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Edital FUMARC 1 PROGRAMA DE DIREITOS HUMANOS 1.1 A Constituição Brasileira de 1988. 1.2 Noções gerais sobre direitos humanos. 1.3 Gerações de direitos humanos. 1.4 A Constituição Brasileira de 1988 e os Tratados Internacionais de Proteção dos Direitos Humanos. 1.5 O Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos. 1.6 O Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos e a Redefinição da Cidadania no Brasil. 1.7 A Constituição Brasileira de 1988: Dos princípios fundamentais. 1.8 A Constituição Brasileira de 1988: Dos Direitos e Garantias Fundamentais. 1.8.1 Dos direitos e deveres individuais e coletivos. 1.8.2 Dos direitos sociais. 1.8.3 Da nacionalidade. 1.8.4 Dos direitos políticos. 1.8.5 Dos partidos políticos. 1.9. Direitos humanos das minorias e grupos vulneráveis. 1.10. Política nacional de direitos humanos. Referência Bibliográfica: Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - Atualizada. MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. São Paulo: Saraiva, 2012. Dimensões dos Direitos Humanos marcam a evolução dos direitos humanos ao longo da história (historiciedade e caráter expansivo) 1ª Dimensão dos Direitos Humanos 2ª Dimensão dos Direitos Humanos 3ª Dimensão dos Direitos Humanos 4º Dimensão dos Direitos Humanos 5ª Dimensão dos Direitos Humanos Dimensões dos Direitos Humanos 1ª Dimensão dos Direitos Humanos direitos civis e políticos Liberdade Revolução Gloriosa na Inglaterra Independência dos EUA Revolução Francesa “Segundo Tratado sobre o Governo” (John Locke) “O Contrato Social” (Jean-Jacques Rousseau) Constituição Americana de 1787 Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 passagem do Estado Absolutista para o Estado Liberal Dimensões dos Direitos Humanos 2ª Dimensão dos Direitos Humanos direitos sociais, culturais e econômicos igualdade Revolução Mexicana Revolução Russa “EncíclicaRerumNovarum” (Papa Leão XIII) “Manifesto do Partido Comunista” (Karl Marx eFrederichEngels) Constituição Mexicana de 1917 Constituição de Weimar de 1919 passagem do Estado Liberal para o Estado Social Dimensões dos Direitos Humanos 3ª Dimensão dos Direitos Humanos direitos difusos e coletivos fraternidade Pós-2ª Guerra Mundial Surgimento da ONU Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948 Revolta da sociedade contra as atrocidades das guerras mundiais Dimensões dos Direitos Humanos 4º e 5º dimensões não são consenso; Karel Vazak fala apenas em três gerações (liberdade, igualdade e fraternidade); em relação a 4º dimensão: Paulo Bonavides: democracia, direitos de informação e direito ao pluralismo; Norberto Bobbio: direitos relacionados à pesquisa biológica e às manipulações do patrimônio genético em relação a 5º dimensão, Paulo Bonavides fala em direito à paz. Internacionalização dos Direitos Humanos precedentes: Direito Humanitário (Cruz Vermelha); OIT; Liga das Nações (“embrião da ONU”). evolução a partir de 1945: efetiva internacionalização dos direitos humanos, com o reconhecimento da dignidade como valor supremo. atrocidades da 2ª GM criação da ONU criação da OEA Proteção Internacional dos Direitos Humanos Internacionalização dos Direitos Humanos sistemas internacionais de proteção aos direitos humanos Sistemas Internacionais de Direitos Humanos Sistema Global (ONU) Sistemas Regionais Sistema Europeu de Direitos Humanos Organização dos Estados Americanos (OEA) Organização da Unidade Africana Internacionalização dos Direitos Humanos sistemas de proteção aos direitos humanos no Brasil PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL Sistema Interno de Proteção aos Direitos Humanos Sistema Global de Proteção aos Direitos Humanos Sistema Americano de Proteção aos Direitos Humanos Internacionalização dos Direitos Humanos Sistemas de Proteção máxima efetividade dos direitos humanos relação de complementariedade princípio pro homine de aplicação dos Direitos Humanos (norma mais favorável) Sistema Contencioso sistemas internacionais subsidiário responsabilidade primária do Estado atuação internacional na omissão ou mora do Estado DUDH principal documento do sistema global de direitos humanos; contribui para a universalização dos direitos humanos; alberga direitos de 1ª e de 2ª dimensão e constitui marco jurídico para os direitos de 3ª dimensão; natureza jurídica de tratado internação, não obstante aprovada como Res. da Assembleia-Geral da ONU, por ter se transformado em norma costumeira ou princípio geral do direito internacional, além de constituir interpretação autorizada da Carta da ONU de 1945; direito de asilo: é direito humano previsto na DUDH; não pode ser invocado quando da prática de crime comum ou quando da prática de atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas. Universalismo x Relativismo Universalismo Os direitos humanos destinam-se a todas as pessoas e abrangem todos os territórios. Relativismo As concepções morais variam de acordo com as diversas sociedades (contexto social no qual se inserem). Não se deve desconsiderar as diferenças, mas com respeito às particularidades, objetiva-se encontrar um modo de proteger a condição humana, independentemente do sexo, da cor, da religião ou das condições econômicas e sociais. PIDCP: regras penais vedação à pena de morte segundo a redação do PIDCP admitida para os crimes mais graves conforme a legislação vigente segundo a redação do 2º Prot. Facultativo ao PIDCP já adotada pelo estado em tempo de guerra condenação por infração penal de natureza militar de gravidade extrema PIDCP: regras penais trabalho forçado: regra: vedado exceção: países que tenham adotado internamente a prática a encarcerados não se considera como trabalho forçado prestação de serviço militar serviço exigido em caso de emergência ou de calamidade pública trabalho que faça parte de obrigações cívicas normais humanos absolutos: vedação à tortura; e vedação à escravidão. PIDCP: regras penais garantias penais: veda-se a prisão/detenção de forma arbitrária. ao ser presa a pessoa deve ser informada das razões da prisão, bem como informada do teor da acusação. a pessoa presa acusada de crime deve ser julgada por juiz, com regular função judicial, que deverá analisar o processo em tempo razoável. a prisão preventiva não pode constituir a regra geral. os presos devem ser tratados com humanidade e dignidade. presos preventivos ou provisórios não podem ocupar mesmo espaço de presos condenados definitivamente. os adolescentes internados não podem permanecer no mesmo local dos presos adultos. vedação à prisão do depositário infiel: a) entendimento atual do STF é fundado no Pacto de San José da Costa Rica; e b) contudo, o PIDCP já previa tal vedação no âmbito do Sistema Global. PIDCP: regras penais direitos e garantias processuais tratamento igualitário entre as partes direito de ser ouvida publicamente julgamento pelo juiz natural atuação independente e imparcial do Juiz presunção de inocência deve ser informado da natureza da prisão e dos motivos ampla defesa contraditório defesa técnica celeridade duplo grau de jurisdição indenização em caso de erro judicial vedação ao bis in idem princípio da legalidade penal princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa e da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu. princípios princípio da anterioridade penal, princípio da da vedação à lex gravior aplicação da lei considerada mais benéfica ao condenado. Pacto de San Jose da Costa Rica direito à vida: assegurado desde a concepção; vedação à pena de morte, mas existem exceções: admitida nos países já a prevejam para os crimes mais graves; e em nenhuma hipótese será aceita para: delitos políticos ou conexos; para menores de 18 anos quando da prática de ato infracional; para maiores de setentaanos; e para mulheres grávidas. Países que tenham abolido a pena de morte não poderão restabelecê-la. Pacto de San Jose da Costa Rica Comissão X Corte Interamericana comissão: órgão executivo (responsável pela promoção, pela observância e pela defesa dos direitos humanos); composição: 7 membros; atribuições: estimular a observância do Pacto de San José da Costa Rica; efetuar recomendações; preparar estudos e relatórios; solicitar informação dos Estados-partes; responder às consultas formuladas pelos Estados-partes; atuar no recebimento e no processamento das petições individuais e das comunicações. Comissão X Corte Interamericana corte: órgão judicial e consultivo (compatibilidade do Pacto com leis internas) legitimados ativos perante a Corte: Estados-partes e Comissão Interamericana de Direito Humanos. * em caso de extrema gravidade e urgência, vítima ou organização da sociedade civil poderá requerer diretamente à Corte medidas provisórias em procedimento já em trâmite perante a Corte. composição: 7 juízes, eleitos por maioria absoluta da Assembleia-Geral da OEA, não podendo atuar, simultaneamente, dois juízes de mesma nacionalidade (admite-se nomeação de ad hoc); quórum deliberativo: 5 votos; necessário o reconhecimento da competência da Corte (Dec. Executivo 4.463/2002) Brasil e os TIDH catálogo aberto § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. status de emenda constitucional § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Brasil e os TIDH prisão civil por dívidas: Art. 7º, 7, do Pacto de San Jose da Costa Rica: “Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar”. Art. 5º, LXVII, da CF: “Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel”. Súmula Vinculante 25: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”. Brasil e os TIDH IDC incidente de deslocamento de competência - art. 109, §5º, da CF (EC nº 45/2004) § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
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