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Apostila de Legislação tributária Prof. Fernando Sergio Sacconi Hermeneutica UNIP - Limeira Curso de Direito 5° semestre Prof. Fernando Sergio Sacconi � HERMENÊUTICA: ASPECTO FILOSÓFICO Tida como filosofia da interpretação, se envolve com a compreensão humana por meio da interpretação de textos escritos. A Hermenêutica em Schleiermacher Friedrich Schleiermacher (1768-1834), No início do século XIX, a hermenêutica passa a ser definitivamente considerada como parte da filosofia. Estabelece uma hermenêutica geral, compreendida como uma teoria geral da compreensão, a qual deveria ser capaz de estabelecer os princípios gerais de toda e qualquer compreensão e interpretação de manifestações linguísticas. Distinções básicas: Compreensão gramatical, a partir do conhecimento da totalidade da língua do texto ou discurso. Compreensão técnica ou psicológica, a partir do conhecimento da totalidade da intenção e dos objetivos do autor. Compreensão comparativa: Se apóia em uma multiplicidade de conhecimentos objetivos, gramaticais e históricos, deduzindo o sentido a partir do enunciado. Compreensão divinatória: Significa uma adivinhação imediata ou apreensão imediata do sentido de um texto. Essas distinções apontam para aspectos da compreensão superior que se dá pela sua integração. A Hermenêutica em Dilthey Wilhelm Dilthey é primeiro a formular a dualidade de "ciências da natureza e ciências do espírito", que se distinguem por meio de um método analítico esclarecedor e um procedimento de compreensão descritiva. Para ele hermenêutico tornou-se a metodologia das ciências humanas. Os eventos da natureza devem ser explicados, mas a história, os eventos históricos, os valores e a cultura devem ser compreendidos, levou a hermenêutica para o campo das atividades filosóficas, segundo ele o texto deveria ser estudado pelo contexto, e que o autor era o instrumento do "espírito da sua época". A Hermenêutica em Heidegger. Para Heidegger, em sentido amplo, Hermenêutica quer dizer “compreender o significado do mundo”.Para ele compreensão é apreensão de um sentido, e sentido é o que se apresenta à compreensão como conteúdo. Só podemos determinar a compreensão pelo sentido e o sentido apenas pela compreensão. Heidegger, em sua análise da compreensão, diz que toda compreensão apresenta uma "estrutura circular". "Toda interpretação, para produzir compreensão, deve já ter compreendido o que vai interpretar". O cerne da teoria de Heidegger está, todavia, na ontologização da compreensão e da interpretação como aspectos do ser do ente que compreende o ser. defendeu a hermenêutica existencial, que deveria ser o próprio objeto da filosofia. Com esta visão, o intérprete não chegaria, através de nenhum método, a verdade, pois o próprio método já estabeleceria, o ponto que se queria alcançar. Em sua visão, o método escolhido definiria o ponto final da interpretação. Ele via a interpretação como um diálogo entre o intérprete e o texto. A Hermenêutica em Gadamer Gadamer, seguindo a linha de pensamento de Heidegger, defendeu a hermenêutica existencial, que deveria ser o próprio objeto da filosofia. Com esta visão, o intérprete não chegaria, através de nenhum método, a verdade, pois o próprio método já estabeleceria, o ponto que se queria alcançar. Em sua visão, o método escolhido definiria o ponto final da interpretação. Ele via a interpretação como um diálogo entre o intérprete e o texto. Gadamer acreditava na teoria do círculo hermenêutico, com perguntas e respostas condicionadas a pré conceitos e pré juízos, sem o sentido pejorativo destas palavras em nossa atualidade. Em sua obra Verdade e Método, assegura que a hermenêutica não é um método para se chegar à verdade e que o problema hermenêutico não é, por sua vez, um problema de método. Segundo Gadamer a hermenêutica não seria uma metodologia das ciências humanas, mas uma tentativa de compreender as ciências humanas. Em Verdade e Método, Gadamer afirma que a compreensão das coisas e a correta interpretação não se restringe à ciência, mas à experiência humana, principalmente no que se refere ao fenômeno da linguagem como experiência humana de mundo. Assim, no que se refere à hermenêutica jurídica, Gadamer procurou descobrir a diferença entre o comportamento do historiador jurídico e do jurista diante de um texto. Seu interesse estava em saber se a diferença entre o interesse dogmático e o interesse histórico se constituía numa diferença unívoca. Conclui que há uma diferença: "O jurista toma o sentido da lei a partir de e em virtude de um determinado caso dado. O historiador jurídico, pelo contrário, não tem nenhum caso de que partir, mas procura determinar o sentido da lei na medida em que coloca construtivamente a totalidade do âmbito de aplicação da lei diante dos olhos. Somente no conjunto dessas aplicações torna-se concreto o sentido de uma lei." . . . . . . . . . . . . . . . . . . � PAGE �2� �
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