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Plano de Aula: DESENVOLVIMENTO E EXCLUSAO SOCIAL SOCIOLOGIA JURÍDICA - CCJ0269 Título DESENVOLVIMENTO E EXCLUSAO SOCIAL Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 16 Tema DESENVOLVIMENTO E EXCLUSAO SOCIAL Objetivos Objetivo 1 ? Compreender os fatores determinantes da exclusão social e suas consequências sociais. Objetivo 2? Identificar os desafios globais que se apresentam para o Direito neste novo milênio. Estrutura do Conteúdo ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA A EXCLUSÃO SOCIAL E OS DESAFIOS PARA O DIREITO. UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS: Este conteúdo deverá ser trabalhado ao longo da aula da semana, cabendo ao professor a dosagem do conteúdo, de acordo com as condições objetivas e subjetivas de cada turma. Segue, a seguir, uma sugestão de leitura de caráter complementar ao texto do livro didático: Neoliberalismo expressão ideológica da globalização Em seu texto intitulado Globalização e participação política, Valmir Lima de Almeida considera que ?A participação política dos indivíduos na sociedade global apresenta-se como um caminho, uma das principais vias alternativas, para o alcance da inserção social e da diminuição das desigualdades econômicas reveladas pela globalização. O processo de globalização em marcha acabou com os limites geográficos, mas não eliminou a fome, a miséria e os problemas políticos de milhões de globalizados que vivem (ou sobrevivem) abaixo da chamada linha da pobreza absoluta. Afastados dos centros das decisões pelos princípios excludentes do neoliberalismo, os indivíduos, limitados na própria capacidade de compreensão dos conceitos neoliberais, não encontram pontos de referência para tornarem-se agentes de influência política no processo global. O objeto deste trabalho é analisar as principais dificuldades de participação política dos indivíduos na sociedade globalizada e seus reflexos na construção de um processo de autonomia. As questões relacionadas com este problema se referem a fatores que dificultam a participação política dos indivíduos na globalização, destacando a importância que tem a autonomia dos indivíduos na tomada de decisões políticas na sociedade globalizada. O problema da participação política dos indivíduos na globalização aparece na análise do processo de influências das instituições sociais e se revela nas dificuldades do uso da liberdade política para o enfrentamento dos desafios de uma realidade que avassala, destrói, cria e recria valores étnicos sociais e culturais. Busca-se nesta análise compreender o processo de desterritorialização, que colocou os indivíduos frente às grandes mudanças e transformações que alteraram a vida e o comportamento político dos homens na aldeia global. Ressalta-se que os indivíduos precisam perceber a pluralidade de mundos que a globalização lhes impõe, as múltiplas facetas de uma sociedade em constante mutação. O neoliberalismo é mostrado como expressão ideológica da globalização. São evidenciados os efeitos políticos que a doutrina neoliberal provoca nos indivíduos, quando imposta no contexto da globalização como uma evolução natural da sociedade, com um aprimoramento cultural do próprio homem. Revela -se, ao contrário do que apregoam os princípios neoliberais, que as diferenças sociais na globalização acentuam-se quanto maior for o nível alienante de exclusão social que esteja incluído o indivíduo. No desenvolvimento do trabalho, enfatiza-se também a necessidade da conquista da autonomia do indivíduo na globalização, como contraponto imprescindível para as cender à participação política. O domínio da autodeterminação, é mostrado como instrumento para o indivíduo enfrentar uma sociedade tecnocrática e consumista, que a todo instante alarga-se, torna-se mais real do que antes e impõe novas regras globais de comportamento. O objetivo geral é analisar as dificuldades de participação política dos indivíduos na sociedade global, a partir da compreensão de como acontecem as relações sociais, econômicas e políticas dentro da globalização. De como o processo de influência das instituições sociais, conduzem os indivíduos nas suas relações em sociedade. Ainda, como o despreparo dos indivíduos em questionar as instituições estabelecidas, se reflete nas dificuldades de participação política na globalização. Assim sendo, é destacado nesta análise que um indivíduo livre, com autonomia é aquele que reconhece nas leis da sociedade as suas próprias leis e o seu próprio poder. Para tanto é necessário, como mostra o texto, que o indivíduo assuma a responsabilidade da construção das bases de uma sociedade autônoma, que passa ajudá-lo a atingir a participação política na globalização. A globalização fez surgir uma sociedade desregrada, com ilimitadas possibilidades de comunicação, de intercâmbio econômico e conquistas tecnológicas. À medida que, busca analisar as dificuldades que enfrentam os indivíduos para alcançar participação política na globalização, este trabalho justifica-se integralmente, visto que evidencia problemas como a falta de autonomia e a incapacidade de autodeterminação, sem a superação dos quais, está inviabilizada uma possível inserção social no mundo global. Ao mostrar um indivíduo ainda alienado às mudanças globais, distanciados dos centros das decisões, preso a fatores de ordem tecnocrática e consumista, esta análise aponta para a necessidade do posicionar-se, pensar e agir. Serve assim, como um alerta à compreensão de princípios imprescindíveis à conquista da participação política e a uma vida cidadã na globalização. Ao revelar as dificuldades que tem os indivíduos de conceber o neoliberalismo como sustentáculo ideológico da globalização, de não terem autonomia frente ao determinismo econômico por ele imposto, o trabalho exibe a importância da reflexão política, de tomada de decisões, exigências básicas do mundo globalizado. No momento que mais a sociedade quer um indivíduo criativo, capaz de decidir, com versatilidade de conhecimentos, parece óbvio que este perfil exigido, como mostra esta abordagem, somente tornar-se-á realidade com a conquista de uma autonomia individual que conduzirá à participação política. Os indivíduos vivem uma crise de razão na sociedade global, o processo de desterritorialização lhes sucumbiu o protecionismo do Estado-nação. Ao concebermos esta realidade, as considerações que veremos neste trabalho, ganham em importância porque nos remete a uma discussão dos tempos atuais: a "doma" da globalização e a consequente necessidade da humanização do processo global. Observa-se no âmbito da aldeia global, que é no indivíduo que está o limite ou des limite das ações do homem na sociedade globalizada, é na sua maior ou menor inserção política que se definem os níveis de exclusão social. Os indivíduos são peças fundamentais no processo político que constrói a globalização. Sem eles a sociedade global não se sustentaria, o mundo dos incluídos inviabilizaria-se na ausência da legião dos excluídos que o sustenta. Essas considerações respondem o que hoje está muito presente nos debates em torno da globalização, qual seja a interdependência desigual entre quem globaliza e quem é globalizado? . (Disponível em: http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/valmir.html, acesso em 28 jun 2015) Aplicação Prática Teórica Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica, envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e estudado como fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado como sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodolo gia utilizada em sala com a aplicação dos casos concretos, a saber: CASO CONCRETO O mundo das relações sociais tem sido objeto de estudos sistemáticos da sociologia desde a origem dessa ciênciaempírica, no século XIX. Temas como globalização da economia e da cultura, papel do Estado na sociedade, influência de doutrinas como o socialismo e o neoliberalismo, surgimento e expansão da cultura de consumo nas chamadas sociedades pós-modernas e identidade cultural e nacional e suas transformações têm sido descritos e analisados no âmbito da moderna pesquisa social. O neoliberalismo importa em diminuição da ação do Estado na garantia de amplos mecanismos de regulação social, desregulamentação da economia para permitir liberdade de investimentos e na fragmentação da sociedade em grupos, na qual diferentes grupos minoritários não conseguem constituir - se numa maioria capaz de questionar o sistema vigente. Por outro lado, "(...) qualquer balanço atual do neoliberalismo só pode ser provisório. Este é um movimento ainda inacabado. Por enquanto, porém, é possível dar um veredicto acerca de sua atuação durante quase 15 anos nos países mais ricos do mundo, a única área onde seus frutos parecem, podemos dizer assim, maduros. Economicamente, o neoliberalismo fracassou, não conseguindo nenhuma revitalização básica do capitalismo avançado. Socialmente, ao contrário, o neoliberalismo conseguiu muitos dos seus objetivos, criando sociedades marcadamente mais desiguais, embora não tão desestatizadas como queria. Política e ideologicamente, todavia, o neoliberalismo alcançou êxito num grau como qual seus fundadores provavelmente jamais sonharam, disseminando a simples ideia de que não há alternativas para os seus princípios, que todos, seja confessando ou negando, têm de adap tar-se a suas normas." (ANDERSON, Perry. Pós-Neoliberalismo - as políticas sociais e o estado democrático. São Paulo: Paz e Terra: 2008, p.22.) Tendo como referência inicial o texto acima e considerando os diversos temas por ele suscitados, responda: 1. Na perspectiva neoliberal qual é a receita da governabilidade? 2. O texto aponta um dos efeitos políticos e ideológicos mais nocivos do neoliberalismo, que deve ser combatido pela sociedade, indique-o: QUESTOES OBJETIVAS 1. (SEDS-TO -2014). Pode-se considerar como um dos problemas ocasionados pela exclusão social no Brasil: A) os atuais movimentos migratórios que vêm ocorrendo na região Sul B) a falta de saneamento básico nos municípios das regiões Norte e Nordeste C) a sistemática e cotidiana violação dos direitos fundamentais da pessoa humana D) o déficit na rede educacional 2. (ESAF-2002). Pode-se apontar como um dos efeitos positivos da globalização a ampliação do campo em que atuam organismos e instituições comprometidos com a defesa do meio ambiente. Disso também decorre a crescente afirmação do conceito de "desenvolvimento sustentável", que pode ser entendido como a) o retorno às práticas econômicas anteriores à Revolução Industrial, como forma de reduzir drasticamente os impactos negativos sobre a natureza. b) abolição gradual do uso de máquinas e implementos agrícolas e utilização intensiva de produtos orgânicos na adubação do solo, de modo a preservá-los das erosões. c) esforço de se permitir apenas a produção em indústrias que façam uso de fontes alternativas de energia, como o petróleo e o carvão vegetal, para diminuir os efeitos poluentes de suas chaminés. d) a preocupação de, não detendo o progresso, promover o desenvolvimento de maneira mais equilibrada, tendo por horizonte preservar a natureza como fonte de vida para as futuras gerações. e) eliminação de qualquer forma de produção que implique, de alguma forma, a interação do homem com a natureza por saber que, nesse caso, a natureza sempre sairá derrotada.
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