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DIREITO DO TRABALHO - RELAÇÃO DE EMPREGO”, “EMPREGADO” E “EMPREGADOR

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 Direito do Trabalho
		
ASPECTOS ATUAIS DOS TEMAS “RELAÇÃO DE EMPREGO”, “EMPREGADO” E “EMPREGADOR”
I – A RELAÇÃO DE EMPREGO:
Nos artigos 3º e 2º da CLT o legislador aponta os requisitos fático-jurídicos necessários ao reconhecimento de vínculo empregatício entre o trabalhador e o seu tomador de serviços. 
Dentre os elementos destacamos a SUBORDINAÇÃO (ou dependência, expressão utilizada na CLT).
Qual a natureza jurídica dessa subordinação (dependência)?
Seria econômica?
Para alguns estudiosos do Direito do trabalho, “o que caracteriza a relação de emprego é o fato de que o empregado depende do salário recebido para cobrir as suas despesas pessoais e obrigatórias, isto é, o empregado fica subordinado ao empregador porque é, economicamente, inferior a ele”. (RUSSOMANO, 1984, p. 112) (TESE SUPERADA)
Seria técnica?
Outros doutrinadores interpretavam que essa subordinação “reside em que o empregado não pode trabalhar de acordo com suas preferências, com suas inclinações, em suma, com sua vontade [...]. Além disso, não pode seguir, no trabalho, seus métodos favoritos: deve, também aqui, aceitar a orientação técnica do empregador e realizar suas tarefas de acordo com aquilo que lhe é exigido” (RUSSOMANO, 1984, p. 112) (TESE SUPERADA)
Seria jurídica?
Majoritariamente, os estudiosos do tema asseveram que a subordinação tem como fundamento o próprio contrato de trabalho, que legitima a subordinação, concedendo ao empregador o poder de dirigir a prestação de serviços e fiscalizá-la, “De modo que o empregado trabalha dirigido e fiscalizado pelo empregador e isso o subordina a este”. (RUSSOMANO, 1984, p. 112)
Compreendendo o conteúdo da subordinação jurídica:
SUBORDINAÇÃO JURÍDICA CLÁSSICA: é a subordinação hierárquica, figurada através do poder diretivo e fiscalizatório do empregador. A subordinação jurídica clássica estaria evidenciada quando o empregado estivesse sujeito às ordens de sua chefia, podendo inclusive receber punições disciplinares quando infringisse alguma norma, desde que o empregador não extrapole os limites legais. A prestação dos serviços é dirigida pelo empregador, o qual exerce o poder de direção, devendo o trabalhador seguir todas as orientações e determinações.
Será que esse conceito de subordinação jurídica consegue abarcar as relações de trabalho estabelecidas nos dias atuais, relações essas descentralizadas e horizontalizadas, cujo objetivo é otimizar a produção com a melhor absorção do potencial de cada trabalhador?
 Considerando essas transformações, os estudiosos do Direito do Trabalho sugerem que o elemento fático-jurídico subordinação receba uma releitura, um ressignificado. Surge, então, o conceito de SUBORDINAÇÃO ESTRUTURAL OU INTEGRATIVA.
Na subordinação estrutural, analisa-se tal subordinação objetivamente, com enfoque na atividade prestada pelo obreiro, e na natureza dessa atividade, se essencial ou não ao funcionamento da empresa empregadora. Nesse sentido, o trabalhador é subordinado quando a sua atividade se integra aos objetivos empresariais.
Para Maurício Godinho Delgado (2010), “a readequação conceitual da subordinação – sem perda de consistência das noções já sedimentadas – atenua o enfoque sobre o comando empresarial direto, acentuando, como ponto de destaque, a inserção estrutural do obreiro na dinâmica do tomador de serviços”. Segundo o autor, “estrutural é a subordinação que se manifesta pela inserção do trabalhador na dinâmica do tomador de seus serviços, independentemente de receber (ou não) suas ordens diretas, mas acolhendo, estruturalmente, sua dinâmica da organização e funcionamento.
ESTAMOS DIANTE DO CONCEITO DE SUBORDINAÇÃO CLÁSSICA OU ESTRUTURAL? POR QUÊ?
Um garçom ajuizou reclamação trabalhista em face de Brasilton Belém Hotéis e Turismo S.A, pleiteando vinculo de emprego e demais verbas trabalhista. O hotel defende-se alegando que a prestação de serviços era eventual e não havia pessoalidade, e que o garçom apenas prestava serviços autônomos quando havia a realização de algum grande evento na área de banquetes. Informou, ainda, possuir 36 garçons em seu quadro funcional, número suficiente, segundo a empresa, para atender à demanda do restaurante e dos bares do hotel.
TST
Ao examinar o processo, porém, o ministro Fernando Eizo Ono, relator do recurso de revista, afastou a violação apontada e salientou a fundamentação do TRT, que afastou a tese do não enquadramento do garçom em atividade fim da empresa, "não se demonstrando a prestação de serviço autônomo". Quanto às exigências de pessoalidade, onerosidade, trabalho não eventual e subordinação, para o reconhecimento do vínculo, o relator verificou que o garçom recebia pagamento por seus serviços, conforme recibos, e se fazia presente pessoalmente nas dependências da empresa, que não deixou clara a possibilidade de substituí-lo.
Ficou comprovada, também, a habitualidade das tarefas desenvolvidas no período de janeiro de 2009 a maio de 2011, pois depoimentos confirmaram que o viram trabalhando três vezes por semana. Além disso, ele exercia suas funções na atividade fim e lucrativa da empresa, não só nos eventos, mas também no restaurante e no bar. O aspecto de subordinação, determinante para a conclusão da relação de emprego, foi também confirmado por testemunha, que relatou existir uma escala de serviço para os garçons contratados, revelando o poder diretivo do empregador.
Por fim, o ministro Eizo Ono concluiu que a revisão da decisão regional exigiria o reexame de fatos e provas, procedimento vedado nesta fase recursal pela Súmula 126 do TST. A Quarta Turma, então, não conheceu do recurso quanto ao tema em discussão, o que manteve a sentença determinando ao hotel o pagamento de valores relativos a aviso prévio; férias em dobro de 2009/2010; férias simples de 2010/2011 e férias proporcionais de 2011 (5/12), todos acrescidos do terço constitucional; 13º salário de 2009, 2010 e proporcional de 2011 (6/12) e FGTS mais 40%.
ESTAMOS DIANTE DO CONCEITO DE SUBORDINAÇÃO CLÁSSICA OU ESTRUTURAL? POR QUÊ?
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho deu provimento a recurso de revista de uma médica veterinária e reconheceu sua relação de emprego com a Clínica Irmãos Agrela Ltda., de São Paulo. A Turma entendeu que, apesar de a médica ter autonomia para definir seu próprio horário de trabalho, havia, no caso, subordinação objetiva e estrutural ao tomador de serviço. "A flexibilidade de horário, em trabalho diário de segunda a sábado, não traduz autonomia e ausência de subordinação", afirmou o relator do recurso, ministro Maurício Godinho Delgado. Agora, o processo retorna ao juízo de primeiro grau para a análise dos demais pedidos formulados na ação trabalhista.
Na inicial da reclamação, a médica pediu o reconhecimento de vínculo entre dezembro de 2001 e agosto de 2006, quando, durante sua licença-maternidade, foi comunicada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) que não seria, a partir daquele momento, a responsável técnica pela empresa. Na defesa, a clínica sustentou que a relação jurídica mantida com a veterinária estaria amparada pelo Código Civil, e não pela legislação trabalhista, pois estaria comprovada a autonomia e a ausência de subordinação, condição necessária para o reconhecimento do vínculo, conforme o artigo 3º da CLT.
O juízo de primeiro grau não reconheceu a relação de emprego por considerar ausente o requisito da subordinação – entendimento confirmado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP). A médica interpôs então recurso de revista ao TST, insistindo na pretensão.
Segundo o ministro Maurício Godinho Delgado, a situação discutida merecia enquadramento jurídico diverso, em direção ao reconhecimento do vínculo empregatício. Ele destacou que o requisito fático-jurídico da subordinação, previsto no artigo 3º da CLT, não deve ser interpretado apenas na perspectiva subjetiva, baseada em "profundas e irreprimíveis ordens"do tomador de serviços ao trabalhador. O conceito tem ainda aspecto objetivo – no qual o trabalhador realiza os objetivos sociais da empresa – e estrutural – em que o prestador do serviço se encontra inserido na organização, dinâmica e cultura do empreendimento.
"Uma médica veterinária que trabalhe diariamente, por quase cinco anos, de segunda-feira a sábado, pessoalmente, com onerosidade, para uma clínica veterinária está objetivamente, além de estruturalmente, subordinada a essa mesma clínica", afirmou o relator. "O fato de possuir certa liberdade de horário não afasta, de modo algum, a subordinação objetiva e estrutural. De maneira geral, os trabalhadores intelectuais não têm controle férreo e rigoroso de horários, sem que, com isso, deixem de ser subordinados".  Para o relator, o Direito do Trabalho, como ramo jurídico de inclusão social e econômica, "não absorve fórmulas criativas ou toscas de precarização, como a parassubordinação e a informalidade".
A decisão foi unânime.
Processo: RR-528100-67.2006.5.02.0081
É POSSÍVEL RESSIGNIFICAR O CONTEÚDO DA SUBORDINAÇÃO JURÍDICA E RECONHECER VÍNCULO DE EMPREGO NO CASO CONCRETO ABAIXO?
(Ter, 18 Dez 2012, 8h30)
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) não conheceu recurso contra decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) que anulou auto de infração emitido por fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) contra a loja Novo Mundo Móveis e Utilidades Ltda. A empresa foi autuada por contratar o serviço de 143 trabalhadores montadores de móveis sem reconhecimento de vínculo empregatício e registro da Carteira de Trabalho e Previdência Social.
A Novo Mundo acionou a Justiça do Trabalho para anular o auto de infração. Alegou que a montagem de móveis "é prestação de serviço autônomo e, por tal, flui de maneira flexível e espontânea, sem compromissos de horário, de subordinação". Afirmou, também, que os prestadores são pessoas jurídicas, regularmente constituídas, com contrato de prestação de serviço não ligado à atividade fim, comércio, mas à atividade meio, montagem.
Na primeira instância, a empresa teve seu pedido negado. A sentença confirmou a existência de vínculo empregatício com os 143 montadores de móveis e declarou a validade dos autos de infração. "A fiscalização constatou a criação de empresas fictícias, com o único intuito de burlar os direitos trabalhistas desses obreiros, contratados que foram como pseudoempresários, para execução dos serviços de montagem de móveis".
Entendimento diverso
O TRT entendeu de outra forma.  Ao julgar recurso da empresa, o Tribunal decidiu que o auto de infração deveria ser anulado.  O acórdão destacou que a jurisprudência ainda não está pacificada sobre a possibilidade de terceirização dos serviços de montagem de móveis, "não sendo possível declarar, de forma genérica, a existência de vínculo empregatício entre a empresa e todos os montadores sem analisar caso a caso".
Concluiu que, nas situações em que o vínculo é nebuloso, a decisão do auditor fiscal que afirma existir vínculo de emprego com todos os montadores extrapola os limites legais de sua atuação funcional.
A União recorreu, de forma que o processo subiu ao TST. Em suas razões, reiterou a existência dos requisitos caracterizadores do vínculo empregatício, tais como subordinação, pessoalidade e habitualidade.
O julgamento da matéria ficou ao encargo da Sétima Turma, com relatoria do ministro Ives Gandra Martins Filho (foto), que votou por não conhecer do recurso. Em seu voto, enfrentou preliminarmente a questão da autonomia de atuação do fiscal do trabalho para examinar a presença de relações jurídicas enquadradas nas leis trabalhistas e o seu cumprimento.
"Ao verificar a inobservância da legislação trabalhista, tem o dever de lavrar o auto de infração, sob pena de responsabilidade administrativa, na forma do artigo 628 da CLT. Assim, não há nenhuma restrição na ordem jurídica quanto à possibilidade de o órgão fiscalizador verificar a presença dos elementos caracterizadores da relação de emprego", observou.
Porém, quanto ao mérito da matéria, concluiu que, com base no quadro fático delineado pelo TRT, não é possível constatar ilicitude na terceirização dos serviços de montagem de móveis na forma como ocorre na Novo Mundo.
"Em primeiro lugar, porque as atividades dos trabalhadores que atuam no ramo de montagem de móveis não podem ser inseridas na atividade-fim da empresa que atua no comércio de móveis e eletrodomésticos. A depender da situação concreta, o móvel que se põe a venda pode, ou não, vir montado, sendo certo, por outro lado, que a empresa que o vende não tem, necessariamente, a obrigação de montá-lo para o cliente no local de destino do móvel", frisou.
Acrescentou ainda que poderia cogitar-se de nulidade da terceirização caso ficasse comprovado que havia pessoalidade e subordinação jurídica entre a empresa e os trabalhadores. "Contudo, não há notícia no acórdão regional de que o trabalho dos referidos montadores ocorresse mediante pessoalidade e subordinação jurídica em relação à empresa. Pelo contrário, o auto de infração reconheceu o vínculo empregatício após análise genérica da atividade de terceirização ora discutida, não tendo sido analisada, caso a caso, a situação dos obreiros envolvidos na controvérsia".
A decisão da Turma foi unânime no sentido de não conhecer do recurso da União, ficando mantida a decisão do TRT que anulou o auto de infração emitido pela fiscalização do trabalho.
 
Processo: RR - 1929-90.2010.5.18.0002
E A PARASSUBORDINAÇÃO? QUAL O SEU SIGNIFICADO? APLICA-SE AO TRABALHADOR PARASSUBORDINADO O DIREITO MATERIAL DO TRABALHO?
A parassubordinação corresponde a um novo critério legitimador de tutela jurídica desenvolvido pela doutrina italiana, em virtude das novas modalidades de trabalho surgidas com as transformações tecnológicas e organizacionais do mundo moderno.
Para os doutrinadores italianos, o trabalho humano não se subdividiria unicamente em trabalho subordinado e trabalho autônomo, mas, na verdade, em três grupos. Assim, o terceiro gênero, denominado trabalho parassubordinado, representaria um grupo intermediário que, embora mesclado com características tanto da subordinação quanto da autonomia, com eles não se confundiria.
A parassubordinação seria, então, uma espécie de tertium genus, haja vista sua situação de permeio entre a subordinação e autonomia, ora apresentando traços peculiares a ambos os institutos, ora apresentando suas próprias características.
José Affonso Dallegrave Neto esclarece que “a parassubordinação seria um neologismo utilizado para traduzir a subordinação mitigada, própria de empregados altamente qualificados ou controlados à distância, ou, ainda, das figuras contratuais resididas na zona fronteiriça entre o trabalho autônomo e a relação de emprego, como, por exemplo, o representante comercial e o vendedor pracista”.
Elementos que caracterizam uma relação parassubordinada de trabalho:
►continuidade: o serviço deve ser prestado de forma contínua. Aqui não estamos diante de uma prestação de serviço eventual.
►pessoalidade: o contrato é infungível em relação ao trabalhador.
►coordenação: seria a possibilidade contratual de ambas as partes traçarem diretrizes para a atividade, buscando atingir o mesmo fim, ainda que fiquem somente a cargo do tomador os riscos do empreendimento.
►onerosidade: o tomador dos serviços paga por ter o trabalhador à sua disposição.
Amauri Mascaro Nascimento (2007) afirma que “o trabalho parassubordinado constitui uma categoria intermediária entre o autônomo e o subordinado, abrangendo tipos de trabalho que não se enquadram exatamente em uma das duas modalidades tradicionais”. 
Entre as quais se situa, conforme o autor, a representação comercial, o trabalho dos profissionais liberais e outras atividades atípicas, nas quais o trabalho é prestado com pessoalidade, continuidade e coordenação. Seria a hipótese, se cabível, do trabalho autônomocom características assimiláveis ao trabalho subordinado.
PROTEÇÃO CONFERIDA AOS TRABALHADORES PARASSUBORDINADOS:
Na Itália, por meio do o artigo 409, n.3, do CPC italiano, os trabalhadores parassubordinados são submetidos ao mesmo trâmite legal dos empregados. 
No Brasil, não há regulamentação. O deslinde do caso concreto apresentado vai depender da forma com que cada juiz do trabalho analisa a situação. Vejamos as decisões a seguir:
Julgado que reconhece a existência de relação de trabalho parassubordinado e aplica o Direito Material do Trabalho, diante de ausência de regulamentação específica: 
“PARASSUBORDINAÇÃO - JORNALISTA CORRESPONDENTE - NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO RELACIONADO COM A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. 
Encontra-se sob o manto da legislação trabalhista, porquanto presentes os pressupostos do art. 3º. da CLT, a pessoa física que prestou pessoalmente os serviços de correspondente jornalístico, onerosamente. Ao exercer a atividade relacionada com a busca de notícias, bem como com a respectiva redação de informações e comentários sobre o fato jornalístico, o profissional inseriu-se no eixo em torno do qual gravita a atividade empresarial, de modo que, simultaneamente, como que se forças cinéticas, a não eventualidade e a subordinação, esta última ainda que de maneira mais tênue, se atritaram e legitimaram a caracterização da relação empregatícia. As novas e modernas formas de prestação de serviços avançam sobre o determinismo do art. 3º. da CLT, e alargam o conceito da subordinação jurídica, que, a par de possuir diversos matizes, já admite a variação periférica da parassubordinação, isto é, do trabalho coordenado, cooperativo, prestado extramuros, distante da sua original concepção clássica de subsunção direta do tomador de serviços. Com a crescente e contínua horizontalização da empresa, que se movimenta para fora de diversas maneiras, inclusive via terceirização, via parassubordinação, via micro ateliers satélites, adveio o denominado fenômeno da desverticalização da subordinação, que continua a ser o mesmo instituto, mas com traços modernos, com roupagem diferente, caracterizada por um sistema de coordenação, de amarração da prestação de serviços ao empreendimento por fios menos visíveis, por cordões menos densos. Contudo, os profissionais, principalmente os dotados de formação intelectual, transitam ao lado e se interpenetram na subordinação, para cujo centro são atraídos, não se inserindo na esfera contratual do trabalho autônomo, que, a cada dia, disputa mais espaço com o trabalho subordinado. Neste contexto social moderno, é preciso muito cuidado para que os valores jurídicos do trabalho não se curvem indistintamente aos fatores econômicos, devendo ambos serem avaliados à luz da formação histórica e dos princípios informadores do Direito do Trabalho, de onde nasce e para onde volta todo o sistema justrabalhista. O veio da integração objetiva do trabalhador num sistema de trocas coordenadas de necessidades, cria a figura da parassubordinação e não da para-autonomia. Se a região é de densa nebulosidade, isto é, de verdadeiro fogo jurídico, a atração da relação jurídica realiza-se para dentro da CLT e não para dentro do Código Civil, que pouco valoriza e dignifica o trabalho do homem, que é muito livre para contratar, mas muito pouco livre para ajustar de maneira justa as cláusulas deste contrato”. (grifos acrescidos).” (TRT, 3ª Região, RO 00073/2005, 4ª Turma, Relator Juiz Luiz Otávio Linhares Renault, publicação no DJMG em 01/10/2005).
Julgado que reconhece a relação de trabalho parassubordinado e, diante da ausência de regulamentação específica, aplica o Código Civil: 
“RECURSO ORDINÁRIO MÉDICO PLANTONISTA. RELAÇÃO DE TRABALHO. NÃO É EMPREGATÍCIO O VÍNCULO MANTIDO ENTRE MÉDICO PLANTONISTA E UNIDADE HOSPITALAR QUANDO CONSTATADOS TRAÇOS INCOMPATÍVEIS COM A SUBORDINAÇÃO, ONEROSIDADE E PESSOALIDADE, ORDINARIAMENTE ENCONTRADOS NOS CONTRATOS DE EMPREGO.
Médico Plantonista. Relação de Trabalho. Em discussão nos autos está o tipo da relação de trabalho havida entre o recorrente, unidade hospitalar, e o recorrido, médico plantonista, a quem o juízo de origem deferiu parcelas celetistas do estilo. É do reclamado o ônus da prova, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante, conforme dicção do artigo 333, inciso II, CPC. Negada a relação de emprego, mas admitida a relação de trabalho autônomo, compete ao pretendido empregador provar a alegação modificativa, sob pena de se terem por reconhecidos os direitos pugnados pelo empregado. O reclamado admitiu a relação de trabalho, mas alegou a inexistência de vínculo empregatício, sustentando que o labor era desenvolvido de forma autônoma pelo reclamante. Razão lhe assiste. Traço marcante da distinção entre a relação de emprego e o trabalho autônomo, a subordinação exibe-se de forma peculiar nos casos em que a atividade do empregado demanda alto grau de conhecimento científico. Em tais hipóteses, não há que se cogitar da estrita obediência às ordens emanadas de um superior hierárquico, eis que a especialidade da execução das tarefas inibe a ingerência patronal ordinariamente constatada nos contratos de emprego. Neste diapasão, há que se perquirir dos demais elementos inerentes à relação contratual a compatibilidade com a subordinação jurídica. A liberdade conferida ao reclamante ao longo dos anos em que atuou no reclamado desbordava dos limites traçados pela subordinação, ainda que considerada de forma mitigada. Em verdade, convenço-me cuidarem os autos de relação permeada em parte pela subordinação tradicional e, de outra banda, pelos chamados contratos de atividade (trabalho autônomo e representação comercial, por exemplo).Trata-se de conceito contemporâneo, elaborado inicialmente pela doutrina italiana e difundido pelo mundo diante da constatação de novas formas de relação de trabalho que, apesar da existência de características sugestivas de vínculo empregatício, não se albergam pela legislação trabalhista. Conquanto esteja inserido na organização da empresa, o trabalho "parassubordinado" se volta para a consecução de resultados sucessivos, através da coordenação, e não subordinação, entre o profissional e o empresário. É neste ponto que se diferencia do trabalho autônomo, voltado este para objetivos pontuais e não necessariamente ligados à atividade-fim da empresa. Por tais particularidades é que a parassubordinação é frequentemente encontrada em relações de trabalho mantidas por profissionais liberais, cujo grau de conhecimento exigido na execução dos encargos se amolda nessa nova forma de subordinação. Não se está, frise-se, excluindo a possibilidade de que profissionais liberais sejam efetivamente empregados, nem tampouco vinculando-os necessariamente à idéia de parassubordinação, mas apenas ressaltando-se um outro olhar para as relações de trabalho tal a dos autos. Neste azo, calha à parassubordinação o contexto da relação que exsurge da presente demanda. O reclamante prestou serviços à reclamada de 1977 a 2005, através de plantões concedidos duas vezes por semana. Inarredável é a habitualidade desta relação. Contudo, a continuidade é realmente um traço característico do trabalho parassubordinado, pois a finalidade de obtenção de resultados sucessivos dentro da organização da empresa dela não pode prescindir. Todavia, conforme declarado pelas duas testemunhas do recorrido, os médicos plantonistas atendiam tanto os pacientes através de convênios públicos (SUS) e privados (planos de saúde), como através de consultas particulares. Nos dois primeiros casos, o hospital recebia dos convenentes o valor dos atendimentos e os repassava para os médicos, salvo determinados convênios, em que o próprio plano de saúde efetuava o pagamento diretamente para o profissional. Nos casos particulares, o pagamento era feito diretamente ao hospital, que semanalmente remunerava os profissionais, de acordo com a quantidade de atendimentos prestados. Ocorre que tais valores em nenhum momentoforam fixados ao talante exclusivo do empregador, sendo decorrentes, no caso dos convênios, de tabelas pré-estabelecidas, ou, nos casos de consultas particulares, de prévio ajuste com os profissionais. A meu sentir, afasta-se do vínculo empregatício e aproxima-se do parassubordinado a prestação de serviços cujo preço é fixado não pelo pretenso empregador, conforme sua conveniência, mas sim mediante negociação com o suposto empregado. De outra banda, o fato de os plantonistas receberem os valores do recorrente não implica necessariamente que fossem remunerados pelo hospital, denotando-se que, em verdade, ocorria apenas o repasse das verbas”. (grifos acrescidos). (TRT, 7ª Região, RO 00056/2006, 2ª Turma, Relator Juiz Claudio Soares Pires, decisão em 19/01/2009 e publicação no DOJTe em 11/02/2009).
II – EMPREGADO:
Conforme discutido anteriormente, presentes os requisitos da relação empregatícia, o fato de o empregado trabalhar em sua própria casa é irrelevante. Nesse sentido, interessante analisar a nova redação dada ao artigo 6º, parágrafo único da CLT:
CLT
Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.
Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. 
Não estamos diante de um instituto trabalhista novo, uma vez que o trabalho em domicílio já recebia tratamento do legislador celetista, porém, a previsão expressa da possibilidade de se reconhecer vínculo de emprego à essa forma de prestação de serviço traz segurança às relações jurídicas e proteção a esse especial trabalhador.
O que é teletrabalho?
É a forma de trabalho realizada em lugar distante do escritório central e/ou centro de produção, que permite a separação física e que implique no uso de uma tecnologia facilitadora de comunicação. (Definição segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho).
Como caracterizar a subordinação jurídica?
O empregador pode controlar e dirigir a prestação dos serviços estabelecendo prazos para os trabalhos, metas de produção, orientações sobre os procedimentos a serem seguidos, apresentação de relatórios, definição de materiais, solicitação de tarefas, etc. Ressalte-se que esse controle ficará mitigado e será menos acentuado.
III – EMPREGADOR:
PODERES DO EMPREGADOR: é o conjunto de prerrogativas asseguradas pela ordem jurídica e tendencialmente concentradas na figura do empregador, para exercício no contexto da relação de emprego.
DIMENSÕES DO PODER EMPREGATÍCIO: diretivo, regulamentar, fiscalizatório e disciplinar
Poder diretivo (poder organizativo ou poder de comando): é o poder atribuído ao empregador de determinar as regras de caráter predominantemente técnico-organizativas que o trabalhador deve observar no cumprimento da obrigação. Através do poder diretivo o empregador dá a destinação desejada às energias de trabalho. Fundamento: direito de propriedade; princípio da assunção dos riscos do negócio.
b) Poder regulamentar: para Carlos Henrique, é o poder do empregador “legislar” no âmbito da empresa - exemplo: regulamento de empresa, manual de pessoal, plano de carreira etc. Gera cláusulas (condições) contratuais e não normas jurídicas. São atos jurídicos unilaterais que aderem ao contrato (art. 468 da CLT e Súmulas 51 e 288, do TST). 
c) Poder Fiscalizatório (poder de controle): para Godinho, é o conjunto de prerrogativas dirigidas a propiciar o acompanhamento contínuo da prestação de trabalho e a própria vigilância efetivada ao longo do espaço empresarial interno - ex.: controle de portaria, revistas, circuito interno de televisão, controle de horário e freqüência, prestação de contas etc. 
d) Poder disciplinar: Segundo Godinho, é o conjunto de prerrogativas concentradas no empregador dirigidas a propiciar a imposição de sanções aos empregados em face do descumprimento por esses de suas obrigações contratuais. Há tendência de limitação e democratização do poder disciplinar considerando que em sua incidência concreta pode fragilizar direitos da personalidade do trabalhador. Ex. advertência, suspensão e dispensa por justa causa.
5. 3. Limites ao poder potestativo do empregador:
Condutas fiscalizatórias e de controle que agridam a liberdade e a dignidade básica do empregado violam os direitos fundamentais, os fundamentos e os objetivos da República Federativa do Brasil. A CLT (art. 373-A) incorporou norma proibitiva de revistas íntimas em trabalhadoras. 
Portanto, o exercício dos poderes diretivo, fiscalizatório, regulamentar e disciplinar deve passar por uma análise de conformidade com os princípios da Constituição Federal. A moldura constitucional de princípios e valores constitui barreira intransponível para o exercício das prerrogativas empregatícias.
5. 4. Abuso do poder potestativo e teoria do ato ilícito no contrato de trabalho:
O abuso de direito constitui um ato ilícito do qual exsurge um dever reparatório, conforme art. 187 do CC:
Art. 187 – Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé e pelos bons-costumes
Na seara trabalhista o abuso de direito pode ser visto como uma violação contratual, na medida em que as prerrogativas decorrentes do contrato de trabalho são extrapoladas a tal ponto que agridem outras normas previstas no ordenamento jurídico, configurando ato ilícito. A conseqüência é o dever de reparação, que pode se dar in natura ou por indenização.
VOCÊ É O MINISTRO RELATOR DO RECURSO DE REVISTA DA EMPRESA RECLAMADA. A DECISÃO DEVE SER MANTIDA OU REFORMADA? FUNDAMENTE.
Ao ajuizar a reclamação trabalhista, as empregadas afirmaram que elas e os demais colegas eram obrigados diariamente a retirar todo o conteúdo de suas bolsas - inclusive objetos íntimos - que eram revistadas pelo porteiro no fim do expediente, diante de todos. Segundo elas, a revista era absurda e as expunha indevidamente "ao vexame de ser alvo de comentários indelicados pelos meninos que trabalham no restaurante". Por isso, consideravam não haver mais condições de continuar a trabalhar no restaurante.
A sentença da Vara de Trabalho de Aparecida deferiu a rescisão indireta dos contratos e condenou a empresa a indenizar as trabalhadoras, por assédio moral, no valor de três meses de salário. A condenação foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP). O Regional considerou que o comportamento da empresa – que, além da revista diária, dispunha de câmeras de vigilância em todos os recintos – era abusivo porque partia do pressuposto "de que todos os empregados são possíveis criminosos".
Ao recorrer ao TST, o restaurante questionou o deferimento da rescisão indireta e da indenização e afirmou que as revistas, direcionadas apenas a bolsas e sacolas, não eram vexatórias nem atentavam contra sua intimidade ou honra. Argumentou, ainda, que as trabalhadoras não apresentaram qualquer prova de que tenham sofrido dano à sua intimidade, vida privada, boa fama, honra ou imagem.
QUAL A SUA DECISÃO?
A revista em bolsas e sacolas dos empregados da Comercial Frango Assado Ltda., de Aparecida do Norte (SP), não foi considerada pela Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) como motivo para justificar a rescisão indireta do contrato de trabalho de três empregadas do estabelecimento.
Por unanimidade, a Turma deu provimento a recurso de revista da empresa e julgou improcedente o pedido das empregadas de rescisão indireta (quando o próprio trabalhador pede demissão por descumprimento de cláusulas contratuais e recebe todas as verbas trabalhistas a que teria direito se fosse demitido imotivadamente) e de indenizaçãopor dano moral.
O estabelecimento ficava à margem da Via Dutra. Ao ajuizar a reclamação trabalhista, as empregadas afirmaram que elas e os demais colegas eram obrigados diariamente a retirar todo o conteúdo de suas bolsas - inclusive objetos íntimos - que eram revistadas pelo porteiro no fim do expediente, diante de todos. Segundo elas, a revista era absurda e as expunha indevidamente "ao vexame de ser alvo de comentários indelicados pelos meninos que trabalham no restaurante". Por isso, consideravam não haver mais condições de continuar a trabalhar no restaurante.
A sentença da Vara de Trabalho de Aparecida deferiu a rescisão indireta dos contratos e condenou a empresa a indenizar as trabalhadoras, por assédio moral, no valor de três meses de salário. A condenação foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP). O Regional considerou que o comportamento da empresa – que, além da revista diária, dispunha de câmeras de vigilância em todos os recintos – era abusivo porque partia do pressuposto "de que todos os empregados são possíveis criminosos".
Ao recorrer ao TST, o restaurante questionou o deferimento da rescisão indireta e da indenização e afirmou que as revistas, direcionadas apenas a bolsas e sacolas, não eram vexatórias nem atentavam contra sua intimidade ou honra. Argumentou, ainda, que as trabalhadoras não apresentaram qualquer prova de que tenham sofrido dano à sua intimidade, vida privada, boa fama, honra ou imagem.
O relator do recurso de revista, ministro Vieira de Mello Filho (foto), deu razão à empresa. Em primeiro lugar, ele observou que o acórdão do TRT não noticia a ocorrência de revista pessoal ou íntima, e sim de bolsas e sacolas.  "Ora, a fiscalização das empregadas, tal como consignada, não configura ato ilícito, uma vez que não se pode presumir, no caso em debate, o dano que as teria atingido, nem o consequente sofrimento psíquico, pois a inspeção não era discriminatória, tampouco dirigida somente a elas", assinalou.
O ministro lembrou que o procedimento da empresa "revela exercício regular de proteção de seu patrimônio", e é prerrogativa do empregador. O caráter generalizado da revista de bolsas e sacolas, "realizado de modo impessoal, geral e sem contato físico e sem expor a intimidade do trabalhador" não o submete a situação vexatória nem abala o princípio da presunção de boa-fé que rege as relações de trabalho. "Portanto, esse procedimento não configura falta grave capaz de levar à rescisão indireta e também não dá ensejo ao recebimento, por parte do empregado, de indenização por dano moral", concluiu.
(Carmem Feijó/MB - Fellipe Sampaio)
Processo: RR-558-91.2011.5.15.0147

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