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O PROCESSO GRUPAL $ SêÍgio Antônio Carlos Todos ncs temos alguma expêdência de paÌticipação grupaÌ. Para uns mais intensa que pala outos mas de quaÌquer forma müto importanE para a esÜuhxaçáo de nossas convicçoes e paÌa o desenvolvimento de nossas capacidades. Estas vivências gru- pais no nosso cotidiâno, nos deixa,.n maÍcês mais ou menos profìmdas dependendo da forma como se dá a nossa inserção e as reÌaçõe6 que ai se desenvolvem. . P^riF-se ÍJo principjQ_de:E}g,estaep,q-S9lgla,ÌÌlelge.Ue-lpg relgjgtêAqo-aomllgas pesso"as, coru-Ei.lqAiqdivctsgs-oàlqtivos. ReÌaEões{aEEe4CaE-C-dìüêdôììÍês ôu menos inten-sas e passa ge-l!4s. Todas nos maJcam, de urna forma gÌatificânle e/ou l.íâu- Íúl,ica. E com toda esta câJgâ das experièncjas anteriormente vividas que nos jogamos em oovas expdriências de reÌacio- namentos grupais. A !g9!AjÂs9!(Àq g[qpâl_!949 sgr_íe3}-zgdaje uma íorma -ç4!69ÌerÌfe,ç!,4qa. Temos conaciência d9 guei.ar-ticipamos dê al$Jns gÍupos, comumente aqueÌes que adeÌimos por uma opção pessgaì. A participaçao nos deülais é feita, geraìmente, de q'laneira rotiúeira e sem nos daÌmos conta. Mútas VeTeq$-omo,g ç,alr,eg-ados pÉüo.s]po. Até 3ai-gqt lvaEgg nos rg,Íedado-aoF chemados gÌupos 'ie€p9!iâ!99!'--o-u,-!dU!qìs" . Claro que precisamos também con- siderar os gÌupos organizados com Íinalidades especiÍicas. Orga- rizados e coordenados peÌos próprios paÌticipantes, ou por proissioÌìais das mais variadas formações. Podemos peDsar em todo o leque dos grupos de anônimos (AAs, NAs, DOAS, AÌ ANONS, AL ATEENS, CCAS), em gnupos ljgados às lgrejas, em qupos que atuam nas comuoidades, nos pafiidos politicos, nos smdicatos, nas escolas, nas Íábdcas, nas praças, Sag&IEeg3ç org@asjêIgEc$de qu9t9!9!9!Lç_paülsi&!s-@ p@qtes 199 que acontecern no seu seio. Glìlpolque lanÌ.r nodêm êstâr a serúço.da tratdoÌnÌaçãosociaì,q!.Énlqdasua m.lrÌuteqçio. Estagro,s,_po!a$0,. rodqados, -qq-S-4tpoc e p-êQi.c,iüiB& pu negê.4do BaÌticipaÌ deles eÌÌÌ -todgj ,o-s -mome[tos-denossa úda. A pteosulração com o grupo Oslsï.udaÊìoipequenos {ruboc sociais, 4ÌÌ)boÌ{sejâm rea- lizados por várias áreas de coúecimentos humano.sociais, sâo em geíaì âssociados_con\4gocuggiêgi_Pçiç9leqi-a: I\:l9Ì$goÌg, gt.t. o esÌììaô 4ì<rêr-ôâr.n íns:Iifgìreno!-qlpo9soqars, bqjJcagoo comppender a dinâmicê dos mesrno*s, tem iDÍcio na décaqa de 30 c 40-.ôm MôÍero e._cptr-S!1lelditr. Ìquqq{Iì!qg!.1Êqtro\ oa -eqDìranelgaoe qÌlg_!qÌ__]çyalêq !gÌesq4!ê. []g_gg3_se \pesqUisa cÍ-ia a socioJTretÍia parg e Sslqdgdg Iellções de Eloxi. \maç@_g alas[amento enìÍe âs Ìeqes..qe orelerend, ê rêlêì.ão. \ taÌìrô noc qmrnôq quanto-D?jorNnidade corlg_Uúqdo. L_q$4, I cria o termo "dinámjca de qruDo". oue foi utilizado Dela Drimeira @f 9í4, NãõF*"q "Ge;er õda-pÍeomúomdÌupos, tanto de M-oJeno suqlÌÌ9 qe_l/erdl!:apa.[C9g9!!!99ÌÌ3_a as inovações Ì4vtoris.-tas_è_gluaq, que tgyaLò^eÌel&€qdoallrqrgfu mas_leEbe4j-de&liar_ação dq€ !eÌqções.-!e!!q.-dos operáriod\ entrgsl-qull!,tojqÌ .LeÌqçês.s cJçJ!ês ê paüõ-es (apud BaÍos \1994). 200 o cnuDo a se autocridcar e bLscaÌ o seu camlnlìo paÍa o funcio namentq, pois unê dès possjbrÜdadês é não se cll$ilull e-IrQê n to I-i grupo. Neíê_ç.aso, 3. cllqulga9--dç-strrp9.cqti.1:eMÇo da / y úSfgllggètfulqd? -co.no,um.d9s insrÌumenlos dê contíoÌe / lquq 3 reslggelce sobÍe o mdjviduo. t ) Grupo ou pÌoceq!99-!rpal s!DL9 do el!,e_!d!Ìlel!9 Em @!, os au!q!Cq"!9_sq IC!9ry94]-39--Sgtì9,ej!o'de,@po,pasÍn qe-de!94ç.19-qs l+9!llio !..e.4ômeÌo.soc.ral: a-I9+a93e+las i'fu-iì!srújpi-.--qp:${q-dp.qção.oque4jjere é a ÌeiÌuÌ.-a que-qsjnes!01âÍa49g!!o,p]9qe-$O de constituição do do.mesÍrlo- lewin (1973, p. 54) aÍirma que "a esj(rsb-de@@!q !áo Íegqgnq_qg.ÌllCd9-9C-dissUUli.llde dê.qell'-rlQBbj.os. s,ql?iãg em sLCglÊrdependürçt4 WrypgpEEler@aüeiza1Q,so no-um 't@SljbbllLco ; isq siSI-üfrq€ We uma mudanÇë no estado de uma dqtì?í\As..i?ÈÍij1.ojftegp, de.-$al@91-a!E)-BnÍe. O -gê!-Ap rÌll9!de!9!4q! q? qes-eg4gs ou-rry)puoq d-o-gt4tpo u.aia, em todqs o_9 ggE , entre u4! 44!Sq {€m cogsêa-aMltre-eJJnaJnjdade cogBlglit l-ewin centra a sud deÍin içáo na m LeÍdêppÌIlqnpa dos mg!ìbj€ d! eqpo. onde- q!âlqueÌ allerâqao !ÌroMoua aleÉ o coÌelivo. Demonírâ uma pÌeoorpação em bu,scar.a êssènciadq SULo, o qu!,gqZjunlo !llÌ!a lrnôgqlÌ' dq o. "gÍr.upo comolmser" gue uanscendg âs pessoas que o compõem. 4óll8afislo d-e um sqpg-tdeal:r aquele-maÌcado ppr uÍla grande cQesão. OÌrnsled é um outro autor que traÉ o tema, deüne um grupo como "u44,qlg144gfqg@Qq!![z.d.u3g q)e eètào em contato unst con_g g!q?s, que. s9 .ç9.rytde!S!_44!94enre q que gsrdd , rr,níaenãi ète aE teìn ãàTíqnlfrâuvarÊfr;-nportânt" et4' a)_E_ud'f1979, p. 12). Esta deÍioição traz consigo â ideia dqr consideÌacão Íolitua, sêÌtÂÌÌeoqupaçãQ.da homogeneidade 4pon!9 rglgjqY.e. sL*d9 i.o.slì{ÌrÌgpê!rcs e par3 o Eeruimento oecoÌll@&or-4s9,crgÌúc90lqpêÌacqdâ.um-deÌes Nas aftmações acima enconÌramos pontos que ainda hoje são imponantriipaia o e's-tudo db6 pequenos gÌupos sociais. Ulì.dglgf é 9jq-latg!!qgë-pgs99as egbgsG deJÃlgbietiv!-ç@un' ainÌ-e4gt)9glÉllia enlre. sgu$.!lgE!Ìos, q.gol53o€rle$uì14-de sr!-p9sugvan""*rtqcolúÍÌ\uo que veldadLsplìIggo aÌe unidade l I i I l Íorme SiAn (1975), siuacõe_g-0e,Íu!-cÌ0lgrn9!!o,nê-Uqse- q9. e]4q!e ao des.coúêcido ou da.e-speIa de um n€ssias qUe v_enba ÌIazer a sqrygç-ã9 aq gÌuDo. O qruDo Drecisd ser üslo como um camLo onde os uabd Ìhadoles sssiêls W9 sgè!9!!J!!j!9yeq lglEq$g ! hpmem sepilq!-!4-lloqeqì aÌj-91ì9do e o-grr.upo e..uma pos-sjbil ddde dê 'rÌlgnìÈo (Sììúa LaJ e 1986). Mds.(ambem pode ser.umamaneiÍd /' ' ídg.lixtuna suq !-gs-içãode .aÌienado. o gmpg-Iêp,9 a-sarantia ,,, d9- _e.-r-Ìg,qj-aqrçnto. N_est€_c-qqq,as-J-q-Ìaçõ'e-s."queã.-CqesÌAbelêc9ln/ podq!-Slq{qqÌglgqeIçprodUção^da.sJeÌaçoeÊ.de_do4úação e de aÌiengçqg-ga sociedade_cqpitjüsÌâ-qE_r-1g]lo_qeìa. Pod,"n,I, em conü.apa$ida, ser_u_!0,g1one!!o em.E)9..a.q4lpg $p. Dense, eàa1i9it9. as €ltuêçi$^qu9-9llr.qYalq,algrluncÌonaÌnento; onde as pessoas p,ensam, êÌabolam, enfim, trabaih4m aê .suas relaqões e consegÌem estâbelecêÌ uqlq expedêlcia única, re!e.!idê_e que Íaz os_seus panicipantps F._e s_e,rijirem sÌj^ejtos. Para esta possibiüdade um autor Ìatino-americâno que contd bìÌiu múto foi Enrique ?ichon-Rivière (1982). A panirSo_qqergtio namqllgda psi@idEja e doq.qrupgp em hospitdis psiquiátÍ:cos, cÌia a técnica dos orìrpos operã Livos. Ü r àos cônieilos Íundaúên- Ìâis q o de ECRO - Esquema Conceituâì RêfeíenciaÌ ê Operativo Pichon aÍi,.rnd que cada um de nós Bosçulum -ECRQ jrdilrdual.\ J Ele é. con-<titüdo pelos nossos vaÌoíês, nossas 'ciênças, nossos Y ' mgdos enossasJântasias. Oualdo.no_sencontÌamosDarâtlabalhãr I com outíaspêssoâs ljâzemoso nosso ECRO e com ele d,jôlogamos com o3 ouüos, ou mehoÍ, com os ECRQS dps_qUtÌos. Conp neIn ' : sempj,e eelicilamos os noJsos ECROS o ngsso_qqJqgq pode ser ' diÍitçúqdo.OuandoseestággpqÈqndQ,e.q,gqqpo_s-q-,r9glÌzação i 91]quÍu estabeÌecÌda pode ser dificultada pelas- dìfrrençês d:ÀìEIROS que esÉo eln jogo. O au-ror fâlqla conslrução dê um ECROl\/ Eupal. EsÌe ECRO seria um esquema comump-ara as-pessoas que lpârticipâm de um dêl.eÍminêdq Eçpo - sãìerdo o. que pensam Ieq9qÍ!1]nt0 - pode,rem_B-aüÌ-pqra qgr-!,,tql_r.r_b!]Ir,.g,o-Ì9,tiv-Atrìp_n!c a lpanÍ do êcÌafamento das poqÌçõÊs indi\,lduais e da construçáo 'coleÌjva quê íarorece a tareÍa $ÌÍjá Coúo "funciona" o pÌocesso gÌupal Ouando Densamos em Drocesso oÌuDal não esramos nos &lgi4Eo grupo como umaãntidade aiabadà. Eçtamo.gpqnsal i97e) oo-qgrupgjqqo um ploielo, colno um etêrro ür-a-seí.. pensando 9bmo Saftre e Lapassâde (1982) esrc processo é dlâléúcoa umâ mudança de roÌa deúdõ á âialiação doìãjeìo-ja percómdo e do que faìta. EnÍim, há qFa+reocupação em centrar na tarefa e tqp4?E!!çllgg! qgllggll4püfiliìq sue estão dils[Eando a realizaÈõ aa lareGÍreG@a, ou que a estão Iqdjrãdolsta é Uma mâneÌradê ô.rnìnô sa Ìômâr qni Os integÌantes da experiéncia Lerão condições de mõfdecisôes de foÌma mais Ìúcida e, portanto, podendo avaÌiaÌ os beneÍícios e os Íscos das futuras ações que pÌetendem desenvolver. À quisa de feúamento No declqel dqstqtej{ro dei}€mca clara a nossa DreocuDacão naJEÂpreenÂãg3os,peçãios grìflffiãrs. õ@o-no sentido de comerrar a.ce.IglllgEg,igEiong!9lqlta (1996) não aqgq!ajq9Ê41e-o-noúü€&qlL!Ba-L!_o_s-99!.c!À{o na-:e$i{o- Ide umate!.e?a. Tendo cÌaÌo que este comentáno está impreonâdo 0il._rdo,esg !9!!ç9S!19!Aio qúàglos'ql cle cada- uri. dos coEgllqdqla3* ?ortãnto, não existem verdades absolutas mas '/ apenas hipóteses que dêvem $er coÌocadas para o grupo. O próprio gïupo poderá trabaÌhar conÍrontando o nosso comentârio com os comentáÌios produzìdos pelos seus integÌântes. Daí resuÌtaIão situações de manutênção de ielações já estabeÌecidas ou a mu- dança das mesmas, numa decjsão muito mais dos partìcipantes d0 que do prohssionaÌ que compreende mas nào vive o píocesso. \ Indicações IraÌa leitura Pa€ aplofundaÌ as questões sobre grupo e processo gÍrupal é turdamenÌal â leituja do texto "Prccesso Grupa.l" de Silvia lane. NeÌe a auÌora dá uÌna úsão dos pdncÍpais autoÌes que abordam o esÌudo dos pequenos gÍrupo€ sociaìs. Faz uma anáÌise cÌ1tica, destas aboÌdagens, do ponto de ústa do mate aÌismo históÌico. Deve ser considemdo como um roteiÍo para aprolundar a questão. O texto de HenÌique Pichon-Riúère "OpÌocêsso grupal" é um cÌássico Ìatino-amedcano paÌa o estudo e a intervenção de peque- nos qrupos. Nele são encontÌados os fundamentos e o detaÌha- mento do que o autor denomÌlìa de "gÌupo opeÌativo". Na mesma Ìinha, porém com uma Ìinguagem mai$ simpliíicada, indico a coletânea de to!.tos de MadaÌena Freire Weffort, Jüana Davini, Fátìma Camargo e MiÌian CeÌeste Maftins "GÌupo - údì'ir?uo, sabe! e parcerk'. malhas do conhecimento". É resuìtado de um semináÌio coordenado peÌas autores. Ouem desejar se aprofìüdar dentro de um referencLaÌ psicâ- naìítico é necessário buscaÌ a base em Sigmund lÌeud, pÌincipal- mente nb texto "Ps.icoÌogaa dar M€ssas e Atiílìse do Eu'. A partir :,ail:1;iiü;iÌqtrìj"li::,1 -. .L da "PsicoÌogia das MÌrÌtìdóes" de custavo te Bon o autoÌ aboÌda o contagio e o efeito hipnótico que acontece nas massas e desenvolve conceiÌos de relaÇões Ìibidinais, tanto dentre os útè- grânl,es enhe si quânto destes com o seu "cheÍe . E muiÌo inÌeressante a análise quê r€aliza do Exército e da lgÌeja, mosüan, do âs rclaçóes hieÌarquizadas. BibliogÌafia . BAnRoS, Regina Duane Beneüdes de. cÌupo: a afBnação de um biÍnuÌacÌo. São Paúo, 1994- Tese de Doutorado em Psicoìogìa ClÌrica. 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Desde o início do cuÌso de Psicologia, os estudant€s tomam contaÌo com a discussão sobre o objeto de estudo dessa discipÌina. Vocês já devem teÌ peÌcebido, enlão qÌre diÍerentes êscoÌas de pensamênlo defÍnem o objeto da PsicoÌogia de acordo com a pêrspecÍiva teódca que lhes é própda. Assim, uma escola dÌz que ela esÌuda o comp0rtaqrp,nto.ÌÌulxìê49, outra que esÌuda a mette huqgla,-.cassim+oÌiiante. Neste texto, adoÌaremos a peBpecti\,€ da Psicologia Social Cítica, na tÌadição de pensamento Ìepresentada no BrasiÌ peìa Associação Brasileua de PsicoìogÌa Sociai - ABRAPSO. N-e-ssa abordaqem. a PsrcoloqÌa pode ser deínida-cQmo a disciplind que esríqa q s,4-ãiio em-súrãlação"cgm*o mlq{g. Nessa Íelação com omúão essesutertoseconsti[ui, ão m"smotempo, comoproduto e c-qpó-Íiroôdroiiia iJuá nisL oria e da niitorià ãa iócieã;dó em que vive, Ha-!I9s-!üa!@srb3ve-Àssga-deflÂiçao: s-!Ìicila-retaçaG nfqndo-qsuÌc4q!-sq0pr9iuçllsda3çeo - seiailer4dÌúdso ou glutgb,-eü ou'!lis'. Eìe só Êxistê pglÍIuqage, 4q-!!q reÌação coÌq4.Di.ìado. E{sa ÌeÌacãó é q-laç9-da-Adül!e, plUq!-4Í,,qrÌe-p suig!!9$ioÌE{i!u-i é aÍsìe.]ele-exsle.cnElâllo !d!l1q!LpQ4!úìto' ouli4_P-srcoloqú, pode enco.nÌIalo cpmo pbjerc de. conheçlnetrm. Por ouÌro lado, é atrav*égg-e-ssâ reÌacão- que ele vai constÌìriÌ a rcqE!q!19,9-ÍÌuldo. tata-se aqui taffo da reaìÌdade/mundo "paÌâ si"; ou seja, como existe paÌa o sujeito, quanto da ÌeaÌidade/mundo "em si", poÌque os eieitos da ação humana transcendem as * ü $ i l existèncias paJticulaÌes. E-!_!ulfdC_pê!fqeç-o íello trans_ tplDê!9r dq açao dos sujeitos vai alêm dosìtmjtes dã oosÌència oq úÌor!1oug, dg.gÌupo, Fnlo em !êrmos de tempo guaÌìto de eipTa. ôq -qgl]'0-o. urndo ilÌ-rpJiDÍnos EarS, delên!êdc!&os moÌÌme nlos cìljos mulhplos eÍeitos ÍregÌje n temenre JÌijiQlelÌseqrj _ ' mçrs,alltrever. Ouanto à defiÌÌiçâo de poÌÍtica, a diveÌsidade de peBpechvas também é muito gtlande. Bobbio (1992), em sè'u ,.Dicionário de Poütjca", rlglnQ{I9,99!Ìoìisroricammrc o clLcel!úlelobrica "9!+9-!se+gctt--t1]!lgõão@er.mJjqóspffi ãmenreacoe poqelpourÌco. !;leg!!nqtc.!qd3Í_ooü!ico de ounag Íorínas ae pogg( FoqQÍ&oqgElgqe podeÍ ideoÌogtco) coEqlêtren4ente '? calegoriâ do poder do homem sobre oDEo homem, não a dopooer do homem sobre a nêhJeza. Esta relàçáo de poder é expressa de mü manelÌas, onde se rcconhecem íóÌmuÌas tj:picas da Ììnguagem poÌitica: como reÌação ênae govemantes e gover_ nados, entre sobeÌano e súditos, entre tstado e cjdâdãos, eniÌ.e au@ridade e obediéncjâ erc." {p.9S5). Neste lexio, deliniÌemos polittca de uma Íorma muito ampLa e simples, começando por sÍtuá-Ia como atiúdadê hìmana que se 9á nâ ïleJa -dai disputas peÌo poder entÍe gÍrupos oíganizaalos.I;ssa auuoaoe numana ê entend;dà confoÌme a concepÇão de Iáne (1986): ''a atiüdade implica açoes encadeadas, luffo com ouÍos il.Ìdlú- duos, pâÌa a sâtisÍaçâo de uma necessialade comum, paÌa havêr este encadeamento é necessá.ria a cotnunicação (Lngiuagem) assim como um plano de açào (pensâmento), qìre por sua vez decoÍre de abüdades anteriormenle desenvolúdas (p. 16). Essas "aqões encadêadas, junto com auúos indjvÍduos, pan a satbÍaçáo de uma lecessidade comum,,, no caso da política, reúÌIem, de um Ìâdo, aqueles que buscam tlôrÌsformar uma debeÍ- minada Ìelação de podeÌ poltico - seja no,pÌanonìacrossociaì, seja no misÍossociaÌ - e, de outro, os que buscam mantê_la. missos do íazer cienÌÍAco, no campo dcs vâÌores, da ideologia, em seus detenniÌìantes sociais e históricos. Da mesmâ forma, não concebe estudaÌ a âção humana - e sobrêtudo a atìvidade poÌÍtica - desvincllada das suas determinações sócio-histôicas. A def! nição de Sabucedo (1996) revela, emboE de mareiÌa não e>.plici- tada, esse compromisso: "d Ptqgloqia Polrrica cortgËle !q ejllCo daS qlFlçag-.rep'e sen!ç99qqg-sç4!.ç9p!Ls9-s,9idqg9-osjênlso.ble a Bpliticâ e os comporlamentos destes que, por aç;o ou oÍrussáo, Incidam sobre ou conEibuam para a manrlencão o.r muddnça de ufiâ oeï&miìãã-a-ôã# Ãô-ctoúlitcaì-ip. 22j Se!g]E!99ú4,eEIgqeIê€ a-.çj9q9!'.omqsie-s*qu€ ç_o-q!4b.}empala _9- -!rÌlÌ3ênça ou JSAIULgO!9.0"-de .ÌtAE detelmin4da, oÌden soctgpgqç3-€g4-alaìjsar eg!a-!Urc€:qr.9ÌcsÕss--Qnt(9-ela ê as aE@slbgrissões"dos-sujeitos. PortanÌo, a deÍinição de Sabucedo contempla ad dimerÈões que já dêstacamos: po*Ìítica.-c!&Q_ê!iú dâde humana oue se dá na esfera das disDuras DeÌo Doder entre Srupg$l5jlqãados. Aljüdade hÌrmana como "dções êncadêadas,junro com outos indivÍduos' , voÌÉda ou para d transíorrÍlação de umâ deleÌminada ÌelaÇão de poder poútico. ou pdÌa a s,ra manu- tenção. Ngq0tê49, çomo é !ÍrIqs_siveÌ a-DeuugÌjdqde na agéo dos sqjslgs i oEisÊão raÌIúém é pbjeÌo de e$ldo da Psicologia Pol$câ. EsÌalÍata tanobem, po-Itantq do l'ap!Ìiliçism0", da au- sêncialeJ.@jcipação p^oütica ou da negaç;o da políüca, já que esses posicionâmenÌos conÌrjbuem paÌa a manuÌenção ou trana- Íormação da ordem sociopoÍtica, independenÌemente das inten- çoes dos sujeitos que os adotâm. E intere.ssa{ìr9-.ainda, esclaleceÌ sue o íato dâ âtiúdade pollBÀsejeI-"na esfera das dlspÌlt?gpeÌo podel enÍe qrupos oroanizados ' ou de se constitut de "acõês encadêadas. iunto com ouruot-ìÌ0.divÍduos", não sigroúca necessaÌiamente que, para se considerar o compofiamento de uma determinada pessoa como poltico, esta deva estaÌ insedda num grupo oÌganizado ou estar aÌucuÌada politicamente com ouüas. Signìllc3ilg9lim-qre oseu comDortamenlo tem a iÍ]lencáo de conribuú ou coÍ[Íibui de\ : âr-çuDal9lr!apâÍaÀ!Mt!!9j1çêQ!! p4!-galElgQqeggêjma \ ; delsroj.!êda:9lqçj2ú1fi)p4'l-go_l!t&,,99-9lq,elÌ,9:_c.i9p,qlíticâ. ì I Final,nente. é bom lernbrar que oa estudos oue oÍiqinaÍam â I ,áãÃì' rrànGlÀ oasPsj99lqgia!94icaÍegüe41.ç.mer-r.re.ulÌr-qpai._ _ _ 208 209 dìFcipìinas ÍormaÌmente constituÍdas - PsicoÌogiâ, SocioÌogia, Ciência PoÌÍtÌca €tc. -, em busca de uma melhor comDÍeensão dos . . fe!0üeno€€s$dados. EIa se constituiu; ênrêg3lq$lllbiontri- búç39--d9"p-ejqUE34qe! e eqDdOsos.de_Qjt€A94-áreas do conheì c1ÌIg!to. Pode-se úg',pSíá",o,lnle,é-u[oa-!_ççipdna del fddicão mì]ÌtidisciDÌhâÌ. Por oÌrüo Ìado à comolêxidade dosll V . t t 1prnhìertas de quersq. ocupa e ê mulripücidade de áeas del\ conhecjmenro de oÌigem dos profissionajs que co'ìslruúafi aì ' Psicologia Poìjüca. õzeram com que grande oaÌte da sua consL.u- i cão se desse no l,eÍreno da interdsoDlinaridade. Isso sioniíica oue I DOâ Oàíe dO mnnecìmento nêssâ aíêà sìtÌtâ-s-ô nlrmà àTeã com-l pq&_iÌhadq,com oufias djsciplinas - especÌaÌmente corla Soc'olol gÌa.Já.cjê]Ìcia.P_o-líìca -, constitúndo uma região "de íonteÍa" à pêrte das disciplinas-mâês, um teÌiitóÌio què é de todos ê não é de núguém er-n paÌticulaÌ. Este é o caso, por exempìo, dos estudos sobre cpmportamento po[tico que tralem de temas tajs como comportamento eÌeitoÌaÌ ê movimenÌos sociais, entre outros. Tanto isso é verdade que a Associação Nacional de Pesquisa em Comportamento PoÌitico - ANAPOL -, criada em iunho de 1996 por pesquisadores de diveGas das majs imponantes universidades brasiÌeiras, é presi- dida poí uma psicoìogà, mâs coÍrpôem suê òreroiia e Conselho Deliberaïivo tanto psjcóÌogos quanto socióÌogos e cientistas pcìj- ticos. düetamente para suas possibilÌdades e seus ÌÌmites. Assim, esse autor nos leva a ÍefletÍ sobre âs diÍerenoas entIe uma ?sicologia PolíÌica e uma Psicologia da Polítlca: ''Se Íâlamos de Psicoìogìa Poüdca, nos d€paÌamos com tüna discjpÌÌìâ quê âssume que a PsicoìogEa não é aÌgo compÌetâmentre aÌheio e à maÌgem da PoÌitica, que a própria PsicoÌogrâ conÌêm teoÌias políticas, Se, em vez disso, nos refeÌimos a ì)ma Psicologna da PoÌítica, esÌaÌnos ante uma aboÌdagem totalmente diÍerente. Neste üiimo caso, a PsicoÌogia e a PoüÌica serÍam dìras entidades & f * ü f *Ãt i ï Il { I .l ;i { ï ï ï? Pslcologia política ou psicoÌogia da política PaÌa alquns autores são os DrobÌêmas esl,rdados oêÌa Psico- logiâ Pox"r; quqa òôÍineni,'ja que eta LÃìe éáráõÇaoo.Le agoÍa muil.o ndis p-eÌos Lemas que aborda do que por um re[eren ciaÌ leórico melodoÌógico próprÌo. Para-puqQsr no enÌa!!o- essa carqdeÍjzqçao como ãÌea iemattca e msgtiãììÌõíorquõìòs aiz oo ciue tem-seãóufaõo á pìicologia PõÍíõ, mas nada rios revela sobre a-s suas possibilidades e pe$peòtivas na construção do conhecimento. Além qisso., não dislingue erÍtr,e, de q!l_Ìado, as âbordagens ilÌrda-[]91ÌÌ309s na concepÒão crítÌca e, de oüüo, na perspecl.iva dd neutrdhdade cientúica. Embora à primeira vista essa quesÌão pcssa não parecer múto importante, veremos çÍue eÌa é fundamental. Como nos alena Sabucedo (1996) ao deÍinirmos essa discipüDa estamos apontando uma postura neutra por parte do cienüsta. O ÌrâbãÌho de I4sswelÌ, considerado o!gì!e Psicoìogia PoU!\â na hi-s!oÌia^d9!!9-È*9Ípltna esoÍta pelotauÌorcq-tQl!-e.-americanc6, é üm bomslenpÌo dessa orientdçà0, na mêdidâ ctr!qre br,sçolì-etrqonlrer nâ Psçglog0.a-as chaJQs!3IaAçQ&!ree0são dqc.oÌ[ponamenÌo po]iuco, ceor! ando seus-estrldos-nosprocessaql!!,o_olÓgr_c.,s_49luqggilpgllriês. .s. !gs9ge€Jggr"i9as.qu.9-9r.lYlÌigl.olllÌ914.!estisaçê9 daq q4qqas d0È,jãploÌgmgnfg eoon tú. com ctareiãìeìsa aireçdo: personalrdd' de-e-psiçoparc1o$a, r!9!j.vacao, cglúilo, pclççgção. cogìiçao ap€Ioizagêr.!, so*üuâção, gêngqe das alittd.-ê,s -Q dinâmipa de qrupo, Um dos Eandês problemas na PsicoÌogia da PoÌíÌica é que promovè uma reduçêo da PoÌÍtigà ÀPsicoÌogia, afiavés"da p_s-ico- ìooizAcão dos Íên^mqnôs ooÌidcls-p da de,s-considêÍaqão das ò0ry!&"õ-e.-s-Spgi3t9-9 llql9ricas em que eÌes ocQFrem Como Sabucedo (1996) nos aÌerta, essa úordagem "jntÍodüz vm aspecto de íatÂljsmo e de impotència wanto à poËsìbilidade -de mudaÌça sooìai". PoÌ exempÌo: "À aproximação cogÍniÌiva ao tema do preconceito üusÌra peúei- tamente essa dinâmica. Desde o momento em que a carcgonza- 9ão é coÌocâda como unì processo cogmitivo normal e lesponsável pelos estereóhpos, se está afirmando qüe o prejúzo e as conduÌas 1 .11 : : de discriminâção são inevitáveis (...) O dìscuÌso da autodenomi- nada nova direita, útu1o sob o quaÌ se enquaaLam velhâs Ídéias fascistâs, utiÌia esse ìipo ale abordagem, assúalando cl.Ìe o etnocenEismo é uma tendência humana naturaÌ" {p. 22-3). Essa perspectivd 'neutrd tert, poíaÍ l.o, conseqüénc'as po- líÌicas que derivâm diÌetamente das concÌusões "objetivas de seus estudog. Isso porque, se eÌegemos como nível de ajÌálise o individuo, ou a FsicoÌogla individuaÌ, as peÍgnlntas que íaremos e as respostas que obteremos seÌão ümitadâs a essa esfeÌa. Ou, como fica mais cÌaro nas pala!Ìas de KelÌÌÌan (1979): "se definimos o pÌoblema como um piobÌema psicoÌógico próprio de um deÌerminado gmpo d€ pessoas, então o mâis prováveÌ é desenvoÌver poÍticês que incÌuâm estratégias de mudança dessâs pessoas e não poÌíticâs que modúiquem a esFlrtuia sociâì que possjbiìita a exigtência desses prcbÌemas" (p. 192). Creio que já esnl razoavelÌnente claro o quê é a Psicologia da Poìítica. ConseqüentéÌmate, avançâmos na,-dire{ãqdqesclaÌecqr o súeÌáo,C.ê&i99bq1P-91$ca. Porém, é necêssário lembral que a distinção que Íazemos nesse texio e que compânühamos com outros autores úo é consensual. Há mütos ouiros - notadamente nofte-ameÌicanos - que não distingmem entre as aboÌdagenscrÍtica e acÌÍtica, como veÍemos em seguida, ao ânaìsaÌ um pouco dâ históna da discjplina. um pouco de histólia Não é fáciÌ escrever a hjsrória de uma discipìina. É necessário escoÌher os peÌsorìagens e fatos que serão incluídos ou excluÍdos, o que terá destaque e o que será mencìonado apênas de passa- gem, que fontes de inlormação deverão prevalecer em caso de divergências... Eúm, há uma multipÌicidade de escoÌhas a íazeÍ. É r€comeltdávêl, portanto, que se tenha um critéÌio para orienta- Ìas, assim como clareza quanto às Ézões que nos levam a adotálo- No caso deste te)iito, por exempÌo, a distinção que fazemos entre Psìcologia Poìitica e PsicoÌogia da PoÌítica exÌge que tenhamos uma postura crÍtica em reÌação às histórias que não êstúeÌecem tâÌ dÍerença. . Nesse senüdo, uma discussão inÌeressanÌe e necessáÌia é colocada por Sabucedo (1996) quando tIata da quêstão da paÌer- 2t2 nidade da di-scipìina. Tanto o ploneÍo Handbook oÍ Palitìcal Psycho./ogy orgdnizâdo por Knutson (1973) quânto é lntenatíonal Soaety af Poürical PsychologÍ' consideram lassweìÌ como o pà da PsicoÌogia Política. Ora, como já Íoi assinâÌado acima, jndepen- dentemente de seus reconhecidos méntos' o trabalho de LassweÌÌ é ceoüàdo na peíspecljvd individuaìj$a e acnÌica que caÌaderiza a maior paÌte da produção nofte_amedcana nessa âea. Contuclo, na tÍadicão (acrÍtica) nortê-a,nericana de pensamento paìcopolÌÌÌ- co, na quâÌ foi escrita a históÌia oiciâÌ da ?sicoÌogia PoÌítica, é compreerÌsível a atrjbuição de patemidade a f€ssweÌÌ O questio- nâÌrrento cabe aos que não 6e ìdentificám com essa tradição de pensamenlo. As oíiqens da Psicoloqia PoÌidca IemonÉm à Crecia çÌássica mas naíiatarëÉõs aqui ãi;ssê passado dislante Ja no Relasci *ç1s,,?arj-as-Ìe*"d-elçq que ç-e- og.lpaÌqm ero -anaÌisal as rÃiãcoõèïrre os terordzq151glsglogúõa è poìr-!!!9! Jìà,opodêmos igÌ@aúl Suãs idllelil4&elc-jÊÌam' nos iìti4qs çêcuÌos' Lanõõ coLiaiano dds sociedddes ocidÊntals quan-E a ação de aiveisoíôovemantes- õã õoúiruçao do coúeomênto nas cÌèn- cias-nu-niããílãã itustrai o aìcance de sua influência, bâstaria ÌembÌaÌ que'foi eìe o auÌor de umâ série dê rÍÉ)amas e refle>(ões que Íoram apropdadâs pelo sènso comum e incorpoÌaclas ao nosso cotidrano, como, por exemplo, a popular êxpressão "oïElg-lusti_ bcdm os meios (e, paÌa eÌe, o poder eÍè um lim ) Mas, aÌém úìo.- a;i õ-p*"pà t'laquraúeì presedrecju seus leiroÍes com riiverios ensinamèntos sobre como manrcr o podeÍ poÍlico Nã0 é à toa que essa leituÌa tem servido de referência a poderosos e àpirantéÉ ao pooer, desde então até os nossos.dias. No campo da ciênciâ. recenÌes Ìrabaìhos sobre o maqlxãv€ú:9mo mostram como esÀe pensador lenascêntista continua sendo uma rica Íonte dê inspüação para novos esludos sobre a questão do poder' Mais rccentemeDte, nos uìtimos cem anos, sâo muitos os nomes que podemos ciÌar como pÌecusores da Psicologia Politica Vários deles são famüares aos estudantes de Psicolooa porque Íazem paÌÌe da história dessa aÌea do conhecimeìto' como Le Boir' Freud, Wundt, !Ìomm e Reich. Ouüos certamente Ítão ìhes são u"n-t o., aolÌÌo Weber, Dwkheim e Adomo.Ì ConsideIando' '1. Múrc outJos nons p)derim e ddedm sêÌ o€dG e @íìenhdos paÌa que 3€ nase rwd " 6s€s Dìedìrres Nào é FossÍveì Íazê_o no sldln) no êssçodese câpÍnìo' Âãìut qr" "À t**". p.t se rem prec.sa,ao recu er a bibhcqraúã Ddicadá ao ma, eipeciamente a SalueOo (Ì 996) qxe urnbém seMá @mo Íone d€ leÍerênna 213 zuela, e de lgnácio Martin,BaÌó (faÌecido em 1989) comÒ seusprìncipais autorcs. Ainda segundo esse autor, Mexico, Cbjle, VenezueÌa, PoÌto Rico, Costa Rica e CoÌônbia são os países oÌrde a disdplna se eììcontra mais desêovoÌüda, mas o BÌàsil, Argen- tina e H SalvadoÍ também contribuem com trabalhos tmporÌanles à constÌuqão dêssa aÌêa de conhecimento. No BrasiÌ, a Psicolo$â Poüüca ainda se enmnEa em fase de aJir[Ìaçào enquanro discipÌina autónorna. Sua presença nos espa ços instjtucionaiô ainda é fimida. Embora nos anais de diversas reuniÒes cienrifcas da Psicologia - princ;palrnente da ABMpSO - possam seÌ identificados mútos estudos e pesquisas què sê iÌ}serem nessa âea de conhecimenÌo, a idefiidade da discipÌina e a iden túcação da majoria dos pesquisadoíes com a mesma a;da estã em consl"rução. A consolidação da Psicologia poüLica ênl.íe nos exige umÌesgate da sua história no conFxto brasiìeiro e um panorama compÌeto da situação atual. Dâ mesma forma, é necessário que conquiste uma ÌìaioÌ visibüdade acadêmica e social atravéa dapreseJÌça nos cunícuÌos de gÍraduação e pós-gÌaduaçâo €, pdngi,paiÌnente, q.ue sejam ÍortêÌecidos os gÍupos de pesquisa já exis_ tent€s e .que seja estimuìada a criação dê novos, Sugestão de leituras _ PaJa iÌ um pouco maisadiarÌte na expÌoraçào dessa Íascinanle a-(ea oe conneclnento qìle é a PsjcoÌogia poÌitica sugere-se aÌgumas ÌeituÌas, abaixo reÍerenciadas. O qirério adotado paÌa escoìhêìas Íoi a sua utilidade paÍa um mapeamento do teriÌório da discipüna, emgeJâì e no BÌâ_sü. Não Fegruem, nêcessaÌiamênte, a mesina ÌiÌììa teórico-metodoìógica. Constituem um bom começo e espero que estimúem a avançar. Boa leitulal 216 217 Em PoÌtüguês ?ENNA, Antônio Gome s.ILodução à psicología pollÏca Rio de Janeho: Ínago; 1995. SANDOVAL, SaÌvador A.M. O compoftamento poljtico como campo interdisciplinaÌ de conìecimenÌo: a reapÌoxÌmaçào da SocioÌogia e da PsicoÌogia SociaÌ. hl CAMINO, Lêôncio; LHUI,- LIER, Inúse & SANDOVAL, Salvador A.M. (org.) Estudos soóre comportamento pohtico. FlorianópoÌis: Letras Contêmporâneas, ASRAPSO, 1997. . AÌ$mas Ìeflexõês sobre cidadania e formação de con$cÌ- ência poÌitica no BrasiÌ. ln| SPINK, Mary Jane (org ). Cidadania em ConstruQão: uma rcÍlexão tratsdiscipill;.aL São PauÌo: CoÌtez, 1994. PON'IE DE SOUZA, Fêmando. lÍistódas ÌnacEbadas: um en- saio de Psico)ogiaPolÍtica. MaÌingá: EditoÌa da UEM, 1994. CAMIÌO, Leôncio; MENANDRO, PauÌo R M. Apresentação geral. kì: CAMINO, Iaôncio: MENANDRO, ?aulo n M. (orgs.) A sociedade na perspectiva da psÌcologiaa qüestões teúÌcas e úe- todológícas. Rlo de JaÌrelÌo: Associação naclonaì de Pesquìsa e Pós'GÍaduação em Psicoìogia - ANPEPP, 1996 CAMINO, I€ôncio. Uma abordagã psicossocioÌógica rìo estudo do comportamento poÌítico. 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Irr: AZEVEDO, Maria Amélia; MENIN, MaÌia Suzana De porénÌ, a PsicoÌogia PolíÌica em seu sentido estd-tg-difercDcÍada da-SiçsJsdE-d€goiúica, a princ'ipal ieferência entre esses precuÌ- sores mais recentes é òertamente Adomo, através de uma $ande invesrigaçào sobre a pêÍsonaÌdâde autorirâria, púÌicada em 1950. com sèus colegas do Grupo de^Berkeley (Adomo; FrenkefBruns- wick; Levinson; SarúoÍd, 1965)'. No entdnlo, embora a partÌÌ da década de 30. atraves de diversos estudos e pesqui-sas, tenha começado a sê constitú uma ba-se pâÌô a suâ ÍoÍmaÌização, a Psicologia Polüca somenÌe se iÌìsütì.rcionalzou como uma disciplna independenre a parÌÍ da década de 70. Enlre os anos 30 e os anos 70, foram desenvolúdos diversos estudos sobíe atj tudes sociopoÌticas, autoritârismo, ideo- logia e subjetividade, poder e influência, comunicação de massa,propaganda e compoÍamento eleìtoraì, socialização e paÌtíci- pação polÍtica, ênüe outros, mas não haüa, aìnda, nem uma ideoÌidade que unificassê os pesquisadores, nem o reconhe- cimento exl,erno de uma toÌâlidade que engÌobasse essê conjunto oe pesqusas. Na década de 70 a PsicoÌooia PolÌtica adouire identidade. \,'ÌsÌDlloaoe socÉl e DÌesenca LÌìstÌÌucÌorìal. l;nÌÌe os c[versos acófrGô[ntiíÍõ frie ;o^Lnbmã;='sso, sabucedo {1996) menciona o lançamento do Handbook oÍ Politicd PyFÌDIW &nuÌsorÌ, 1973), que relniaredos-dc_Bsieóbgqs, sqçiglogos e cientistg$glílicos. IÌìcÌuíâ ìâmbérn, poÍ sinaÌ, um câpitÌrÌo soblê a históÌÍa da disciplina, cujo conteúdo Íortalecia a aÍirmação de autonomÍa da Psicglogia Poìítica e concedia a LassweÌì a sua pate[Ìidade. Ouüas pub]icações Íomm surgindo nqs anos segujÍr- tês, dando vj,sibüdade e consistência à disciplina. Ao mesmo tempo, foi se esüutu&ndo uma associaqão enüe estudiosos e pesquisadoÍes da aÌea, nos Estados Unidos, que cul'ninou, em 1978, com a criação da Intemaüonal l,ociety oÍ PolitÌcal Psycholo- gy. Essa entidade, ampÌamente reconhecida como o principaÌ Íolo de disqrssões no âmbito da P icoiogia PoÍtica até os nossos dias, ÍeaÌiza Íeuniões cienlÍicas anuais e publica a Ìeüsta Ìrimestrat Politìcal Psychology. Fica evidente, pelo acima expo$Ìo, que a hisÌóÌia da PsicoÌogia PoÌítÍca como discipÌiÌa autônoma e reconhecida nos círcuìos 2. Esso Ìrêìelio ss loastitu.iu, rÈ rsdad€, nw @njúto de estldc conduidc !oÍ diÍsmte pequlsador€s, d€ b€se teóÌlca pslcanâÌilica, qw bülcou tdenrificar reìãções enre peFonâliüde (a !€rcooalidâd€ âüÌorjlóriâ) e ideolosia (lâ!cismo). 214 215 i1. tl acadèmiçaulgye-Dlifoios-pesgüsâdoles rnne aüericanos Conspqüen.emãnre. a historia oÍicial dd discipÌiìa se codunde corn frËqqência com a sua histúia nos Estados UnÌdos É impor- tante ter clareza disso paÌa compreender que uma outra histórÍa vêm sendo escdta em out(os paÍses, na EuÌopâ e na América IáÌina. É nessa 'outra Ìustóda" que surge a distlnÇão com a Psicologia da Poürica A psicologia política na AméÌica Latina e Do BÌasil: uma breve notÍsia A predominância de outras tradições de pensamento em países euopeus e latino-americanos pÍoduziu é óbú0, outras perspectivas, outras abordagens aos probÌemas psicopolÍticos. A bjstória recente desses países - especiãrìÌnente o fim de diversas alitaduÌas e a reconquÌsta de Ìiberdades democrátÌcas - desafiou e estimulou os pesquisadores a 5e ocupaÌem de probÌemas muito iïversos daqueÌes própdos da reaÌidade nolìe-amencana Na América l,atirla o desenvoÌúmento da PsicoÌogia ?oliÌica é mais ìêcente, dèLando da década de 80 É cÌalo quê lambém aqui tivemos ptecursores, trabaÌhos jsolados que aboÌdaÌam as reÌâCões entje PsicoÌogia e Politica, mas âinda seú constiÌüir' no seu conjünto, uma discipÌúa autônoma Uma caracteística maÌ- cantê desse desenvoÌvimento entre nós, pesquÌsadores Ìatìno_ aaoêrÍcanos, é que eÌe sê deu eÌn Ìesposta a necessidades sociai's concIetas. ArdiÌa (1996) enumera como principâis òordados pelos pesquisadores em nosso contexto: "moümentos sociais, d€mocracia, modêÍÍììzaçáo, ldentidâde na_ cional, pânicipaçáo poütica, comportamento eÌeitoraÌ, consci' ência poÌítica, conÍÌito negooaçâo, aìienação' dependência' lidelança, toÌiuÌa, nâcionâÌisúo, inteÍnacicnalìsmo, aìitoritaÌÌs- mo, moúmentos ecoÌógicos e ambiêÂtaÌistas' luta de cÌasses, reÌacáo alo TerceiÌo Mundo co-m o Prj$ejÌo e o Seglrndo, meios de ;omunicação de massa {coìÌì.3 sr'Ìa.LnfÌuênoa sobre d€cìsões poülìcôs), paficjpação. papel da mulhêr e sooa ljzação poÌÌticâ de cÍianças e adolescentes" (p 339). ArdiÌa (1996) destaca FÌeud e MaÌx como inÍluêncÍas marcan- tes no desenvoÌvimento da PsicoÌogia Política latino-ameícana, e os nomes de Maritza Mont€ro, da Universidade Central da Vene- S:l:Íalg. fsrcotosÌa e poÌibca: rcflexões sobre posflbiüdddes ecÌÍticddad* deste enconoo. São ÈuÌo: Conez; FApESp, 1995. Em Inglês ARDILA,_Rìben. poÌjricaÌ psychoÌogy: the Latin Americanperspec ve. Po.lÌocat psycho]ogry. 17(2):3ã9_351;jun , 1996. José Manuel. pstcologría po.llnca. Ma&id: 218 o' LIJ F-tv, 4 ô- EXPERIÊNCIAS
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