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Licitações: Conceito, Natureza Jurídica e Princípios

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Direito Administrativo II
LICITAÇÕES
1. Conceito de Licitação.
“[...] o procedimento administrativo vinculado por meio do qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela controlados selecionam a melhor proposta entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos – a celebração de contrato, ou a obtenção do melhor trabalho técnico, artístico ou científico.”José dos Santos Carvalho Filho. 
2. Natureza jurídica.
Procedimento administrativo com fim seletivo.
3. Competência para legislar.
- Art. 22, inciso XXVII, CF/88. 
União: normas gerais. Compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e contratos administrativos, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, DF e Municípios (art. 37, XXI da CF) e para as empresas públicas e sociedades de economia mista (art. 173, § 1º, III da CF).
OBS.: Quando a União faz norma geral, todos devem observar e, quando legisla sobre norma específica, essa lei somente será aplicável a ela, o que se denomina de lei federal.
Outros entes (Estados, Distrito Federal e Municípios): normas específicas. 
STF: ADI 927-3.	
	Cautelarmente, reconhece que a União extrapola a sua competência para legislar sobre normas gerais.	Os dispositivos que definem normas específicas, são aplicáveis apenas à União (art. 17, I, “b”; art. 17, II, “b”; art. 17, §1º, Lei 8.666/93). 
Lei 9.478/97 (ANP): procedimento simplificado.
	- Art. 23 e art. 67 da Lei 9.478/97.
	- Procedimento licitatório simplificado, definido, por decreto pelo Presidente da República (Dec. 2.745/98).
	- Suspensão pelo TCU. 
	- STF: MS 25.888 deferiu liminar favorável à Petrobras. 
4. Sujeitos à licitação.
Art. 1o  Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único.  Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) – Administração direta (art. 1º, parágrafo único, Lei 8.666/93).
Pessoas jurídicas da administração indireta.
Órgãos administrativos dos Poderes Legislativo, Judiciário, dos Tribunais de Conta (art. 117, Lei 8.666/93).
Art. 117.  As obras, serviços, compras e alienações realizados pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que couber, nas três esferas administrativas.
Ministério Público. 
Fundos especiais (art. 1º, parágrafo único, Lei 8.666/93):
	- Doutrina: Não tem personalidade jurídica. Constitui bens ou recursos criados por lei, cuja gestão fica a cargo de órgãos públicos. É uma mera destinação de verba.
5. Princípios.
Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
5.1. Princípio da legalidade. 
- Art. 3º e art. 4º, da Lei 8.666/93.
- Direito público subjetivo. 
Obs.: O texto legal garante a todos o direito subjetivo de participar de um procedimento licitatório que obedeça fielmente à lei.
- O administrador só pode deixar de realizar a licitação nos casos permitidos em lei.
5.2. Princípio da impessoalidade. 
- Art. 3º da Lei 8.666/93.
- Está ligado ao princípio da isonomia e do julgamento objetivo.
- É o princípio que representa a própria finalidade da licitação (impede o favoritismo). Exigindo que todos sejam tratados com absoluta neutralidade.
5.3. Princípio da moralidade. 
- Art. 3º da Lei 8.666/93.
- Exige que o administrador se paute por conceitos éticos (moral, bons costumes, regras de boa administração, honestidade). Observância dos padrões éticos e morais, da correção de atitudes, da lealdade e da boa-fé.
5.4. Princípio da igualdade (isonomia). 
- Art. 3º da Lei 8.666/93.
- É o tratamento igualitário entre os licitantes (competitividade).
- A violação ao princípio da igualdade caracteriza desvio de poder e crime da Lei de Licitações.
Obs: Frente à nova finalidade da licitação que é promover o desenvolvimento nacional sustentável há algumas exceções:
- Exceções: preferências por produtos manufaturados; serviços nacionais de acordo com a ABNT (art. 3º, §§ 5º a 12, da Lei 8.666/93).
5.5. Princípio da publicidade. 
- Art. 3º; art. 7º, §8º; art. 16; art. 41, §1º, da Lei 8.666/93.
- É a divulgação para o conhecimento de todos os interessados e para o controle dos atos administrativos.
Obs.: Quanto ao controle tem-se que todo e qualquer cidadão poderá requerer os quantitativos sobre determinadas obras, bem como impugnar o edital de licitação.
5.6. Princípio da vinculação ao instrumento convocatório. 
- Art. 3º da Lei 8.666/93.
- É a garantia do administrador e dos administrados.
- Se o instrumento convocatório não for observado, o procedimento se torna inválido e é passível de correção na via administrativa ou judicial.
Obs.: O edital é dito a lei interna da licitação e deve definir tudo que é importante para o certame, não podendo o Administrador exigir nem mais nem menos do que está previsto nele.
5.7. Princípio do julgamento objetivo. 
- Art. 3º e art. 45 da Lei 8.666/93.
- O instrumento convocatório deve estabelecer de forma clara qual o critério de seleção (tipo de licitação).
Possíveis critérios (art. 45,Lei 8666/93): “menor preço”, “melhor técnica, “melhor técnica e preço” e “maior lance” (leilão).
Uma vez publicado o edital, as exigências por parte da Administração Pública serão vinculadas a esse documento legal. 
5.8. Princípio do sigilo de propostas. 
- Há conexão com o princípio da probidade e da igualdade.
- O sigilo deve permanecer até a abertura dos envelopes (art. 43, §1º, Lei 8.666/93). As propostas devem ser apresentadas em envelopes lacrados e mantidas em sigilo até o momento determinado para sua abertura em sessão pública.
- Violar sigilo é improbidade administrativa e crime de licitação.
Exceção: Leilão.
5.9. Princípio do procedimento formal. 
- O processo licitatório deve obedecer a todas as formalidades legais. 
- O administrador não pode criar formalidades, pular uma fase ou inventar uma etapa.
- Trata-se da formalidade necessária, que causará prejuízo às partes se não for observada (as medidas devem ser necessárias).
Obs.: Quando a ausência da exigência (formalismo) causar prejuízo aos licitantes ou à Adm. Pública, o processo licitatório poderá ser nulo.
5.10. Princípio da adjudicação compulsória. 
- Concluído o certame, a Administração deve atribuir o objeto da licitação ao vencedor.
- A adjudicação é obrigatória, salvo se o vencedor desistir de forma expressa ou não firmar no prazo fixado.
- A compulsoriedade proíbe que se faça nova licitação enquanto válida a adjudicação anterior.
5.11. Princípio da inalterabilidade do edital.
5.12. Princípio da vedação à oferta de vantagem.
6. Obrigatoriedade de licitação.
	- Art. 37, XXI, CF; art. 2º da Lei 8.666/93.
Art. 2o  As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em quehaja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
- A licitação é obrigatória para compras, obras, serviços, alienações e locações.
- A contratação direta é exceção (dispensa e inexigibilidade).
Em termos práticos, o administrador deverá verificar primeiramente se a licitação é exigível ou inexigível, conforme a possibilidade ou não da competição. Sendo assim, afastada a inexigibilidade, passará a verificar a presença dos pressupostos de dispensa da licitação.
Na etapa interna do procedimento, a Administração deve: 1º) identificar a necessidade; 2º) fixar o objeto e definir recursos orçamentários, o que acontecerá independentemente da realização ou não do procedimento licitatório.
7. Dispensa de licitação.
	- Divide-se em: licitação dispensada e licitação dispensável.
Licitação dispensada: o administrador não pode escolher pela licitação (art. 17 da Lei 8.666/93): alienações de bens móveis e imóveis.
Licitação dispensável: o administrador pode, por liberalidade, licitar ou não (art. 24 da Lei 8.666/93 – rol taxativo):
	- Em tese, a licitação pode ser realizada. Pelas circunstâncias do caso, o legislador permitiu a dispensa.
7.1. Hipóteses de licitação dispensável.
OBS: Baseado no quadro disponível na obra de Fernanda Marinela. 
	Custo econômico da licitação 
	Obras e serviços de engenharia até R$ 15.000,00 (convite). – Art. 24, I.
Outros bens e serviços até R$ 8.000,00 (convite). – Art. 24, II.
OBS: art. 24, parágrafo único (20% - consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública, autarquia e fundação pública, agência executiva).
	Custo temporal da licitação 
	Casos de guerra ou grave perturbação da ordem. – Art. 24, III.
Casos de emergência ou de calamidade pública. – Art. 24, IV.
Art. 24, incisos XII, XVII.
	Ausência de potencialidade de benefício 
	Quando não tiver interessado na licitação anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo. – Art. 24, V.
Art. 24, VII, XI, XIV, XVII, XIII. 
	Destinação da contratação 
	Quando a União tiver que intervir no domínio econômico. – Art. 24, VI.
Art. 24, IX, X, XIII, XV, XVI, XIX, XX, XXI, XXIV, XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX, XXX, XXXI. 
Procedimento de justificação – o processo de dispensa de inexigibilidade deve ser instruído com os seguintes elementos: a) caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa; b) razão da escolha do fornecedor ou executante; c) justificativa do preço; d) documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados.
8. Inexigibilidade de licitação.
	- São os casos em que a competição é inviável.
	- Art. 25 da Lei 8.666/93 (rol exemplificativo). 
Pressupostos para a realização da licitação: 
Pressuposto lógico: quando não houver pluralidade de objetos e pluralidade de ofertantes. Ocorrerá quando o objeto ou serviço for singular, ou quando se tratar de produtor ou fornecedor exclusivo.
Pressuposto jurídico: A licitação prejudica o interesse público.
Pressuposto fático: não há interessados. 
- Fornecedor exclusivo (art. 25, I, Lei 8.666/93): 
- Se apenas uma empresa fornece determinado produto, não se poderá realizar o certame (pressuposto fático).
- A exclusividade precisa ser provada, nos termos da lei. 
- Exclusividade absoluta: só há um produtor ou representante comercial exclusivo no país.
Exclusividade relativa: há fora da praça mais de um fornecedor/representante, caso em que poderá haver licitação se houver interesse em comparar várias propostas.
- A escolha de determinada marca.
Hipóteses (José dos Santos Carvalho Filho):
Continuidade da utilização de marca já adotada no órgão.
Para a utilização de nova marca mais conveniente.
Para o fim de padronização de marca no serviço público, com justificativa.
Atividades artísticas (art. 25, III, Lei 8.666/93).
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
Serviços singulares (art. 25, II, Lei 8.666/93).
- São os serviços que se caracterizam pela marca pessoal (científica, técnica) e que são importantes para o preenchimento da necessidade administrativa a ser suprida.
- Art. 13 da Lei 8.666/93 (rol de serviços).
- Notória especialização e reconhecimento (art. 25, §1º, Lei 8.666/93).
9. Registros de preços.
Art. 15 da Lei 8.666/93.
- É o procedimento administrativo que a Administração pode utilizar para compras, obras ou serviços rotineiros. 
- O sistema de registro de preços é regulamentado por decreto (art. 15, §3º, Lei 8.666/93).
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:
§ 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições: 
I - seleção feita mediante concorrência;
II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados;
III - validade do registro não superior a um ano.
9. Registros de preços.
	“[...] também é realizada uma licitação, porém os interessados não formulam propostas unitárias em razão de quantidades exatas, visto que o licitante deve definir a qualidade do produto e o seu preço unitário, ficando as quantidades e o momento da contratação para a conveniência da Administração.”(Fernanda Marinela).
10. Registros cadastrais.
	- Art. 34 ao art. 37 da Lei 8.666/93. 
	- É um banco de dados que facilita a atividade administrativa.
	- É uma habilitação prévia para uma futura licitação.
Direito Administrativo II.
Modalidades de licitações.
1. Introdução.
A legislação geral prevê seis modalidades de licitação:
Concorrência;
Tomada de preços;
Convite;
Concurso;
Leilão;
Pregão (Lei 10.520/02). 
1. Introdução.
Critério para a escolha da modalidade aplicável:
(a) O valor do contrato: Concorrência (pode ter parâmetro a qualidade), tomada de preços e convite.
- Art. 23, da Lei 8.666/93.
- Anualmente atualizado pelo Poder Executivo.
(b) Especificações do objeto (não importa o valor): Concurso, leilão e pregão.
2. Parcelamento do objeto da licitação e fracionamento de despesas.
A despesa é dividida com o intuito de utilizar modalidade de licitação inferior à recomendada ou para efetuar contratação direta com dispensa de licitação, pelo valor.
Sempre que possível, a contratação deve ser feito por inteiro e a modalidade deve obedecer ao valor total do contrato, não se admitindo a utilização de uma modalidade mais simples.
VEDAÇÃO – Art. 23, §5º, Lei 8.666/93:
“§ 5o  É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizarem o caso de "tomada de preços" ou "concorrência", respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço”.
Muitas vezes o fracionamento ocorre pela ausência de planejamento do quanto vai ser efetivamente gasto no exercício financeiro. O planejamento do exercício deve observar o princípio da anualidade do orçamento. Logo, não pode o agente público justificar o fracionamento da despesa com várias aquisições ou contratações no mesmo exercício, sob modalidade de licitação inferior àquela exigida para o total da despesa no ano, quando decorrente da falta de planejamento. A desobediência a essa regra viola princípios da Administração Pública e caracteriza Improbidade Administrativa (MARINELA, 2013).
PARCELAMENTO DO OBJETO: ao contrário do fracionamento, o parcelamento é aconselhável, e até obrigatório que seja feito quando o objeto da contratação tiver natureza divisível, desde que não haja prejuízo para o conjunto a ser licitado.
Art. 23.  § 1o  As obras, serviçose compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala.
Uma vez reconhecida a viabilidade do parcelamento a Administração poderá escolher realizar várias licitações distintas para cada etapa ou conjunto de etapas. Essas várias licitações podem ser feitas por procedimentos distintos ou em um só processo licitatório, quando seu objeto for dividido em itens. Todavia, é interessante grifar que a modalidade licitatória deve corresponder à soma total de todas as parcelas, mesmo que em procedimentos distintos, sob pena de caracterizar fracionamento de despesas. 
3. Prazo de intervalo mínimo. 
- É o prazo que vai da publicação do instrumento convocatório até a entrega dos envelopes.
- Contagem do prazo: o prazo começa a contar a partir da data de última publicação ou da data em que for disponibilizado o edital, como qualquer prazo processual, não se conta o dia de começo e inclui-se o dia final, começando e terminando em dia útil.
3. Prazo de intervalo mínimo (art. 21, §3º, Lei 8.666/93).
O prazo previsto na lei para cada modalidade é o “mínimo”, podendo ser maior, a critério do administrador, que deve fixar o suficiente para que os interessados preparem sua participação em razão da complexidade do objeto, sob pena de ser inválida a licitação.
CONCORRÊNCIA: 45 dias corridos (critério “técnica” e “técnica e preço”) / 30 dias corridos (critério “menor preço”);
TOMADA DE PREÇO: 30 dias corridos (critério “técnica” e “técnica e preço”) / 15 dias corridos (critério “menor preço”);
CONVITE: 5 dias úteis;
CONCURSO: 45 dias corridos;
LEILÃO: 15 dias corridos;
PREGÃO: 8 dias úteis.
4. Principais diferenças entre concorrência, tomada de preços e convite. 
a) valor;
b) quem pode participar;
c) prazo de publicação do instrumento licitatório;
d) forma de publicar.
5. Concorrência (art. 22, §1º, Lei 8.666/93).
§ 1o  Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. 
Obras e serviços de engenharia: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais).
Outros bens e serviços: acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais). 
No que se refere ao objeto, será obrigatória:
(a) aquisição ou alienação de imóvel. Excepcionalmente, se a aquisição decorre de decisão judicial ou de dação em pagamento, ele pode ser alienado por concorrência ou leilão (art. 19 da Lei 8.666/93).
(b) concessão de direito real de uso de bem público. 
 (c) Licitação internacional. Excepcionalmente, pode haver tomada de preço (quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores) e convite (quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País).
(d) Contratos de empreitada integral (compreende todas as etapas das obras).
(e) Concessões de serviços públicos. Excepcionalmente, é possível fazer uso do leilão quando o serviço fizer parte do Programa Nacional de Desestatização (art. 29, Lei 9.074/95). 
6. Tomada de preços (art. 22, §2º, Lei 8.666/93).
§ 2o  Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Obras e serviços de engenharia: entre R$ 150.000,00 e R$ 1.500.000,00. 
Outros bens e serviços: entre R$ 80.000,00 e R$ 650.000,00. 
Restrição:
para pessoas previamente cadastradas, organizadas em função dos ramos de atividade e potencialidades dos eventuais proponentes ;
 os licitantes que preencherem os requisitos para o cadastramento, até o 3º dia anterior à data fixada para abertura das propostas. Para isso, o licitante deverá apresentar o pedido de cadastramento (requerimento), com a respectiva documentação. Caso seja indeferido o pedido, caberá ao licitante a interposição de recurso administrativo (art. 109, I, “d”, 8.666/93). 
Convite (art. 22, §3º, Lei 8.666/93).
§ 3o  Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
Participantes: 
Pessoas convidadas (cadastradas ou não), respeitado o número mínimo (exceção: art. 22, §7º, Lei 8.666/93).
§ 7o  Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo (três), essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
Convite aberto aos demais cadastrados, desde que manifestem interesse em até 24 horas de antecedência para a entrega dos envelopes. 
Instrumento convocatório: CARTA-CONVITE
- Não exige publicação em diário oficial. 
8. Concurso (art. 22, §4º, Lei 8.666/93).
§ 4o  Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
Disputa para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico. A contrapartida é somente um prêmio ou remuneração aos vencedores.
Procedimento: regulamento próprio, que deverá indicar a qualificação exigida pelos participantes, as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho, as condições de realização do concurso e os prêmios concedidos.
O seu julgamento é efetuado por comissão especial que não precisa ser composta por servidores públicos, bastando que os integrantes sejam pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento na matéria.
9. Leilão (art. 22, §5º, Lei 8.666/93).
§ 5o  Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
Em regra, é utilizada para obter o melhor preço para a alienação de bens:
(a) Móveis inservíveis para a Administração, apreendidos ou penhorados* (texto da lei). O instituto da penhora é utilizado e, ação judicial de execução, em que o devedor oferece ou o Poder Judiciário restringe determinado bem para garantir o pagamento do débito. A maioria da doutrina defende que o legislador pretendia indicar os bens “empenhados”, ou seja, o objeto de contrato de penhor (garantia de bens móveis).
 (b) Móveis de valor módico, isto é, bens avaliados, isolada ou globalmente em quantia não superior a R$ 650.000,00. 
 (c) Imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou dação em pagamento. 
- Nesse caso, o administrador pode optar por concorrência ou leilão (art. 19, III, Lei 8.666/93). 
10. Pregão (Lei 10.520/02).
O pregão é modalidade de licitação que serve para aquisição de bens e serviços comuns.
Pregão (Lei 10.520/02).
 Valor da licitação – não há limite;
Só pode ser utilizado pelo critério menor preço;
Inversão das fases de habilitação e classificação dos licitantes, permitindo que seja examinada somente a documentação do participante que tenha apresentado a melhor proposta.
	Hipóteses que estão vedadas ao pregão:
Contratações de obras e serviços de engenharia;
Locações imobiliárias;
Alienações em geral;
As compras e contratações de bens e serviços de informática e automação.
OBS: Em relaçãoaos equipamentos, programas e serviços de informática a normatização em vigor, estabelece que é obrigatória a licitação no critério “melhor técnica e preço”. 
Finalidades do pregão: 
Redução das despesas;
Redução do tempo para a realização do certame;
Possibilidade de realização de tantos pregões quantos forem necessários para um mesmo objeto;
Não limitação de valor para a sua realização, podendo qualquer quantia ser licitada. 
10.1. Pregão eletrônico. 
Possibilita maior transparência, controle social e oportunidades de acesso às licitações públicas.
Modalidade de licitação do tipo menor preço realiza-se quando a disputa pelo fornecimento de bens e serviços comuns for feita à distância, em sessão pública, por meio de sistema que promova a comunicação pela internet.
11. Comissões de Licitação. 
Compostas, em regra, por, pelo menos, 03 membros.
Dois membros precisam ser servidores públicos dos quadros permanentes do órgão responsável pela licitação (art. 51, Lei 8.666/93).
Funções:
Análise do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento,
 habilitação preliminar ou não,
processamento e julgamento das propostas de licitação. 
Designação dos membros para a comissão: feita por autoridade competente do órgão ou entidade.
- É ato jurídico formalizado por decreto, resolução, portaria ou ato de superintendência ou da diretoria. 
11.1. Comissão permanente: não excederá 01 ano, vedada a recondução da totalidade de membros. 
11.2. Comissão especial: seus membros são designados para um determinado certame, não precisam ser servidores públicos, bastam que seja integrada por pessoas de reputação ilibada e que tenham reconhecido conhecimento na matéria. Geralmente, na modalidade licitatória de Concurso.
11. Comissões de Licitação. 
Convite: a comissão pode ser substituída por um único servidor.
Concurso: a comissão é especial (não precisa ser composta por servidores).
Leilão: realizada por leiloeiro oficial ou servidor designado.
Pregão: pregoeiro acompanhado de sua equipe de apoio (maioria de servidores ocupantes de cargo efetivo). O pregoeiro será nomeado dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação.
12. Procedimento. 
12.1. Procedimento da concorrência.
Fase interna: entidade promotora pratica todos os atos condicionados a abertura do certame, antes de começar a convocação dos interessados.
Fase externa: a partir da publicação do instrumento convocatório. Essa fase se abre com a publicação do edital ou com o envio dos convites (carta-convite), estampando para os interessados as condições de participação da disputa.
Nessa fase encontram-se dois estágios:
análise das condições dos interessados: consiste na habilitação ou qualificação dos proponentes (fase subjetiva);
análise das propostas (fase objetiva): consiste na verificação das propostas quanto à obediência das exigências e formalidades do edital, bem como se o preço está compatível com o praticado no mercado, podendo as empresas licitantes ser classificadas ou desclassificadas. Em seguida, a comissão passa ao julgamento das propostas, selecionando a mais bem apresentada, ordenando as demais propostas classificadas, considerando as vantagens que oferecem.
OBS: A realização e o regular exaurimento de cada fase são pressupostos e requisitos para a fase subsequente e só passam para a etapa seguinte os licitantes aprovados na anterior.
	- Fase interna:
Requisitos para a instauração da licitação (art. 7º, §2º, Lei 8.666/93): Requisitos para a contratação de obras e serviços, sob pena de nulidade dos atos praticados e responsabilidade de quem lhes deu causa.
Projeto básico: consiste no conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado para caracterizar a obra ou serviço, objeto da licitação. Deve ser elaborado com base nos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilitem a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução;
Orçamento detalhado: em planilhas, que expresse a composição de todos os seus custos unitários;
Previsão dos recursos orçamentários: que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras e serviços a serem executados;
O produto da licitação esteja contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, quando for o caso.
OBS: Para as compras, a lei exige, também, a adequada caracterização do objeto e a indicação de recursos orçamentários para acobertá-las.
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.
	- Fase interna:
Vedações quanto ao objeto e quanto aos participantes: A inobservância dessas proibições gera a nulidade do procedimento e a possível responsabilização de quem lhe der causa.
Quanto ao objeto, é vedado:
Incluir, no objeto da licitação, a obtenção de recursos financeiros para sua execução, salvo, no caso de empreendimentos a serem executados e explorados, no regime de concessão;
Incluir, no objeto, o fornecimento de materiais, sem previsão de quantitativos ou que não correspondam às previsões do projeto básico ou executivo;
Incluir, no objeto, bens e serviços sem similaridade, ou indicar marcas ou características e especificações exclusivas, salvo quando tecnicamente justificável fazê-lo.
Quanto aos participantes: Não podem participar, direta ou indiretamente, da licitação:
Membro da comissão de licitação, servidor ou dirigente do órgão ou entidade responsável pela licitação ou contratante de seu objeto.
Os que estiverem impedidos em decorrência de sanções administrativas: suspensão de contratar e declaração inidoneidade.
Pessoa física ou jurídica que tenha sido autora do projeto básico ou executivo.
Empresa, ainda que em consórcio da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, responsável técnico, subcontratado ou detentor de mais de 5% do capital, com direito a voto ou controlador.
OBS: A participação indireta caracteriza-se através da existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras.
	- Fase interna:
Formalização do processo: O procedimento de licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, devendo ser praticado inúmeros atos tais como:
Designação de comissão de licitação.
Verificar necessidade e conveniência da contratação.
Determinar a presença dos pressupostos legais para a contratação (recursos orçamentários).
Elaboração de projetos básicos.
Definir o objeto do contrato e as condições de contratação.
Verificar a presença dos pressupostos de licitação ou fazer o procedimento de justificação para a contratação direta.
Definir a modalidade.
Elaborar a minuta do instrumento convocatório e do contrato.
Análise e parecer jurídico.
Aprovação pela autoridade superior e autorização para a deflagração da licitação.
	- Fase interna:
Elaboração do instrumento convocatório: O instrumento convocatório das modalidades de licitação é o EDITAL, salvo na modalidade convite, que é a carta-convite.
É a “Lei da Licitação” = o edital
Requisitos: art. 40 da Lei 8.666/93.
OBS: O instrumento convocatório deve ter como partes anexas, dele fazendo parte integrante: o projeto básico e o executivo, se necessários; o orçamento estimado de quantitativos e preços unitários e a minuta do contrato, que deverá ser celebrado entre a Administração e o licitante vencedor.
	- Fase interna:
Audiência Pública: O objetivo da audiência é o debate sobre o objeto a ser licitado e o projeto de execução, e não sobre questões estritamente técnico-jurídicas.
Na concorrência, sempre que o valor para a licitação ou conjunto de licitações for superior a 100 vezes o limite mínimo da concorrência (R$ 1.500.000,00);
Antecedênciamínima de 15 dias úteis da data prevista para a publicação do edital e divulgada com antecedência mínima de 10 dias úteis.
A ausência da audiência pública gera nulidade do certame, inclusive do contrato, se esse já tiver sido celebrado.
	- Fase externa:
Publicação do instrumento convocatório.
- Pode a Administração condicionar a participação no certame à compra do edital? NÃO. Só se admite cobrança do valor correspondente à xérox.
Impugnação ao edital: (a) qualquer cidadão - até 05 dias úteis antes da entrega dos envelopes; (b) potencial licitante – até 02 dias úteis antes da entrega dos envelopes.
OBS: O potencial licitante que não impugnar, nesse prazo, decairá do direito de fazê-lo administrativamente, restando-lhe apenas a via judicial. Nada impede que a Administração reconheça a alegação feita em impugnação intempestiva, se essa apontar alguma ilegalidade, fato de interesse público ou corrigir qualquer defeito, o que se justifica, em virtude do princípio da economia processual, da legalidade e da autotutela.
Recebimento e abertura dos envelopes.
“Melhor técnica e preço”: 03 envelopes (habilitação; proposta técnica e proposta de preço).
“Melhor técnica” ou “menor preço”: 02 envelopes.
Exceto o pregão, os licitantes não precisam estar presentes, desde que os envelopes sejam entregues.
Os trabalhos de recebimento dos envelopes e abertura devem ser documentados em atas, uma para cada etapa.
Habilitação ou Qualificação: momento em que devem ser analisados os requisitos e documentos pessoais apresentados pelos licitantes.
Habilitação jurídica (objeto social da empresa e o objeto da licitação).
Qualificação técnica.
Qualificação econômico-financeira.
Regularidade fiscal e trabalhista.
Cumprimento do art. 7º, XXXIII, CF.
OBS: A desistência do licitante só é possível até o julgamento da HABILITAÇÃO. 
A documentação pode ser dispensada, no todo ou em parte, no caso de convite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e leilão.
Vale salientar, que os requisitos da Habilitação são condições necessárias para que o licitante vencedor possa cumprir adequadamente o contrato.
Verificação de Regularidade das propostas.
Abertura dos envelopes das propostas.
Serão desclassificadas: 
propostas que não atenderem às exigências do ato convocatório;
preços manifestamente inexequíveis;
proposta que apresente preço global irrisório ou de valor zero. 
Após a indicação da melhor proposta, as demais serão organizadas de acordo com uma ordem decrescente de vantagens apresentadas.
Critérios para julgamento das propostas (critério OBJETIVO das propostas – a forma mais clara possível)
“menor preço”;
“melhor técnica”;
“melhor técnica e preço” (a classificação dos proponentes faz-se de acordo com a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no instrumento convocatório);
O maior lance.
Julgamento e classificação das propostas.
A comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite.
Se todas as propostas forem desclassificadas, a Administração poderá fixar para os licitantes o prazo de 8 dias úteis para a apresentação de outras propostas, que não apresentem as causas que as desclassificaram, facultada, no caso do convite, a redução desse prazo para três dias úteis.
No caso de empate: 
§ 2o  Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
II - produzidos no País; 
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV- produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.
- Também se reconhece a preferência às microempresas e às empresas de pequeno porte em caso de empate em licitação pública. Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% superiores à proposta mais bem classificada. No caso de pregão, aplica-se às propostas que não sejam superiores a 5% da com o menor preço.
- Permanecendo o empate, a solução é o sorteio.
Escolhendo a melhor proposta e a apresentação da ordem de classificação das demais, abre-se a oportunidade para que os licitantes apresentem seus recursos no prazo de 5 dias úteis, os quais tem efeito devolutivo e suspensivo, podendo discutir tanto a decisão, quanto a regularidade das propostas e ainda o julgamento final, com respectiva classificação.
A competência da comissão se exaure na oportunidade em que a mesma decide sobre a classificação das propostas e os seus possíveis recursos.
Homologação.
Cabe à autoridade superior competente (aquela que subscreveu o edital) a homologação e adjudicação do processo licitatório.
Corresponde à ratificação do julgamento A autoridade competente pode anular (ilegalidade) ou revogar (caso de conveniência e oportunidade). Para tanto, a lei exige um parecer bem fundamentado, obedecendo o princípio do contraditório e ampla defesa, para que os licitantes se manifestem.
Adjudicação compulsória.
Essa etapa consiste em atribuir ao vencedor do certame o objeto da licitação, representando ato final do procedimento. Considera-se ato declaratório e vinculado, só podendo o administrador deixar de praticá-lo, se decidir pela anulação ou revogação do certame em fase anterior.
Sendo assim, a adjudicação atribui a obra ou serviço ao vencedor da licitação, conferindo-lhe preferência ao contrato, mas o momento e conveniência da assinatura do acordo ficam, ainda na dependência da vontade discricionária da Administração.
Convocação para a celebração do contrato.
O licitante vencedor deverá está vinculado aos encargos e valores apresentados em sua proposta, pelo prazo de 60 dias, se outro não estiver previsto no edital. Esse prazo pode ser prorrogado uma vez, a pedido da parte e com motivo justificado, reconhecido pela Administração. O adjucatário deve assinar o contrato dentro do prazo e condições estabelecidas pela Administração, sob pena de decair o direito à contratação. Caso não assine o contrato, fica sujeito às penalidades previstas na Lei das Licitações, art. 87.
12. Procedimento. 
12.2. Procedimento para a tomada de preços.
Praticamente igual ao da concorrência.
Diferenças: prazo mínimo; a fase de habilitação é mais célere em razão do cadastramento.
12.3. Procedimento para o convite.
Mais simplificado.
Instrumento convocatório: carta convite, que será encaminhada para os convidados e fixada na repartição; o prazo de intervalo mínimo é de cinco dias úteis; a licitação pode ser realizada por um único servidor; prazo de diligência pode ser de até 3 dias úteis, e o prazo para os recursos de 2 dias úteis.
Não exige publicação em diário oficial e jornal de grande circulação.
12.4. Procedimento para o concurso.
Não está previsto na Lei 8.666/93.
Deve ser regulamentado. 
Comissão Especial prazo mínimo de intervalo é de 45 dias corridos.
12.5. Procedimento para o leilão.
O procedimento não é previsto expressamente.
Aplicam-se as regras do Direito Comercial e Processual.
É realizado por leiloeiro oficial ou servidor designado para essa finalidade.
Não há sigilo nas propostas.
Os bens arrematados são pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior a 5%.
12.5. Procedimento para o pregão.
Procedimento invertido (1º a melhor proposta, em seguida, análise da documentação do vencedor);
Admite duas modalidades: presencial ou eletrônico.
Modalidades de licitações.
12.5. Procedimento para o pregão.
Publicação do aviso de edital (prazo mínimo de intervalo é de 8 dias úteis;);
Julgamento e classificação das propostas (critério é o de menor preço; combina proposta escrita com lances verbais);
Habilitação (abertura do envelope, contendo apenas a documentação do licitante vencedor);
Adjudicação imediatamente após a decisão dos recursos.
Homologação. 
DIreito Administrativo II.
Anulação e Revogação. Recursos Administrativos. Crimes e penas.
Anulação 
A licitação será anuladaquando existir no procedimento licitatório vício de legalidade.
A anulação pode ser decretada pela própria Administração (art. 49, Lei 8.666/93).
Art. 49.  A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
§ 1o  A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 2o  A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 3o  No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
§ 4o  O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação.
Art. 59.  A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único.  A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.
Com a anulação, a Administração não está obrigada a indenizar, exceto se o contratado já houver executado parte do objeto do contrato.
Efeitos da anulação: ex tunc (retroatividade)
A anulação tem de obedecer ao contraditório e a ampla defesa.
A anulação pode ser parcial ou total e, naturalmente, a anulação do procedimento induz à do contrato.
A nulidade do procedimento licitatório induz à nulidade do contrato (art. 49, §2º, Lei 8.666/93).
Revogação 
É o desfazimento dos efeitos da licitação que já estava encerrada, por motivo de interesse público ou de ordem administrativa, decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta.
A revogação deve ser motivada.
Com a revogação baseada em motivos legítimos, não é devida qualquer indenização aos licitantes. 
Depois de assinado o contrato, não é possível a revogação da licitação.
Por sua vez, a anulação pode ser feita depois de assinado o contrato.
Recursos Administrativos 
Recurso administrativo é a forma de provocar o reexame dos atos da Administração Pública. 
Hipóteses:
Habilitação ou inabilitação do licitante (efeito suspensivo).
Julgamento das propostas (efeito suspensivo).
Anulação ou revogação da licitação.
Não inscrição em registro cadastral.
Rescisão do contrato (não cumprimento de cláusulas contratuais).
Aplicação de penas de advertência, suspensão temporária ou de multa.
Divide-se em: (i) recurso hierárquico; (ii) representação; (iii) pedido de reconsideração.
(i) recurso hierárquico é cabível (art. 109, Lei 8.666/93):
O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão no prazo de 5 dias úteis. Caso a autoridade entenda que não se trata de reconsideração, deverá encaminhar o processo à autoridade superior, a qual julgará no prazo de 5 dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade.
Habilitação ou inabilitação do licitante;
 O julgamento das propostas;
A anulação ou a revogação da licitação;
O indeferimento do pedido de inscrição em regime cadastral, sua alteração ou cancelamento.
 (ii) representação (art. 109, II, Lei 8.666/93).
II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;
 (iii) pedido de reconsideração (art. 109, III, Lei 8.666/93):
É dirigido ao Ministro de Estado ou Secretário Estadual/Municipal quando o administrado tiver sido punido com a pena de inidoneidade para licitar com o Poder Público.
Efeitos dos recursos:
Apenas os recursos contra a habilitação ou inabilitação do licitante e contra o julgamento das propostas têm efeito suspensivo.
Os demais recursos podem até ter efeito suspensivo, mas será facultado à Administração.
Crimes e Penas. 
Todos os tipos só são punidos a título de dolo.
A conduta penal é autônoma em relação à conduta administrativa.
Foro competente para processar e julgar crimes que envolvem licitação.

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