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Disciplina: Fisioterapia na Saúde da Família. Professora: Drª. Dinalva Lacerda Cabral. Ministério da Saúde Conjunto de prioridades políticas Ampliar suas fronteiras de atuação visando uma maior resolutividade e integralidade da atenção Expansão e Qualificação da Atenção Primária à Saúde (APS) DESAFIO Idealização do NASF Exemplos: Em Sobral, no Ceará (CE), houve inserção de novos profissionais, além dos que estavam previstos na Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF); Em Recife-PE, houve investimentos em equipes semelhantes ao Nasf, que eram denominadas de “retaguarda” e, depois, de “ação avançada”. (BRASIL, 2005; CAMPOS, 2000; MARTINS JUNIOR et al., 2008; MOURA, 2007) Em janeiro de 2008, na Portaria nº 154, o MS criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) (BRASIL, 2008) Necessidade de fortalecer as abordagens interprofissionais do cuidado na APS. Representa um dispositivo estratégico para a melhoria da qualidade assistencial. Por inserir novas categorias profissionais – além das já existentes na ESF – aumentam o escopo de ações e, com os compartilhamentos de saberes, propõem ampliar a capacidade de resolução das equipes de referência. O que é o NASF? Constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes que atuam na Atenção Básica. Formado por diferentes ocupações (profissões e especialidades) da área da saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da Família e de Atenção Básica. (BRASIL, 2017) Reconhecimento do perfil epidemiológico da população; Estudos de prevalência dos problemas relacionados a cada área de atuação; Mobilização dos profissionais de saúde que compõem a ESF. O que é necessário para a inserção dos profissionais do NASF? A Portaria nº 154 prevê orientações gerais para os municípios sobre a implantação dos NASF. Diferem quanto à composição da equipe multiprofissional, abrangência de cobertura e financiamento. (BRASIL, 2008) Para viabilizar a implantação dos NASF em todos os municípios do Brasil, foram criadas as modalidades de conformação, que determinam o número mínimo e máximo de equipes de referência a qual cada núcleo deve ser vinculado. Até o ano de 2012, eles eram arranjados em duas modalidades, denominadas de Nasf tipo1 e Nasf tipo 2. Em 2012, a partir da Portaria nº 3.124, criou-se a modalidade de Nasf tipo 3. Modalidades do NASF (BRASIL, 2008, 2011, 2012) Portaria/ Ano Tipos Nº Equipes vinculadas Carga horária do profissional Nasf nº 154/ 2008 Nasf 1 8 a 20 EqSF No mínimo 40h semanais. Para fisioterapeuta e TO, devem ser registrados dois profissionais que cumpram 20h semanais cada um. Nasf 2 3 a 7 EqSF nº 2.488/ 2011 Nasf 1 8 a 15 EqSF <100.000 habitantes: 5 a 9 EqSF Somatório da carga horária dos profissionais é de, no mínimo, 200h semanais. Cada ocupação deve ter no mínimo 20h e no máximo 80h semanais. Nasf 2 3 a 7 EqSF Somatório da carga horária dos profissionais é de, no mínimo, 120h semanais. Cada ocupação deve ter no mínimo 20h e no máximo 40h semanais. nº 3.124/ 2012 Nasf 1 5 a 9 EqSF e/ou eAB (para populações específicas) Igual à portaria nº 2.488. Nasf 2 3 a 4 EqSF e/ou eAB Igual à portaria nº 2.488. Nasf 3 1 a 2 EqSF e/ou eAB Somatório da carga horária dos profissionais é de, no mínimo, 80h semanais. Cada ocupação deve ter no mínimo 20h e no máximo 40h semanais. Modalidades do NASF Em 2013, a Portaria nº 548 definiu os valores de financiamento do Piso da Atenção Básica (PAB), repassados diretamente do Fundo Nacional de Saúdo (FNS) aos Fundos Municipais de Saúde e ao Fundo de Saúde do Distrito Federal: NASF tipo I: transferência mensal de R$20.000,00 (vinte mil reais) para custeio. NASF tipo II: transferência mensal de R$ 12.000,00 (doze mil reais) para custeio. NASF tipo III: transferência mensal de R$ 8.000,00 (oito mil reais) para custeio. Financiamento dos NASF (BRASIL, 2013) O artigo 3º, Portaria nº 548 , tratou sobre a suspensão do repasse dos incentivos financeiros nos casos em que fossem constatadas, por meio de auditoria federal ou estadual, as seguintes situações: Inexistência de unidade de saúde cadastrada para o trabalho das equipes; Descumprimento da carga horária mínima prevista/modalidade de NASF; Ausência de alimentação de dados, no Sistema de Informação, que comprovem o início de suas atividades; Descumprimento aos parâmetros de vinculação do NASF às equipes de referência; Ausência, por um período superior a 60 dias, de qualquer um dos profissionais que compõem as equipes, com exceções devidamente apontadas na portaria. Financiamento dos NASF (BRASIL, 2013) As equipes do NASF poderiam ser compostas por: Médico acupunturista; Assistente Social; profissional de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico ginecologista; Médico homeopata; Nutricionista; Médico pediatra; Psicólogo; Médico psiquiatra e TO. Em 2011, com a publicação da Portaria nº 2.488 – que redefiniu a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) – foram incluídos: Médico ginecologista/obstetra; geriatra; internista (clínica médica); Médico do trabalho; veterinário; profissional com formação em arte e educação (Arte-educador) e Sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva. Caracterização das equipes do NASF (BRASIL, 2008, 2011) Cada equipe deve ter, no mínimo, um profissional com habilidades e conhecimentos técnicos em saúde mental – Médico psiquiatra, Psicólogo e TO – tendo em vista o contexto histórico dessa linha de cuidado e a proporção epidemiológica dos transtornos mentais no Brasil. Caracterização das equipes do NASF (BRASIL, 2008, 2014) NASF implantados Em agosto de 2018, o Ministério da Saúde registrou uma quantidade expressiva de NASF implantados nos municípios brasileiros (n= 5.371 equipes). 59% na modalidade de NASF tipo 1; 18% na modalidade de NASF tipo 2; 23% na modalidade de NASF tipo 3. (BRASIL, 2018) Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017 O NASF foi criado com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua resolutividade. A PNAB 2017 propõe que essas equipes multiprofissionais passem a complementar não só equipes de Saúde da Família, mas também equipes de Atenção Básica “tradicionais”. Por isso, o nome mudaria para Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB). Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017 Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF. Brasília, 2008. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt0154_24_01_2008. html>. Acesso em: 03 maio 2016. BRASIL. Departamento de Atenção Básica. Histórico de cobertura. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/historico_cobertura_sf.php. Acesso em: 03 set. 2018. CABRAL, D. L. Resolutividade clínico-assistencial do Núcleo de Apoio à Saúde da Família: construção de um instrumento de medida para avaliação e monitoramento. 2017. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2017.
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