriza - cor 
idiocromática – como, por exemplo, a cor azul na azurite (Cu), a cor verde na malaquite 
(Cu) e a cor rosada na rodonite e na rodocrosite (Mn). 
 
 
No entanto, há elementos (Fe, Mn, Cr, Cu, Co, Ni, V, Ti, etc.) que, não fazendo parte da 
fórmula química de um mineral, podem fazer variar a sua cor, mesmo quando estão 
presentes em quantidades ínfimas - cor cromófora. Assim, minerais que são brancos ou 
incolores no seu estado puro, apresentam as mais variadas cores, dependendo de impurezas, 
inclusões ou defeitos estruturais. 
Um bom exemplo deste tipo de minerais é o berilo (figura 2). 
Consideremos a “adição” de 1 a 2% das seguintes impurezas e vejamos o resultado: 
1. Fe++ - cor azul – Água-marinha 
2. Fe+++ - cor amarela – Heliodoro 
3. Mn++ - cor rosada – Morganite 
4. Mn+++ - cor vermelha – Berilo vermelho 
5. Cr+++ - cor verde intensa - Esmeralda 
 
Figura 1 – AZURITE E MALAQUITE 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Berilos: Berilo (a); Água-marinha (b); Heliodoro (c); Morganite (d), Berilo 
vermelho (e); Esmeralda (f). 
A cor cromófora é determinada pelo tipo de impureza, pelo seu estado de oxidação e ainda 
pelo seu número de coordenação. Assim, a mesma impureza (Cr), com o mesma coordenação 
(Cr com coordenação octaédrica rodeado por seis O) em diferentes minerais origina diferentes 
colorações: vermelha no rubi; verde na esmeralda ; violeta, vermelha ou azul (dependendo 
do tipo de iluminação) na alexandrite. 
Alguns tipos de inclusões provocam alterações na cor dos minerais: 
- o quartzo verde é causado pela dispersão de clorites; 
- a calcite torna-se escura quando tem MnO2 disperso; 
- a cor vermelha pode existir em diversos minerais devido à dispersão de 
hematite. 
Propriedades especiais dos minerais relacionadas com a luz, a temperatura e a electricidade, 
podem modificar também a cor e o aspecto dos minerais (iridescência, luminescêcia, etc.). 
a 
e 
d 
c 
 b 
f 
 6 
2. RISCA OU TRAÇO 
A risca ou traço é a cor do pó do mineral. É uma propriedade mais constante do que a cor, 
já que, embora o mesmo mineral possa ter várias colorações, o seu traço é sempre igual. 
Este pó é normalmente obtido por fricção numa porcelana não vidrada, para minerais 
com dureza inferior a 7, o que acontece na grande maioria dos casos. Assim, ao esfregar o 
mineral na porcelana ele deixa nela um rasto de pó (risca ou traço). 
 
Figura 3 –Traço de um mineral 
Para que os tons das diversas riscas se tornem mais visíveis deve passar-se o dedo sobre a 
risca e observar o pó que ficou retido no dedo. Um exemplo interessante é-nos dado pelos 
minerais pirite, galena e magnetite. Todos eles apresentam risca preta ou quase preta, no 
entanto, quando esta é observada na mão, verifica-se que o primeiro mineral apresenta risca 
com tons esverdeados e o segundo com tons cinzento-azulados. O último mineral tem uma 
risca negra que serve de guia para a observação das outras duas. 
Existem minerais que apresentam cores semelhantes mas cuja risca é tão característica que 
permite quase a sua identificação. Assim, a hematite e a volframite têm cores semelhantes, 
mas as suas riscas são muito diferentes: a primeira apresenta risca vermelha escura, (cor de 
sangue seco) e a segunda apresenta risca castanha escura (chocolate). O mesmo acontece 
com o ouro nativo e a pirite (também chamada o “ouro dos tolos”). Ambos são minerais com 
brilho metálico e cor amarela dourada, mas as suas riscas são muito diferentes: a pirite 
apresenta risca negra (com tons esverdeados) enquanto que o ouro apresenta risca amarela. 
Quando o mineral tem uma dureza superior à da porcelana (6) pode dizer-se que o risco é 
incolor, ou, se se quiser obter o seu traço pode friccionar-se com um material mais duro. 
 7 
3. TRANSPARÊNCIA OU DIAFANIDADE 
A transparência depende do modo como a luz interage com a superfície da substância. Se a 
luz atravessa a substância sem praticamente haver alteração então a substância diz-se 
transparente. Se a luz sofrer alteração e distorção então diz-se que a substância é 
translúcida. Se a luz não consegue penetrar na superfície do mineral então diz-se que este é 
opaco. 
 
 
 
 
Figura 4 – Minerais transparentes (a), translúcidos (b) e opacos (c). 
Muitas substâncias transparentes podem facilmente ter exemplares translúcidos se existirem 
distorções ou defeitos que limitem a viagem do feixe de luz, no entanto, é muito raro para um 
mineral opaco ter exemplares translúcidos. 
4. BRILHO 
O brilho de um mineral refere-se ao aaassspppeee ccctttooo dddaaa sssuuuaaa sssuuupppeee rrrfff ííí ccc iiieee qqquuuaaa nnndddooo rrreee fff llleee cccttteee aaa llluuuzzz .Existem dois tipos de brilhos, mmmeee tttááállliiicccooo e nnnãããooo mmmeee tttááálll iiicccooo , sem que haja uma separação nítida 
entre eles, (neste caso os minerais com brilho intermédio são designados por sssuuubbb--- mmmeee tttááállliiicccooosss ))) . 
O nome dos diversos tipos de brilhos foi estabelecido por semelhança com substâncias 
conhecidas. 
Assim: 
1. Um mineral que tenha um brilho com aparência de um metal terá um bbbrrr iii lll hhhooo mmmeee tttááá lll iii cccooo. 
Estes minerais são, geralmente, bastante opacos e dão riscas muito escuras (pretas ou quase 
pretas). Galena, pirite e calcopirite são minerais comuns com este tipo de brilho. 
Figura 5– Mineral com brilho metálico - pirite. 
 c a b 
 8 
2. Os minerais com bbbrrriii lllhhhooo nnnãããooo mmmeee tttááállliiicccooo são, geralmente, de cor clara, transparentes ou 
translúcidos (se não na totalidade da amostra pelo menos em zonas de espessura 
reduzida), apresentam riscas brancas, incolores ou pouco coloridas, e os seus brilhos são 
descritos através dos seguintes termos: 
2.1 Adamantino – O brilho do diamante. Excepcional e intenso, é típico de minerais com um 
índice de refracção muito elevado. Exemplos – muitas pedras preciosas, formas transparentes 
de cerussite e anglesite, etc. 
Figura 6 – Mineral com brilho adamantino - anglesite. 
2.2 Vítreo – O brilho do vidro. É muito comum já que 70% de todos os minerais têm um 
brilho deste tipo. Exemplos – quartzo, turmalina, etc. 
Figura 7 – Mineral com brilho vítreo - ametista. 
2.3 Resinoso – O brilho da resina. É muito comum em minerais de cor amarela , castanha ou 
cor-de-laranja, com índices de refracção intermédios. É também semelhante ao brilho do 
mel. Exemplos – esfarelite, enxofre, etc. 
Figura 8 – Mineral com brilho resinoso - enxofre. 
 9 
2.4 Nacarado – O brilho das conchas (nácar). Iridescente e semelhante ao brilho das pérolas, 
é usualmente observado em superfícies paralelas aos planos de clivagem. Exemplos – 
micas, planos basais de talco e apofilite, etc. 
 
Figura 9 – Mineral com brilho nacarado - apofilite . 
2.5 Sedoso – O brilho da seda. É causado pela reflexão da luz em finos agregados fibrosos. 
Exemplos – gesso fibroso, malaquite, serpentina (crisótilo) e o produto da silicificação e 
oxidação de crocidolite, geralmente conhecido como “olho-de-tigre”, etc. 
 
Figura 10 – Mineral com brilho sedoso - artinite. 
2.6 Gorduroso ou oleoso – O brilho dos óleos e gorduras. É como se o mineral estivesse 
recoberto com uma fina camada de óleo, e resulta, normalmente, de superfícies 
microscopicamente rugosas. Exemplos – Nefelina, algumas espécies de esfarelite, quartzo 
maciço, etc. 
Figura 11 – Mineral com brilho gorduroso - calcedónia. 
 10 
 
2.7 Ceroso – O brilho da cera – É como se o mineral estivesse encerado. 
 
Figura 12 – Mineral com brilho ceroso - turquesa. 
2.8 Terroso ou baço – O brilho da terra. Este brilho define minerais com más qualidades 
reflectivas, semelhantes a porcelana não polida. Muitos minerais com este brilho têm 
superfícies rugosas ou porosas. Exemplos – argilas, limonite, etc. 
Figura 13 – Mineral com brilho baço – ilite. 
4.1 Como se deve usar o brilho na identificação de minerais 
Depende do observador definir se o mineral tem um brilho que se pode comparar com os 
brilhos apresentados. Esta propriedade só é importante quando o mineral em questão 
apresenta um brilho especial - os minerais com brilho vítreo não podem ser distinguidos por 
esta propriedade, assim como os minerais com brilho metálico. 
4.2 Como se deve determinar o brilho 
Deve observar-se o brilho em superfícies limpas e frescas, sem polimento ou protecção, 
expondo-a à incidência de luz e observando a luz reflectida. Em seguida, deve classificar-se 
de acordo com os brilhos apresentados anteriormente. 
 11 
5. DUREZA 
A dureza é uma medida da resistência da estrutura de um mineral, relativamente à 
resistência das suas ligações químicas. 
Minerais com pequenos átomos, fortemente empacotados por ligações covalentes, têm 
tendência para serem os mais duros, enquanto que, os minerais menos duros apresentam 
frequentemente ligações iónicas ou ainda mais fracas, como as ligações por forças de Van der 
Walls. 
Esta é uma das melhores propriedades usadas na identificação de minerais devido à sua 
constância dentro da mesma substância. Durezas menores do que as tabeladas poderão ser 
encontradas, caso o mineral seja impuro, esteja mal cristalizado ou seja constituído por um 
agregado em vez de um mineral apenas, mas são muito raras. 
Em termos práticos, a dureza é a resistência que o mineral oferece a ser riscado 
(desgastado) por outro. 
O seu grau (1 a 10) é determinado através da comparação com uma escala, criada em 1824 
pelo mineralogista austríaco Friedrich Mohs. Esta escala – Escala de Dureza de Mohs – é 
constituída por 10 minerais com durezas crescente a que Mohs atribuiu os seguintes graus: 
 
TTaallccoo –– 11 GGeessssoo –– 22 CCaallcciittee –– 33 FFlluuoorriittee –– 44 AAppaattiittee –– 55 
OOrrttooccllaassee –– 66 QQuuaarrttzzoo –– 77 TTooppáázziioo –– 88 CCoorriinnddoo –– 99 DDiiaammaannttee –– 1100 
 
5.1 Como se deve determinar a dureza de um mineral 
A dureza é determinada riscando um mineral com dureza conhecida num outro 
desconhecido. O mineral que tiver uma dureza menor fica reduzido a pó, restando um sulco 
no seu lugar. 
 
 
 
 
 
Figura 14 – Determinação da dureza de um mineral através do método expedito. 
 12 
Em termos práticos: 
1º - Devemos fazer uma tentativa prévia, usando utensílios comuns com dureza conhecida, 
antes de experimentarmos os termos da Escala de Mohs. 
Esta escala, normalmente chamada “expedita”, tem vários “objectos” entre os quais: 
· Unha – 2 - 2,5 
· Alfinete ou moeda de cobre – 3 - 3.5 
· Prego – 4 - 4.5 
· Lâmina de aço – 5 - 5.5 
· Porcelana - 6 – 6.5 
· Vidro – 5.5 - 6.5 
Assim, poderemos saber facilmente qual é a dureza aproximada do mineral e, só depois, 
utilizar a Escala de Mohs para a determinar com mais precisão. 
2º - Após o conhecimento da dureza aproximada iremos utilizar o termo da escala de Mohs 
mais próximo e efectuar o teste de dureza. Se o mineral desconhecido (A) for riscado 
(reduzido a pó) pelo mineral da escala (B), então é porque a sua dureza (A) é inferior. à do 
mineral da escala (B), e vice-versa. Se ambos os minerais se riscarem mutuamente então têm 
dureza idêntica. 
3º - Se o mineral tem uma dureza superior a um determinado termo da escala de Mohs e 
inferior ao termo seguinte, diz-se que tem uma dureza equivalente ao meio do intervalo. 
Exemplo: se um mineral é riscado pela calcite (3) e risca o gesso(2), então ele terá uma dureza 
igual a 2,5. 
3º - Certos minerais têm tendência para partir em finas placas, grãos, ou são pulverulentos, 
parecendo muito menos duros do que são na realidade. É aconselhável trocar a posição dos 
minerais e repetir o teste para confirmar a dureza obtida no primeiro teste. Assim, 
deveremos tentar riscar A com B e B com A, para confirmar o resultado. 
4º - A visão é um sentido que nos pode ajudar, mas que nos pode induzir em erro. Assim, é 
aconselhável, para subtrair os efeitos subjectivos deste sentido, usar outros sentidos como a 
audição e o tacto. 
 13 
6. DENSIDADE RELATIVA 
O peso específico, ou densidade relativa, exprimem a relação entre o peso da substância e 
o peso de igual volume de água a 4ºC. Assim, se um mineral tiver uma densidade relativa 
igual a 2, isso quer dizer que ele tem uma densidade igual ao dobro da densidade da água. 
Esta quantidade depende do tipo de átomos que compõem a substância edo modo como 
estes estão empacotados. Para igual empacotamento, então a substância será tanto mais 
densa quanto mais pesados forem os átomos que a compõem, e, para o mesmo tipo de átomos, 
a substância será tanto mais densa quanto maior for o seu empacotamento. 
6.1 Determinação da densidade relativa 
Algumas pessoas muito experimentadas adquirem uma sensibilidade tal que lhes permite 
estimar, com bastante certeza, a densidade relativa de um mineral. 
No entanto, a maioria das determinações da densidade relativa é feita com auxílio de alguns 
aparelhos, sendo os mais usados: a balança de Jolly e o picnómetro. 
6.1.1. Balança de Jolly 
Uma vez que a densidade relativa é a medida de um quociente, não é necessário medir 
valores absolutos, mas apenas estabelecer a relação entre os pesos no ar e na água, de uma 
determinada substância. Isto pode ser facilmente efectuado com uma balança de Jolly., 
determinando os deslocamentos de uma mola em espiral, na extremidade da qual estão 
colocados: uma marca, e uma sequência de dois pratos de suporte. O prato colocado 
superiormente deverá ficar no ar, ficando o último prato completamente imerso em água 
desmineralizada, contida num copo. Ambos devem ficar livres para executar movimentos. 
Os deslocamentos da mola são lidos numa escala colocada num espelho. Deve fazer-se a 
coincidência da marca com a sua imagem no espelho, lendo depois o valor na escala 
graduada. 
Escolhe-se um pequeno pedaço de um mineral, devendo ser homogéneo e livre de 
impurezas ou fendas. O tamanho deverá ser tal que seja pouco afectado pela tensão 
superficial e temperatura da água (um volume com cerca de 1 cm3). 
 
 
 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 15 – Balança de Jolly 
 
 Fazem-se então as seguintes leituras: 
- L1: valor da marca com a balança vazia; 
- L2: valor da marca com o mineral colocado no ar (no primeiro prato); 
- L3: valor da marca com o mineral colocado na água (no segundo 
prato). 
A densidade relativa é calculada através da seguinte fórmula: 
32
12
LL
LL
D
-
-
= (6.1.2.1) 
A densidade relativa é uma das propriedades mais importantes na identificação de minerais 
já que é bastante constante. Para os minerais não-metálicos os valores variam entre 1 e mais 
de 10, situando-se a média entre 2.5 e 3. Os minerais metálicos são geralmente mais densos, 
variando entre 1 e mais de 20 (platina) e situando-se a média entre 4 e 5. 
 
 
 15 
7. HÁBITOS CRISTALINOS 
Como complemento à cristalografia formal (com recurso aos sistemas cristalinos), foi 
desenvolvida uma terminologia específica no sentido de descrever minerais e agregados de 
minerais. 
Os minerais podem apresentar, ou não apresentar, faces cristalinas dependendo das 
condições de formação e crescimento (figura 16). As amostras que apresentam faces 
cristalinas bem formadas são euédricas e as que não apresentam nenhuma face são 
anédricas. Se apenas se encontram algumas faces, então diz-se que a amostra é subédrica. 
 
 
 
 
 
 
 (a) (b) (c) 
Figura 16 – Grau de desenvolvimento de faces cristalinas – (a) Euédrica. (b) Subédrica. (c) 
Anédrica. Adaptado de Nesse, 1999. 
A terminologia usada para descrever as dimensões relativas de cristais individuais ou de 
grãos de minerais é a apresentada na figura 17. 
Cristais isométricos (ou regulares, equant) têm igual comprimento, largura e altura. 
Considerando o alongamento dos cristais a relação entre a altura e a base, então usaremos 
os termos prismático (ou colunar alongado), acicular e fibroso (filiforme ou capilar) á 
medida que o alongamento aumenta. 
Se considerarmos o achatamento dos cristais como a relação entre a base e a altura, então 
teremos os termos colunar curto (em bastonete, stubby colunar), planar (em placas, platy) e 
micáceo (em escamas, scaly) à medida que o achatamento aumenta. 
Ao variarem estas duas quantidades então teremos, para alongamentos a achatamentos 
cada vez maiores, os termos tabular (em forma de livro) e lamelar (ou laminar, bladed, em 
forma de lâmina). 
 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Hábitos de cristais ou grãos individuais de minerais em função das suas dimensões relativas, 
segundo Nesse (1999). 
 
Quando os minerais cristalizam normalmente não estão sozinhos. O aspecto que os 
agrupamentos de minerais podem assumir são os mais variados, sendo os mais comuns 
designados do seguinte modo (figuras 18 a 32): 
1. Minerais isométricos formam uma típica textura granular. 
Figura 18 – Agrupamento granular de tefroíte. 
2. Minerais alongados podem dispor-se paralelamente, irradiarem de um centro, ou 
entrecruzarem-se em rede, formando assim agregados paralelos, radiantes, ou 
reticulares, respectivamente. 
Maior Alongamento 
M
ai
or
 a
ch
at
am
en
to
 
Isométrico 
Prismático 
Acicular 
Fibroso 
Colunar achatado 
Tabular 
Planar 
Micáceo 
Lamelar 
 17 
 
Figura 19 – Agrupamento paralelo de cristais aciculares de antimonite. 
 
Figura 20 – Agrupamento paralelo de cristais fibrosos de crisótilo. 
Figura 21 – Cristais filiformes de mixite formando um agregado radiante. 
 18 
 
Figura 22 – Cristais aciculares de pirofilite formando um agregado radiante 
 
 
Figura 23 – Barite em agregado reticular. 
 19 
3. Minerais achatados, ou micáceos, que crescem paralelamente formam agrupamentos 
foliados, enquanto que os que irradiam de um centro se chamam plumosos. 
Figura 24 - Agrupamento foliado de moscovite. 
4. Os grupos de cristais bastante bem formados que atapetam superfícies planas designam-se 
por drusas (drusy), enquanto que, os que forram concavidades tomam o nome de geodes. 
Figura 25 – Drusa de quartzo. 
Figura 26 – Geode de quatzo ametista. 
 20 
5. Quando circunstâncias exteriores vêm perturbar a cristalização, ou quando esta se faz em 
torno de numerosos “germens” cristalinos, resultam agrupamentos constituídos com forma 
muito imperfeita ou mesmo sem forma, de dimensões muito pequenas, que se apresentam 
à vista desarmada como um todo maciço, compacto ou homogéneo. 
Figura 27 – Purpurite maciça ou compacta. 
 
6. As massas minerais com estrutura concrecionada e com forma individual arredondada 
(massas coloformes) podem assumir, externamente, aspectos variados: 
6.1. se são aproximadamente esféricas e bem individualizadas, podem ser, genericamente, 
chamadas de globulares; 
Figura 28 – Massa globular de okenite . 
 21 
6.2. podem ainda ser pisolíticas ou oolíticas, se são parecidas com um grupo de ervilhas 
ou de ovas de peixe, respectivamente; 
Figura 29 – Bauxite com pisólitos e oólitos.. 
6.3. se têm a forma de um rim, chamam-se reniformes; 
6.4. se fazem lembrar um cacho de uvas, têm o nome de botrióides; 
Figura 30 – Hematite botrióide. 
6.5. se apresentam tamanho considerável e se assemelham com as glândulas mamárias, 
são chamadas de mamilares; 
 
 22 
6.6. se a deposição da substância mineral se efectua ao longo de um eixo, as concreções 
daí resultantes têm o nome genérico de cilindróides, tomando a designação especial 
de estalactíticas quando são cilindrocónicas e pendentes. 
 
 
Figura 31 – Goetite estalactítica. 
7. Certos aglomerados cristalinos incrustam rochas ou outras massas minerais, assumindo 
nelas o aspecto de arborizações. Estes agrupamentos minerais designam-se por 
dendríticos (de “dendritis” – ramificação). 
 
Figura 32 – Dendrites de psilomelana. 
 23 
8. CLIVAGEM, FRACTURA E PARTING8.1. Clivagem 
 
Muitos minerais possuem determinados planos cristalográficos nos quais as ligações 
químicas são mais fracas. Estes planos de fraqueza segundo os quais os minerais costumam 
partir chamam-se planos de clivagem ou clivagens. 
As clivagens são descritas em termos da sua forma cristalina, não precisando de 
corresponder às faces externas do cristal (a calcite apresenta cristais hexagonais e clivagem 
romboédrica (figura 32), a fluorite apresenta cristais cúbicos e clivagem octaédrica, etc.). É 
também necessário referir o número de sistemas de clivagem existentes, identificados pelos 
seus índices de Miller (se possível), bem como, os ângulos que fazem entre si. 
 
 
 
 
 
Figura 33 – Calcite com os planos de clivagem bem visíveis (a) e (b). 
Para além da descrição da forma das clivagens estas também deverão ser descritas em 
termos de qualidade , referindo tanto a facilidade de clivagem de um mineral, como a 
perfeição da superfície que daí resulta. Assim, teremos clivagens: 
- muito perfeitas (perfect) – se o mineral cliva facilmente, em 
superfícies continuamente planas, que reflectem bem a luz; 
- perfeitas (good) – a clivagem é relativamente fácil de conseguir, mas 
podem encontrar-se interrompidas por fracturas, sendo as superfícies 
menos contínuas; 
- distintas (distinct ou fair) e indistintas (ou imperfeitas) (indistinct ou 
poor) - são termos que revelam clivagens cada vez mais difíceis de 
conseguir e com superfícies menos desenvolvidas. 
 
 a 
 b 
 24 
 
Figura 34 – Clivagem muito perfeita em flogopite (1 plano) 
 
Figura 35 – Clivagem romboédrica em rodocrosite (3 planos) 
 
Figura 36 – Dois sistemas de clivagem em blenda (de um total de 6) 
 
 25 
8.2. Fractura 
Um determinado mineral pode ser incapaz de partir ao longo de planos definidos quando 
sujeito a choque. Neste caso, formam-se superfícies de fractura sem controlo cristalino, sendo 
descritas pelos seguintes termos, ordenados no sentido do aumento da rugosidade das 
superfícies: 
- concoidal – superfícies curvas suaves, com formato semelhante ao de 
conchas.; 
- irregular ou desigual – superfícies rugosas ou irregulares; 
- serrilhada ou indentada – superfícies com irregularidades 
semelhantes a dentes de uma serra; 
- estilhaçada ou lascada – semelhante a uma extremidade de madeira 
partida. 
 Embora as fractura não tenham controlo cristalino, a sua natureza e aspecto é muitas vezes 
característico de certos minerais. 
Figura 37 – Fracturas concoidais em olivina (ao microscópio petrográfico em XPL). 
Figura 38 – Fracturas estilhaçadas em crisótilo. 
 26 
8.3. Parting 
 
O parting é parecido com a clivagem já que o mineral parte ao longo de superfícies 
aproximadamente planas e suaves, mas a sua causa reside em descontinuidades discretas e 
não em planos de fraqueza da estrutura do cristal. 
As descontinuidades que mais facilmente originam parting são os planos de macla e as 
lamelas de exsolução planas. 
É muito comum observar parting em minerais com maclas polissintéticas, mas a espessura 
entre duas superfícies de parting não pode ser menor do que o espaçamento entre os planos de 
macla. 
Em condições apropriadas de arrefecimento lento é possível que cristais, originalmente 
homogéneos, se separem formando lamelas de exsolução aproximadamente planas. Nestes 
casos, as separações entre lamelas e mineral hospedeiro podem constituir planos de fraqueza, 
que provoquem parting. 
O parting é descrito do mesmo modo que as clivagens: os índices de Miller especificam a 
sua forma e os termos, perfeito a indistinto, a sua qualidade; no entanto, ao contrário da 
clivagem, o parting pode não existir em todos os exemplares de um mineral, mas apenas 
naqueles em que exista a descontinuidade por ele responsável. 
 
Figura 39 – Parting basal em turmalina. Figura 40 – Parting basal em hiperstena 
 
 27 
9. OUTRAS PROPRIEDADES 
9.1. Magnetismo 
O magnetismo ocorre quando não existe um balanço no arranjo estrutural dos iões de ferro. 
O ferro pode ser encontrado em dois estados de oxidação principais: ferroso (Fe2+) e férrico 
(Fe3+). Os dois iões têm diferentes raios atómicos. Devido à maior carga positiva do ião 
férrico os electrões são atraídos mais fortemente para o núcleo, o que provoca uma 
diminuição da zona onde estes se podem mover. Este facto conduz a que os diferentes iões 
possam ser colocados em diferentes locais na estrutura dos cristais, e os electrões que se 
movimentam, dos iões ferrosos para os iões férricos mais carregados, criam um ligeiro campo 
magnético. 
A intensidade do campo magnético criado por este tipo de minerais pode variar desde uma 
ligeira mudança da direcção da agulha de uma bússola até à capacidade de atrair pregos ou 
outros objectos metálicos ( vide figura 41). 
Figura 41 – Demonstração das propriedades magnéticas da magnetite. 
O magnetismo pode não ser uma propriedade fidedigna, uma vez que alguns exemplares 
podem não a demonstrar. Mas, quando existe limita muito as hipóteses de identificação. 
A agulha de uma bússola ou um íman podem ser usados para testar o magnetismo existente 
nos minerais. 
Estes são alguns exemplos de minerais magnéticos: 
Babingtonite (m. fraco) Magnetite (m. forte) Pirrotite (m. por vezes forte) 
Cromite (m. fraco) Magmemite (m. forte) Siderite (m. fraco, aquecida) 
Ilmenite (m. fraco, aquecida) Platina (m. fraco) Tantalite (m. fraco) 
 28 
9.2. Reacção a ácidos 
O modo como os minerais reagem aos ácidos é uma propriedade importante, já que todos os 
minerais que são afectados por ácidos são carbonatos ou minerais que têm na sua 
composição iões carbonato. A reacção para a calcite é a seguinte: 
CaCO3 + 2H+ Ca2+ + H2O + CO2(g) 
O dióxido de carbono (CO2) é libertado sob forma de bolhas (efervescência ou reacção ao 
ácido) e o cálcio dissolve-se na água. 
O teste é usualmente feito com ácido clorídrico ou acético diluídos, mas, tão importante 
como a reacção aos ácidos é o modo como essa reacção se processa. A calcite e a aragonite, 
os carbonatos mais comuns, reagem fortemente a um ácido frio e a reacção é muitas vezes 
acompanhada de um ruído semelhante a “fizzzz”, enquanto que, para a dolomite e outros 
carbonatos a reacção é menos vigorosa e pode até só acontecer quando o ácido é aquecido ou 
os minerais são reduzidos a pó ou mesmo dissolvidos previamente. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 42 – Reacção aos ácidos. 
9.3. Solubilidade 
Numa certa medida todos os minerais se dissolvem na água, pelo menos parcialmente. No 
entanto, a extensão e rapidez desta reacção é, na maioria dos casos, tão diminuta que torna 
impossível a sua detecção. Assim, os minerais considerados solúveis são muito poucos. 
O mineral solúvel mais conhecido é a halite (NaCl), mas os nitratos, os boratos, alguns 
carbonatos, sulfatos e fosfatos também o são. 
Chama-se a atenção para o facto de poder haver a destruição do espécimen quando se tenta 
testar esta propriedade, pelo que deverá ser escolhido um pequeno fragmento para este efeito. 
 29 
9.4. Odor, sabor e tacto 
Quando se efectua uma identificação de um mineral podem usar-se todos os sentidos. A 
visão será o mais utilizado, mas também já vimos que a audição pode ajudar a testar algumas 
propriedades como a dureza, a reacção aos ácidos e outras propriedades mais raras como a 
crepitação, etc. 
9.4.1. Odor 
Alguns minerais têm odores particulares, mas normalmente não são muito evidentes, a não 
ser que o mineral tenha sido friccionado, percutido ou partido recentemente. 
O mineral mais conhecido por esta propriedade é o enxofre , mas os sulfuretos os mineraisque contêm arsénico e as argilas também têm cheiros próprios. 
O “cheiro a enxofre” é detectado, tanto neste mineral como nos sulfuretos, devido à 
formação de dióxido de enxofre (SO2). 
Os minerais com arsénico, como a arsenopirite, quando percutidos ou friccionados dão um 
“cheiro a alho” característico deste elemento venenoso. 
Os minerais argilosos, quando molhados, apresentam um “cheiro a terra” que é 
característico. 
9.4.2. Sabor 
O sabor é, provavelmente, a última propriedade associada aos minerais, no entanto, esta 
pode constituir a chave da identificação em alguns casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 43 – O sabor dos minerais. 
 30 
O mineral mais facilmente associado a um sabor é a halite (ou sal-gema), que tem um sabor 
salgado, mas existem outros minerais com sabores característicos. 
A melhor maneira de testar o sabor é molhar um dedo, colocá-lo sobre o mineral e depois 
levar o dedo ligeiramente à boca, uma vez que alguns dos minerais com sabor podem ser 
venenosos e não convém ingerir uma quantidade elevada. 
Alguns minerais têm sabores tão distintos que não poderão ser descritos, a não ser em 
termos gerais, no entanto a prática facilitará a identificação. Eis a lista de alguns dos sulfatos, 
halogenetos e boratos, com os respectivos sabores: 
 
Bórax – doce e alcalino Halite – salgado 
Epsonite – amargo Melanterite – doce, adstringente e metálico 
Glauberite – salgado e amargo Ulexite - alcalino 
 
9.4.3. Tacto 
Minerais há que têm um tacto distintivo, o que pode ser usado, em caso de dúvida, na sua 
identificação. A molibdenite, a grafite, a serpentina e o talco são geralmente macios e 
gordurosos quando se tocam; alguns metais, como o cobre, são ásperos devido à existência de 
pequenas irregularidades na superfície, etc. 
Por vezes o tacto pode permitir a identificação, mas como é uma propriedade muito 
subjectiva e difícil de descrever, é muitas vezes impossível dizer a alguém como é suposto 
sentir um determinado mineral. Assim, a melhor maneira de resolver este problema é meter 
literalmente “mãos à obra”. 
 
 
 
 
 
 
Figura 44 – Os minerais também se sentem. 
 31 
BIBLIOGRAFIA: 
 
Cornelis, K. & Cornelis, S.H. Jr. (1993). Manual of Mineralogy (after James D. Dana). (21st 
edition). New York: John Wiley & Sons, Inc. 
 
Nesse, W. D. (2000). Introduction to Mineralogy. Oxford: Oxford University Press. 
 
Electronic sources: Color in Minerals (online). Available: 
http://www.geology.wisc.edu/~jill/306b.html [08-03-2002] 
 
Electronic sources: The Science of Minerals (online). Available: 
http://www.tmm.utexas.edu/npl/mineralogy/science_of_minerals/index.htm [05-03-2002] 
 
Electronic sources: The Physical Characteristics of Minerals (online). Available: 
http://mineral.galeries.com/minerals/physical.htm [12-03-2002] 
 
Electronic sources: Guide to Physical Properties of Minerals (online). Available: 
http://members.netscapeonline.co.uk/bashrox/identification.html [10-03-2002] 
 
Electronic sources: webMineralbrgm (online). Available: 
http://webmineral.brgm.fr:8003/mineraux/main.html [08-03-2002]

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