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31/08/2016 1 Fundamentos de Mecânica dos Solos Prof. Adriano Rodrigues Introdução 31/08/2016 2 Objetivo Estudar as características físicas dos solos e seucomportamento (equilíbrio e deformação) quando submetidoa acréscimos ou alívio de tensões. Substituir métodos empíricos por métodos científicoConteúdo: Origem e Formação dos Solos Classificação de Solos Granulometria Estruturas dos Solos e Índices Físicos Plasticidade e consistência Permeabilidade e Percolação de Água no Solo “A Mecânica dos Solos é a aplicação dasleis da mecânica e da hidráulica aosproblemas de engenharia relacionadoscom os sedimentos e outros depósitosnão consolidados de partículas sólidasproduzidas pela desintegração mecânicaou química das rochas, prescindindo dofato de conterem ou não elementosconstituídos por substâncias orgânicas“(Terzaghi , 1925) 31/08/2016 3 Primeiros trabalhos – COULOMB, 1773,– RANKINE, 1856 – DARCY 1856O acúmulo de insucessos em obras de Engenharia – O escorregamento de solo do canal do Panamá, 1913;– Rompimento de grandes Barragens de Terra e Recalque em Grandes edifícios, 1913;– Escorregamento de Muro de Cais na Suécia, 1914 Em 1925 o professor Karl Terzaghi publicou seu primeiro livro deMecânica dos solos, baseado em estudos realizados em váriospaíses, depois do início dos grandes acidentes. Sob o ponto de vista da engenharia, Solo é adenominação que se dá a todo material deconstrução ou mineração da crosta terrestredestacavável por meio de pá, picareta,escavadeira, etc., sem necessidade deexplosivos. 31/08/2016 4 Problemas comuns que necessitam o conhecimento deMecânica dos Solos:– Fundações– Aterros– Estabilidade de taludes– Escavações– Estruturas de contenção– Solos como material de construção (tijolo ecológico)– Percolação de água e rebaixamento do nível freático; 31/08/2016 5 31/08/2016 6 31/08/2016 7 • Resolução dos problemas em mecânica dos solos– Prospecção geotécnica• Geologia• Pedologia• Sondagens– Mecânica dos solos• Propriedades tensão - deformação• Resistência ao cisalhamento• Outras propriedades físicas– Experiência– Economia +Critério do engenheiro⇓Solução 31/08/2016 8 Dificuldades– Solo - material trifásico, heterogêneo e isotrópico– Amostragem– Relação tensão-deformação (ñ linear/ñ único)– Comportamento - (nível de tensões, tempo, meio)– Condições de contorno MODELO MATEMÁTICO ⇔ PROBLEMA REAL Origem e Formação dos Solos 31/08/2016 9 Origem dos Solos ROCHA - “Agregados de uma ou maisespécies de minerais que constituemunidades mais ou menos definidas dacrosta terrestre” 31/08/2016 10 • CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ROCHAS:– Rochas ígneas– Rochas sedimentares– Rochas metamórficas • Formam-se por solidificação do magma. • O magma é um material rochoso fundido e rico em gases que se encontra a elevadas temperaturas e pressão, no interior da Terra. • Durante o arrefecimento se vão formando os minerais, de acordo com as diferentes condições de temperatura e pressão. Rochas Magmáticas 31/08/2016 11 Rochas Magmáticas Magma Rochas extrusivas (Vulcânicas) Rochas Intrusivas (Plutónicas) Rochas Sedimentares Formadas pelo material de intemperismo de outras rochas, sujeito a processos de transporte, deposição e consolidação. 31/08/2016 12 Rochas Metamórficas Originadas do metamorfismo de rochas pré-existentes • Caracteres metamórficos– Deformação dos minerais– Achatamento dos minerais– Orientação dos minerais– Dobramento das bandas com orientação dos minerais– Recristalização de minerais Tipos de metamorfismo – Metamorfismo regional calor+pressão+movimentos da crosta– Metamorfismo cataclástico →movimento das falhas– Metamorfismo térmico → calor • Metamorfismo de contato• Pirometamorfismo 31/08/2016 13 Formação do Solo • Material proveniente da decomposição das rochas pela ação de agentes físicos ,químicos e biológicos, podendo ou não ter matéria orgânica, ou simplesmente, produto da decomposição e desintegração da rocha pela ação de agentes atmosféricos. • Composição– sais minerais dissolvidos na água intersticial– seres vivos – rochas em decomposição. Agentes do intemperismo: • Físico • Químico • Biológico 31/08/2016 14 PROCESSO EXEMPLO TIPO E IMPORTÂNCIA DOS EFEITOS Decomposição Efeitos secundáriosDilatação térmica • Redução das dimensões dos fragmentos eAção do gelo aumento da área das superfícies de ataqueExpansão coloidal • Permitem-se a composição químicaOxidaçãoCarbonatação • Alteração quase completa das propriedadesHidrólise físicas e químicas com aumento sensível deHidratação volumeDissoluçãoReconstituição químicaAção de cunha das raízesAção dos ácidos orgânicos • Efeitos secundáriosAção de animais • Combinação de efeitos físicos e químicos FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO Fatores que controlam os processos de alteração • ROCHA MÃE• CLIMA – SUBPOLAR– TEMPERADA– DESÉRTICA– TROPICAL– TOPOGRAFIA– VEGETAÇÃO– TEMPO– PERFIL DO SOLO 31/08/2016 15 Agentes de transporte • Gravidade• Água• Vento 31/08/2016 16 • Os solos agrupam-se em:A. Grupo rico em húmus e detritos de origem orgânica– Grupo constitui a camada fértil, propicia ao plantio;B. Grupo constituído de sais minerais, composto por:– Calcário– Argilas e siltes– AreiaC. Grupo das rochas parcialmente decompostas. D. Grupo das rochas que estão começando a se decompor– rocha mãe. Classificação dos Solos quanto a origem 31/08/2016 17 • SOLOS RESIDUAIS – permanecem no local de decomposição rocha que lhes deu origem• SOLOS SEDIMENTARES – levados de seu local de origem por algum agente de transporte » VENTO (SOLOS EÓLICOS);» ÁGUA (SOLOS ALUVIONARES);» ÁGUA DOS OCEANOS (SOLOS MARINHOS)» ÁGUA DOS RIOS (SOLOS FLUVIAIS)» ÁGUA DAS CHUVAS (SOLOS PLUVIAIS)» GELEIRAS (SOLOS GLACIAIS);» GRAVIDADE (SOLOS COLUVIONARES) • SOLOS ORGÂNICOS – Impregnação do solo por sedimentos orgânicos preexistentes Residual transportado 31/08/2016 18 Textura de Solos e Granulometria Na distribuição granulométrica os solos são classificados em grossos e finos.– solos grossos ( > 50% dos grãos são visíveis a olho nu)– Areias e pedregulhos– Os solos finos ( >50 % não visíveis a olho nu);– Argilas e os siltesPara solos com grãos menores que a abertura da peneira de 0,075mm, deve-se usar o método de sedimentação. 31/08/2016 19 Solos Granulares • Pedregulho e Areia• Suas partículas de forma equidimensional• Predomina a formação por intemperismo físico• Suas partículas são grandes e eletricamente pouco ativas• Interação entre partículas pela ação da gravidade• Não possui plasticidade Solos Finos • Silte– Não plástico– Não coesivo (na granulação grossa)• Argila– Plástica – Coesiva• Predominância de formação através do intemperismo químico, principalmente com a formação no mineral argila.• Sofrem forças de interação por superfície• Partículas geralmente misturadas, chamado de silte argiloso ou argila siltosa dependendo da coesão e plasticidade da amostra. 31/08/2016 20 31/08/2016 21 ARGILAS Partículas carregadas negativamente com cátions adsorvidos. Duas partículas muito próximas em água → forças de atração e repulsão. 31/08/2016 22 No Brasil a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/NBR 6502/95) – Terminologia - Rochas e Solos define como: • Bloco de rocha – Fragmentos de rocha transportados ou não, (> 1,0 m).• Matacão – fragmento de rocha transportado ou não, comumente arredondado por intemperismo ou abrasão (200 mm a 1,0 m).• Pedregulho – solos formados por minerais ou partículas de rocha. Quando arredondados ou semi-arredondados, são denominados cascalhos ou seixos. – pedregulho fino – (2 a 6 mm)– pedregulho médio (6 a 20 mm)– pedregulho grosso (20 a 60 mm).• Areia – solo não coesivo e não plástico formado por minerais ou partículas de rochas – areia fina (0,06 mma 0,2 mm)– areia média (0,2 mm a 0,6 mm)– areia grossa (0,6 mm a 2,0 mm).• Silte – solo que apresenta baixo ou nenhuma plasticidade, baixa resistência quando seco ao ar. Suas propriedades dominantes são devidas à parte constituída pela fração silte(0,002 mm e 0,06 mm.• Argila – (<0,002 mm) Caracteriza-se pela sua plasticidade, textura e consistência em seu estado e umidade naturais. • NBR - 7181 - Análise granulométrica: Norma que regulamenta o método para analise granulométrica dos solos, realizada por peineramento ou por combinação do método de sedimentação e peneiramento. • NBR NM ISO 2395/3310 - Peneiras de ensaio - Requisitos técnicos e verificação dos equipamentos utilizados para 31/08/2016 23 A ASTM possui classificação que difere a NBR 6502 Ø12,75 ݈݉݅ KM Pedregulho de 4,75mm Bentonita de 0,5µm Ø 1,3 KM “Tamanho argila” Mineralogia: A argila é um material proveniente do intemperismo químico, durante milhões de anos, das rochas feldspáticas. Mecânica dos solos: Partículas que possuem granulação inferior a 0,5 µm ou 0,2 µm(NBR). Partículas de outros minerais podem possuir tamanho de argila e não possuir as características do mineral argila(composição química). 31/08/2016 24 A distribuição granulométrica de um solo é representada por um gráfico que apresenta na abscissas o logaritmo do “diâmetro” das partículas e nas ordenadas a percentagem em peso de partículas menores do que aquele diâmetro (% passante). Utiliza-se a simbologia ݀ para dizer que é o diâmetro que se tem ݊ por cento em peso do solo com diâmetro equivalente menor a ele. EXEMPLO: Qual o percentual de partículas (em peso) da amostra é menor que 0,6mm? 31/08/2016 25 Qual o percentual de partículas (em peso) da amostra menor que 0,6mm? 0,6mm ܦଷହ 35% Graduação do Solo Solos mal graduados: solos que tem seus grãos variando dentro de pequenos intervalos; Solos bem graduados : solos que tem várias frações de diâmetro diferentes misturadas; Solo uniforme: possuem grãos que predominam em um só diâmetro. 31/08/2016 26 A uniformidade do tamanho dos grãos e o tipo de arranjo afetamsignificativamente a densidade do solo de materiais arenosos. Acompactação das partículas em um arranjo apertado aumenta adensidade do solo e diminui sua porosidade. Continua (curva A)Descontinua (curva B)Uniforme (curva C) 31/08/2016 27 Três parâmetros são utilizados para dar uma informação sobre a curva granulométrica: • Diâmetro efetivo (D10): É o ponto característico da curva granulométrica para medir a espessura do solo, que corresponde ao ponto de 10%, tal que 10% das partículas do solo possuem diâmetro inferiores a ele. – Indicador de permeabilidade das areias • Coeficiente de uniformidade (Cu): – Mede a variação entre os tamanhos das maiores e menores partículas de um solo;– Dá uma idéia da distribuição do tamanho das partículas do solo; valores próximos de 1 indicam curva granulométrica quase vertical, com os diâmetros variando em um intervalo pequeno, enquanto que, para valores maiores a curva granulométrica irá se abatendo e aumentando o intervalo de variação dos diâmetros. Da mesma foram que foi definido D10 , define-se D30 e D60 . Cnu < 5 muito uniforme5 < Cnu < 15 uniformidade média Cnu > 15 não uniforme ଵ 31/08/2016 28 EXEMPLO: ݀?݀ଵ? 1,70mm 0,30mm EXEMPLO: diâmetro equivalente= 0,3 mmcoeficiente de uniformidade = 5,66 ( uniformidade média) 1,70mm 0,30mm 31/08/2016 29 Coeficiente de curvatura (Cc): Medida a proporção de ocorrência de partículas intermediarias entre ܦଵ e ܦ: ܥܿ = ܦଷ ଶܦݔܦଵ 1 < CC < 3 solo bem graduadoCC < 1 ou CC > 3 solo mal graduado EXEMPLO: CC= , మଵ,௫,ଷ=0,7 (solo mal graduado) 1,70mm 0,30mm 0,60mm 31/08/2016 30 1. Classificar granulometricamente solo A e B quanto a seu coeficiente de uniformidade e Coeficiente de curvatura, cuja curva de distribuição granulométrica está apresentada abaixo 31/08/2016 31 2. Classificar granulometricamente solo A e B quanto a seu coeficiente de uniformidade e Coeficiente de curvatura, cuja curva de distribuição granulométrica está apresentada abaixo 3. Classificar granulometricamente solo A e B quanto a seu coeficiente de uniformidade e Coeficiente de curvatura, cuja curva de distribuição granulométrica está apresentada abaixo 31/08/2016 32 Classificar granulometricamente o solo B e C cuja curva de distribuição granulométrica está apresentada abaixo Um solo arenoso, submetido a um ensaio granulométrico por peneiramento, apresentou o resultado abaixo. Sabendo que foram peneirados 500g de solo seco, classificar, granulometricamente esse solo segundo a classificação do M.I.T e calcular seu coeficiente de uniformidade. 31/08/2016 33 Classificação dos solos 31/08/2016 34 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS • Classificar um solo: incluí-lo em um determinado grupocomposto por solos de características e propriedades geotécnicassimilares. • Objetivo: poder estimar o provável comportamento do solo parauma adequada análise do problema. Sistemas de classificação de solos ajudam a organizar ideias e orientar o planejamento das investigações !!! CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS • Pela origem → solos residuais e solos transportados(aluviais, coluviais...)• Pela sua evolução pedogenética → classificaçãopedológica dos solos.• Por características peculiares → presença de materialorganico, estrutura,...• Pelo tipo e comportamento das partículasconstituintes → sistemas de classificação baseado empropriedades e índices (mais empregados na engenharia) –granulometria e limites de Atterberg. 31/08/2016 35 – Sistema trilinear de classificação textural (USDA) Um diagrama trilinear (ou triangular) permite a classificação textural dos solos considerando as porcentagens das frações areia, silte e argila obtidos dos ensaios granulométricos. Empregado na classificação de solos em engenhariarodoviária e em Pedologia. O diagrama está dividido em zonas, a cada uma correspondendo um tipo de solo. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) Baseada tão somente na distribuição granulométrica dos solos.Os solos são classificados pela fração granulométrica dominantee subdominante: argila arenosa, areia siltosa, silte argiloso... Duas letras: 1ª: principal tipo 2ª: dados complementares. G = pedregulho W = bem graduado S = areia P = mal graduado M = silte H = alta compressibilidade C = argila L = baixa compressibilidade O = orgânico Pt = turfa SW, CH, CL... 31/08/2016 36 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) 1ª Etapa - verificar a % de finos (menor que 0,075 mm) presente no solo: Menor que 50%: solo granular (G ou S); Maior que 50%: solo fino (M, C ou O). Solos granulares – G ou S: Observa qual faixa tem maior quantidade;• Teor de finos < 5% Bem graduado (W): Para pedregulho (G): Cu > 4 e 1 < Cc < 3; Para areia (S): Cu > 6 e 1 < Cc < 3. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) - Solos granulares • Teor de finos > 12%: a característica secundária f(finos) e não mais a uniformidade de granulometria usar a Carta de Plasticidade (GC, SC, GM ou SM); • Teor de finos entre 5% e 12%: recomenda-se que sejamapresentadas as duas características intermediárias (ex.:SP-SC, ou seja, areia malgraduada, argilosa); 31/08/2016 37 SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) - Solos finos Silte; Argila ou Orgânico • Se a fração fina é predominante classificação em f(índices deconsistência) e não da % das frações granulométricas silte ou argila. • Casagrande → CARTA DE PLASTICIDADE- Solos de comportamento argiloso acima da Linha A- Solos orgânicos e siltosos abaixo da Linha A. • Característica complementar dos solos finos:compressibilidade- Quanto maior o LL mais compressível o solo;- A linha B delimita esse comportamento. -LL > 50% alta compressibilidade. (H);-LL < 50% baixa compressibilidade. (L). CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) - Solos finos • CARTA DE PLASTICIDADE Linha A 2073,0 LLIP %50LLLinha B IP=LL-LP 31/08/2016 38 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) - Solos finos • CARTA DE PLASTICIDADE Ex: LL= 70IP=40 CH: argila de alta compressibilidade CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) - Solos finos - Índices próximos das Linhas A ou B (ou sobre a faixa de IP 4 a 7), consistem em classificações intermediárias e as duas classificações são apresentadas (ex. SC-SM, CL-CH); 31/08/2016 39 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) - Solos finos Para a classificação pela SUCS é necessário: • Fração fina: porcentagem que passa na # N°200; • Fração grossa: porcentagem retida na # N° 200; • Fração de pedregulho: porcentagem retida na # N° 4; • Fração de areia: porcentagem retida na # N° 200 – porcentagem retida na # N°4. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) - Solos finos Para a classificação pela SUCS é necessário: • Porcentagem de pedregulho – a fração que passa pela #76,2mm e é retida na #4,75mm (N° 4); • Porcentagem de areia – a fração que passa na #4,75mm e é retida na #0,075 (N° 200); • Porcentagem de silte e argila – a fração mais fina que a #0,075mm; • Coeficiente de uniformidade (Cu) e coeficiente de curvatura (Cc); • Limite de liquidez e índice de plasticidade da fração do solo que passa na # 4,75mm. 31/08/2016 40 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS Exercício 1: Com os dados apresentados a seguir, classifique os Solos A e B por meio do SUCS. Solo A: LL= 30%, LP = 22%; Solo B: LL= 26%, LP= 20%. Distribuição granulométrica dos solos SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) - Solos finos 0,075mm Geo tecn iaI -20 13 Exercício 1: Da curva tem-se: Solo A%Passa#200 =8%Passa#4 (4,8mm)=100Cu=0,135/0,085Cu=1,59 (menor que 6) Cc=(0,12)^2/(0,135.0,085)Cc=1,25 (maior que 1) LL=30IP=LL-LPIP=30-22IP=8 (maior que 7- acima da Linha A) (SUCS) - Solos finos 31/08/2016 41 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SISTEMA RODOVIÁRIO DE CLASSIFICAÇÃO 81 Geo tecn iaI -20 12 SOLO A = SP-SC CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (SUCS) - Solos finos Solo b%Passa#200 =60 (FINO) LL=26LP=20IP=LL-LPIP=26-20IP= 6 SOLO CL-ML 31/08/2016 42 Comportamento Geotécnico dos Solos EXERCÍCIOS 1) Qual o conceito de Granulometria? 2) Qual as características que possuem partículas de solos grossos e finos, como diferencia-los sem o uso de equipamentos? 3) Qual o objetivo da curva de distribuição granulométrica? 4) O que é diâmetro efetivo e qual sua aplicabilidade industrial 31/08/2016 43 EXERCÍCIOS 5) Classifique o solo abaixo de acordo com o sistema de classificação textural do USDA: a) AREIA= 15% , SILTE=25% , ARGILA60% b) AREIA= 10% , SILTE=85% , ARGILA=5% c) AREIA= 65% , SILTE=25% , ARGILA10% d) SILTE=10% , ARGILA5% EXERCÍCIOS 6) Classifique os solos a seguir usando o sistema unificado de classificação de solos (SUCS). Forneça os símbolos Amostra Analise granulométrica (% passante) Limite de liquidez Limite de plasticidade Comentários No. 4 No.200 Cu=4,48Cc=1,22 A 100 77 63 25 B 100 86 55 28 C 100 45 36 22 D 92 48 30 8 E 60 40 26 22 F 45 3 60 32 31/08/2016 44 EXERCÍCIOS Classifique os solos pela SUCS: 7) 100% passa na peneira 45% retido na peneira 200Cu = 3,9 e CC = 1 8) 65% retido na peneira 432% retido entre a peneira 4 e a peneira 200Cu = 3 e CC = 1 9) 100% passa na peneira 490% passando na peneira 200LL = 23% e LP = 17% Estruturas dos Solos 31/08/2016 45 ESTRUTURA DOS SOLOS Arranjo das partículas de solo. Agregação de partículas em partículas compostas ou agregados que se separam de elementos adjacentes por superfícies naturais de fraqueza Tipos de Estrutura Os tipos principais são: a) Estrutura granular simples b) Estrutura alveolar ou em favo de abelha c) Estrutura floculenta d) Estrutura em esqueleto 2/19 31/08/2016 46 • Estrutura Granular Simples – É característica das areias e pedregulhos– Predominando as foças da gravidade que se apoiam uma sobre a outra– Depende da maneira que os grãos se agrupam (mais densa ou mais solta). • Estrutura alveolar – Comum nos siltes mais finosOs grãos caem e sua atração superficial faz a partícula se manter na primeira posição que se der o contato, disponde-seem arcos. 31/08/2016 47 • Estrutura Floculenta – Possível somente em partículas muito pequenos Ao se sedimentarem, dispõem em forma de arcos, e por sua vez, formam outros arcos. • Estrutura esqueleto – Estruturas mais complexas– solos onde além de grãos finos, há grãos mais grossos que se dispõem de maneira a formar um esqueleto– Interstícios parcialmente ocupados por outras estruturas de grãos mais finos. 31/08/2016 48 Sensitividade das argilas É a operação de destruição da estrutura do solo, com a consequente perda da sua resistência. Grau de sensibilidade: ܵ = ோ ௗௗோ(ௗ) • S < 1: Sem sensibilidade • 1 < S < 2: Baixa sensibilidade • 2 < S < 4: Média sensibilidade • 4 < S < 8: Sensíveis • S > 8: Extra-sensíveis Plasticidade e Consistência 31/08/2016 49 Comportamento tensão-deformação • Corpo elástico - quandorecupera a forma e ovolume primitivos ao cessara ação das forças externasque o deformaram.Exemplo: aço doce• Corpo plástico - quandonão recupera seu estadooriginal ao cessar a açãodeformante. Exemplo:chumbo Plasticidade e Consistência dos Solos LL LP LC EstadoLíquido EstadoPlástico EstadoSemi-sólido EstadoSólido h% (Decrescendo) Limites de Consistência Solos constituídos por partículas de tamanho pequeno podem se situar em qualquer um dos quatro estados. IP 31/08/2016 50 Estado líquido – solo com umidade muito elevada, se apresenta como um fluido denso. Estado plástico – devido à evaporação da água, o solo endurece e, para um certo h = LL (limite de liquidez) ele perde a capacidade de fluir, porém pode ser moldado e conservar sua forma. Estado semi-sólido – com a continuação da perda de umidade, o estado plástico desaparece até que, para h = LP (limite de plasticidade) o solo se desmancha ao ser trabalhado. Estado sólido – continuando a secagem, ocorre a passagem gradual para o estado sólido, a partir de h = LC (limite de contração). LL LP LC EstadoLíquido EstadoPlástico EstadoSemi-sólido EstadoSólido h% IP Limite de Liquidez 31/08/2016 51 Limite de Liquidez Limite de Liquidez A resistência que o solo oferece aofechamento do sulco medida pelonúmero de golpes provém da suaresistência ao cisalhamentocorrespondente à umidade queapresenta. Para solos plásticos, no limite deliquidez, esta resistência tem valorconstante de 25 g/cm² (2,5 kPa). Daíconvencionou-se 25 golpes para fechara ranhura é o LL 31/08/2016 52 LL = 26,3% N. golpes Umidade %22 26,527 25,836 2445 23 Limite de Plasticidade O limite de plasticidade(LP) é determinado pelocálculo da porcentagem daumidade para a qual o solocomeça a se fraturaquando se tentar moldar,com ele, um cilindro de 3mm de diâmetro e cerca de10 cm de comprimento. 31/08/2016 53 Limite de Plasticidade 1º Teste 2º Teste 3º Teste Peso do solo úmido (g) 0,647 0,645 0,388 Peso do solo seco (g) 0,557 0,566 0,337 0,647 − 0,557 0,557 ∗ 100 = 16,2%0,645 − 0,566 0,566 ∗ 100 = 14,0%0,388 − 0,337 0,337 ∗ 100 = 15,1% ܮܲ = 16,2 + 14 + 15,13 ࡸࡼ = , % Índice de Plasticidade IP = LL – LP Fracamente plástico: 1 < IP < 7 Medianamente plástico: 7 < IP < 15 Altamente plástico: IP > 15 Diferença entreos limites de liquidez e de plasticidade : define a zona em que o terreno se acha no estado plástico e, por ser máximo para as argilas e minimo, ou melhor, nulo para as areias, fornece um critério para se ajuizar do caráter argiloso de um solo; assim, quanto maior o !P, tanto mais plástico será o solo. Quando um material não tem plasticidade (areia, por exemplo), considera-se o índice de plasticidade nulo e escreve-se IP = NP (não plástico). Sabe-se que uma pequena porcentagem de matéria orgânica eleva o valor do LP, sem elevar simultaneamente o do LL; tais solos apresentam, pois, baixos valores para IP. Sabe-se , ainda, que as argilas são tanto mais compressíveis quanto maior for o IP. Segundo Jenkins, os solos poderão ser classificados em: 31/08/2016 54 Grafico de Plasticidade Índice de Consistência ࡵ = ࡸࡸ − ࢎࡵࡼ Muito moles: IC < 0 Moles: 0 < IC < 0,50 Médias: 0,50 < IC < 0,75 Rijas: 0,75 < IC < 1,00 Duras: IC > 1,00 31/08/2016 55 Atividade da Argila • A plasticidade da argila depende de: – natureza do mineral argílico– quantidade de minerais argílicosSe observou que o índice de plasticidade é diretamente proporcional a fração de argila, em peso e (%) mais fina que 0,002 mm em tamanho, na amostra. ܣ = ܫܲܥOnde: C = % fração de argila < 0,002mmARGILAS: Normais: 0,75 < A < 1,25 Inativas: A < 0,75 Ativas: A > 1,25
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